terça-feira, 20 de setembro de 2022

Mundo ganhou 46 mil super-ricos em 2021, mostra relatório

Credit Suisse considera nessa faixa as pessoas com mais de US$ 50 milhões.

O mundo 'ganhou' 46 mil super-ricos no ano passado, segundo relatório do banco Credit Suisse divulgado nesta terça-feira (20). Ao todo, são 264.200 pessoas que encerraram 2021 com fortuna estimada em mais de US$ 50 milhões – um crescimento de 21% em relação a 2020.

O estudo mostra que, mesmo entre essa elite, há ricos mais ricos que os outros: 84.790 pessoas detinham mais de US$ 100 milhões – e, entre eles, 7.070 indivíduos, mais de US$ 500 milhões.

Milionários e concentração de renda

O banco estimou em 62,5 milhões o número de pessoas no mundo com mais de US$ 1 milhão – 5,2 milhões a mais que em 2020. Desses, 266 eram brasileiros.

Os dados corroboram a maior concentração da riqueza nas mãos de poucos: o levantamento aponta que os 1% mais ricos detinham, ao final de 2021, 45,6% de toda a fortuna global. Em 2019, essa fatia era de 43,9%.

Uma análise da fortuna mediana por país, no entanto, mostra que a desigualdade de fortuna caiu neste século (ao menos em termos geográficos), graças ao maior crescimento dos mercados emergentes.

Super-ricos por país

Os Estados Unidos foram o país que mais ganhou super-ricos no ano passado: 30.470. A China vem em seguida, com 5,2 mil. O clube dos super-ricos também ganhou 1.750 membros na Alemanha, 1.610 no Canadá e 1.350 na Austrália.

Quedas foram registradas em poucos locais: na Suíça (-120), em Hong Kong (-130), Turquia (-330) e no Reino Unido (-1.130).

Riqueza global

O relatório aponta que a riqueza global cresceu 9,8% em 2021, para US$ 463,6 trilhões. Considerando as taxas de câmbio, a alta foi de 12,7% – o maior crescimento anual já registrado.

O banco alerta, no entanto, que fatores como inflação, a elevação das taxas de juros e a queda dos preços dos ativos "podem reverter o crescimento impressionante em 2022".

Ainda assim, a estimativa é que a fortuna global cresça US$ 169 trilhões até 2026 – uma alta de 36%. Os países de renda baixa e média devem ser responsáveis por 42% desse crescimento nos próximos 5 anos.

Com isso, a estimativa é que o número de milionários chegue a 87 milhões, enquanto o número de super-ricos atinja 385 mil.

G1, 20/set