sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Criação de vagas nos EUA fica abaixo das expectativas em dezembro; desemprego cai a 3,9%

 

Foram criados 199 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado.

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos ficou abaixo do esperado em dezembro, em meio à escassez de trabalhadores, e os ganhos no emprego podem permanecer moderados no curto prazo, à medida que as crescentes infecções por Covid-19 afetam a atividade econômica.

Foram gerados, em termos líquidos, 199 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de empregos nesta sexta-feira (7). Os dados de novembro foram revisados para cima, para mostrarem criação de 249 mil postos de trabalho, em vez dos 210 mil relatados anteriormente.

A taxa de desemprego caiu para 3,9%, ante 4,2% em novembro, ressaltando o aperto nas condições de mercado de trabalho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam abertura de 400 mil vagas e queda na taxa de desemprego a 4,1%. As estimativas variaram de 150 mil a 1,1 milhão de postos de trabalho gerados. O governo norte-americano revisou os dados da pesquisa domiciliar, usados para medir a taxa de desemprego, para os últimos cinco anos.

Ainda assim, o relatório de criação de vagas delineia um cenário de uma economia que encerrou 2021 em alta, mesmo que a situação de saúde pública não tenha melhorado tanto quanto as autoridades esperavam.

Os ganhos de emprego abaixo das expectativas em dezembro provavelmente refletem a escassez de mão de obra, assim como anomalias com o chamado ajuste sazonal, utilizado pelo governo para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

Na terça-feira (4), o governo norte-americano disse que havia 10,6 milhões de vagas em aberto no fim de novembro.

O impacto da ômicron no "payroll" deve ser sentido em janeiro.

Os EUA reportaram quase 1 milhão de novas infecções por coronavírus na segunda-feira, a maior contagem diária no mundo.

Havia sinais de que alguns desempregados estavam retornando ao mercado de trabalho após o fim dos benefícios aos sem trabalho, que eram financiados pelo governo dos EUA. Mas a volta pode sofrer desaceleração devido ao aumento nos casos de ômicron.

Reuters, 07/jan