O mercado de trabalho continua enfraquecido, segundo dados da Pnad Contínua divulgados ontem (30/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego foi de 14,7%, no trimestre registrado entre os meses de fevereiro a abril de 2021, e permaneceu em patamar recorde.
O País, nesse período, possuía 14,761 milhões de desempregados. Em iguais meses de 2020, o total era de 12,811 milhões. “Foi no início de 2021 que a pandemia ganhou mais força e foram adotadas novas medidas de restrição de atividades econômicas, com menor circulação das pessoas”, menciona a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
Na construção civil, o número de pessoas ocupadas no referido trimestre foi de 5,991 milhões, o que correspondeu a uma queda de 96 mil ocupações em relação ao trimestre anterior (novembro/2020 a janeiro/2021), quando era de 6,088 milhões.
A despeito da PNAD envolver o mercado de trabalho formal e informal, é importante destacar que o Caged, divulgado pelo Ministério da Economia, já tinha demonstrado, para os meses de março e abril, menor impulso na geração de vagas no setor, em relação aos dois primeiros meses do ano. “Esse foi um reflexo das incertezas vivenciadas pelo setor, especialmente em função do elevado incremento nos seus custos”, menciona a economista da CBIC.
De uma forma geral, “a recuperação do mercado de trabalho depende de uma melhora consistente na economia, o que, para acontecer precisa, necessariamente, do avanço no processo de vacinação. Vale destacar que as projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano estão melhorando e já alcançam o patamar de 5%”, diz.
Agência CBIC, 13/jul