O recuo de 0,2% na produção industrial na passagem de outubro para novembro foi acompanhado por 8 dos 15 locais analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As perdas mais acentuadas foram no Amazonas (-3,5%), Ceará (-2,5%) e Rio de Janeiro (-2,2%). Já Mato Grosso teve a maior alta, de 14,6%, seguido por Santa Catarina (5,0%) e Pará (3,5%).
A queda do Rio de Janeiro exerceu a maior influência negativa no resultado, após três meses de resultados positivos, período em que acumulou um ganho de 1,5%.
O resultado da Bahia, com queda de 1,7%, teve o terceiro maior peso negativo sobre o indicador, devido ao baixo desempenho do setor de celulose e de outros produtos químicos. A queda veio depois de dois meses de resultados positivos, quando o estado acumulou ganho de 5,4%.
São Paulo foi principal influência positiva
Com alta de 1%, o estado de São Paulo – que detêm cerca de 34% da produção industrial do país – exerceu a maior influência positiva sobre o resultado nacional. O resultado foi puxado pelo setor de veículos, que tem peso de 16,1% dentro da indústria paulista, segundo o IBGE.
Já o resultado de Santa Catarina, que exerceu a segunda maior influência positiva, foi baseado no impacto positivo dos setores de vestuário e de máquinas e equipamentos. Em Mato Grosso, o setor de alimentos foi o principal responsável pela expansão de dois dígitos.
Segundo o IBGE cinco estados estão acima do patamar pré pandemia:
Minas Gerais: 5,2% acima do patamar de fevereiro de 2020
Rio Grande do Sul: 3,9%
Mato Grosso: 3,3% e
Santa Catarina: 3,3%
Paraná: 1,8%
Comparação com novembro de 2020
Na comparação com novembro do ano passado, dez dos 15 locais pesquisados tiveram queda na produção, sendo as mais intensas na Bahia (-15,7%), Amazonas (-13,0%), Ceará (-11,1%) e Região Nordeste (-10,5%).
Bahia foi afetada pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias, metalurgia e celulose, papel e produtos de papel. Amazonas foi pressionado pelas atividades de bebidas, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; Ceará, pela queda na produção de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados e confecção de artigos do vestuário e acessórios; e a Região Nordeste, pelo recuo de veículos automotores, reboques e carrocerias e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados.
São Paulo (-6,9%) e Pernambuco (-5,9%) também registraram taxas negativas mais intensas que a média nacional (-4,4%), enquanto Goiás (-3,9%), Santa Catarina (-2,6%), Paraná (-1,9%) e Minas Gerais (-0,6%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.
G1, 14/jan