quinta-feira, 30 de julho de 2015

Escola, áreas para eventos e centro de treinamento


A prefeitura apresentou ontem seus planos de legado para os parques olímpicos da Barra da Tijuca e de Deodoro. Depois dos Jogos de 2016, a ideia é transformar o primeiro espaço numa área compartilhada, a ser usada tanto para a prática de esporte de alto rendimento, como para o lazer da população. Parte das instalações poderá ainda receber shows e outros eventos, que ajudarão a custear o espaço. Também estão sendo estudadas parcerias com a iniciativa privada, que financiaria parte do projeto. Já em Deodoro, a proposta é transformar parte do terreno num parque público. Trata-se de uma área militar na qual o Exército não tem mais interesse e que está em processo de transferência para a prefeitura. No local, está em construção, por exemplo, o circuito de canoagem slalom.

Na Barra, está nos planos da prefeitura transformar uma das arenas num ginásio experimental olímpico, com capacidade para 850 alunos. Parte das estruturas das arquibancadas seria transformada em salas de aulas. A ideia é que as aulas sejam em horário integral e que haja dez modalidades esportivas à disposição dos alunos. O plano de legado prevê ainda que a Arena Carioca I, com capacidade para 16 mil pessoas, tenha uso misto. Em parte, ela poderá ser utilizada para a prática de esportes de alto rendimento. A outra parte, com 7,5 mil lugares, ficaria reservada para eventos como shows, feiras e exposições.

VIGAS VÃO VIRAR ALOJAMENTO

O secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho, anunciou ainda que parte das vigas usadas para a construção do Centro de Mídia, na Barra, será reaproveitada na construção de um alojamento, onde atletas que não moram no Rio possam ficar enquanto treinam. A proposta prevê também a construção de uma nova pista de atletismo na área.

Os estudos de aproveitamento econômico do parque da Barra estão sendo desenvolvidos pela empresa Ernst & Young, que tem exclusividade de consultorias para o Comitê Organizador Rio 2016. A ideia é que eventuais editais de projetos estejam prontos para lançamento no início do ano que vem. Ontem, o super intendente-executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil, Marcus Vinicius Freire, disse que a entidade apoia o plano. O Ministério do Esporte, que desenvolve um projeto de legado paralelo, não participou do anúncio, nem comentou a proposta. Para o Tribunal de Contas da União, o ministério já deveria ter apresentado seu plano.



O Globo, Luiz Ernesto Magalhães e Miguel Caballero, 30/jul