terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Lançamentos imobiliários para classe média podem reduzir em 2025, afirma CBIC
Para presidente da entidade, elevação dos juros terá como impacto direto uma redução importante nos lançamentos de projetos imobiliários fora do MCMV.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, acredita que a elevação dos juros terá como impacto direto uma redução importante nos lançamentos de projetos imobiliários no setor de médio padrão, fora do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O segmento abarca imóveis com preços acima de R$ 350 mil. Nesta modalidade, o financiamento bancário para a compra e a construção das moradias vem das cadernetas de poupança, onde os recursos estão escassos.
A saída dos bancos tem sido recorrer a outras fontes de recursos, como emissão de títulos como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). No entanto, os custos desses títulos acompanham a Selic. Ou seja, estão em alta.
"Acreditamos que em 2025 deve ter bem menos lançamentos no setor de classe média", estimou Correia. Com a escassez de recurso, os bancos têm priorizado liberar crédito para a pessoa física fazer a compra dos imóveis, enquanto as construtoras têm sido direcionadas a outras modalidades de financiamento.
O presidente da CBIC concorda com essa postura dos bancos, mas vê consequências. "Para a empresa, ser levado a usar recursos fora de FGTS e SBPE para financiar a obra é algo que representa um aumento de custo financeiro", citou. "Isso estreita a margem das empresas, que restringe os lançamentos. Muitos empresários vão aguardar as coisas se encaixarem de novo para voltar a lançar", estimou Correia.
Na última semana, o Banco Central elevou a Selic para 12,25% ao ano e já indicou que tem pela frente mais duas altas de 1 ponto porcentual cada, colocando a Selic no patamar de 14,25% nos primeiros meses do ano que vem.
"A alta da Selic é uma grande preocupação para 2025. E o indicativo de subida de 2 pp é uma surpresa, é uma alta é muito rápida. Isso é muito danoso para investimento em infraestrutura e habitação", afirmou o presidente da CBIC.
A Gazeta, 24/dez
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Setor de construção projeta alta de 4,1% na atividade em 2024, mas prevê 2025 mais ‘desafiador’
Presidente da Cbic, Renato Correia cita preocupação com o impacto que a aceleração do aumento da taxa Selic, que pode chegar a 14,25% ao final de março, poderá ter sobre os lançamentos.
O setor de construção deve encerrar 2024 com um crescimento de 4,1% nas suas atividades. A expetativa é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Ao longo deste ano, as estimativas da entidade foram elevadas em quatro ocasiões. Em dezembro de 2023, esperava-se uma alta de apenas 1,3%. No ano passado, houve queda de 0,3%.
Para 2025, no entanto, o ciclo de alta de juros faz com que a Cbic projete uma alta menor, de 2,3%. Em entrevista coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (16), o presidente da Cbic, Renato Correia, citou preocupação com o impacto que a aceleração do aumento da taxa Selic, que pode chegar a 14,25% ao final de março, poderá ter sobre os lançamentos no próximo ano.
“Há a possibilidade de termos bem menos lançamentos para a classe média”, diz. Para ele, será um ano mais “desafiador”.
Os juros mais altos aceleram a retirada de recursos da poupança, usados para financiar o cliente de classe média e também parte das próprias obras das incorporadoras. A entidade destacou que a caderneta de poupança teve, em 2024, seu quarto ano seguido de saques. Ieda Vasconcelos, economista da Cbic, explica que o ritmo dos saques caiu neste ano quando a Selic também caiu, mas que agora, isso deve se reverter.
Mesmo com a elevação dos juros, a inflação permanece alta, e a do setor, medida pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) está acima do IPCA. O indicador acumula alta de 6,34% nos últimos 12 meses até novembro, ante 4,87% do IPCA.
"Não vai vender”
O cenário de elevação de custo para as obras e o financiamento mais caro atrapalham a recuperação das margens das incorporadoras e construtoras, já que “a renda do consumidor não subiu”, como explica Correia. “Se tiver que repassar no preço [da unidade], ele vai desencaixar da renda, é mais um motivo para não lançar, porque você não vai vender.”
O segmento de imóveis populares, que entram no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), é mais protegido dessa dinâmica, pois conta com financiamento com recursos do FGTS, tanto para as obras quanto para os clientes, a juros menores e fixos.
Porém, Correia adianta que pode ser preciso rever o teto de valor do programa, ou seja, o preço máximo de venda das unidades, hoje em R$ 350 mil, a depender do aumento de custos de produção. “É o alerta que fazemos, para que, no começo do ano, possamos avaliar [o aumento do teto], para ter o programa entregando fortemente sobre esse ano.”
O saldo tem sido positivo, com aumento de 28% no número de unidades financiadas com recursos do FGTS, onde entram aquelas do MCMV, de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2023. O número de unidades financiadas com recursos da poupança subiu 12,8% no mesmo período.
Esse resultado em 2024 é o que deve sustentar a atividade da construção imobiliária em 2025, explica Vasconcelos, porque o que foi lançado precisa ser construído. O impacto maior na atividade do setor pode vir em 2026.
Na semana passada, outras entidades da construção também divulgaram suas projeções para 2024 e 2025. De acordo com o Sinduscon-SP, sindicato das construtoras do estado de São Paulo, o PIB do setor deve crescer 4,4% neste ano e 3% em 2025, em nível nacional.
A Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat) aponta alta de 5,5% no faturamento dos associados em 2024 e espera alta de 3% em 2025.
Valor Econômico, 23/dez
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Vendas de imóveis novos crescem 22,3% até setembro
As vendas de imóveis novos cresceram 22,3% no acumulado de janeiro a setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros nove meses de 2024, foram comercializadas cerca de 140 mil unidades, somando R$ 43,5 bilhões — uma variação positiva de 24,1%,
Considerando o 3º trimestre, o volume vendido saltou 12,4%, com 50,7 mil unidades comercializadas. O valor das vendas avançou 10%, fechando em R$ 15,6 bilhões.
O levantamento inédito foi feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), com base em dados de 20 empresas do setor.
Segundo o estudo, o "Minha Casa, Minha Vida" registrou até setembro uma alta de 28,8% no número de unidades vendidas (em torno de 103,7 mil) e 25,4% no valor total das vendas (R$ 22,8 bilhões). Os lançamentos do programa do governo subiram 34,4% em volume e 36,2% em valor.
Já o segmento de médio e alto padrão teve aumento de 0,6% no volume de vendas (cerca de 32 mil unidades) e de 17,6% no valor total comercializado (R$ 18,9 bilhões). Nos lançamentos, o setor também registrou alta de 1,2% em volume.
A relação distrato sobre venda para este segmento fechou em 11,5%, mantendo-se em patamar baixo após a regulação de distratos, aprovada em 2018, quando o índice era de cerca de 40%.
O Globo, 20/dez
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Novo Porto do Rio começa a ter moradores, mas ainda espera por comércio e serviços; como é viver num bairro que nasce
Região já tem 14 empreendimentos residenciais, que somam 22 prédios e quase dez mil apartamentos; pelo menos mais quatro serão lançados em 2025.
“Eu vi a Lexa”, conta Luiz Cláudio Grijó, entusiasmado com os ensaios de rua da Unidos da Tijuca para o próximo carnaval, que ele passou a assistir de camarote, nas noites de quinta-feira, de seu estúdio no Praia Formosa, primeiro condomínio residencial com moradores do novo bairro que começa a nascer no Porto. Nas últimas duas semanas, a presença de sambistas, incluindo a rainha de bateria, e a queima de fogos iluminaram o lugar, ainda escuro e onde o comércio e os serviços são de antigamente.
A expectativa é que o cenário mude. Afinal, há na região 14 empreendimentos habitacionais licenciados, com 22 prédios e quase dez mil apartamentos, segundo a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar). E o vice-presidente de negócios da Cury Construtora, Leonardo Mesquita, anuncia outros quatro lançamentos no local em 2025 — três no Santo Cristo, sendo um com mais de 2.500 unidades; e o quarto próximo ao futuro estádio do Flamengo, no Gasômetro.
Mas, como qualquer bairro em formação, nada acontece num estalar de dedos.
— Ninguém abre um negócio num lugar antes de ter demanda. Os empreendimentos do Porto começaram a ser entregues, e os moradores começam a se mudar. O próximo ciclo é a abertura de estabelecimentos para atender a essa demanda. De tudo o que foi lançado até agora, 83,45% foram vendidos — constata Cláudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio).
Um dos primeiros a passar a morar com a esposa Bárbara no Praia Formosa, há três meses, Grijó tem pressa.
— A gente está aguardando chegar shopping, banco, um grande supermercado, mais farmácias, lanchonetes e restaurantes melhores, uma padaria adequada, mais escolas e um novo posto de saúde, porque o que tem não vai dar conta — enumera o ex-gari e hoje operador de máquinas da Comlurb, que já varreu a Rua Geógrafo Milton Santos, onde vive hoje.
Presidente da CCPar, Gustavo Guerrante dá boas notícias. Ele já foi procurado por representantes de grandes redes de supermercados de atacado e varejo, drogarias e pizzarias de entregas:
— O comerciante não chega antes da população, embora alguns se posicionem mais estrategicamente no sentido de se antecipar.
Creches concorrentes
É no trecho do Santo Cristo que se concentra a maioria dos empreendimentos (oito dos 14 licenciados) e aqueles com mais edifícios. Caso do Rio Wonder Residences, da Cury, com três torres e 1.224 unidades — além do Praia Formosa, inaugurado; os condomínios Mauá e o Cais do Valongo devem ter as ligações elétricas concluídas neste mês, e as chaves entregues em janeiro. No início do ano, a empresa quer inaugurar ainda o Rio Energy e o Pateo Nazareth.
Nas imediações, a Emccamp está construindo o Porto Carioca, com 1.472 apartamentos distribuídos por cinco torres — a primeira com conclusão prevista para o segundo semestre de 2025 — e um edifício-garagem.
A locomoção no Santo Cristo é facilitada pela presença do VLT, da rodoviária e do Terminal Gentileza. Transportes à parte, na sua rotina diária os recém-chegados contam, na Rua Santo Cristo, apenas com estabelecimentos modestos para atender quem vive nos velhos casarões do lugar: um supermercado, uma farmácia, bares e restaurantes pequenos, papelaria e oficina, entre outros. Encontram pelo menos uma igreja evangélica. Na praça que corta a via, há uma paróquia católica. E, no número 242, funciona há cerca de três anos a filial do Centro Educacional Santo Cristo, de Madureira, com 150 crianças, do berçário ao terceiro ano do ensino fundamental.
— Estamos negociando para alugar o terreno do lado, que é do mesmo dono do prédio da escola, que queremos ampliar até o quinto ano — anuncia um dos donos, o professor Dilmarney Carlos Lopes Ignácio.
No entanto, ele terá concorrente quase em frente. A Rio Learning Studio, creche-escola integral com imersão em inglês e sede no Jardim Botânico, inicia obras em janeiro e pretende abrir em 2026 sua unidade do Porto, para 250 crianças da creche ao quinto ano.
— Fui procurada até por pessoas interessadas que moram no Flamengo e na Tijuca — revela a empreendedora Andrea Buffara.
Para os meninos maiores, a única opção na redondeza é uma unidade pública municipal. O Ginásio Educacional Tecnológico Benjamin Constant atende 413 alunos do ensino fundamental I e II e de turmas de correção de fluxo.
A educação dos gêmeos João Pedro e Maria Luz, de 9 meses, é uma preocupação, mas está longe de ser a única do casal Pedro Henrique Brandão e Kelly Cozini, que se mudou em setembro do Estácio para o Praia Formosa.
— Deveria ter um sinal de pedestres em frente ao condomínio, onde passam ônibus — reivindica a contadora Isabel.
Pedro, que é empregado da Transpetro, acrescenta:
— Aqui está parecendo com a Cidade Nova, onde morei na adolescência. Não temos para onde ir, principalmente à noite e com criança pequena. Não tem uma pizzaria, um shopping. Mas estou na expectativa da chegada do Flamengo.
De marmita a sex shop
Roberta Batista dos Santos Lopes, a chef Rô, encontra diversão se integrando com quem não está tão perto. Consegue ir a pé até o badalado Bar do Omar, no Morro do Pinto, que vê do seu dois quartos no 11º andar do Praia Formosa, onde mora com o marido Carlos Alberto Lopes e um filho de 23 anos. Vez por outra, a Pedra do Sal é uma opção para ela curtir a noite.
O casal é dono do Delícias da Rô, no Catete. A chef aproveita as idas ao restaurante para preparar marmitas, que são negociadas no seu prédio, com 20 pavimentos e 470 apartamentos — entre 50 e 60 com famílias vivendo e muitos sendo adaptados e mobiliados, de acordo com o administrador Felipe Cunha.
— Estou de olho no food truck do PUC (pavimento de uso comum), que vão licitar — diz Rô, vislumbrando o futuro.
Enquanto os arredores precisam se ajustar à nova realidade, dentro do condomínio a piscina e a churrasqueira foram liberadas. E diversos grupos de WhatsApp foram criados. No de compras, condôminos vendem de comida a produtos de sex shop. Os objetos eróticos são da loja virtual de Mônica Santos, professora do Senac, que saiu do Flamengo para o Porto, com a filha Alice, de 13 anos.
— Fiz as minhas primeiras vendas aqui — orgulha-se Mônica, que defende a melhoria da iluminação do bairro.
Moradores aguardam pela liberação, para reserva, do salão de festas, dos espaços gourmet (este no roof top), de coworking e zen, além de academia e uma oficina, onde poderão fazer pequenos reparos. No PUC, um pequeno mercado e o food truck dependem de licitação.
Academia, por enquanto, só a dois quilômetros, no Aqwa Corporate, da Tishman, onde o público encontra ainda três restaurantes e um café. E, na área externa do Praia Formosa, a conclusão de uma praça é motivo de expectativa.
Câmara comunitária
A CCPar contabiliza, até agora, 11 empreendimentos residenciais da Cury na área portuária (embora sejam 12 lançamentos da empresa, porque o Heitor dos Prazeres foi colocado à venda em duas etapas). Leonardo Mesquita tranquiliza quem se mostra preocupado, dizendo que, após o Wonder, totalmente residencial, todos os demais prédios da empresa na região contarão com lojas na frente.
— Estamos falando de oito mil metros quadrados comerciais, algo em torno de 70 a 80 lojas — prevê. — Pensamos, no futuro, em não vender todas as lojas e que elas sejam administradas por um pool, para que tenham um conceito não de shopping center, mas do que estão chamando de street mall (lojas dispostas lado a lado na frente dos edifícios).
Outra novidade que chegará em janeiro é a Câmara Comunitária do Porto. A Cury dará o pontapé inicial no projeto, que envolverá os síndicos locais. A ideia é utilizar as 82 câmeras de vigilância que estão sendo instaladas pela start-up Gabriel em pontos estratégicos da região, numa parceria com a construtora. E colocar uma equipe de ronda de quatro pessoas, que terá comunicação com o batalhão da área e órgãos da prefeitura.
— O objetivo é que esse novo bairro cresça de forma diferente. Ou seja, um lugar onde as pessoas circulem com segurança e cuidem dos espaços públicos — diz Mesquita.
O Globo, 19/dez
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Grandes empresas miram na Região Portuária, revela presidente da CCPar
Com mais da metade dos empreendimentos planejados para a Região Portuária em andamento, o bairro do Santo Cristo começa a se transformar. À medida que novos moradores já chegam aos mega residenciais já entregues, surge uma nova demanda por serviços essenciais. O Rio Wonder, o primeiro grande empreendimento habitacional da área, já recebeu seus primeiros moradores e marca o início de um novo ciclo para o bairro, que verá dois novos prédios sendo entregues já no início do ano — o Rio Energy e o Pateo Nazareth.
Com um dos maiores potenciais construtivos do Rio e, a região tem atraído investidores interessados em explorar as necessidades emergentes de serviços, como mercados, escolas, farmácias e padarias. O local já foi alçado a um dos mais procurados metros quadrados da cidade, segundo pesquisa do SECOVI Por anos, essa baixada do Santo Cristo, área mais próxima ao porto, foi subutilizada, abrigando galpões e empresas que, com o tempo, abandonaram a área e deixaram prédios vazios. Cenário que vem mudando.
Entre os novos investidores está a Rio Learning Studio, uma escola-creche bilíngue com sede no Jardim Botânico, que inicia em janeiro a construção de sua filial no bairro. Com previsão de início das atividades em 2026, a escola atenderá até 250 crianças, do berçário ao quinto ano, em um espaço próximo à Rua Santo Cristo.
Além disso, o presidente da CCPar, Gustavo Guerrante – que na próxima gestão de Eduardo Paes será Secretário de Planejamento Urbano, revelou que grandes redes de supermercados, drogarias e pizzarias de entrega já procuraram a região, atraídas pelo potencial do bairro. Sem contar as cerca de 80 lojas previstas para o térreo de alguns prédios residenciais — aproximadamente oito mil metros quadrados de área comercial planejada pela Cury, construtora que tem dominado os lançamentos na Região Portuária.
Para Marcos Queiroga, Diretor Regional da Sergio Castro Imóveis – que tem filial no Porto Maravilha na rua Sacadura Cabral – a busca de comerciantes pela região aumenta a cada dia. “Se entre 2008 e 2020 vendemos quase 170 sobrados históricos e lojas aqui na região, agora chegou a hora de aluga-los aos comerciantes que já querem atender o público daqui”. Queiroga cita um cliente que tem uma loja de rua na Avenida Venezuela 131, e está com propostas para aluga-la a uma de duas famosas lanchonetes por R$ 17.000 por mês.
Diário do Rio, 18/dez
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
Compradores planejam investir até R$ 350 mil em um imóvel, vendedores esperam receber até R$ 800 mil
Millennials e a geração Z são a maioria entre os compradores interessados em imóveis de até R$ 350 mil.
Muitas pessoas planejam comprar um imóvel, mas enfrentam muitos desafios diante dos valores elevados. Por isso, quase metade dos brasileiros pretende gastar até R$ 350 mil na aquisição – valor abaixo do esperado para os vendedores que, em sua maioria, desejam receber entre R$ 351 mil e R$ 800 mil.
Este cenário foi apontado por um levantamento feito pela Loft, startup que atua no mercado imobiliário, em parceria com a Offerwise, em outubro de 2024. A pesquisa foi realizada com residentes de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Com uma amostra de 1.200 entrevistas, a pesquisa é representativa para a população dessas cidades, com margem de erro de cinco pontos percentuais e intervalo de confiança de 90%.
Apesar da cautela dos consumidores, muitas empresas estão dispostas a fazer certas concessões. Segundo a pesquisa, 62% dos vendedores responderam que estariam dispostos a oferecer descontos, sendo que 40% deles abririam mão de até R$ 50 mil do valor total do imóvel.
Para Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a diferença de expectativas entre os compradores e vendedores pode prolongar a negociação e trazer empecilhos para as vendas.
“Ainda que haja boa vontade para fechar um acordo imobiliário, essa disparidade entre o que se espera receber e o que se espera pagar pode levar a um tempo maior de negociação entre as partes, tornando o processo mais demorado”, explica.
E acrescenta: “O ideal é que houvesse mais informações claras no mercado imobiliário brasileiro, a fim de que as expectativas, tanto do cliente quanto do vendedor, estejam alinhadas com a realidade. Essa é uma das intenções que tivemos ao fazer essa pesquisa”.
Quais são as cidades mais caras para comprar imóveis?
Uma pesquisa recente do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) aponta que o preço médio das vendas nas cidades contempladas é de R$ 605 mil, que se encaixa na faixa de valor considerada atraente para a maioria dos vendedores e bem acima do que muitos dos compradores estão dispostos a investir.
São Paulo e Rio de Janeiro são as que apresentam os preços médios mais altos. As vendas na capital paulista giram em torno de R$ 681 mil, enquanto que na ’cidade maravilhosa’ o valor médio é de R$ 639 mil. Por outro lado, as cidades de Porto Alegre e Belo Horizonte contam com o tíquete médio mais baixo (R$ 562 mil e R$ 537 mil, respectivamente).
Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados pretende adquirir um imóvel por meio de financiamento bancário, especialmente com apoio de programas governamentais, como o Minha Casa, Minha Vida.
Quem são os compradores?
O perfil predominante dos compradores interessados em imóveis de até R$ 350 mil é composto por jovens das gerações Millennial e Z, com idades entre 25 e 34 anos, pertencentes às classes sociais B, C e D/E.
Já entre os clientes da classe A, o orçamento costuma variar entre R$ 801 mil e R$ 2 milhões. Nessa faixa, os compradores, em sua maioria entre 45 e 54 anos, preferem realizar o pagamento utilizando recursos próprios.
Exame, 17/dez
Transparência na precificação: o próximo passo na evolução do mercado imobiliário
Estamos nos aproximando da alta temporada do mercado imobiliário, que acontece sempre no primeiro trimestre de cada ano. É nessa época que as dúvidas sobre o valor dos imóveis ganham mais repercussão entre proprietários e inquilinos.
Perguntas como ‘Qual o preço ideal para alugar meu imóvel?’, ‘Devo continuar buscando para encontrar um aluguel mais vantajoso?’ ou ‘Como incorporar o valor de uma reforma recente ao preço de venda do meu imóvel?’ revelam a complexidade do processo.
Muitas vezes, a falta de informação acessível leva a uma precificação desalinhada com a realidade de mercado. Isso resulta em negociações mais longas, incorrendo em custos e podendo gerar frustração para ambas as partes.
Uma pesquisa recente do Datafolha sobre precificação imobiliária, em parceria com o QuintoAndar, revelou que 84% dos entrevistados consideram difícil obter informações precisas sobre o preço adequado de um imóvel.
Para ilustrar o impacto negativo que isso pode ter no ecossistema imobiliário, o mesmo estudo apontou que 65% dos entrevistados deixaram de fechar contrato por receio de fazer um mau negócio devido ao preço, mesmo após longos períodos de busca ou espera por uma oferta.
Países mais desenvolvidos já conseguiram transpor a barreira da escassez de informação e consequente insegurança que ela ocasiona no mercado imobiliário, trazendo importantes benefícios para o setor.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o segmento tem como base sistemas centralizados, como o MLS (Multiple Listing Service), que reúne todos os registros de transações de compra e venda, criando um banco de dados único e acessível. Isso permite que corretores, compradores e vendedores acessem informações detalhadas e atualizadas sobre determinado imóvel de forma clara e facilitada.
No Brasil, a fragmentação dos dados dificulta a obtenção desse nível de precisão. Ainda de acordo com a pesquisa do Datafolha, 85% dos entrevistados acreditam que uma maior disponibilidade de dados sobre o preço dos imóveis traria mais segurança na hora de fechar um negócio.
Isso ocorre porque informações essenciais, como características dos imóveis – número de quartos e vagas de garagem – e até dados públicos, como valores de IPTU, ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), e histórico de transações do imóvel estão dispersas em diversas fontes, como cartórios, prefeituras e instituições financeiras.
Além disso, os poucos dados públicos atualmente disponíveis são pouco acessíveis para quem precisa consultá-los.
Soluções que oferecem dados confiáveis e acessíveis, aliadas a processos mais ágeis e simplificados, têm o potencial de transformar a experiência imobiliária, criando um ambiente mais justo, eficiente e vantajoso para todos os envolvidos.
Com as ferramentas corretas, corretores, por exemplo, estariam melhor equipados para apoiar seus clientes a precificar imóveis com mais precisão, beneficiando-se do aumento de liquidez. Investidores e imobiliárias, por sua vez, entenderiam melhor as dinâmicas do mercado para trabalhar uma estratégia mais eficaz, identificando oportunidades facilmente, analisando tendências e compreendendo melhor os fatores que influenciam o preço.
Já proprietários, compradores e locatários se sentiriam mais seguros ao fechar um negócio, sabendo que estão tomando a melhor decisão, com o melhor custo benefício.
É papel do mercado imobiliário estimular a disponibilização de informações públicas (como escritura, licenças, e IPTU) combinadas com dados privados, como valores médios de imóveis e tendências do mercado, em plataformas que sejam de fácil acesso pela sociedade. Tudo isso em prol do interesse público.
Muitos players já têm se mobilizado, com a divulgação de índices de preços, valores de transações e tendências de mercado, a fim de apoiar inquilinos e proprietários na tomada de decisão. Agora, é preciso um debate amplo no setor para que essas soluções sejam desenhadas de forma a serem viáveis, e toda a cadeia seja positivamente impactada, fortalecendo ainda mais o mercado imobiliário no Brasil.
Estadão, 17/dez
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
Mercado Imobiliário em alta demanda estratégias de vendas
Empresário e CEO do Grupo M, MJ Valadares argumenta sobre técnicas para destacar no mercado imobiliário.
O mercado imobiliário da cidade de São Paulo continua aquecido. Em outubro de 2024, foram comercializadas 11.397 unidades residenciais novas, segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP junto às incorporadoras associadas. No acumulado de 12 meses, de novembro de 2023 a outubro de 2024, as vendas totalizaram impressionantes 99 mil unidades.
O Valor Global de Vendas (VGV) também reflete esse dinamismo: apenas em outubro, o total movimentado foi de R$ 5,9 bilhões, enquanto o acumulado no período de 12 meses alcançou R$ 52,2 bilhões. Diante de números tão expressivos, a competitividade no setor cresce proporcionalmente. Nesse cenário, a pergunta que surge é: como destacar um negócio em meio a tantas possibilidades?
Para o empresário MJ Valadares, CEO do Grupo M, a chave do sucesso está em estratégias bem definidas e voltadas para diferenciação no mercado. “O crescimento das vendas é excelente, mas também eleva o nível de exigência do cliente. O consumidor atual está mais informado e valoriza experiências personalizadas. Por isso, investir em tecnologia e em um atendimento humanizado faz toda a diferença”, destaca.
Entre as estratégias que Valadares considera essenciais, está o uso de dados para entender o perfil do cliente e oferecer imóveis que atendam às suas necessidades específicas. “Hoje, é possível integrar ferramentas de big data e inteligência artificial para prever tendências e identificar oportunidades. Isso nos ajuda a não apenas acompanhar o mercado, mas a liderar movimentos”, explica.
Além disso, MJ ainda lembra do bom e tradicional marketing. “Criar uma narrativa ou um conceito para o negócio é indispensável. Temos um exemplo de um empreendimento do Grupo M em Governador Valadares, o America Garden Residence. Essa é uma região onde ocorre muita imigração da população para os Estados Unidos, então criamos um residencial de alto padrão para atender essa expectativa”.
É essa soma de conhecimento do público com posicionamento que faz o empreendedor chegar no que interessa para o comprador: preço. “No fundo, a pessoa que está investindo precisa saber que aquele seu aporte de fato valeu a compra. Por isso, precisamos demonstrar as possibilidades do terreno, ou do imóvel. Fazê-lo se sentir familiar com aquilo à frente. E, o mais importante, dar a ele a vontade de estar em casa. No final o preço é só uma meta para uma conquista”, completa o CEO do Grupo M.
Por fim, Valadares reforça a importância de construir uma marca sólida e reconhecida no mercado. “As pessoas compram confiança. Um bom portfólio de empreendimentos, aliado a uma comunicação transparente, é determinante para conquistar e fidelizar clientes”, conclui.
O Globo, 13/dez
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Câmara do Rio aprova incentivos fiscais para moradia na área do Porto Maravilha
Objetivo é estimular a construção de novas unidades habitacionais na região e garantir segurança jurídica para compradores e investidores.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei nº 3.534/2024, que concede incentivos fiscais para estimular a construção de novas moradias na área do Porto Maravilha. A proposta, de autoria dos vereadores Átila Nunes (PSD) e Carlo Caiado (PSD), visa atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento urbano da região.
O principal benefício previsto no projeto é a isenção do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) para os compradores de novas unidades residenciais construídas na área do Porto Maravilha. A medida busca corrigir uma ambiguidade na Lei nº 5.780/2014, que não deixava claro se a isenção do imposto se aplicava aos adquirentes de imóveis novos.
“A lei aprovada anteriormente gerava insegurança jurídica a todos os envolvidos, por isso a necessidade de definir de maneira clara o que são consideradas novas unidades habitacionais”, explicaram os autores do projeto.
Para garantir a efetividade da medida, o projeto define como novas unidades residenciais aquelas com licença de construção vigente ou emitida a partir da data de publicação da lei. A proposta foi elaborada em conjunto com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (SINDUSCON), o que demonstra o apoio do setor à iniciativa.
A aprovação do projeto representa um passo importante para o desenvolvimento da região do Porto Maravilha, que passou por um intenso processo de revitalização nos últimos anos. A expectativa é que os incentivos fiscais atraiam novos investimentos e contribuam para a criação de um ambiente urbano mais dinâmico e atrativo para moradores e visitantes.
O projeto agora segue para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.
Diário do Rio, 12/dez
quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
Projeto de melhorias para região do Sambódromo prevê demolição do Elevado 31 de Março
Iniciativa nos moldes do Porto Maravilha pretende integrar a Passarela do Samba com o entorno.
A Prefeitura do Rio apresentou, neste domingo (8), um projeto de requalificação urbana para a região do Sambódromo, no Centro, que prevê, entre outras medidas, a demolição do Elevado 31 de Março. A iniciativa segue os moldes do Porto Maravilha, na Zona Portuária, e pretende realizar uma grande reforma e melhorias na Passarela do Samba para integrar seu entorno. A data para o início das obras ainda não foi divulgada.
Para viabilizar o projeto, a prefeitura informou que será necessário demolir o Elevado 31 de Março em toda a extensão, desde a entrada do Santo Cristo até o túnel Santa Bárbara. Com a demolição, uma área equivalente a 700 mil metros quadrados vai ficar livre para a modernização de toda a região do Sambódromo. O investimento será obtido com a venda do potencial construtivo da área, mas a modelagem da operação urbana consorciada ainda não está definida.
"Olho com muito otimismo daqui pra frente. Acabou o feijão com arroz, vamos pensar grande. Vamos voltar a derrubar viaduto, vamos voltar a trazer os Brics, os Jogos Pan-Americanos e se o G20 quiser, a gente bota aqui de novo. Vamos voltar a fazer do Rio de Janeiro o centro do mundo. É isso que a gente pode fazer. Essa cidade é incrível, ela é desejada, ela continua desejada, e a gente precisa fazer a nossa parte, que tem a ver com realidade, tem a ver com execução, com trabalho", disse o prefeito Eduardo Paes.
A proposta também prevê a construção de um túnel sob a linha férrea, parques, prédios residenciais, sala de espetáculos e o museu do samba.
Sambódromo e Terreirão do Samba
Entre as modernizações previstas, além de toda requalificação dos sistemas viários e infraestruturais, a região será como um novo distrito e totalmente integrada ao Sambódromo. A Passarela do Samba vai passar por melhorias que incluem a construção de um museu, em um terreno atualmente ocupado por carros alegóricos das escolas, localizado atrás da Praça da Apoteose.
O Sambódromo ainda vai ganhar uma estrutura de logística atrás de cada módulo de arquibancada (exceto nos de número quatro e seis), que permitirá que cada um possa ser alugado independentemente para a realização de eventos culturais, festivos, de negócios, durante todo o ano. Já o Terreirão do Samba terá todo o seu espaço requalificado e receberá uma casa de espetáculos, além de um parque.
Para integrar toda a Região Central - Zona Portuária, Complexo da Leopoldina e o Sambódromo -, um parque linear, será criado e permitirá o deslocamento da população entre essas áreas, pelo chamado "Caminho das Lanternas".
Segundo o vice-prefeito eleito, Eduardo Cavaliere, "essa é uma obra ambiciosa que nasce com um histórico de credibilidade, por causa do sucesso que o prefeito conseguiu mostrar com a revitalização do Porto Maravilha".
Distrito residencial
De acordo com os proposta, na região nascerá um novo distrito residencial e um dos prédios previstos homenageará o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, responsável pelo projeto do Sambódromo. A construção terá por inspiração o prédio do Congresso Nacional e vai ficar na Avenida Presidente Vargas, sobre a entrada de um novo túnel, que fará a ligação com o bairro de Santo Cristo, após a demolição do elevado.
O Dia, 11/dez
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Piscinas agora embalam o sonho da casa própria
Essenciais nos dias de calor intenso no Rio, esses equipamentos em projetos econômicos animam o cliente a fechar a compra do imóvel
O verão escaldante do Rio está chegando, e quem pode se refrescar a um passo de casa é rei. Nessa época do ano, a piscina é o espaço que mais recebe moradores. Um chamariz de vendas, essas áreas vêm recebendo atenção especial nos projetos das construtoras. E, quanto mais sofisticadas forem, mais atrativo o empreendimento torna-se aos olhos dos clientes.
A Direcional, focada em projetos enquadrados no Minha Casa, Minha Vida (MCMV), inclui o equipamento em todos os projetos desde 2018. No Vert Alcântara, em São Gonçalo, e no Max Norte, na Pavuna, as piscinas terão deque molhado com paisagismo no entorno e churrasqueira. Segundo Felipe Macedo, gerente Comercial da construtora, os dois projetos devem ser lançados ainda neste mês.
— Piscina em condomínios do segmento econômico reflete uma conquista enorme para quem sempre sonhou com a casa própria. São famílias que podem oferecer a seus filhos uma experiência que os próprios pais não tiveram. Morar em um lugar com piscina é algo especial, principalmente no Rio, e fortalece o discurso da equipe de vendas — afirma Macedo.
Em 2025, a Direcional pretende lançar mais dois projetos com piscinas de 25 metros de extensão, pela primeira vez em um condomínio enquadrado no programa MCMV.
No Central Park Riviera, em Duque de Caxias, a piscina tem formato curvilíneo para dar ares de resort ao empreendimento. O projeto é um bairro planejado, que terá 10.080 unidades. Três torres com 480 unidades cada já foram lançadas. Cada condomínio tem área de lazer própria com 450 metros quadrados.
— A piscina foi um diferencial para o sucesso de vendas desse projeto, que já tem dois condomínios entregues, 100% vendidos. Nesse caso, ela tem tamanho e formato bem acima dos padrões usados em projetos do Minha Casa, Minha Vida — diz Jamille Dias, consultora de Vendas e Marketing da Riviera.
O Alto São Cristóvão e o Orla Mauá, na Zona Portuária, são dois projetos que se destacam com piscinas no rooftop e vistas espetaculares, ressalta Adriano Affonso, gerente-geral Comercial da Cury. No primeiro, o diferencial é a vista para o Cristo Redentor e a Quinta da Boa Vista. No segundo, é a visão 360 graus da Baía de Guanabara.
— Os projetos com piscinas têm gerado um interesse cada vez maior entre o público que visita nossos estandes de vendas. No Rio, uma cidade com paisagens exuberantes, as que têm vistas diferenciadas são as mais buscadas. Esse desejo permanece ao longo do ano, independentemente da estação — comenta Affonso.
No quesito “piscina”, o Water Park Pendotiba é hors concours. O próprio nome do projeto, que traz a palavra “água” em inglês, deixa claro que o empreendimento em construção da MP Construtora terá um complexo aquático com piscinas aquecidas, de ondas e com tobogãs, bar e outras atrações. A empresa também vai lançar o Encantos do Fonseca, em Niterói, com lazer diferenciado: piscina com 151 metros quadrados, deques seco e molhado e sauna.
— O projeto fica em uma área bem estratégica, próximo à Ponte Rio-Niterói, e terá três torres e 345 unidades de um e dois quartos. A área molhada certamente será um diferencial de vendas — pontua Gesiel Dias, gerente de Marketing da MP.
Projetos da MRV em Del Castilho, Campo Grande, Triagem e Taquara receberam piscinas com tamanhos acima da média das entregas do mercado em projetos do MCMV. As áreas molhadas contemplam piscinas para adultos e crianças e áreas decoradas que serão entregues 100% equipadas. A acessibilidade para cadeirantes também é outro diferencial.
— No próximo ano, todos os lançamentos da MRV terão esses equipamentos, acompanhando o sucesso de vendas desses produtos. Embora desafiador no segmento econômico, o investimento compensa, pois substitui a necessidade de o cliente pagar por um clube — afirma Leonardo Tocci, diretor Comercial e de Crédito da MRV.
Equipamentos têm dimensões diferenciadas
Com raia de 50 metros de extensão, piscina atende também a quem pratica natação
No Only By Living, no Cachambi, foi a primeira vez que a construtora colocou uma piscina “monumental”, segundo define Thays Góes, gerente de Produto da Living. Com raia de 50 metros de comprimento, o equipamento atende a pedidos de quem gosta de praticar natação em uma piscina com dimensões quase olímpicas. O empreendimento de médio padrão da marca está praticamente todo vendido.
— Visitamos alguns resorts ao redor do mundo para nos inspirar e colocamos algumas ideias em prática no projeto do Only By Living — afirma Thays.
O público em geral se encanta com projetos de piscinas diferenciadas, especialmente quando essas áreas têm um design moderno ou agregam funcionalidades aos equipamentos, como borda infinita, raia semiolímpica (25 metros), áreas de convivência ou espaços integrados com paisagismo, confirma Bruno Oliveira, diretor Comercial e de Incorporação da Construtora Calçada.
— Nos meses de verão, o interesse das pessoas por projetos com piscina tende a aumentar significativamente, pois ela é associada ao lazer e ao bem-estar. Torna-se um diferencial na hora de decidir pela compra, especialmente para famílias ou pessoas que priorizam a qualidade de vida.
Extra, Morar Bem, 10/dez
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
A sofisticação chegou às raias das piscinas
Espaço batizado de ‘pool house’, com área gourmet à beira do espelho d’água, pode ser reservado para uso exclusivo.
Na cidade em que os termômetros ultrapassam os 40 graus até antes mesmo de o verão chegar, ter uma piscina para chamar de sua é um sonho de consumo — e o mercado imobiliário tem caprichado para atender a esse anseio de muitos cariocas. Os residenciais já saem das pranchetas com verdadeiros parques aquáticos nas áreas de lazer, com raia para natação, brinquedos, cascata, deque molhado, borda infinita, hidromassagem, ofurô, paisagismo exuberante e espreguiçadeiras assinadas por designers conhecidos. Definitivamente, a era das piscinas sofisticadas chegou para ficar.
Estimativas do próprio mercado imobiliário indicam que um apartamento em condomínio com piscina pode valer até 15% mais do que uma unidade similar em um residencial sem o equipamento. E há outras vantagens: dar um mergulho a qualquer hora do dia, ter as crianças em segurança por perto, socializar com os vizinhos e tomar um banho de sol sem disputar espaço.
A sofisticação é tanta que alguns espaços aquáticos parecem ter saído das páginas de revistas de decoração. É o caso de quatro empreendimentos da RJZ Cyrela: Orygem Acqua Home e Park Design by Edsa, na Barra da Tijuca; Only by Living, no Cachambi; e La Isla Residence Club, na Tijuca, que têm áreas separadas para crianças e muitos cantinhos instagramáveis. Já no Gate by Yoo, ao lado do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, a piscina no rooftop descortina as belezas da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar. Cenário de filme!
Mas o melhor é poder desfrutar todas essas mordomias na companhia da família e também dos amigos. A incorporadora trouxe para seus projetos no Rio o conceito de pool house — um espaço reservado com área gourmet, sofás e televisão, à beira da piscina, que o morador pode reservar para receber seus convidados.
—Uma pool house totalmente equipada traz para o morador de apartamentos a vivência de quem mora em casas, pois propicia o uso de um espaço com piscina exclusivamente pela família e por seus convidados — diz o diretor de Incorporação da RJZ Cyrela, Carlos Bandeira de Mello.
No Aqua Village Residence Club — residencial de casas e apartamentos no Catete que tem a piscina no nome —, a incorporadora Newview projetou todas as unidades ao redor do espelho d’água. A “estrela” do empreendimento ganhou paisagismo e iluminação especiais para não deixar dúvidas de que é o centro das atenções.
— A academia fica em um patamar superior e tem vista para a piscina, o que permite aos adultos se exercitar e, ao mesmo tempo, ficar de olho nas crianças. Para os pequenos, haverá brinquedos similares aos dos parques aquáticos, ao lado da parte rasa da piscina. O projeto prevê ainda uma cascata no complexo aquático — explica o diretor da empresa, Guili Chor.
No bairro que é endereço residencial, esses espaços aquáticos não são assim tão comuns — situação que se repete em Botafogo, onde há muitos edifícios antigos que sequer têm área de lazer, quanto mais uma piscina... Não foi por acaso que, na hora de desenvolver o Arq Life Design Botafogo, a Canopus teve a preocupação de proporcionar mergulhos inesquecíveis aos moradores, com direito a assistir ao pôr do sol no Morro do Corcovado.
No residencial, a piscina fica a 16 metros de altura em relação à Rua Fernandes Guimarães e tem área infantil separada, hidromassagem e deque molhado com espreguiçadeiras. A sauna envidraçada tem vista para o espelho d’água.
— Nossa ideia sempre foi tornar esse espaço uma extensão da casa, um lugar onde o morador possa conviver com a família e os amigos. A paisagem deixou o ambiente ainda mais bonito — afirma o diretor Comercial da incorporadora, Thiago Hernandez.
O Globo, Morar Bem, 08/dez
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