quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Sala Comercial no Recreio dos Bandeirantes - R$ 3.000,00



Prefeitura quer cobrar IPTU progressivo de até 15% para donos de imóveis desocupados; saiba os detalhes

Projeto de lei do Executivo exclui toda a Zona Oeste e parte da Zona Sul, mas ainda não tem consenso na Câmara dos Vereadores.

A prefeitura quer que a Câmara Municipal vote ainda este ano as regras que regulamentam a adoção do IPTU progressivo, previsto em legislação federal (Estatuto das Cidades) e no Plano Diretor do Rio. A nova lei, se aprovada, definirá as situações em que o município poderá cobrar alíquotas mais elevadas de proprietários de imóveis e de terrenos subutilizados ou abandonados na cidade. As áreas consideradas prioritárias para a adoção do mecanismo são o Centro e a Zona Norte. São Paulo já adotou essa ferramenta fiscal.

— São regiões dotadas de boa infraestrutura, que têm grande quantidade de imóveis sem qualquer uso. Esse será um mecanismo adicional para estimular a reocupação dessas áreas e evitar que a cidade continue a se expandir para a Zona Oeste — disse o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico em exercício, Thiago Dias.

Pelas regras atuais, as alíquotas variam conforme a tipologia do imóvel: residencial, comercial ou terreno. O proprietário de um residencial, por exemplo, paga por ano o equivalente a 1% do valor venal. Ao ser aplicada a nova lei, o proprietário de um bem sem uso deverá ser notificado. Se, três anos depois, ele não der uma destinação ao imóvel, a alíquota passa a ser majorada ano a ano. No oitavo ano após a notificação, esse percentual chegará a 15%, a alíquota máxima. Neste ponto, já pode ocorrer a desapropriação. O texto enviado à Câmara prevê que o dono não seja indenizado em dinheiro, mas em títulos da dívida pública, resgatáveis em um período de dez anos.

De acordo com dados do Censo do IBGE, levahndo-se em conta apenas residências, o número de unidades vazias no Rio dobrou em 12 anos: passou de 193.682, em 2010, para 388.345, em 2022. Para a prefeitura, o IPTU progressivo deverá reduzir esse número. Ao ser sancionada, a nova regra vai atingir até os 918 mil imóveis considerados populares e hoje isentos de IPTU — os proprietários que não seguirem a lei perderão o benefício e terão que pagar o imposto.

O projeto de lei do Executivo exclui toda a Zona Oeste e parte da Zona Sul. A proposta, vista com bons olhos por urbanistas, ainda não tem consenso na Câmara. O vereador Pedro Duarte (Novo) defende que o tema seja debatido em audiências públicas e que a prefeitura explique melhor os critérios para a seleção dos imóveis, porque há falhas no cadastro das propriedades. Já Teresa Bergher (PSDB),da Comissão de Assuntos Urbanos, diz que a questão precisa ser aprofundada para que os colegas entendam melhor o tema em lugar de votarem de forma açodada. O Executivo, por sua vez, diz que as discussões já ocorreram para a aprovação do Plano Diretor e que cada imóvel selecionado será alvo de inspeções prévias e relatórios.

O mercado imobiliário avalia que o mecanismo tem que ser aplicado com cuidado para não prejudicar os que não conseguem alugar ou vender um determinado bem, distinguindo-os daqueles que, de fato, só especulam:

— É preciso ter critério para evitar injustiças. Conheço o dono de três lojas na Rua Gonçalves Dias, no Centro, que estão fechadas há mais de 20 anos porque o proprietário não quer vender ou alugar por valores do mercado. Isso é uma coisa. Mas, se quase todos os imóveis de uma rua estão fechados, é preciso entender as causas — avaliou o empresário Claudio Castro, da Sergio Castro Imóveis.

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Claudio Hermolin, o recurso pode ajudar na revitalização de áreas do Rio, mas pode ser insuficiente:

— Ao contrário de outros estados, o governo do Rio não aplica recursos para subsidiar construções populares.

Ex-secretário de Planejamento Urbano da prefeitura do Rio, o arquiteto Washington Fajardo diz que o ideal seria ter regulamentado o IPTU progressivo no Plano Diretor, mas apoia o mecanismo:

— Tem muito imóvel histórico subutilizado no Centro, muitos com risco de desabar ou funcionando como ferros-velhos e estacionamentos clandestinos.

O IPTU progressivo se somará a outras regras que visam à reocupação da cidade, como a que concede benefícios fiscais e urbanísticos a quem investir em novos residenciais na área do Projeto Reviver Centro.

Saiba mais sobre a cobrança

O projeto enviado pelo Executivo à Câmara prevê que o IPTU progressivo poderá ser aplicado no caso de terrenos sem uso há oito anos. Já os imóveis têm que estar vazios há pelo menos quatro anos para que recebam a notificação. No caso de bens tombados, esse prazo cai para três anos. A prefeitura definirá por decreto por onde começará a aplicar a nova lei.

Imóveis serão considerados subutilizados se tiverem pelo menos 250 metros quadrados e forem usados apenas como estacionamento, ou caso 60% das unidades estejam vazias.

Não serão classificados como subutilizados imóveis com área inferior a 250 metros quadrados, desde que o proprietário não seja dono de outro imóvel, ou que estejam parcialmente ocupados com atividade econômica regularmente inscrita no órgão municipal, exceto aqueles que funcionam só como estacionamentos. Os localizados em Áreas de Preservação Permanente, Zonas de Conservação Ambiental ou Unidades de Conservação da Natureza também estão fora.

Antes da aplicação do IPTU progressivo, o proprietário será intimado a construir ou a ocupar os imóveis. A partir daí, terá mais um ano para apresentar projeto de uso do imóvel à prefeitura e mais dois para executá-lo. Se não houve ocupação, no quarto ano após a notificação inicial começa a cobrança das alíquotas progressivas: 2% (ano 1), 4% (ano 2), 8% (ano 3), 12% (ano 4) e 15% (ano 5 e demais).

Caso se comprometa a executar o projeto e houver atraso, ou o início não for como prometido, estão previstas multas. O cálculo da infração é baseado na seguinte fórmula: valor do IPTU multiplicado pela área do imóvel, mais 20% desse total.

A prioridade de aplicação do IPTU progressivo é no Centro e na Zona Norte (exceto Grande Tijuca). Mas podem ser alcançadas outras áreas, excepcionalmente, se o imóvel não oferecer condições mínimas de segurança, integridade e habitabilidade.

A cobrança da alíquota máxima de 15% será mantida até o proprietário dar um destino ao imóvel, ou caso ocorra a desapropriação.

O dono terá que provar que executou as obras ou que ocupou o imóvel para que a alíquota volte a 1% (no caso de residenciais).

Em caso de desapropriação, o dono será indenizado recebendo títulos da Dívida Pública, parcelados no prazo de dez anos.

São Paulo já tem o IPTU progressivo desde 2014, mas só iniciou a desapropriação de cinco prédios este ano. Eles ficam na região central da cidade. Ao todo, donos de 1.224 imóveis ociosos já foram notificados. Desse total, em 203 casos (16,5%), os imóveis foram ocupados ou iniciadas novas construções. Mais 193 (15,76%) já pagam mais IPTU.

O Globo, 14/nov

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Sala Comercial na Barra da Tijuca - R$ 380.000,00 - R$ 1.300,00



De acordo com economista, setor da construção civil encerrará 2024 com crescimento de 3,5%

Dados sobre o crescimento da construção civil e a pauta sustentabilidade marcaram abertura do segundo dia do Sinduscon-RS + Greenbuilding Brasil 2024.

O crescimento histórico da construção civil, depois de 10 anos, foi abordado durante a abertura do segundo dia da conferência internacional Inovar Sinduscon-RS + Greenbuilding Brasil 2024, realizado na Unisinos, em Porto Alegre.

A economista chefe da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Maria Vasconcelos destacou a grande potencialidade do setor da construção civil, que atualmente tem quase três milhões de trabalhadores com carteira assinada.

“A última vez que isso aconteceu foi no final de 2014”, observou. De janeiro a setembro deste ano foram mais de 231 mil trabalhadores formais. Mas o pico das atividades foi há 10 anos. “Ainda estamos 15% abaixo do pico alcançados em 2014. Porque de 2014 a 2019, a construção teve uma queda muito grande, o setor caiu 30%. Em 2021 e 2022, crescemos e recuperamos uma parcela”, explicou.

Segundo Ieda, a construção civil encerrará 2024 com um crescimento projetado em cerca de 3,5%. Ano passado o setor registrou recuo de 0,5%, e a expectativa é de continuidade do crescimento em 2025. Entretanto, a economista considera que um dos desafios é a taxa de juros, que com “o patamar elevado inibe os investimentos produtivos”, e a capacitação da mão de obra. Uma realidade que já é vivenciada pelo setor.

Durante o seminário “Mercado Financeiro: descarbonização traz oportunidades junto às Instituições Financeiras e o mercado de capitais”, o sócio diretor Finvest: Diogo Castro discutiu a falsa dicotomia entre lucro e sustentabilidade, enfatizando que essa visão ocorre devido a uma falta de transparência nos custos e benefícios reais.

Castro argumentou que sustentabilidade deve ser mais que uma intenção: precisa gerar retornos e superar barreiras para se integrar plenamente ao mercado. Segundo ele, o mercado financeiro tem um papel central em fornecer os recursos para essa agenda, destacando a necessidade de metodologias padronizadas para uma precificação mais precisa dos riscos e benefícios de iniciativas sustentáveis.

No setor de construção, ele aponta que a transição dos financiamentos tradicionais para o mercado de capitais exige um esforço maior em comunicação e padronização de informações para evitar problemas de greenwashing. Isso é necessário para que o mercado financeiro possa identificar com clareza os projetos sustentáveis e alocar recursos de forma eficiente.

Castro também destacou os desafios enfrentados pelos investidores de patrimônio (wealth management), especialmente as famílias com investimentos significativos em imóveis, que precisam considerar o risco climático no valor de seus ativos. A depreciação de imóveis antigos e não certificados, por exemplo, pode levar a uma perda de valor, visto que empresas evitam alugá-los para atender aos requisitos de sustentabilidade.

A necessidade de uma melhor comunicação dos benefícios sustentáveis em uma construção foi destacado pelo presidente do conselho consultivo da CBIC, José Carlos Martins. Ele mencionou que ações que reduzem o consumo de água e energia em edifícios não só impactam positivamente o meio ambiente, mas também reduzem custos para os moradores a longo prazo.

Martins comparou o setor de construção com o de eletrodomésticos, onde a eficiência energética é valorizada e incentivada. Segundo ele, falta essa mesma mentalidade no mercado imobiliário brasileiro: apesar de ser possível aumentar a eficiência energética de um imóvel por meio de ajustes simples de projeto, os consumidores não priorizam isso ao comprar uma casa.

Correio do Povo, 13/nov

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Apartamento 1 Quarto na Barra da Tijuca - R$ 750.000,00 - R$ 2.000,00



Moradia Estudantil: A nova fronteira do setor imobiliário no Brasil

Residências integradas e bem localizadas atraem estudantes com segurança, apoio e custo-benefício.

O mercado de moradias estudantis está em alta no Brasil, transformando o setor imobiliário com um modelo de residências integradas que oferecem serviços, segurança e uma experiência social enriquecedora. A crescente demanda, principalmente em cidades universitárias como São Paulo e Rio Grande do Sul, reflete a busca dos estudantes por alternativas acessíveis e práticas em comparação ao aluguel de apartamentos convencionais. Dados globais indicam que o segmento, avaliado em US$ 11,34 bilhões em 2023, deve crescer 5% ao ano até 2027.

Com as residências próximas das universidades e dotadas de áreas de lazer, segurança e espaços de estudo, o modelo já desponta como tendência para 2025. Segundo Juliana Onias, gerente da Share Student Living, especializada em moradias para estudantes, essa nova geração busca não apenas comodidade, mas uma experiência completa de vida universitária. “Os estudantes valorizam o ambiente de co-living e o suporte integrado, o que torna esses residenciais uma opção cada vez mais vantajosa em relação ao aluguel comum”, observa.

Uma Coimbra, estudante de Nutrição, descreve a experiência como “uma extensão da universidade”, destacando o convívio com colegas de diferentes cursos e nacionalidades, o que enriquece seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. “O ambiente multicultural e o suporte psicológico oferecido tornam a estadia mais agradável e segura”, compartilha a jovem, que reside no Share Butantã.

Halyson Cardoso, de 29 anos, fotógrafo de Santa Catarina, também elogia a praticidade das residências estudantis. “A localização facilita meu acesso à cidade e o prédio oferece tudo o que preciso, desde áreas de lazer até serviços como lavanderia. É um investimento que vale a pena”, comenta Cardoso, que já mora há mais de dois anos em São Paulo.

Os residenciais estudantis oferecem seis principais diferenciais que incluem serviços integrados como limpeza e internet, localização estratégica perto de universidades, custo-benefício, maior segurança, ambiente de apoio e flexibilidade no contrato, ideal para intercambistas ou períodos acadêmicos curtos. Essas características são atrativos poderosos para pais e estudantes que buscam praticidade e segurança no início da vida universitária.

Com uma estrutura projetada para reduzir burocracias, o modelo de residências estudantis simplifica a entrada dos alunos, dispensando a exigência de fiadores ou depósitos altos. Além disso, oferecem um espaço que vai além de uma simples acomodação, criando uma comunidade de apoio que incentiva tanto o desenvolvimento acadêmico quanto social.

Este novo formato já se consolida como a opção preferida de muitos jovens, especialmente com as constantes mudanças no mercado de trabalho e no estilo de vida dos estudantes, que valorizam mais o tempo de convivência, a proximidade das faculdades e a segurança. A tendência, portanto, aponta para um futuro onde o modelo de moradia estudantil pode continuar a crescer, atendendo às necessidades específicas de uma geração em busca de conectividade e integração.

Jornal de Brasília, 12/nov

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Casa 5 Quartos, 3 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 2.350.000,00



Interior paulista vive alta valorização dos imóveis

Mercado imobiliário nas regiões do Vale do Paraíba, central e noroeste do estado tem momento de vendas aquecidas e ‘boom’ de novos lançamentos

O mercado imobiliário do interior de São Paulo vive um período de forte aquecimento em vendas e lançamentos, segundo diferentes estudos divulgados por entidades que monitoram o setor. Cidades como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Campinas e São José dos Campos têm registrado alta no valor do metro quadrado com a chegada de novos projetos.

Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) no fim de outubro apontou São José do Rio Preto como a campeã em lançamentos no primeiro semestre: 255% acima do observado nos primeiros seis meses de 2023. Nas vendas, a cidade também se destacou, com alta de 136% no período.

De acordo com o estudo, a região abriga 58% da população do estado, com cerca de 26 milhões de pessoas, e concentra 16% das famílias de classe A do país.

“O interior paulista vem se consolidando como uma das áreas mais pujantes do Brasil para o mercado imobiliário, destacando-se não apenas pelo aumento no número de empreendimentos, mas também pela alta demanda de vendas, reflexo de um setor cada vez mais aquecido na região. Ribeirão Preto, por exemplo, vende mais de R$ 1 bilhão em imóveis por semestre”, afirma Luiz França, presidente da Abrainc.

Além da Abrainc, outros indicadores confirmaram o bom momento do mercado imobiliário no interior O índice FipeZAP de setembro, ao analisar o valor de venda de apartamentos anunciados na plataforma, apontou quatro cidades do interior paulista com as principais variações positivas nos preços dos imóveis residenciais no acumulado de 12 meses: São José dos Campos (12,97%), Campinas (8,8%), Ribeirão Preto (7,45%) e São José do Rio Preto (6,99%).

Em volume de unidades lançadas no segundo trimestre do ano, as mesmas cidades registraram uma alta robusta em relação ao período anterior, com destaque para Campinas: 21,9%, segundo dados da “Pesquisa do Mercado Imobiliário” (PMI), do Secovi-SP e da Brain Inteligência Estratégica.

Canteiro de obras

Quem visita esporadicamente Ribeirão Preto, a 305 quilômetros da capital, espanta-se com a quantidade de prédios em construção e a velocidade de transformação dos bairros, outrora rurais. “Recebo muitos executivos de bancos e investidores de fora, e todos se dizem impressionados. Ribeirão Preto virou um canteiro de obras”, diz João Marcelo de Andrade Barros, CEO da Habiarte Incorporação.

No mercado desde 1985, a empresa se especializou no alto padrão há 30 anos e hoje tem quatro projetos em desenvolvimento na Zona Sul, com áreas de 188 a 367 metros quadrados. Em média, eles estão com cerca de 60% das unidades vendidas. O VGV somado é de R$ 680 milhões.

“Ribeirão Preto concentra a riqueza da região. São dois milhões de pessoas que investem em imóveis, na educação dos filhos e em saúde. E, ao contrário do senso comum, a renda dos mais ricos não vem só do agronegócio, mas do setor de serviços”, aponta Barros.

São José dos Campos é outro case de sucesso imobiliário do interior paulista. A maior cidade do Vale do Paraíba tem o 15º maior valor médio de metro quadrado residencial entre as 56 cidades brasileiras monitoradas pelo Índice FipeZAP de setembro: R$ 8.328.

Empreendimentos verticais nos bairros de Jardim das Colinas e Jardim Aquarius e de casas em condomínios de luxo são os produtos mais procurados pelo comprador de alta renda. “Temos clientes da região, mas também paulistanos que migraram em busca de qualidade de vida e executivos de fora, que trabalham nas indústrias e no polo de tecnologia sediados na cidade”, explica Helena Mello, sócia-fundadora da agência i9vale Imóveis.

A corretora movimentou R$ 150 milhões em vendas no ano. A expectativa é melhorar ainda mais o resultado em 2025, quando voos diretos de outras cidades passarão a pousar no Aeroporto Internacional de São José dos Campos — que já conta com partidas para o Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).

Condomínios de Luxo

Na mesma tendência, os condomínios de alto padrão no raio de cem quilômetros da capital paulista seguem em alta. Projetos como Fazenda Boa Vista, Quinta da Baroneza, Fazenda da Grama e Haras Larissa continuam com procura elevada e grande volume de casas em construção.

“Esse é um mercado que ganhou força na pandemia e continuou pujante depois dela. Temos visto um grande movimento de novos projetos e condomínios sendo lançados com forte absorção dos lotes”, analisa Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s.

A procura por lotes se justifica: as residências prontas custam de 35% 40% mais do que uma construção do zero. “O preço alto é um prêmio para quem passou pelo processo de aprovar o projeto, esperou pela obra e gastou com equipamentos”, diz Romero.

Não que os terrenos estejam custando uma pechincha. Na Boa Vista, são negociados a R$ 2,5 mil o metro quadrado; na Grama, a R$ 2 mil; e na Baroneza, a R$ 1,6 mil. Em lotes de frente para o campo de golfe, por exemplo, podem chegar a R$ 5 mil.

A alternativa para encontrar preços mais acessíveis é esperar por novos empreendimentos. Na região de Sorocaba, o Vista Verde está em fase de pré-lançamento e terá o primeiro hotel Vik Retreats no Brasil, vinícola própria e piscina de ondas. Com lotes a partir de R$ 1,2 mil o metro quadrado, teve 80% dos terrenos vendidos no evento Family & Friends.

Valor Econômico, 11/nov

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Cobertura Duplex na Barra da Tijuca - R$ 2.300.000,00


Mercado imobiliário do Rio cresce 15% e movimenta quase R$ 30 bi de janeiro a setembro

O mercado imobiliário do Rio movimentou R$ 28,8 bilhões em transações nos primeiros 9 meses do ano, um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os números foram compilados pelo aplicativo RioM² com base nos registros do imposto sobre a transferência de imóveis (ITBI) e se referem à soma do valor da venda de imóveis residenciais e comerciais nos primeiros três trimestres do ano. Não estão contabilizados, portanto, compromissos de compra de novos lançamentos que serão entregues no futuro.

No acumulado de janeiro a setembro do ano passado, as transações de compra e venda somaram R$ 24,9 bilhões. No ano inteiro, a soma dos imóveis vendidos foi de R$ 33,54 bilhões.

A Barra da Tijuca lidera em valor de transações: o bairro movimentou R$ 5.115.457.348 de janeiro a setembro. Se o ritmo mensal médio de transações for mantido, os valores devem superar em mais de R$ 1 bilhão o volume de transações de 2023 (R$ 6,073 bilhões).

Depois da Barra, o segundo bairro com mais transações nos 9 primeiros meses do ano, em valores, é o Leblon. Foram R$ 2,025 bilhões, quase alcançando todo o valor das transações do ano passado inteiro (R$ 2,18 bilhões). Em seguida vem Ipanema (R$ 2 bi), Copacabana (R$ 1,87 bi) e Recreio dos Bandeirantes (R$ 1,86 bi).

Apesar do movimento aquecido, o preço dos imóveis se manteve estável no trimestre. Segundo levantamento do QuintoAndar com base nas transações de compra e venda feitas na plataforma, o metro quadrado no terceiro trimestre subiu 0,56% em relação ao trimestre anterior, valor abaixo dos 0,8% da inflação do trimestre, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE.

No Rio de Janeiro, o preço médio do metro quadrado no trimestre fechou em R$ 5.091.

O Globo, 08/nov

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Sala Comercial na Barra da Tijuca - R$ 2.500,00



Multipropriedade: como funciona o mercado de imóveis compartilhados

Não tem dinheiro para uma casa de praia? Compre uma parte e compartilhe a residência com outras pessoas – como propõe o modelo de sociedade imobiliária.

Nos últimos anos, vimos o surgimento e crescimento da chamada economia colaborativa. Hoje não estranhamos compartilhar um escritório – com os coworkings –, ou um carro – com os motoristas de aplicativo. Segundo estudo da consultoria PwC, a economia colaborativa movimenta cerca US$ 15 bilhões anualmente. Mas você estaria disposto a compartilhar sua casa?

O compartilhamento de imóveis, também chamado de multipropriedades, ou compra fracionada de imóveis, ou sociedade imobiliária, ou, ainda, time-sharing, é um modelo de negócio em que se compra parte de uma residência, podendo frequentá-la por alguns dias do ano. No restante do tempo, a casa será frequentada pelos outros proprietários, que passam a ser seus sócios. O modelo funciona, claro, para segundas propriedades, como casas de campo ou de praia, e não para o lar principal.

As principais vantagens de um imóvel compartilhado são o investimento mais acessível e os gastos compartilhados. Afinal, sai caro arcar com todos os custos de manutenção de uma casa de praia que se aproveita apenas nos feriados. Mas se for compartilhada, o custo é mais proporcional ao que você realmente frequenta.

Ainda, com a valorização dos imóveis subindo além da inflação, o compartilhamento torna mais acessível a compra de uma segunda residência.

O valor médio dos imóveis terminou o primeiro semestre de 2024 com alta de 3,56%, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em São Paulo, o preço médio do metro quadrado é de R$ 11.011, e no Rio de Janeiro, R$ 10.101. A cidade com o mercado imobiliário mais valorizado do Brasil é Balneário Camboriú, em Santa Catarina, com R$ 13.259/m². Mas esses preços podem parecer mais tranquilos se divididos entre mais pessoas.

Casas compartilhadas são opção no mercado de luxo

No Brasil, segundo a edição 2024 do relatório Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil, elaborado por Caio Calfat Real Estate Consulting, há atualmente 200 empreendimentos para venda compartilhada. Destes, 63 estão localizados na região Sul, 60 no Nordeste, 45 no Sudeste, 26 no Centro-Oeste e seis no Norte. Ainda, 112 já estão prontos, 72 em construção e 16 em fase de lançamento.

Nos Estados Unidos, o modelo já é bem mais popular. Apenas a empresa Pacaso já oferece mais de 100 casas compartilhadas. Em 2020, ela chamou a atenção do mercado imobiliário como o unicórnio mais rápido do país, como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. A Picasso chegou nesse valor em apenas cinco meses.

E a maioria dessas casas são de alto padrão, em destinos de lazer badalados, com localizações privilegiadas. Pode parecer curioso que pessoas com renda suficiente para uma residência de frente para o mar estejam dispostas a compartilhar, mas, na verdade, esse é um modelo de sucesso no mercado de alto luxo.

Um estudo da consultoria Bain & Company revelou que o compartilhamento de aeronaves movimentou US$ 13 bilhões em 2022. E o mercado de fretamento de iates foi avaliado em US$ 18,9 bilhões em 2021, de acordo com dados da Mordor Intelligence.

A MyDoor é uma das empresas que atua no Brasil com venda de residências compartilhadas. Atualmente, eles disponibilizam mais de 30 casas de alto padrão em destinos de lazer, localizadas na Bahia, no litoral e no interior de São Paulo, em Alagoas, no Ceará e no Rio Grande do Norte.

“Defendemos que essa é uma maneira eficiente e inteligente de adquirir bens, principalmente no alto padrão, uma vez que os sócios fazem melhor uso do investimento, já que pagam proporcional ao tempo que usufruem do imóvel”, afirma Roberto Pinheiro, sócio-fundador e CEO da empresa.

Na MyDoor, para cada imóvel é criada uma empresa e são vendidas participações. As casas podem ter no mínimo dois e no máximo oito sócios. A gestão da propriedade compartilhada é feita pela própria MyDoor. Custos como impostos e manutenção são divididos entre as cotas. E o uso é exclusivo e alternado.

Por exemplo, a Casa Tulum, na Praia do Forte, na Bahia, fica cercada pela mata, em um condomínio com acesso direto à praia, e conta com seis suítes com ar-condicionado e piscina. Uma cota dela custa R$ 750 mil reais e dá direito a 44 diárias por ano. Também é possível comprar até quatro cotas, chegando ao valor de R$ 3 milhões e 176 diárias ao ano.

Outro exemplo é a Casa Pássaros, também na Praia do Forte. Ela conta com cinco suítes com ar-condicionado e piscina. Uma cota custa R$ 600 mil reais e dá direito a 44 diárias por ano. Também é possível comprar até quatro cotas, chegando ao valor de R$ 2,4 milhões e 176 diárias ao ano.

Para se ter uma ideia do mercado imobiliário na paradisíaca Praia do Forte, um apartamento de 80 m² tem valor estimado de R$ 1,5 milhão. Então o compartilhamento de imóveis se demonstra como uma possibilidade de ter uma casa muito maior num destino altamente desejado – ainda que por apenas alguns dias do ano.

Desvantagens do compartilhamento de imóveis

A principal desvantagem de um imóvel compartilhado é não poder frequentá-lo sempre que quiser. É possível que no período que você deseja curtir as férias na sua casa de veraneio, outro sócio já esteja lá. As residências podem ser especialmente disputadas em épocas como ano novo ou feriados prolongados.

Na MyDoor, o agendamento é feito diretamente com um concierge, e cada cota dá direito a escolher uma data especial por ano. A ordem de prioridade dos sócios para escolher essas datas muda anualmente.

Outra desvantagem, especialmente para os apaixonados por decoração, é não poder escolher mobiliário e acessórios. Normalmente, as casas já vem completamente mobiliadas, incluindo itens como roupa de cama e banho e utensílios de cozinha. E, em geral, é tudo bem neutro e impessoal. Afinal, o gosto de um dos proprietários não pode sobressair a outro.

Casa e Jardim - Globo, 07/nov

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte no Leblon - R$ 12.000,00



As ruas mais valorizadas no Rio em 2024 ficam na Lagoa, Leblon e Gávea

Levantamento feito pela startup imobiliária Loft analisou a evolução dos preços nas 300 vias mais valorizadas da cidade entre 2023 e 2024.

Ruas localizadas nos bairros Lagoa, Leblon e Gávea estão entre as que tiveram a maior valorização no período de janeiro a setembro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, por exemplo, registrou o maior aumento do período, de 187%, no tíquete médio de imóveis, subindo para uma média de R$ 4,32 milhões. Já a Rua Major Rubens Vaz, na Gávea, teve um aumento de 175%, com o tíquete médio dos imóveis transacionados alcançando R$ 4,04 milhões. Na Rua Carlos Góis, também no Leblon, a valorização foi de 173%, com preço médio de R$ 5,4 milhões.

Os dados constam em um levantamento inédito realizado pela Loft, startup que atua no mercado imobiliário. A pesquisa analisou as 300 ruas mais valorizadas da capital carioca, com ao menos três vendas ao ano, com base em dados oficiais da prefeitura do Rio sobre transações de imóveis na cidade, tendo o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) como base.

“As ruas com esses crescimentos impressionantes têm algumas características em comum. Todas estão em regiões de alta demanda, com boa localização e, em quase todos os casos, o perfil de imóveis vendidos em 2024 é maior do que os de 2023”, analisa o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi. Entre as 30 ruas com os maiores crescimentos, destacam-se também os bairros Recreio dos Bandeirantes (com 5 ruas) e Barra da Tijuca (4). “A cidade como um todo vive um momento de valorização imobiliária, mas que é mais evidente nessas regiões”, acrescenta Takahashi.

Veja Rio, 07/nov

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Sala Comercial na Glória - R$ 25.300,00



O que os cariocas mais valorizam ao alugar ou comprar um imóvel

Pesquisa revela que rede de fibra óptica, quintal e suíte privativa são prioridades para os moradores do Rio. Segundo corretores, porém, o item mais importante são os armários.

Rede de fibra óptica para internet, quintal e suíte com banheiro privativo são as características mais valorizadas pelos cariocas ao escolher um imóvel. Esses dados vêm de um estudo conduzido pela imobiliária online paulistana Loft, em parceria com a Offerwise, que entrevistou 300 moradores do Rio de Janeiro entre 18 de setembro e 11 de outubro.

De acordo com o levantamento, 19,3% dos entrevistados destacaram a rede de fibra óptica como um item indispensável, seguido por quintal (18,3%) e suíte com banheiro privativo (17,7%). “Essas informações são valiosas para corretores, pois ajudam a destacar características com alta demanda”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Para Wilton Alves, diretor de locações da veterana Sergio Castro Imóveis, a pesquisa leva em conta coisas muito procuradas pelos mais jovens, mas que a principal pergunta respondida por seus corretores é se o imóvel possui armários. “Armários custam um dinheiro importante, e nenhum inquilino quer gastar com isso. Um imóvel sem armários na cozinha e quartos está nu, e será o último a ser alugado”, explica.

A pesquisa também explorou preferências com base em gênero e faixa etária. Os homens tendem a priorizar a fibra óptica (24,5%), enquanto as mulheres preferem quintal (20,4%). Já entre os adultos com mais de 55 anos, a vaga de garagem foi a opção mais valorizada (28,1%). Alves explica que segundo o levantamento da própria Sergio Castro, as vagas de fato tem um importante papel na busca por imóveis, mas que vem caindo vertiginosamente: “antes, um imóvel de três quartos sem vaga em Copacabana, por exemplo, era quase impossível de alugar. Hoje, se for longe de favela e estiver em bom estado, tem fila”.

Outros dados da pesquisa

Além das preferências por características específicas, o estudo questionou os participantes sobre o valor que estariam dispostos a pagar pelo imóvel ideal. Na classe A, 22,2% consideram razoável investir entre R$400 mil e R$500 mil em uma compra. Na classe B, o teto fica em R$300 mil (18,8%), enquanto para a classe C, a faixa de R$100 mil a R$200 mil é a mais mencionada (23%).

No que diz respeito ao aluguel, a faixa de R$1 mil a R$2.500 foi a mais comum para todas as classes. “É surpreendente ver essa faixa prevalecer, considerando o impacto diferente que esse valor tem em cada faixa de renda”, afirma Takahashi.

Diário do Rio, 05/nov

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cobertura 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 6.180.000,00



Mercado imobiliário teme inflação, mas está otimista com futuro

Estudo indica que 74% dos líderes do setor acreditam que ambiente deve melhorar nos próximos 12 meses.

Na visão de líderes do mercado imobiliário brasileiro, a economia não deve mudar muito nos próximos meses. É isso que mostra o Termômetro Imobiliário, estudo realizado pela Brain Inteligência Estratégica, em parceria com o GRI Club, que ouviu empresários e profissionais de grandes companhias do setor.

Segundo a pesquisa, 61% esperam que a economia permaneça como está nos próximos 12 meses. Já 14% acreditam que ela estará pior ou muito pior, enquanto 23% antecipam que estará melhor. O movimento indica uma percepção de estabilidade para o setor, pois no último trimestre, 24% (-1%) dos respondentes esperavam um cenário melhor e 28% (-14%) esperavam um cenário pior.

Em contrapartida, os líderes do setor estão otimistas com o futuro do mercado imobiliário. A pesquisa indica que, apesar de não apresentarem tanto entusiasmo com a economia, para 74% dos respondentes, o segmento imobiliário deve melhorar nos próximos 12 meses.

O valor corresponde à soma de líderes que acreditam que estará muito melhor (2%) e melhor (72%). Enquanto 24% espera que o segmento se mantenha como está atualmente, apenas 2% acreditam que ele estará pior.

“Com a desaceleração da economia, seria natural que o otimismo com o mercado imobiliário também caísse, mas, na prática, ele aumenta. A estabilização da Selic ajuda a fomentar este cenário”, analisa Gustavo Favaron, CEO do GRI Club.

No entanto, ele entende que este otimismo deve apresentar uma queda no próximo trimestre. “A alta taxa de juros e o custo dos materiais vão refletir no preço”, aponta. “Além disso, a pesquisa foi realizada antes do anúncio das mudanças promovidas no financiamento imobiliário”.

No último mês, a Caixa Econômica Federal anunciou uma série de alterações nas regras para buscar financiamento. Entre as medidas, estão a definição do valor de compra ou venda ao limite de R$ 1,5 milhão e a redução nas cotas de financiamento para até 70% do valor do imóvel.

“Possivelmente, veremos uma desaceleração leve na velocidade de venda dos lançamentos, seguida por uma alta de preços. A demanda restringida para a aquisição de imóveis também pode fazer o preço dos aluguéis subir”, antecipa o executivo.

Expectativa para as empresas

Fato é que as iniciativas e o cenário positivo para os empresários devem impulsionar o setor imobiliário. Não à toa, 72% esperam resultados melhores para seus negócios nos próximos 12 meses, enquanto 16% esperam resultados muito melhores. De acordo com o estudo, 67% já estão atuando para investir ou ampliar os negócios, enquanto 33% aguardam para tomar decisões.

“O Governo Federal vem demonstrando de maneira efetiva o interesse em investir no Minha Casa, Minha Vida e o público de altíssimo padrão é muito resiliente, não sente as pressões de preço”, justifica Favaron. “A classe média é a que mais sente os efeitos da inflação. Isso deve fazer os empresários recalibrarem seus produtos”, indica.

Setores com oportunidades

Para 65% dos líderes imobiliários, as melhores oportunidades do setor estão no segmento residencial. Os galpões, segundo 58% dos respondentes, aparecem como o segundo setor com mais oportunidades, seguido de loteamentos (40%), infraestrutura (40%) e shopping center (23%). Em contraste, apenas 19% apontaram os escritórios e 7% os hotéis.

“O setor de escritórios não ser considerado um dos ativos mais importantes ou desejados do segmento ainda é reflexo da pandemia, examina Favaron. “Porém, a tendência é de evolução, pois já vemos um movimento expressivo de volta aos escritórios. Porém, um projeto de escritório percorre uma longa jornada para sair do papel e se tornar realidade. Assim, é possível vermos uma escassez no futuro”.

Principais dificuldades do setor

Apesar do bom momento e das altas expectativas, os empresários também precisam lidar com diversos obstáculos. E nenhum é tão marcante quanto os custos de produção, segundo 65% dos entrevistados. Processos de aprovação (44%) e acesso limitado a crédito e financiamento (42%) também se destacam entre as respostas apresentadas.

Já entre os fatores mais críticos, 93% dos líderes apontam a taxa de juros elevada como o principal deles, seguido do ambiente político-institucional do País. “As principais dificuldades do mercado imobiliário estão relacionadas à participação das autoridades no processo”, comenta Favaron. “Apesar de melhorias em diversas prefeituras, ainda é difícil aprovar um projeto no País”.

“O acesso limitado ao crédito e a taxa de juros alta também ajudam a desacelerar a economia e isso reverbera na confiança do consumidor em comprar um imóvel. Se o índice de confiança e os juros sobem, o valor da parcela dos financiamentos também sobe. E se o consumidor se sente inseguro, ele adia a compra do imóvel. É um ciclo”, aponta.

Estadão Imóveis, 04/out

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Casa 5 Suítes no Cosme Velho - R$ 4.900.000,00



Cbic eleva para 3,5% projeção de crescimento da construção civil

Mercado de trabalho aquecido e o bom desempenho nos imóveis de padrão foram os principais motivadores da revisão, aliados ao “crescimento mais robusto da economia”.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) revisou para cima a sua projeção de crescimento para o setor neste ano, e pela segunda vez. A entidade agora projeta uma alta de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, ante previsão anterior de 3%. Até julho, a previsão era fechar o ano com 2,3% de aumento.

De acordo com a entidade, o mercado de trabalho aquecido e o bom desempenho das empresas que atuam com imóveis de padrão econômico foram os principais motivadores da revisão, aliados ao “crescimento mais robusto da economia” neste ano é esperado para o início de 2025.

“O saldo de novas vagas geradas continua positivo e os empresários mantêm expectativas otimistas para o nível de atividade nos próximos seis meses”, afirmou, em nota, o presidente da Cbic, Renato Correia.

O número de trabalhadores formais na construção civil cresceu 5,2% nos últimos 12 meses, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, para 2,91 milhões de pessoas. Há obstáculos ao cenário positivo, no entanto.

Um deles é a perspectiva de aumento de juros no país, que pode afetar investimentos, e a disponibilidade mais apertada de crédito imobiliário. Também pesam a falta de mão de obra qualificada e o custo da construção, que avança 5,72% no últimos 12 meses até outubro, ante 3,37% no período anterior, de acordo com o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), divulgado pela FGV.

Ieda Vasconcelos, economista da Cbic responsável pelas projeções, ressalta que a meta de 3,5% supera as previsões de crescimento do PIB do país, atualmente em 3,05% para o ano. “Os resultados do segundo trimestre foram mais positivos, o que acabou, então, influenciando a nova projeção”, disse.

Em 2023, o PIB da construção recuou 0,5%, após ter crescido 6,8% em 2022 e 12,6% em 2021.

Valor Econômico, 01/nov

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Cobertura Comercial na Barra da Tijuca - R$ 1.500,00



No Centro do Rio, sobrado que pertenceu a Marc Ferrez é posto à venda por R$ 6 milhões

Casarão na Rua da Quitanda abrigou loja de um dos mais importantes fotógrafos da História no fim do século XIX.

O casarão que pertenceu a Marc Ferrez, considerado um dos mais importantes fotógrafos da História do Brasil no fim do Império e início da Primeira República, está à venda na Rua da Quitanda, no Centro da cidade. A família de Ferrez decidiu se desfazer do sobrado do século XIX por R$ 6 milhões. A construção tem três andares, 660 metros quadrados e detalhes que marcam a passagem do tempo, uma delas uma escadaria multicentenária.

Nos idos anos 1875, Ferrez foi considerado o principal fotógrafo do Rio. Feitas por ele, as fotografias panorâmicas da cidade, àquela época capital brasileira, ficaram muito conhecidas. O casarão abrigava a Casa Ferrez, a mais famosa da Guanabara.

— Temos sobrados históricos por todo o Centro da cidade, mas as regiões que estão mais vivas são a Rua do Saara, a região da Praça XV e a Rua da Assembleia. Esse imóvel é ideal para restaurantes, loja de rua... Pelo fato de a área estar ativa, as pessoas têm procurado imóveis para alugar, mas os proprietários da Casa Ferrez preferiram a venda — diz Claudio Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis, responsável pela negociação.

O sobrado da Rua da Quitanda estava há quatro anos fechado e teve as janelas depredadas no período pós-pandêmico, em que a região estava mais vazia. Antes de as atividades serem encerradas, ele abrigava o restaurante Sabor Saúde, mas o ponto funcionou como a Casa Marc Ferrez, Cinemas e Eletricidade Ltda até os anos 1990.

Para todos os gostos: mercado imobiliário do Rio vive uma febre dos estúdios, com preços que vão de R$ 268 mil a R$ 3,5 milhões
Agora, comerciantes do entorno torcem para que a região volte a ficar movimentada com projetos como o Reviver Centro e com a abertura de novos atrativos também pelo Reviver Centro Cultural.

— Desde o fim da pandemia, o movimento caiu bastante, o Centro morreu. O faturamento da loja caiu significativamente. Espero que as pessoas voltem a circular — torce Marcela Otaviano, de 36 anos, gerente de uma loja de especiarias em frente ao sobrado histórico.

Na própria Rua da Quitanda, um edifício vizinho ao sobrado histórico vai inaugurar, em dezembro, o Espaço Quitanda 23: cafeteria, gelateria e espaço cultural. A proposta do projeto é inspirada na primeira sorveteria do Brasil, criada no Rio em 1835. O imóvel tem quatro andares: no primeiro funcionarão a cafeteria e a gelateria; no segundo, a cozinha; no terceiro, camarim e no quarto andar, a diretoria administrativa.

O Globo, 31/out

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Apartamento 4 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 14.000,00



Os planos da Imóvel Vazio para ocupar e modernizar predinhos na Zona Sul do Rio

 

Abandonado e invadido há 3 anos, quando do fechamento do Hotel Santa Clara, o predinho na rua Décio Vilares, 316, no Bairro Peixoto, em Copacabana, acaba de passar por um retrofit. As 19 unidades, de 27 m² a 68 m², começam a ser comercializadas a partir da próxima semana, já prontas para morar e decoradas, e alcançando um valor de metro quadrado mais do que o dobro da média da região: R$ 23.500/m², ante uma média em torno de 10.000/m². Rebatizado como Residencial Vilares, o prédio é preservado pelo patrimônio histórico, o que garante isenção de IPTU. Seis apartamentos terão piscina privativa, com hidromassagem e cromoterapia, e as áreas comuns incluem lavanderia OMO, espaço de co-working com wi-fi, bicicletário e minimercado autônomo.

O empreendimento — de R$ 18 milhões de VGV (valor geral de vendas) — é o segundo retrofit da Imóvel Vazio, incorporadora carioca fundada por Alexandre Greco e Fabio Arbex Araujo, e que se especializou no chamado house flipping: o bom e velho comprar barato, reformar e vender.

Em um mercado imobiliário com pouca transparência de dados como o brasileiro, transformar o house flipping em um negócio escalável é um grande desafio. A Loft chegou a convencer investidores de que era possível, levantou algumas centenas de milhões de dólares, mas acabou tendo que se reinventar.

Alexandre e Fabio passaram 10 anos fazendo house flipping na Zona Sul do Rio, comprando no próprio CPF apartamentos em leilões. Focados em um ticket médio de revenda de R$ 500 mil, eles conseguiam uma valorização de 66% no imóvel decorado, para um ciclo de venda de 6 a 8 meses.

Há três anos, depois de mais de 200 apartamentos vendidos, eles atraíram a gestora Opus como sócia, mas criaram um problema: com mais capital, compraram mais imóveis e a gestão das obras — até 50 ao mesmo tempo — se tornou um desafio. — A gente tinha o expertise das obras, tentou ganhar escala, mas vimos que era impossível — diz Alexandre.

Foi quando surgiu a oportunidade de comprar um predinho preservado pelo patrimônio histórico no Bairro Peixoto, com 25 unidades, incluindo vaga na garagem. Após dez meses de obra, as unidades mobiliadas foram vendidas em 45 dias no início do ano passado, atraindo moradores e investidores para locação de curta temporada. Assim como o Vilares, o imóvel é todo moderno, com carregador elétrico na garagem, check-in digital e área para entregas. A gestão da propriedade, para quem comprou para locação de curta temporada, é da Lobie. (A única unidade ainda não vendida é a cobertura, de R$ 240 m², configuração original do prédio.)

A incorporadora não vai deixar de reformar imóveis individuais, mas o foco hoje é o retrofit de predinhos de até cinco ou seis andares — e a compra de terrenos para incorporar novos predinhos. — Vamos focar em um VGV de até R$ 20 milhões, que é um mercado onde as grandes incorporadoras como Cyrela, Mozak e Gafisa não atuam. Elas não fazem nada com VGV menor que R$ 50 milhões — diz Alexandre.

O Globo, 30/out