segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Novas regras para uso de imóveis integram a cidade
É um bem-vindo estímulo à revitalização de bairros degradados o pacote de projetos de lei de iniciativa da prefeitura, a serem analisados pela Câmara de Vereadores, com o objetivo de mudar as regras para uso de imóveis. Conforme mostrou a reportagem do GLOBO de domingo passado, prédios fechados no Centro e nas zonas Sul e Norte terão IPTU maior, forçando seu uso; casarões tombados poderão virar lojas ou apartamentos; e famílias carentes ganharão ajuda para pagar aluguel na região central da cidade - entre outras propostas. A ideia é atrair gente para áreas abandonadas, aproveitando moradias e a infraestrutura já existentes.
A provável aprovação dos projetos - o prefeito Eduardo Paes tem o apoio da maioria dos vereadores - abre caminho para uma política de ocupação que ajude a integrar efetivamente a cidade sob vários aspectos. A começar pelo social, ao exigir que grandes empreendimentos em áreas alvo de especulação imobiliária construam casas populares, evitando assim que moradores antigos sejam obrigados a se mudar - expulsos pela valorização - ou mesmo aumentem a estatística da favelização, fator de degradação do Rio. No mesmo sentido vai a isenção de ISS, IPTU (por cinco anos) e ITBI para quem comprar imóvel abandonado e com obra parada.
A diversidade social e a convivência próxima de moradores de diferentes perfis - que sempre foram uma peculiaridade carioca, facilitadas pela presença de comunidades pobres em bairros de classe média - devem ser estimuladas. Não mais, entretanto, no formato perverso da favela que se vê da janela do prédio de luxo, e sim com condições dignas de habitação para todos.
A integração - parte imprescindível do próprio conceito de cidade - também tem sentido espacial, já que, ao estimular a moradia nas regiões centrais, cria-se uma alternativa à expansão da cidade rumo à Zona Oeste - sobretudo Barra e Jacarepaguá. Evitam-se assim grandes deslocamentos diários e gastos com implantação de infraestrutura em áreas recém-urbanizadas. Outra bem-vinda ideia do pacote é estimular o uso da rede de transporte coletivo e de massa: nos bairros servidos por BRTs, metrôs e trens, os prédios só precisam ter uma vaga de garagem por apartamento, um fator de redução de custo.
O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Sérgio Magalhães, no entanto, alerta que não bastam leis. É preciso que os investimentos públicos - fator de atração de empreendimentos - sigam na mesma direção.
Deve-se atentar, ainda, para o envelhecimento da população, e a necessidade de facilitar a inclusão de deficientes e melhorar a acessibilidade. A ideia de permitir edifícios de até seis andares sem elevador contraria essas tendências, que a cidade que sediará as Paralimpíadas em 2016 não pode ignorar.
O Globo, Opinião, 31/ago
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Vargem Grande Maravilha
Eduardo Paes vai tentar repetir, em Vargem Grande, Zona Oeste carioca, um projeto de revitalização semelhante ao que deu certo no Porto do Rio.
A ideia é abrir uma frente de obras de urbanização no bairro com recursos privados, por meio da emissão dos tais Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção).
O exemplo do Porto...
No caso do Porto Maravilha, esse modelo é um sucesso. As obras ali são financiadas com o dinheiro arrecadado via Cepacs.
O empresário entra nessa porque recebe como contrapartida vantagens como construir com gabarito maior. Quando é bem feito, todos ganham.
O Globo, Ancelmo Gois, 28/ago
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Feliz Dia do Corretor de Imóveis!
À primeira vista, muitos têm a impressão que o corretor é aquela pessoa que fica em um plantão de lançamento, aguardando clientes para negociar uma proposta e servir um café, mas não é bem assim.
Esse profissional tem diversos ramos de atividade, como imóveis usados, gestão de carteiras e até administração de condomínios.
A corretagem de imóveis foi uma das primeiras atividades que conseguiu status de profissão liberal, regulamentada por uma lei federal. A primeira regulamentação aconteceu em 27 de agosto 1962, por isso se comemora nesta data o dia nacional da intermediação imobiliária e o exercício da profissão. Depois da conquista da lei, se iniciou a história da importância e competência desse ofício. Hoje, dada a complexidade da burocracia e da jurisdição na aquisição, locação e administração de imóveis, esse profissional é fundamental para o desenvolvimento do segmento.
A distância entre o seu sonho da construção de um lar e a realização passa pelas mãos de um corretor de imóveis competente.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
O sonho de Oscar Niemeyer para a Praça Quinze
Após um passeio com amigos pelas redondezas da Praça Quinze, na década de 90, o arquiteto Oscar Niemeyer ficou decepcionado com o cenário de degradação da área. Voltou para o escritório e começou a rabiscar um projeto de reurbanização que pudesse, ao mesmo tempo, devolver a harmonia ao conjunto arquitetônico da região - pontilhada por prédios em estilo colonial - e fazer mudanças que atraíssem a população. Uma das propostas era pintar a fachada da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé de branco, cor que combinaria mais com os tons claros do Paço Imperial e do Convento do Carmo. Outra ideia era "esconder" prédios como o da Bolsa de Valores atrás de dois blocos de apartamentos, cuja arquitetura remeteria ao século XVII. Niemeyer também imaginou, próximo à estação das barcas, um grande passeio público com shopping, além de uma espécie de passarela avançando sobre o mar, com alguns prédios, entre eles um teatro e um restaurante.
Agora, esse projeto, que não chegou a sair do papel, será discutido durante o seminário "Baía de Guanabara: patrimônio metropolitano", promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) e que acontece hoje e amanhã na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, na Ilha do Fundão.
Rever as ideias de Niemeyer para a região foi uma iniciativa do arquiteto mineiro Bruno Tropia, que vai apresentar amanhã os principais pontos da proposta. Na época, Niemeyer fez 44 desenhos com estudos sobre os prédios que seriam erguidos ou derrubados. Uma das ideias era demolir a estação das barcas e substituir o prédio eclético por outro em estilo moderno.
- Por outro lado, ele propõe preservar o torreão do Albamar, construção que restou do antigo mercado municipal, do começo do século XX - diz Bruno.
RETIRADA DE TODAS AS ÁRVORES
Uma das constatações que mais revoltaram Niemeyer foi a de que, de um lado da Praça Quinze, apenas o Arco do Teles mantinha parte das características originais. Num texto, o arquiteto disse que "o resto, até a Rua Primeiro de Março, era um amontoado de prédios vulgares, de construção relativamente recente". Ele queria a arquitetura colonial de volta àquele ponto, como no caso do Paço Imperial (de 1743) e do Convento do Carmo (do século XVI).
- Niemeyer propôs colocar um conjunto novo em frente aos edifícios que criticou. Seriam edificações com tipologias remetendo ao passado, caiadas de branco, com três a cinco pavimentos - diz Bruno.
Na palestra, ele vai usar oito dos desenhos de Niemeyer para mostrar as principais etapas do projeto.
- Ele também sugeriu a retirada de todas as árvores, que seriam transferidas para uma área junto ao Elevado da Perimetral (hoje demolido). Isso devolveria à Praça Quinze o aspecto presente nos desenhos originais da área, quando não havia arborização - diz.
Segundo a arquiteta Ceça Guimaraens, professora da UFRJ e vice-presidente de Relações Socioculturais do IAB-RJ, trata-se de um projeto pouco divulgado. Ela conta que, por ter pontos polêmicos e propor uma série de intervenções numa área com tantos bens tombados, o projeto foi reprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
- Ele é de uma fase em que Niemeyer estava fazendo muitos projetos de praças monumentais, tendo realizado trabalhos em São Luís e Goiânia.
O arquiteto Jair Valera, que trabalhou com Niemeyer por mais de 30 anos, diz que ele sonhava em ter sua assinatura na remodelação da Praça Quinze.
- Era um belo projeto e bem ousado. Uma pena não terem aceitado. Nem a prefeitura, nem o estado levaram adiante a iniciativa - recorda.
O evento na UFRJ é aberto ao público, e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail coloquiobaiaguanabara@gmail.com.
O Globo, Simone Candida, 26/ago
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Opções de lazer para os pequenos
Pensar em área de lazer nos dias de hoje é algo que vai muito além da piscina e salão de festas. Atualmente, quem busca um imóvel com esse tipo de espaço sabe que existe muito mais a ser oferecido. E se a família tem crianças pequenas, aí então é que os momentos de lazer nos condomínios se tornam ainda mais importantes.
Pensando nisso, construtoras oferecem áreas infantis cada vez mais caprichadas e diversificadas, que já ganharam até o status de indispensáveis, e fazem toda diferença no dia a dia não só dos pequenos, mas também dos pais.
Os espaços feitos especialmente para as crianças é uma estrutura que já têm alta prioridade para as construtoras, segundo Bruno Murta, diretor da MP Construtora e Incorporadora. Segundo ele, isso acontece porque a maioria da demanda por imóveis é formada por famílias com filhos. "É uma forma de consolidar o convívio social entre as crianças, além de proporcionarem atividades físicas. As estruturas encontradas com mais frequência são: brinquedoteca, com brinquedos infantis ao ar livre, salão de jogos e quadra poliesportiva. São locais de grande interesse por parte das crianças, que ocupam seu tempo e também permitem aos pais participarem das atividades ou descansarem", explica Bruno.
As áreas infantis se tornam maiores e mais complexas dependendo do porte do empreendimento. Murta ressalta ainda que a segurança dos brinquedos e equipamentos devem ser certificadas pelo Inmetro, e destaca a importância de se pesquisar a estrutura durante a compra do imóvel. "É preciso pesquisar pois existem propagandas enganosas, onde na imagem de divulgação o espaço parece ser grande, mas na realidade é bem pequeno. Por outro lado, muitos clientes saem satisfeitos dos stands de vendas ao saberem que vão poder contar com um espaço infantil. O bem-estar dos filhos é a grande prioridade. Já para as crianças, faz toda diferença a oportunidade de poder interagir com outros colegas, explorar sua capacidade de imaginação e esgotar suas energias", explica o diretor da MP.
Mãe das pequenas Guida, de 4 anos, e Nina, de 10 meses, a Advogada Andrea Viveiros, de 34 anos, afirma que as filhas frequentam os espaços infantis do condomínio em que mora, no bairro Ingá, pelo menos 4 dias por semana. Além de servir para as brincadeiras das filhas, para ela, essas áreas também são espaços de socialização, tanto para as crianças, como também para aos adultos. "É mais um espaço comum do condomínio onde as pessoas têm a oportunidade de conviverem. Os amigos que minha filha mais velha já fez, ela conheceu todos na área infantil do condomínio. Até mesmo eu fiz amizades por lá, enquanto as levava para brincar", declara a advogada.
Dois ambientes são destinados ao lazer dos pequenos no condomínio de Andrea, que defende que as crianças de hoje estão cada vez com menos espaço. Para ela, poder contar com essa estrutura dentro do condomínio garante segurança e qualidade de vida nos momentos de lazer com as filhas. "Acho esses espaços fundamentais. Tenho uma amiga que mora em condomínio que não tem área para crianças, e por isso ela vem até aqui com o filho. Tem até os melhores horários para as crianças se encontrarem. A verdade é que em condomínios a gente fica muito presa, e em espaços como esses podemos encontrar as pessoas, tomar sol, enfim, socializar", ressalta.
Por ser utilizado por crianças, deve haver uma atenção especial à segurança nessas áreas, de acordo com Ana Alho, gerente de Negócios da João Fortes Niterói. Segundo ela, com criatividade é possível planejar espaços atraentes e funcionais sem que haja impacto no custo dos imóveis. "O playground é um espaço essencial. Quando fazemos empreendimentos menores, e não temos muitas áreas disponíveis, priorizamos sempre o playground por se tratar de um espaço aberto onde a criança pode brincar com mais liberdade e usando a sua criatividade", ressalta Ana Alho.
Os projetos de área de lazer dos condomínios estão cada vez mais voltados para o público infanto-juvenil, pois além da segurança e comodidade oferecida, o responsável não precisar sair de casa para levar as crianças para brincarem. Pensar a área de lazer de um empreendimento passa obrigatoriamente pelo espaço para crianças e, segundo Ana, certamente ao menos um espaço voltado para este público é previsto em cada projeto. "Antigamente as crianças brincavam nos quintais de casa e até mesmo na rua, mas com a mudança de moradia para apartamento, elas ficaram com espaço reduzido. Por isso, as áreas voltadas às crianças nos empreendimentos acabam sendo uma extensão dos apartamentos", afirma a gerente.
As áreas de lazer nos novos empreendimentos estão cada vez mais diversificadas e cheias de itens que até 10 anos atrás não eram comuns. Segundo a arquiteta Manuela Guida, que criou o espaço no condomínio de Andrea, o aumento da construção de apartamentos cada vez menores também contribui para que haja cada vez mais investimentos nesses espaços. "Muitas vezes os itens de lazer são prioridade na escolha de um imóvel. Os pais querem as crianças felizes, e as crianças querem brincar. Mas para planejar bem esses locais é importante observar algumas questões, como segurança, higiene, e definir os brinquedos de acordo com a faixa etária", ressalta Manuela.
Um questão de bom convívio em prédio e condomínios. Atualmente, esses novos espaços variam com grandes novidades em relação a essas áreas, segundo a arquiteta, e já podem ser encontrados desde um playground com pista de velocípede, até espaço inteligente equipado com mesas, cadeiras e quadro para estudos em grupo. "Os condomínios que não têm essa infraestrutura buscam muitas vezes implantar espaços destinados para as crianças, com o intuito de promover uma melhor convivência entre os moradores. Brincadeira de criança costuma causar desentendimento na convivência entre os condôminos, e ao criar um espaço exclusivo para elas a administração minimiza as chances de conflito", conclui a arquiteta.
O Fluminense, Habitação, 24/ago
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Projeto para Barra e Vargens
A Odebrecht e a Queiroz Galvão formam o único consórcio que demonstrou interesse em elaborar projeto de concessão ou de formação de Parceria Público-Privada para obras de infraestrutura em Jacarepaguá, Barra, Vargem Grande e Vargem Pequena. A proposta da prefeitura é muito focada em transportes: prevê a implantação de um novo BRT - ou de seu primo pobre, o BRS - na região. Também vai avaliar a possibilidade de criar transporte por barcas nas lagoas da Tijuca e de Jacarepaguá.
O Dia, Informe do Dia, 24/ago
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Condomínio de luxo em Londres terá piscina suspensa a 35 metros de altura
Uma piscina de vidro suspensa a 35 metros de altura é um dos trunfos de um condomínio de luxo em Londres. Com conclusão prevista para 2019, o Embassy Gardens at Nine Elms terá duas torres residenciais de dez andares cada. A piscina suspensa, toda revestida em acrílico transparente, ligará os dois prédios.
Segundo o engenheiro Brian Eckersley, responsável pela obra, um dos maiores desafios é manter a piscina entre as duas forças dos prédios, que contam com fundações diferentes.
"Você tem dois lados tentando se separar assim como o peso da água sendo sustentado pela estrutura. E você tem que tranferir toda essa carga para os prédios do lado enquanto eles mesmos têm a tendência de se mover em relação um ao outro", explicou o engenheiro à "BBC News". A firma dele, Eckersley O'Callaghan, também foi responsável pela construção de várias lojas da Apple ao redor do mundo.
As torres residenciais ainda vão abrigar um bar no terrçao, um spa e uma orangerie. Uma segunda conexão, além da piscina, vai permitir a passagem entre os dois prédios.
O Embassy Gardens fica em Nine Elms, região do sudeste de Londres que tem passado por uma intensa revitalização. O empreendimento fica próximo à Usina Battersea, construção emblemática em art déco que está sendo transformada em condomínio de luxo, com projeto do arquiteto Frank Gehry e do escritório Foster + Partners, de Norman Foster.
O Globo Online, Ela, 21/ago
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
BNDES aprova R$ 746,5 milhões para o VLT Rio
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 746,5 milhões para a construção do VLT, sistema de veículos leves sobre trilhos, na região portuária e central do Rio de Janeiro. O crédito foi concedido à Concessionária do VLT Carioca S/A, Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída para implantar e prestar serviço de operação e manutenção do sistema.
O banco de fomento irá financiar 42% do valor do projeto, de RS 1,77 bilhão, incluindo, no total do crédito, uma parcela de recursos do Fundo Clima, administrado pelo BNDES. O VLT ligará o centro do Rio à região portuária por meio de 27,5 quilômetros de via, três linhas, 32 pontos, distantes cerca de 400 metros entre si.
A primeira fase está prevista para entrar em operação em abril de 2016, e vai funcionar durante as Olimpíadas do Rio. A segunda fase entrará em operação até o fim do próximo ano. Estão previstos 32 veículos, compostos de sete módulos articulados, climatizados com ar-condicionado e com capacidade para 420 passageiros. "O projeto está alinhado aos objetivos de revitalização do Centro e da região portuária. pois é o principal componente de infraestrutura de transporte de operação urbana do Porto Maravilha", disse o BNDES em nota.
O banco de fomento destacou que o seu apoio ao VLT contribuirá para a retirada de circulação de ônibus da área central, além de desestimular o uso de automóveis e motocicletas, por oferecer uma alternativa de transporte público de qualidade".
Os recursos do Fundo Clima foram utilizados por se tratar de meio de transporte sustentável e ambientalmente limpo. "O VLT é um meio de transporte público de baixa emissão de gases causadores do efeito estufa (CO2). Dessa forma, estima-se que, ao longo dos 25 anos da concessão, o VLT evite a emissão de 410 mil toneladas de (CO2)", diz a nota. O projeto pôde contar com R$ 35,3 milhões do Fundo Clima.
R$ 53,4 milhões para novos hotéis
O BNDES também anunciou ontem a aprovação de dois financiamentos, no valor total de R$ 53,4 milhões, para a construção de novos hotéis no Rio de Janeiro. Na área de concessão do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, o Banco financia com R$ 33 milhões a construção do Prodigy Santos Dumont Airport, sob responsabilidade da GJP Administradora de Hotéis. A operação é indireta, e os recursos - que representam 44,3% do total a ser investido no projeto - serão repassados ao cliente pelo Banco Bradesco.
O empreendimento terá 289 apartamentos no segmento intermediário, com foco no mercado corporativo, mas também preparado para atender à demanda do turismo de lazer, em razão de sua localização privilegiada, com vista a Baia de Guanabara e Pão de Açúcar, e da proximidade com atrações como o Museu de Arte Moderna e o Vim Rio.
A GJP estima que, com a inauguração prevista para setembro, serão gerados 260 empregos diretos e 570 indiretos. Na fase de execução do projeto, iniciada em maio do ano passado, foram criados 300 postos de trabalho.
Outro hotel apoiado pelo BNDES é o Arena Ipanema, em Ipanema, na Zona Sul, para o qual foi aprovado um financiamento de R$ 20,4 milhões. que contempla, além da construção do empreendimento, um subcrédito destinado á revitalização do Parque Garota de Ipanema
Durante as obras, que já tiveram início, a empresa estima a geração de 149 empregos diretos e 45 indiretos. Após a conclusão, devem ser gerados 80 postos diretos e 24 indiretos.
Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 20/ago
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Uma nova cultura de segurança
Diversas capitais brasileiras já obrigam seus condomínios, através de lei, a realizar a autovistoria, um procedimento que tem como objetivo modificar a falta de cultura em relação à manutenção de edificações em nosso país. Desde o ano passado, a obrigação do procedimento vale para todo Estado do Rio de Janeiro, um trabalho importante onde Niterói saiu na frente, e desde 2012 o município já determina a realização periódica das inspeções. Especialistas falam sobre a importância da autovistoria e como garantir que seja cumprido o que a lei determina.
Muitos acidentes envolvendo prédios pelo Brasil chamaram a atenção nos últimos anos. Desde a marquise que desabou e matou um operário em Porto Alegre, até os prédios que caíram no centro do Rio de Janeiro, deixando onze vítimas. Situações que, apesar de reforçar a importância da autovistoria, segundo o coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Crea-RJ, Manoel Lapa, têm origem em outro erro.
"Principalmente no caso do Rio, o acidente estava relacionado muito mais a obras feitas de maneira errada do que a falta de vistoria propriamente. O que não faz do procedimento menos importante. Vale lembrar que em se tratando de litoral, concretos e ferros costumam ser muito atingidos, e por isso, investir em vistorias e reparos podem representar a economia de um grande gasto no futuro, e até mesmo a perda do imóvel", alerta o coordenador do Crea-RJ.
O custo do trabalho varia de acordo com a edificação e as placas atestando que o edifício foi vistoriado não são obrigatórias, servindo muito mais como forma de propaganda do profissional que presta o serviço, explica Manoel.
"A princípio, o valor varia entre R$ 2 e R$ 6 mil, mas no caso de prédios grandes, como os dos centros das grandes cidades, esse valor pode chegar até R$ 40 mil", destaca.
"A autovistoria nada mais é do que uma inspeção predial obrigatória realizada com intervalo máximo de cinco anos por arquitetos, engenheiros ou empresas habilitadas pelo Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA) ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), com objetivo de avaliar as condições de conservação, estabilidade, salubridade e segurança de uma edificação, explica a arquiteta de urbanista Andrea Pinto de Almeida.
"Pioneiro no Estado, no Município de Niterói o procedimento é previsto pela lei 2.963 de 2012, que estabelece a realização periódica de inspeções em edificações. O laudo feito é entregue na Secretaria de Urbanismo da Prefeitura. Já no Município do Rio de Janeiro, o decreto é de 2013, que junto com Sindicato da Habitação (Secovi Rio) elaborou uma Cartilha para informar e esclarecer a profissionais, síndicos e responsáveis pelos imóveis, disponível no site www.rio.rj.gov.br/smu/vistoriatecnica", ensina a arquiteta.
A obrigação de realização da vistoria técnica é do responsável pelo imóvel, portanto, em se tratando de um condomínio, cabe ao síndico ou administrador, e também ao proprietário ou ocupante, segundo Andrea. Ela explica que o profissional técnico contratado fará um diagnóstico das partes comuns e das unidades para verificar as condições do imóvel, e elaborar um laudo técnico informando as condições adequadas e inadequadas de uso, obras, quando necessário, e reparos de adequação, com o prazo para implementação.
"Os laudos técnicos deverão estar em conformidade com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e obrigatoriamente acompanhados dos respectivos Registros de Responsabilidade Técnica (RRT), junto ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RJ), ou Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/RJ). O documento é encaminhado à Secretaria de Urbanismo da cidade para registro", ensina a arquiteta.
Como objetivo, o procedimento pretende conservar os imóveis em condições adequadas de segurança, contribuindo para que nasça uma nova cultura de manutenção predial, e para que síndicos, moradores e proprietários se comprometam a cuidar da estrutura das edificações, declara o engenheiro Rodrigo Ascurra.
"É um trabalho importante, pois pode evitar acidentes, catástrofes, gastos desnecessários e, principalmente, garante a preservação e segurança da vida humana. As grandes vantagens são a maior confiança na existência de segurança na edificação habitada e a redução da necessidade de obras emergenciais", pontua.
O responsável pelo imóvel pode responder civil e criminalmente por prejuízos e danos que a falta de reparos ou de manutenção da edificação venha a ocasionar a moradores ou terceiros. Já no caso das autovistorias, se as fiscalizações previstas na legislação não forem realizadas, ele poderá também receber multas, alerta Ascurra.
"Para obtenção de orientações relativas à autovistoria também existem a Central de Atendimento ao Cidadão 1746, da Secretaria Municipal de Urbanismo e os conselhos de classe, das entidades ligadas aos síndicos, condomínios e construtoras, como Secovi, Abadi e Ademi", enumera Rodrigo.
Se por um lado a lei reforça a responsabilidade dos condomínios com a manutenção dos imóveis, ela também gera um ganho patrimonial aos moradores, declara o presidente do CAU/RJ, Jerônimo de Moraes.
"Na hora de contratar um profissional, é importante que o condomínio verifique se ele está apto para o trabalho, tem registro no Conselho e exigir a apresentação do registro de responsabilidade técnica. No site autovistoria.caubr.gov.br , é possível checar isso", informa.
Mesmo com tantos benefícios e regulamentações, a contratação do serviço tem sido um processo complicado, segundo Rodrigo Seco, que administra 5 condomínios no Rio de Janeiro. De acordo com ele, a grande demanda têm feito faltar profissionais capacitados.
"A gente sempre faz tomada de preços, com no mínimo 3 orçamentos, para um serviço. Mas quando você tem pessoas cobrando valores tão diferentes, como R$ 5 mil, R$ 15 mil e R$ 40 mil, fica muito difícil saber como escolher, e o porque de tanta diferença, ainda mais quando esse trabalho nunca foi feito antes", explica Rodrigo.
A fiscalização do poder público, segundo ele, também ainda não é efetiva, no entanto o administrador acredita que a medida já representa um avanço.
"Não se pode dizer que a autovistoria já funciona plenamente, mas quando aconteceu o acidente no prédio no Centro do Rio, a responsabilidade pelas obras inadequadas foi uma questão muito incerta. Por isso, a autovistoria já representa um passo à frente", finaliza o administrador.
O Fluminense, Habitação, 17/ago
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Città America terá primeira expansão
Cinco salas de cinema, duas de teatro, 750 novas vagas no estacionamento. Inaugurado em 2000, o Città America vai passar pela primeira expansão. As obras ainda dependem das licenças de órgãos públicos, mas algumas medidas do projeto já estão em curso. A primeira delas visa a melhorar a segurança no estabelecimento. De março para cá, aumentou de 80 para 360 o número de câmeras na área do shopping.
- Queremos ter controle de tudo o que acontece aqui dentro. Os clientes têm que se sentir seguros. Por isso iniciamos o projeto por esse aspecto - explica o síndico do Città, Hernani Campello.
O muro de tijolos erguido recentemente entre o Città America e o Downtown, motivo de polêmica, faz parte desta primeira etapa de revitalização, afirma o administrador.
Ainda no que se refere à segurança, o projeto prevê outras mudanças nos acessos ao shopping. Motos terão que passar pelas cancelas do estacionamento, e os fundos do empreendimento, onde fica o complexo empresarial, ganharão grades verdes, similares às do Jardim Botânico.
Algumas obras estruturais também já foram iniciadas, como troca das calhas, adequação de rampas para cadeirantes, substituição de lâmpadas comuns por LED e a recuperação e pintura de alguns prédios da área empresarial. A reforma dos banheiros começará em breve. Mas as alterações principais serão as novas roupagens da fachada e dos corredores internos. Tudo isso, segundo Hernani, realizado com investimentos do próprio shopping, sem cobrança
de cotas extras.
Além de criarem um ambiente mais confortável para os clientes, as mudanças visam a tornar o Città uma movimentada área de lazer.
- Queremos trazer a alegria do público de cinema e teatro para o shopping. Atrair, principalmente, as mães, que terão opções de cultura e entretenimento para os filhos. A ideia é colocar também um parquinho para crianças. E estamos em negociação com uma casa de festas infantis - explica Campello.
Como a expansão ainda depende de autorização da prefeitura, o síndico prefere não entrar em detalhes sobre novas lojas no mall. Mas acredita que a revitalização vai aumentar o fluxo de clientes.
Um terceiro pavimento está previsto no projeto de revitalização do Città, e as novas vagas para veículos seriam nessa área. Mas a proposta de shopping aberto permanece. A preocupação agora é fazer passarelas cobertas no acesso entre a área empresarial e a de lojas.
Em breve, três totens interativos estarão disponíveis para os clientes se localizarem melhor e encontrarem as informações e lojas que procuram.
- Vamos transformar o shopping - diz Campello.
O Globo, Barra, 16/ago
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Cartão-postal revitalizado é ganho ao Rio
Cidade que consta dos principais destinos turísticos do mundo, o Rio de Janeiro precisa constantemente avaliar seus pontos turísticos, com vistas a corrigir deficiências, e pensar em novidades. Duas obras traduzem esse esforço: a construção da ciclovia da Avenida Niemeyer e a revitalização do Centro de Visitantes do Corcovado, nas Paineiras, como O DIA mostrou ontem.
Ambas eram intervenções há muito ansiadas. A extensão da ciclovia une São Conrado ao resto da orla, beneficiando o Vidigal e abrindo as portas para a ligação via bicicleta entre Barra e Centro - sem falar no visual estonteante do percurso.
Já o novo Centro de Visitantes do Corcovado põe fim a anos de uma gambiarra que não causava boas impressões em quem ia visitar o Cristo de van. O ponto, que também serve de apoio para atletas das Paineiras, transformará da água para o vinho a experiência, dando mais conforto e segurança. Melhorar o acesso e abrir oportunidades encanta o turista e garante o seu retorno.
O Dia, Editorial, 14/ago
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Para evitar problemas
Quem compra imóvel na planta vive aquela ansiedade com o momento da entrega das chaves. E por ser uma etapa importante, o proprietário precisa estar atento a todos os detalhes durante a vistoria da entrega, pois é nessa fase que o morador poderá encontrar possíveis erros, que, se não forem corrigidos pela construtora, vão trazer transtornos no futuro.
Segundo Rogério Quintanilha, gerente-geral de compra e venda da Apsa, quando o imóvel está pronto, o comprador é levado por um representante legal da construtora para atestar as condições em que o bem será entregue. "Aproveite para checar, por exemplo, a metragem do imóvel, as partes elétricas e hidráulicas, pinturas, vidros, cerâmicas, esquadrias, louças, ralos e até o nivelamento do piso", orienta o especialista.
Anúncios e memorial
Quintanilha sugere também que o proprietário tenha todos os anúncios, propagandas e folhetos do empreendimento. O futuro morador deve ainda estar com o memorial descritivo fornecido pela construtora no ato da compra. É nele que constam todas as especificações dos materiais utilizados na obra. "Esses papéis são importantes para servirem de comparação no dia da inspeção. Aproveite também o celular para fazer imagens e vídeos de tudo o que estiver controverso, pois eles podem atestar a existência do problema. A documentação é fundamental na hora de tentar um acordo com a construtora", explica ele.
O especialista ressalta que o proprietário não deve receber as chaves se constatar algum erro. Ele deve reclamar por escrito com a construtora em um prazo de até 90 dias. A empresa tem até 30 dias para solucionar o problema.
Meia Hora, Imóveis, 13/ago
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
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