segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Mercado reduz novamente projeção para alta do PIB em 2022 e estima Selic em 11,75%, diz BC

Projeções do boletim Focus veem PIB baixar de 0,36% para 0,28%. Inflação para 2021 foi reduzida de 10,01% para 9,99%, e a de 2022 segue em 5,03%.

Analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022. O mercado agora avalia alta de 0,28%. Na semana passada, a estimativa era de que o indicador subisse 0,36%.

As informações constam do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central (BC). Este é o segundo boletim divulgado em 2022.

A pesquisa é resultado de projeções de mais de 100 instituições financeiras sobre índices como inflação, PIB, taxa de câmbio entre outros.

Selic

Os analistas também projetam que a taxa selic, taxa de juros básicos da economia, ficará em 11,75% no final de 2022. No boletim da semana passada, a expectativa era de que fechasse o ano em 11,50%.

Essa previsão pressupõe alta do juro básico da economia neste ano que se inicia. Após sete altas seguidas, a taxa Selic está em 9,25% ao ano.

Inflação

Os analistas consultados pelo BC reduziram pela quinta semana seguida a previsão de inflação para 2021 - de 10,01% para 9,99%. Já a previsão para o ano de 2022 continuou em 5,03%.

A previsão de inflação segue acima do teto do sistema de metas para o ano que vem (5%). A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.

Outras estimativas

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio em 2022 seguiu em R$ 5,60 por dólar. A moeda norte-americana encerrou 2021 cotada a R$ 5,57, com alta de 7,47% contra o real.

Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2022 subiu de US$ 55 bilhões de superávit para US$ 55,50 bilhões.

Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2022 caiu de US$ 58,05 bilhões para US$ 58 bilhões.

Luiz Felipe Barbiéri, G1, 10/jan