terça-feira, 26 de agosto de 2014

Linha 4 do metrô: escavação da estação Nossa Senhora da Paz é concluída


O Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras de expansão do metrô, informou, nesta segunda-feira, que foram concluídas as escavações da estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Um dos acessos para passageiros já está pronto e o outro, na esquina da Rua Maria Quitéria com Avenida Visconde de Pirajá, precisa apenas das escadas para ser finalizado. As bilheterias do mezanino também já ficaram prontas. Técnicos trabalham na conclusão da armação da laje de fundo, para as últimas concretagens desta etapa. Um ano e dez meses depois de ter sido cercada por tapumes, a praça já teve 30% do espaço liberados ao público.

A 22 metros de profundidade, a estação é uma das seis que compõem a Linha 4 do metrô, que vai ligar a Ipanema à Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A previsão é a de que 47 mil pessoas utilizem a estação diariamente. O consórcio estima que o tempo de viagem da Praça Nossa Senhora da Paz até a Carioca seja de 18 minutos. Para a estação Jardim Oceânico, na Barra, serão 13 minutos.

Com 16 quilômetros de extensão, a Linha 4 deve ser entregue no primeiro semestre de 2016, beneficiando mais de 300 mil pessoas por dia. As outras estações são Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental e Jardim de Alah.

TRECHO REABERTO TEM CORETO, LAGO E MONUMENTOS

No espaço reaberto da Praça Nossa Senhora da Paz estão o coreto, dois monumentos, o laguinho e uma das figueiras mais antigas da praça. O lago recebeu novo sistema de oxigenação da água, o que ajudou a aumentar a população de peixes: cerca de mil carpas e 800 tilápias, segundo o consórcio responsável pelas obras do metrô. O funcionário encarregado geral do canteiro de obras ficou com a tarefa de cuidar da figueira quase centenária e alimentar os peixes durante a interdição da área.A interdição parcial da praça para obras do metrô não agradou aos moradores, que chegaram a recorrer à Justiça. Em outubro de 2012, o estado conseguiu suspender a liminar que determinava a paralisação da obra. A ação cautelar fora movida por moradores do bairro, que protestaram contra o projeto que obstruía a área de lazer. Eles reivindicavam uma outra alternativa para a construção da estação.

O grupo promoveu manifestações e conseguiu um abaixo-assinado com mais de 16 mil adesões contra a interdição parcial do espaço e a retirada de árvores centenárias. A praça, então, mesmo durante as obras, teve um pedaço aberto ao público. O trecho, próximo às ruas Joana Angélica e Barão da Torre, somado ao cantinho da praça que não foi interditado, tem agora um total de 46% de área livres de obras.



O Globo, 26/ago