terça-feira, 30 de abril de 2024
Mercado imobiliário do Rio aquecido e em alerta
O mercado imobiliário do Rio de Janeiro registrou avanço de 18% nas vendas de imóveis em 2023, apesar do recuo de 16% no número de lançamentos, na comparação com 2022. Os dados são de uma prévia do balanço feita pelo Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro). Só em dezembro do ano passado, foram 50% a mais de unidades vendidas. Para 2024, a expectativa do sindicato é alta, sobretudo, pela redução da taxa de juros, mas fica o alerta.
"Esses números mostram que vendemos estoque que, hoje, está abaixo de seis meses, ou seja, se não tivermos nenhum lançamento nos próximos seis meses e continuarmos com a mesma velocidade de vendas, vai terminar todo o estoque do mercado imobiliário na cidade do Rio", observa Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio.
O Dia, 30/abr
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Fundos Imobiliários chamam atenção de investidores
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) parecem ter caído no gosto do investidor brasileiro, especialmente nos últimos cinco anos. Dados da B3 revelam que o número de investidores nessa modalidade passou de 208 mil investidores em 2018 para 2,5 milhões em dezembro de 2023. O patrimônio líquido, por sua vez, encerrou o ano em R$ 221 bilhões.
Os Fundos Imobiliários são veículos de investimento coletivo no mercado financeiro e têm como principal objetivo a aquisição e gestão de ativos imobiliários, como prédios comerciais, shoppings, galpões industriais e até mesmo hotéis, resorts e parques temáticos. Funcionam como uma forma acessível para os investidores participarem indiretamente do mercado imobiliário, sem precisarem adquirir propriedades físicas ou se preocupar com gastos de manutenção e condomínio.
Os FIIs são formados por cotas, que são pequenas frações do patrimônio do fundo, e os investidores podem comprá-las ou vendê-las na bolsa de valores, conferindo liquidez ao investimento.
Setor aquecido
“A recuperação das cotações na Bolsa e o início do ciclo de cortes da taxa Selic, que teve quatro reduções em 2023, são o início de um novo ciclo virtuoso na economia do país", acredita André Catrocchio, sócio-diretor da Hectare Capital.
“No caso do investimento em renda variável, como é o caso dos FIIs, os juros mais baixos tendem a valorizar esse tipo de investimento, já que em um ambiente econômico mais favorável o número de novos projetos e de emissões de papéis aumenta”, completa.
Sobre a Hectare Capital
A Hectare Capital atua no mercado de fundos de investimento imobiliário de forma 100% independente, alinhada às melhores práticas do mercado e com o propósito de potencializar negócios junto a empresas dos mais variados setores e com foco no desenvolvimento do turismo brasileiro. Um dos seus principais fundos, o HCTR11, entregou o maior volume acumulado de dividendos entre os FIIs que compõem o IFIX desde julho de 2019.
Valor Econômico, 29/abr
quarta-feira, 24 de abril de 2024
O setor do mercado imobiliário que é o preferido dos investidores
Nos últimos dias, um negócio recorde do mercado imobiliário chamou muita atenção no país. Tratou-se da venda de um prédio da Avenida Faria Lima, em São Paulo, para o banco Itaú, por aproximadamente 1,5 bilhão de reais. A instituição financeira planeja transferir sua sede para esse endereço. Foi a maior transação do tipo na história do país e representou também um bom exemplo de como o mercado de imóveis comerciais atravessa um bom momento.
Esse segmento é fortemente orientado pelos movimentos econômicos do país, pois costuma ter os ativos mais atrativos para investimento e renda recorrente. Muitos investidores têm a locação de salas e lojas comerciais como parte de sua renda mensal e estão sempre de olho em novas possibilidades para ampliar seus portfólios. Não por acaso, algumas incorporadoras costumam sempre desenvolver, junto com seus empreendimentos residenciais, prédios comerciais estritamente planejados para locação. Exemplos disso são a Idea Zarvos e a Luciano Whertein. Com essa estratégia, alimentam o caixa da empresa e tem a segurança de poder desenvolver novos projetos, além de passar por crises do mercado com muito mais calma, como foi a época da pandemia da COVID-19 que mudou bastante a realidade do mercado, quando muitas empresas fecharam suas portas e passaram a atuar de forma remota, com seus funcionários em homeoffice.
Forte valorização
Quem é proprietário de algum espaço comercial tem motivos para comemorar, pois o ano de 2023 fechou de forma muito positiva. No período, o aluguel nos prédios comerciais alcançou uma alta histórica. De acordo com o Indice FipeZap Comercial, a valorização acumulada dos preços de locação bateu 5.87%, o maior resultado anual desde o início do indicador em 2013. Entre as cidades analisadas pelo Indice FipeZap, Salvador liderou a alta dos preços do aluguel com registro de 13,03% no acumulado, seguido das cidades de Niterói com 9,46% e Campinas com 8,96%. O mercado imobiliário comercial deve manter um ritmo de crescimento moderado e continuará sendo uma ótima aposta para a carteira dos investidores em 2024.
A escolha por um endereço comercial segue uma cartilha diferente daqueles que buscam seu destino residencial. Enquanto as pessoas costumam escolher apartamentos e casas em locais mais tranquilos e reservados, a busca para ter seu local de trabalho é justamente o oposto. Ele precisa estar próximo a todas as facilidades de transporte, de comércio e de serviço para facilitar tanto a vida de quem vai estar presente no dia a dia da empresa, quanto para melhor atender os clientes. Outra característica que chama muita atenção de quem busca alugar um espaço comercial é que o prédio tenha atrativos tecnológicos e sustentáveis, como elevadores inteligentes e uso de energia verde.
Um ponto em comum com o mercado residencial é o peso de uma boa localização. Destinos financeiros consolidados como a Avenida Faria Lima, novo endereço do Itaú, são o sonho dos cartões de visita das empresas, pois acabam imprimindo status para a marca. Não à toa, os valores nesses lugares acabam se descolando muito da média em geral. Em breve, portanto, é possível que o recorde de 1,5 bilhão de reais seja superado.
Veja Mercado, 24/abr
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Colégio Padre Antônio Vieira, no Humaitá, vai virar um condomínio residencial
O novo residencial surgirá respeitando a história do Rio de Janeiro: o prédio histórico da escola, a famosa casa amarela, será mantida e será uma das áreas comuns do empreendimento que traz novidades para o mercado pelas mãos femininas de Tanit Galdeano.
Fundado em 1940, o tradicional imóvel do Humaitá que abrigava o Colégio Padre Antônio Vieira vai dar lugar a um empreendimento imobiliário com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2024. O espaço de 2.648,8m2 foi oferecido com exclusividade pela família proprietária para Tanit Galdeano, presidente da TAO Empreendimentos e vai virar um residencial com estilo contemporâneo e traços clássicos com 92 unidades e VGV de R$ 130 milhões. O projeto único já tem nome: H.U.M. Os defensores do patrimônio histórico também têm algo a comemorar: a bonita casa amarela tombada, que abrigava parte do colégio e fica no meio do terreno, será totalmente restaurada e fará parte de um dos espaços coletivos do empreendimento.
“Queremos fazer esta transição de forma muito respeitosa e até a escolha do escritório de arquitetura foi assertiva porque levamos em consideração a importância da afetividade. Sabemos da relevância da instituição pra memória das famílias cariocas e, no que depender da TAO, o colégio viverá para sempre”, comenta Tanit Galdeano, presidente da empresa. No leilão, ocorrido no fim de 2023, a TAO arrematou algumas placas em bronze e um quadro com o brasão da escola para incluir na decoração do casarão reformado.
O escritório dos premiados arquitetos Celso Rayol e Fernando Costa, Cité Arquitetura, assina o projeto. Celso é pai de ex-aluno do colégio e trouxe diversas referências que serão aplicadas. “Quando você entrava, já escolhia a cor do seu time para as Olimpíadas, que podia ser vermelho ou azul. Mas era uma competição muito salutar e tinha tanto afeto, que os alunos, mesmo saindo do colégio, voltavam só para torcer pelos times”, comenta. Segundo Celso, toda essa atmosfera será reproduzida no novo empreendimento, trazendo referências que passam pela coloração da casa até o vermelho e azul das competições. “Já assinamos obras emblemáticas para a cidade, como o retrofit do Hotel Glória, e o desafio é não perder nunca a alma do lugar. E é exatamente isso que eu e meu sócio, Fernando Costa, procuramos nesse desafio dado pela TAO: desenvolver um lugar que fale de forma contemporânea e respeitosa, sem deixar de tocar sensivelmente esse passado tão nobre do espaço”, destaca o arquiteto.
“O retrofit vem na esteira de um grande movimento no meio da arquitetura e urbanismo, que requalifica espaços históricos da cidade e dá nova vida às construções. A preservação do casarão localizado no centro do terreno, um bem tombado, acabou tornando-se um grande articulador no caso desse projeto, abrigando áreas de uso comum e apartamentos. Sua presença definiu o tom e o diferencial do empreendimento, que ainda conta com dois terraços com áreas de lazer e vista para o Cristo Redentor.”, comenta Fernando Corta, arquiteto e sócio da Cité Arquitetura.
História da escola se mistura com a da elite carioca
O padreco foi um dos colégios mais tradicionais das Zona Sul do Rio de Janeiro. Até o ano de 1992, o colégio particular promovia o ensino católico só para meninos, baseado em modelos pedagógicos de escolas inglesas e, a partir do início da década de 90, passou a admitir a matrícula de meninas. Em 2022 a escola fechou as portas, deixando saudades aos alunos, que disputaram recentemente itens da escola em um leilão promovido pelos antigos donos. No início de 2023, o prefeito Eduardo Paes aceitou o apelo da comunidade e tombou o espaço, que ficaria sem destino e manutenção, se não fosse pela iniciativa privada. Havia possibilidade de um espaço com a memória riquíssima ser totalmente destruído.
“Para as incorporadoras, equacionar esse processo é mais complexo e mais caro do que erguer um empreendimento do zero. Mas, de modo geral, vale a pena. Quando partimos da premissa que o coração do projeto é o bem preservado, tende-se a se revelar um projeto coeso, dando a ele sua a devida importância. Para mim, que atuo no setor há mais de 20 anos e sempre estive imersa nesse mercado, enxergo como uma grande oportunidade”, Tanit Galdeano, presidente da TAO.
Uma médica, amante de arte e carnaval, mudando o setor imobiliário no Rio de Janeiro
Formada em Medicina e com tino para negócios, Tanit Galdeano fundou a TAO há 21 anos, após herdar terrenos icônicos do pai, Antonio Galdeano. É hoje uma das poucas mulheres a liderar empresa do segmento de incorporação e construção no Rio de Janeiro. Além de empresária, entusiasta das artes plásticas, figura constante na alta roda da cidade, Tanit também é grande entusiasta do Carnaval carioca, onde toca chocalho na bateria da Grande Rio há mais de 20 anos.
Na Zona Norte, a TAO comemora um legado de projetos de alta qualidade arquitetônica, como o Casa Gabizo, condomínio residencial situado em um dos pontos mais nobres da Tijuca, a área comum ocupa uma casa tombada, espaço que também compõe o empreendimento e mescla a arquitetura contemporânea com a clássica. E o Faces, na Penha, que mudou a realidade residencial e comercial do bairro, criando um boulevard com lojas e eventos.
Em 2024, a empresa comemora a sua consolidação na Zona Sul da cidade, disputando com grandes como Gafisa e Cyrela o mercado de alto padrão da região. Dentre as obras em desenvolvimento, além do HUM, no Humaitá; destaque para o Jardim Pindorama, onde ficava a Casa Rosa, na Gávea, que vai ser um condomínio de sete casas com projeto de Erick Figueira de Mello e Sérgio Conde Caldas; e o Epitácio, localizado na Lagoa, que será vendido pronto e recebeu no final de 2023 o Prêmio Destaque Ademi por seu projeto.
Diário do Rio, 22/abr
sexta-feira, 19 de abril de 2024
Fundo imobiliário amplia presença no Rio e reduz dívidas; Índice tenta mais uma alta em semana de Copom
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 abre a semana, que encerra janeiro e abre o calendário de reuniões de decisão de política monetária do Banco Central (BC) em 2024, sem direção única.
Com isso, por volta das 12h55 (de Brasília), o Ifix oscilava perto da estabilidade (-0,01%), aos 3.331 pontos, mantendo-se firma acima dos 3.300 pontos, patamar alcançado há um mês.
Diante do bom desempenho, o índice caminha para encerrar com ganhos pelo terceiro mês seguido.
No horário acima, o FII que mais subia era o Hotel Maxinvest (HTMX11), quase 1,5%, engatando o terceiro pregão seguido de valorização.
Por outro lado, o fundo imobiliário BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) tinha a maior queda (-4%), ampliando a sequência de perdas, com sete dias seguidos de sinal negativo. Desta forma, o BTRA11 tem o maior tombo do mês, de 17%, e é negociado perto das mínimas. As cotas estão no patamar de R$ 50.
Fundo imobiliário de shoppings investe no Rio e abate dívidas
O fundo imobiliário Genial Malls (MALL11) informou ao mercado que adquiriu participações em shoppings no Rio de Janeiro, em negócio avaliado em mais de R$ 270 milhões.
Em comunicado, o FII explica que concluiu a compra de participação indireta de 20% do Shopping Metropolitano Barra, no Rio de Janeiro, por R$ 81 milhões. O cap rate da operação é estimado em 9,1%.
O MALL11 ainda adquiriu 100% das cotas do fundo imobiliário Barra Malls, dono do Península Open Mall e do Rio2 Shopping. Os ativos ficam na Barra da Tijuca e atendem um público de alta renda. A operação foi avaliada em R$ 126,3 milhões, com cap rate de 9,1%.
Para ampliar os investimentos no Rio de Janeiro, o Genial Malls ainda assinou o compromisso de compra de participação de 17,5% no Caxias Shopping, em Duque de Caxias, por R$ 65,8 milhões e cap rate de 9,5%.
Além disso, o FII ainda fez o pagamento de R$ 88,1 milhões referente aos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) das séries 468 e 470, reduzindo as dívidas em 47,9%. Sendo assim, o saldo devedor do FII agora é de R$ 115,8 milhões.
Após essas aquisições, o MALL11 amplia seu portfólio e passar a ter fatias em 14 shoppings, distribuídos em cinco estados. Porém, com ampla presença no estado fluminense. Com isso, a ABL do FII atinge 127,5 mil metros quadrados.
Money Times, 19/abr
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Novo empreendimento aquece mercado imobiliário na Baixada
Em 2024, o mercado imobiliário está superaquecido, graças à retomada das concessões de financiamento de imóveis e a baixa taxa de juros, conforme dados do site Imobi Report especializado no assunto. Uma dessas áreas em franca expansão é a Baixada Fluminense, seja pela sua localização geoeconômica, com muitas empresas e indústrias ao redor, seja pelo perfil da sua população. Entre os lançamentos previstos para este ano está o Residencial Cidade Jardim, fruto da parceria entre duas empresas: a Buriti Empreendimentos e a Ciampi Empreendimentos.
Localizado há cerca de 10 minutos do centro de Duque de Caxias, na Estrada Rio D’Ouro que faz interseção com o Arco Metropolitano, o novo loteamento oferece toda a infraestrutura urbanística necessária. Sua extensão de 499 mil m² conta com itens indispensáveis: asfalto com meio-fio, paisagismo, rede de água e energia elétrica, iluminação pública, rede e tratamento de esgoto e galerias de drenagem.
O projeto traz duas propostas diferenciadas: A parte baixa do bairro é um loteamento aberto com 653 terrenos residenciais com metragem de 200m² a 405m² e 128 terrenos comerciais com metragem de 350m² até 516m². Conta ainda com câmeras de monitoramento e área de lazer.
A parte alta é um loteamento com acesso controlado e possui 177 terrenos residenciais de 200 m² a 434m², com portaria, monitoramento por câmeras e área de lazer.
O planejamento urbanístico se desenvolve em áreas legalizadas pelos órgãos públicos, respeitando o meio ambiente, o plano diretor e o código de obras do município.
Todos esses recursos refletem a preocupação da Buriti em oferecer o máximo de bem-estar aos seus futuros moradores que terão a sensação de estar no campo, porém, próximo das conveniências da cidade, em um local calmo, longe da violência dos grandes centros urbanos, além de contar com privilégio da segurança.
Monitor Mercantil, 18/abr
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Com mercado imobiliário aquecido, Rio pode sofrer falta de imóveis novos para venda
Um levantamento realizado pelo Sindicato da Construção Civil fluminense (Sinduscon-Rio) mostrou que, em 2023, o mercado imobiliário da cidade apresentou um forte aquecimento nas atividades de venda.
Segundo dados oficiais da entidade, o ano registrou 18% a mais em volume de vendas de unidades residenciais, apesar do recuo de 16% no número de lançamentos, na comparação com 2022.
A sondagem verificou que, no mês de dezembro de 2023, foram vendidas 50% a mais de habitações na capital fluminense. A expectativa do Sinduscon-RJ é de que, em 2024, os números sejam ainda mais promissores. Um dos indicativos para tamanho otimismo é a redução da taxa de juros.
No entanto, o presidente da entidade, Claudio Hermolin, alerta para uma possível falta de estoque de imóveis na cidade, já que não houve novos lançamentos nos últimos seis meses.
“Esses números mostram que vendemos estoque que, hoje, está abaixo de seis meses. Ou seja, se não tivermos nenhum lançamento nos próximos seis meses e continuarmos com a mesma velocidade de vendas, termina todo o estoque do mercado imobiliário na cidade do Rio”, afirmou Hermolin, segundo a jornalista Berenice Seara.
Uma alternativa é o mercado de imóveis secundário, os famosos imóveis usados. Com localização por vezes muito melhor ou igual à dos lançamentos, este mercado também está tendo grande aumento na velocidade de vendas, principalmente na Zona Sul e na Tijuca, mas conta com preços muito mais camaradas. Lucy Dobbin, da Sergio Castro Imóveis lembra que “por vezes vizinhos de parede de lançamentos, tendem a ter plantas melhores, e preços que podem chegar perto da metade, por metro quadrado. Um exemplo interessante é um apartamento na Prudente de Morais, com 170m2 e 2 vagas num prédio bem organizado, que sai a R$ 2.600.000,00 enquanto a poucas quadras é vendido um lançamento a incríveis 40.000 reais por metro. É uma diferença que alguns consideram insana, e talvez não se justifique para a maior parte das pessoas.”
Diário do Rio, 17/abr
terça-feira, 16 de abril de 2024
Minha Casa Minha Vida deve levar crédito imobiliário a recorde em 2024
Impulsionado pelo Minha Casa Minha Vida, o crédito imobiliário deve bater novo recorde neste ano, após superar as expectativas do setor em 2023. No ano passado, a volta do programa do governo federal impulsionou as concessões, driblando o segundo maior encolhimento das cadernetas de poupança na série histórica.
Em 2024, o orçamento do FGTS para habitação é de cerca de R$ 106 bilhões. Se for totalmente aplicado, representará um aumento de 8% em relação a 2023, ano que foi de recorde em concessões para o setor com os recursos do fundo. Ao todo, o FGTS respondeu por 39% do crédito imobiliário concedido no País, a maior participação desde 2019, ano anterior à pandemia da covid-19.
“O FGTS, graças ao Minha Casa Minha Vida, teve um crescimento de 59% comparando com o ano de 2022. O FGTS está num patamar diferente em relação a outros anos”, disse em coletiva de imprensa, na quarta-feira, 24, o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Sandro Gamba.
O programa do governo concede financiamentos subsidiados a famílias de baixa renda e utiliza os recursos do Fundo. Durante o governo de Jair Bolsonaro, sob o nome de Casa Verde e Amarela, o MCMV deixou de contar com a Faixa 1, que financia os imóveis de famílias com renda mensal de até R$ 2.640. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva espera que essa parcela responda por até metade dos financiamentos do programa.
Também usam dinheiro do FGTS as operações da linha pró-cotista, destinada a quem tem pelo menos três anos de carteira assinada e busca comprar um imóvel residencial com valor de até R$ 1,5 milhão. Tanto no programa quanto no pró-cotista, a Caixa Econômica Federal opera praticamente sozinha.
A Abecip estima que, somados os recursos do FGTS e os da poupança, serão concedidos R$ 259 bilhões neste ano, volume 3% superior ao de 2023. Este total faria de 2024 o melhor período da série histórica do setor, acima inclusive de 2021, em que a combinação entre juros baixos e um alto volume de lançamentos no mercado produziu um recorde de R$ 255 bilhões em concessões.
Em 2023, o maior ímpeto do FGTS ajudou a compensar o novo encolhimento das cadernetas de poupança, que ainda são a principal fonte de recursos para a construção e a compra de imóveis no País. No ano passado, os financiamentos através da poupança encolheram 15% em relação a 2022, para R$ 153 bilhões.
A queda é consequência direta do maior aperto no orçamento das famílias, que recorreram aos depósitos na poupança para pagar despesas, e fizeram com que o saldo depositado nas contas encolhesse. A saída líquida da poupança destinada ao crédito imobiliário em 2023 foi de R$ 72 bilhões, a segunda maior da história, levando o saldo total a R$ 747 bilhões.
Ainda assim, as fontes totais de financiamento para o crédito imobiliário tiveram expansão de 13%, para R$ 2,17 trilhões. A poupança teve a participação no total diluída de 40% para 34%, enquanto fontes alternativas, como as letras de crédito imobiliário (LCIs) e os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) chegaram a 40%, contra 34% em 2022.
“O setor foi resiliente em, através de outras operações, suprir essa necessidade do mercado, principalmente com LCIs, LIGs [letras imobiliárias garantidas], CRIs e fundos de investimento”, afirmou Gamba.
De acordo com ele, mesmo com a poupança encolhendo, o mercado opera em um patamar mais elevado que a média histórica.
O executivo disse que a tendência em momentos de queda da Selic, como o atual, é de retomada dos depósitos em poupança. Ainda assim, o maior fatiamento da “pizza” de financiamento do setor é definitivo. “A representatividade que a poupança tinha não volta”, afirmou.
IstoÉ, 16/abr
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Conheça o Short Stay, nova modalidade que tem aquecido o mercado imobiliário
Enquanto o verão aquece as terras brasileiras, Salvador emerge como um dos destinos mais procurados por turistas em 2024. A capital da Bahia, conhecida por sua rica herança cultural, praias deslumbrantes e pela maior festa de rua do mundo, o Carnaval, conquista a atenção de viajantes nacionais e internacionais que buscam uma experiência única e cheia de energia durante a estação mais quente do ano.
A alta temporada também é o cenário perfeito para se investir no Short Stay, também chamado de estadias de curtas temporadas, uma das novas tendências do mercado imobiliário que está revolucionando a maneira como as propriedades são gerenciadas e como os investidores enxergam oportunidades no setor.
O Short Stay nada mais é que o aluguel de propriedades por períodos mais curtos, geralmente por diárias ou semanas, em oposição aos contratos de locação de longo prazo. O processo é realizado de forma digital e com contratos simplificados, oferecendo maior flexibilidade para os locatários e proprietários. Uma possibilidade de garantir estadias mais adaptadas às necessidades e disponibilidade do visitante. Com essa nova modalidade, os empreendimentos para curta temporada emergem como protagonistas e oferecem uma abordagem flexível.
Seja para viagens de lazer, trabalho ou uma pausa rápida na rotina, esses imóveis têm conquistado espaço significativo, transformando a paisagem do setor de hospitalidade. Para o empresário Francisco Carozzo, um dos líderes da Carozzo Desenvolvimento Imobiliário, o investimento nessa nova tendência gera diversos benefícios tanto para os investidores imobiliários quanto para os hóspedes, oferecendo oportunidades inovadoras para os proprietários e uma nova experiência para os viajantes.
“Os investidores conseguem ter mais controle sobre a gestão de suas propriedades, podem aproveitar a crescente demanda para maximizar a rentabilidade de suas propriedades ajustando as tarifas de acordo com a demanda, especialmente em épocas de alta procura, atraindo diferentes perfis de hóspedes, desde turistas a profissionais em viagens de negócios, além de fazerem com que a ocupação contínua se torne mais fácil de ser mantida”, explica Francisco.
O empresário ainda destaca que essa mudança se alinha com o estilo de vida dinâmico e acelerado dos dias atuais, visto que essas propriedades frequentemente oferecem comodidades modernas, como Wi-Fi, limpeza regular e infraestrutura completa, proporcionando aos inquilinos uma experiência mais confortável e prática. “Essa nova tendência proporciona uma experiência única de hospedagem que se alinha perfeitamente ao estilo dos viajantes contemporâneos. Ao mesmo tempo que se beneficiam da economia com os custos de hospedagem tradicionais, desfrutam de mais espaço e privacidade do que oferecem os quartos de hotel convencionais, tendo a oportunidade de explorar mais a fundo a cultura local e experimentar a vida cotidiana, o que contribui para uma experiência mais enriquecedora”, declara Carozzo.
O Short Stay está remodelando a maneira como as pessoas encaram o mercado imobiliário. Esse modelo de negócios está revolucionando a maneira como as propriedades são gerenciadas e como os investidores enxergam oportunidades no setor. À medida que essa tendência se consolida, é esperado que o mercado imobiliário continue a evoluir para atender às demandas da sociedade moderna que busca por estadias mais personalizadas e que desempenham um papel essencial na narrativa futura da indústria de hospitalidade, oferecendo uma variedade de escolhas que prometem tornar cada estadia uma aventura inesquecível.
Portal Abrantes, 15/abr
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Imóveis populares ganham laminados e revestimentos
As construtoras não têm obrigação de entregar as unidades enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) com piso em salas e quartos e revestimento completo em paredes de cozinhas, áreas de serviço e banheiros. Mas, em função da concorrência, algumas empresas vêm incluindo o acabamento como um diferencial. A vantagem para os clientes é a desobrigação de fazer obras assim que recebem as chaves do novo imóvel.
Desde que passou a atuar no segmento econômico, em 2016, a Rio8 vem entregando os imóveis com piso em salas e quartos e azulejo até o teto em banheiros, cozinhas e áreas, inclusive nos enquadrados no MCMV. Nos projetos de médio e alto padrões, a construtora deixa a escolha do piso e dos revestimentos por conta do comprador.
ACEO da empresa, Mariliza Fontes Pereira, explica que os clientes do segmento econômico, em geral, não têm recursos para fazer obra logo que recebem os apartamentos, e o custo poderia comprometer o pagamento das parcelas do financiamento.
— Para nos diferenciar, incluímos os acabamentos nas unidades do Cenário de Monet, em Petrópolis, o primeiro enquadrado no Minha Casa, Minha Vida que lançamos. Mas passamos a adotar esse procedimento em todos os projetos. O custo para colocação de piso é baixo em relação ao valor da obra — afirma.
No Central Park, em Duque de Caxias, a Riviera também está entregando as unidades com piso de cerâmica e revestimento nas paredes das cozinhas e dos banheiros. Para os clientes mais exigentes, a construtora oferece ‘kits de melhorias’, pagos à parte, para a colocação de porcelanato em quartos e salas antes da entrega das chaves.
A empresa já lançou dois condomínios do Riviera com 480 unidades cada um, 100% vendidas. Recentemente, colocou à venda a terceira fase do projeto, também com 480 apartamentos. Ao todo serão 21 condomínios com áreas de lazer próprias.
— Nosso projeto prevê a construção de um bairro planejado com mais de dez mil unidades. As primeiras entregues são como cartões de visita para mostrar ao público que há critério na escolha de pisos e azulejos. Usamos materiais de boa qualidade, mesmo que isso reduza nossa margem, e entregamos um produto melhor com preço acessível — explica a consultora de Vendas e Marketing da Riviera, Jamille Dias.
Viabilizar financeiramente a entrega de unidades com piso e revestimentos nas áreas molhadas (cozinha e banheiro) é um desafio, na avaliação da coordenadora de Produtos Novolar, Carolina Redoan. Segundo ela, a estratégia da construtora tem sido firmar acordos com grandes fornecedores a preços mais competitivos devido ao volume de material adquirido.
— É mais vantajoso para o cliente receber o imóvel já com acabamento. Em alguns empreendimentos, oferecemos os kits opcionais de revestimentos. O cliente escolhe o que ele quer, e a Novolar instala, dispensando a contratação de mão de obra extra para isso — detalha.
As unidades da construtora que se enquadram no MCMV no Rio de Janeiro são entregues com revestimento de parede e piso em todos os ambientes. Nas áreas molhadas, é instalada cerâmica no piso e nas paredes, até a altura de 1,5 metro. No boxe, a cerâmica vai do piso ao teto.
—Instalamos piso laminado em salas e quartos e cerâmicas em cozinhas, áreas de serviço e banheiros. Isso nos diferencia no mercado — ressalta a coordenadora.
Modelos cimentícios e lisos estão em alta
Para ambientes externos, a sugestão é priorizar os pisos antiderrapantes
Produtos que imitam madeira e pedras naturais são opções demandadas pelos clientes do segmento econômico, diz Sergio Abdala, gerente de Produto da Chatuba, rede de lojas de material de construção. Segundo ele, a escolha do piso certo para cada ambiente garante que a obra seja duradoura e eficiente. A onda atual, acrescenta, são os revestimentos lisos e cimentícios (como cimento queimado), que têm sido muito procurados.
— Produtos com baixa absorção de água e resistentes a manchas, por exemplo, podem ser uma boa solução para áreas molhadas, porque vão eliminar problemas no dia a dia. Para ambientes externos, são recomendados os antiderrapantes e os antideslizantes, que evitam quedas e acidentes. O piso cerâmico e o porcelanato são sempre os que apresentam o melhor custo/benefício — afirma Abdala.
Na Vivaz, a escolha de acabamentos, cores, assentamento e áreas de aplicação é estudada com cuidado para que a entrega seja de qualidade, ressalta Thays Góes, gerente de Desenvolvimento de Produto da empresa.
Segundo ela, a construtora está investindo em pisos laminados, que já trazem uma sensação de conforto e aconchego, mesmo antes de o cliente começar a mobiliar o apartamento.
— Só utilizamos revestimentos com certificação de qualidade, que são testados e aprovados pela equipe técnica para garantir durabilidade às nossas entregas.
Extra, 12/abr
quinta-feira, 11 de abril de 2024
Franquias na construção civil em 2024: Crescimento impulsionado por inovação e sustentabilidade
No cenário atual, as franquias voltadas para o mercado de Casa e Construção estão capitalizando sobre as condições favoráveis, introduzindo inovações e oferecendo um suporte diferenciado para os franqueados. Utilizando o sistema de franquias, os empreendedores encontram uma janela de oportunidade para tirar proveito do crescimento do setor e da experiência de marcas consolidadas, fomentando seus empreendimentos e contribuindo para o avanço geral da área.
Mercado de Franquias no segmento da construção civil para 2024
O mercado de franquias na construção civil é promissor para 2024 devido a uma combinação de fatores econômicos e inovadores. A esperada retomada econômica, aliada a incentivos governamentais, demanda crescente por urbanização e infraestrutura, bem como a necessidade de construções sustentáveis e eficientes, estão entre os principais impulsionadores. Além disso, a adoção de novas tecnologias no setor oferece oportunidades para franquias especializadas.
O modelo de negócio de franquia, já bem estabelecido e considerado de menor risco, atrai empreendedores através da flexibilidade de locação de equipamentos, treinamento, suporte contínuo e a profissionalização dos serviços. Isso possibilita a entrada de novos players no mercado com uma base sólida e a capacidade de atender a nichos específicos, o que contribui significativamente para o crescimento do setor como um todo.
Porque escolher o modelo de Franquia da Trans Obra?
A Trans Obra se firmou no setor de franquias especializadas no fornecimento de máquinas e equipamentos para obras de engenharia civil, mantendo-se em posição de liderança por mais de vinte anos.
A companhia é aplaudida por aderir a rígidos padrões éticos e por sua dedicação ao bem-estar social, fatores que têm sido pilares em sua trajetória de êxitos, evidenciados pela completa aprovação de quem utiliza seus serviços – incluindo clientes, parceiros e a equipe interna.
Possuindo uma rede de mais de dezesseis filiais, a Trans Obra ampliou seu conhecimento no ramo com a introdução do sistema de franquias. Este movimento estratégico oferece aos empresários a chance de capitalizar em uma operação preestabelecida e testada pelo tempo.
Como franqueado da Trans Obra, um investidor recebe a certeza de lançar uma iniciativa comercial com infraestrutura completa, orientação contínua e acesso à inteligência de negócios coletada pela corporação ao longo dos anos, garantindo que sua franquia seja reconhecida como um estabelecimento de excelência em seu campo de atuação.
A Expansão no mercado de franquias no segmento da construção civil
O mercado de franquias de locação de equipamentos para construção civil é um segmento em expansão, impulsionado pela constante necessidade de infraestrutura e desenvolvimento urbano. Este nicho de mercado oferece oportunidades significativas devido a diversos fatores:
Demanda Contínua: A construção civil é um setor perene, com demanda constante por novas construções, reformas e manutenção de infraestruturas existentes, o que gera uma necessidade contínua por equipamentos e máquinas.
Economia de Custos: A locação de equipamentos é uma alternativa econômica para construtoras e empreiteiros, pois reduz a necessidade de investimento em ativos de longo prazo. Alugar equipamentos pode minimizar os custos associados à depreciação, manutenção, armazenamento e transporte.
Variedade de Equipamentos: Uma franquia de locação oferece acesso a uma ampla gama de equipamentos atualizados, permitindo aos clientes escolher as melhores ferramentas para cada projeto específico.
Suporte e Manutenção: Franquias geralmente oferecem suporte técnico e manutenção dos equipamentos, garantindo que estejam sempre em condições ótimas de uso.
Adaptação Tecnológica: O mercado de locação permite que as empresas de construção tenham acesso a tecnologias e equipamentos mais modernos e eficientes sem a necessidade de atualizar constantemente seus próprios inventários.
Modelo de Negócios Validado: As franquias trazem um modelo de negócios já testado e comprovado, oferecendo uma marca estabelecida, know-how operacional e estratégias de marketing que podem ser replicadas.
Expansão e Escala: Para franqueadores, este modelo permite expandir rapidamente sua presença de mercado, enquanto para franqueados, é uma oportunidade de entrar em um mercado com suporte de uma marca estabelecida e conhecimento do negócio.
Investindo da maneira correta para obter resultados
No cenário atual, onde o setor da construção civil continua a expandir-se de forma consistente, investir nessa área tem se mostrado uma estratégia de rendimento sólida, com retornos que podem ultrapassar a marca de 20% ao ano, o que frequentemente supera outras opções de investimento disponíveis no mercado. Contudo, para obter sucesso, é essencial prudência e possuir um conhecimento aprofundado do setor.
É nesse contexto que a Trans Obra se sobressai. Com sua experiência acumulada ao longo de mais de vinte anos no mercado de locação de equipamentos e ferramentas para construção, a empresa oferece uma oportunidade de franquia diferenciada.
Aos seus franqueados, a Trans Obra assegura uma gama completa de suporte técnico, administrativo e logístico, elementos fundamentais para alicerçar um empreendimento rentável e de longo prazo no setor da construção civil.
Jornal de Brasília, 11/abr
quarta-feira, 10 de abril de 2024
Quais são os bairros mais caros de São Paulo e do Rio para alugar imóveis? Veja mapa
Quem pretende alugar um imóvel em uma região com boas opções de lazer, comércio, serviços e transporte já sabe que vai ter de pagar um pouco a mais por isso. E se esse imóvel, além disso, estiver nas regiões mais nobres, onde a oferta para locação costuma ser mais escassa - uma vez que o público de alta renda tende a comprar seus próprios imóveis, deixando menos opções para aluguel -, a situação fica um pouco mais complicada.
Esse é o retrato dos bairros mais caros para locação de imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro, segundo dados do relatório QuintoAndar Imovelweb. Em São Paulo, a Vila Olímpia foi o bairro com o metro quadrado mais caro no ano passado, registrando R$ 95,30. O segundo lugar ficou com o Brooklin, onde o preço do metro quadrado atingiu R$ 84,40, seguido de perto pelo Itaim Bibi, com R$ 81,90. A Vila Nova Conceição e Pinheiros completam a lista dos cinco bairros mais caros, com preços de R$ 81,10 e R$ 80,30 por metro quadrado, respectivamente.
Já no Rio, o bairro do Leblon foi o mais caro para alugar imóvel em 2023, registrando preço médio de R$ 106 por m². O valor não é só o maior do município, mas também o mais alto de todo o País. Ipanema e Lagoa também apresentaram preços elevados, alcançando R$ 90,30 e R$ 70,30 por metro quadrado, respectivamente. Jardim Oceânico e Barra da Tijuca completam a lista dos cinco bairros mais caros, com preços de R$ 62,70 e R$ 56,20 por metro quadrado, respectivamente. A proximidade com as praias, a infraestrutura de transporte, os comércios e a presença de áreas de entretenimento são fatores que impulsionam os preços nos bairros mais exclusivos do Rio de Janeiro.
O especialista em dados do Grupo QuintoAndar, Pedro Capetti, diz que a escassez de espaços para novos empreendimentos imobiliários em regiões nobres é um fator diretamente ligado à valorização dos aluguéis ao longo do tempo, como acontece no Rio. “Especialmente na Zona Sul, os lançamentos imobiliários chegam com preços acima dos praticados pelos imóveis antigos, o que afeta também o preço dos aluguéis. Como a oferta tem permanecido quase igual e a demanda aumenta, isso puxa os preços para cima”, diz Capetti.
Aumento de preços
Em São Paulo, porém, os bairros que tiveram os maiores aumentos de preços de aluguéis em 2023 não são os que estão no topo da lista das locações mais caras. Quem lidera é a Vila Pompeia (com aumento de 32,6%), Lapa (28,7%) e Vila Constança (28,4%), ainda segundo dados do QuintoAndar. Já os bairros que tiveram as maiores depreciações foram Alto de Pinheiros (-9,3%), Sítio Mandaqui (-9,3%) e Vila Matilde (-7%).
No Rio, Del Castilho, com 41,5%, teve o maior aumento de preço. Mas Ipanema (37,4%) e Leblon (37,2%), que estão entre as locações mais caras, também figuram na lista dos maiores aumentos. Nenhum bairro da cidade teve desvalorização do aluguel.
O relatório QuintoAndar Imovelweb mostra ainda que os descontos médios variaram de 2,6% no Rio a 3,7% em São Paulo, indicando menor poder de barganha de quem buscou um imóvel no ano passado.
Para o coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, Alberto Ajzental, a valorização dos preços de aluguéis no ano passado, que foi de 9,47% em São Paulo e de 14,11% no Rio, de acordo com o QuintoAndar, acontece por conta de repasses que não foram dados por proprietários durante a pandemia e agora chegam ao consumidor.
O Índice Nacional de Construção Civil subiu 40% de 2020 a 2023, enquanto o IPCA subiu 27,3% no período e o IGP-M, muito utilizado para reajuste de contratos de aluguéis, subiu 48%. Segundo o índice FipeZap, o aumento do valor médio dos aluguéis no País no período foi de 44,1%, tendo ficado tanto em 2022 quanto em 2023 acima de 16% ao ano.
“O custo da construção civil subiu mais do que a renda dos brasileiros. As famílias não tiveram aumento de renda proporcional ao aumento da construção civil. Com juros altos nos últimos dois anos, o crédito também ficou mais caro. Quem compra imóvel compra duas coisas, o imóvel e o financiamento. Com o aumento da Selic, ficou mais caro para os dois lados, já que a construção também usa financiamento. Há mais demanda por locação porque as famílias não conseguem comprar seus imóveis”, diz Ajzental.
Queda de juros e valorização de bairros
A queda do juro prevista pelo mercado financeiro para este ano tende a aquecer o mercado imobiliário, tanto do lado do consumidor quanto das construtoras. Para quem compra, o juro menor tende a oferecer taxas de financiamentos menores e menor retorno do dinheiro investido em títulos de renda fixa. Para as construtoras, o financiamento das obras fica mais barato e a demanda vinda do público reduz o tempo de venda total dos empreendimentos imobiliários.
“O baixo estoque de imóveis disponíveis, aliado à alta temporada do aluguel, deve manter o mercado bastante aquecido no início de 2024. E, ao longo deste ano, com o ciclo de redução da taxa Selic, o mercado deve ser impactado positivamente nas transações de compra e venda de imóveis”, diz o gerente de dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis.
De acordo com Lucas Araújo, diretor de marketing e inteligência de mercado da Trisul, o consumidor faz as contas para saber se vale a pena comprar ou alugar um imóvel. Com o aumento represado dos aluguéis sendo repassado, Araújo acredita que as pessoas tendem a comprar mais apartamentos porque entendem que o valor pago é para um imóvel próprio, e não apenas uma locação.
Sobre os bairros que mais tendem a se valorizar de 2024 em diante, o executivo tem três apostas. “Na Vila Madalena, com a mudança da lei de zoneamento, os lançamentos imobiliários vão se valorizar, assim como os imóveis para locação. O Ipiranga também deve ter aumento de preços, porque há muitos apartamentos em construção na região e por causa da proximidade do bairro com o ABC paulista. Outra região importante é a Vila Mariana, por causa do comércio e do transporte público”, diz Araújo.
Tamanho dos apartamentos
A análise do QuintoAndar mostra que os preços de imóveis com apenas um dormitório para locação foram mais altos por metro quadrado tanto no Rio quanto em SP. No entanto, o reajuste dos aluguéis na capital paulista foi mais alto para os imóveis com três quartos, enquanto a capital fluminense teve a maior alta em imóveis com um dormitório. Segundo especialistas, o motivo é que São Paulo tem maior oferta desse tipo de apartamento do que o Rio de Janeiro, especialmente pelo esforço das construtoras de vendas voltadas não só a compradores que pretendem morar nos imóveis, mas também investidores.
Para Ajzental, da FGV, o aumento de preços em apartamentos maiores em São Paulo mostra maior elasticidade de renda das classes mais altas, enquanto a camada mais pobre da população está com a renda pressionada pela inflação e não pode pagar mais pelo aluguel. “O apartamento de um dormitório tem até uma questão geracional, pelas famílias menores, mas o fato é que um apartamento pequeno não é ‘aspiracional’. É melhor ter mais espaço, mais vagas de garagem. A questão da demanda por apartamentos menores é puramente orçamentária”, diz.
Estadão, 10/abr
terça-feira, 9 de abril de 2024
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