quinta-feira, 1 de julho de 2021

Petrobras vai levantar R$ 11,36 bi com venda de fatia restante na BR Distribuidora

 

Estatal colocou a venda totalidade da participação de 37,5% que ainda detém na empresa. Ação foi precificada a R$ 26 para oferta pública secundária.

A Petrobras deverá levantar R$ 11,36 bilhões com a venda de sua participação restante na BR Distribuidora.

A oferta secundária de ações foi precificada a R$ 26 por papel da distribuidora, "perfazendo o montante total de R$ 11,358 bilhões", segundo informou a BR Distribuidora em fato relevante divulgado na noite desta quarta-feira (30).

"O percentual das ações a serem ofertadas pela Petrobras no âmbito da Oferta será de 37,5% do capital social da Companhia, que corresponde à totalidade da participação atualmente detida pela Petrobras na companhia", diz o comunicado.

As novas ações passarão a ser negociadas na B3 a partir desta sexta-feira (2), sendo que a liquidação física e financeira da oferta ocorrerá no dia 5 de julho de 2021.

A oferta secundária de ações, que envolveu 436,9 milhões de papéis, foi precificada com um desconto de 2,5% em relação ao valor de fechamento de quarta-feira, de R$ 26,68, destaca a agência Reuters.

A BR, líder na distribuição de combustíveis no Brasil, já havia sido privatizada há quase dois anos, por meio de uma oferta de ação da Petrobras, em operação que levantou R$ 9,6 bilhões.

Segundo a Bloomberg, é a maior venda de ações da América Latina neste ano e comparável, em reais, às ofertas de Rede D’Or (2020), BB Seguridade (2013) e Banco do Brasil (2010).

A intenção da Petrobras de sair completamente do capital da BR faz parte da estratégia da empresa para reduzir sua dívida e focar as atividades em exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, essencialmente o pré-sal.

"Esta operação visa à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da Petrobras e está alinhada ao seu posicionamento estratégico de sair dos negócios de distribuição e focar seus investimentos em refino de classe mundial e em ativos de produção e exploração em águas profundas e ultra profundas, onde a companhia tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos", informou a estatal em comunicado.

G1, 01/jul