O projeto de lei que altera a remuneração do saldo das contas do FGTS pode causar um aumento de até 37,7% nas prestações da casa própria, caso o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional. A avaliação é da Caixa Econômica Federal. A mudança causaria esse impacto porque os juros dos financiamentos também seriam reajustados. As alterações, se vierem a ocorrer, valerão apenas para contratos habitacionais firmados a partir de 1º de janeiro de 2016.
Se o projeto for aprovado, o FGTS será reajustado mensalmente pelo mesmo índice da poupança, levando em conta a taxa Selic. Hoje, a caderneta rende em torno de 0,5% ao mês, mais Taxa Referencial (TR), que está quase zerada, alcançando 6,17% ao ano.
Segundo a Caixa, num financiamento médio, por exemplo, de R$ 97 mil, a prestação subiria de R$ 762,43 para R$ 1.018,99. A alta, neste caso, seria de 33,6%. O banco alega que, considerando a mesma renda bruta familiar, a nova taxa de juros para o cliente diminuiria a capacidade de financiamento em até 27,42%. Os números foram apresentados nesta semana pelo superintendente Nacional do FGTS na Caixa, Sergio Gomes, em audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília.