sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Google Street View mostrará o Rio a partir das águas da Baía
Os principais pontos turísticos do Rio estarão disponíveis, em breve, para serem admirados a partir de qualquer lugar do mundo, e com um visual inusitado: de dentro da Baía de Guanabara. Com a ajuda de um stand up paddle (SUP) o Google utilizou o trekker - mochila equipada com 15 lentes que tiram fotos simultâneas a cada 2,5 segundos - para captar imagens para o Street View.
É a primeira vez que o trekker é utilizado num SUP. O dono do "olhar" foi o atual campeão mundial do esporte, o brasileiro Caio Vaz:
- Foi uma surpresa. Recebi o e- mail com o assunto Desafio do Google, fiquei curioso e topei. Todo mundo vai poder ter esse privilégio de ver o Rio de um outro ângulo, em cima de um SUP, no meio da Baía, um lugar incrível. Você tem vários cartões postais por todos os lados.
Para realizar a captação das imagens, Vaz testou o uso do equipamento, que pesa 20 kg, e chegou a ficar apreensivo.
Esta nova visão ainda não tem data para entrar na plataforma do Street View. A ideia foi o ponto de partida para a atualização das imagens dos principais pontos turísticos do Rio até as Olimpíadas. Responsável pelo Street View no Brasil, o engenheiro Tomás Nora explicou a escolha pela Baía de Guanabara.
- Pensamos em algo icônico para começar a atualização das imagens dos pontos turísticos da cidade, que representasse bem o Rio de Janeiro, um ângulo diferente da cidade. Já tínhamos algumas imagens feitas nas areias das praias, mas, da Baía de Guanabara, é algo totalmente diferente. Eu, que não sou do Rio, fiquei encantado, pois não é comum ver essas paisagens.
Em entrevista à Globo News, Nora disse que, além dos pontos turísticos, imagens de todas as ruas do Rio serão refeitas. O projeto incluirá ainda locais onde acontecerão os Jogos:
- Todos os parques olímpicos, as partes internas dos ginásios, tudo vai ficar pronto para as Olimpíadas. Não temos ainda uma data de lançamento, mas, com certeza, antes das Olimpíadas estará disponível.
Para Tomás, o papel da plataforma é permitir que qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, conheça um lugar sem estar necessariamente lá.
- O nosso produto é pensado para o usuário, para que todas as pessoas tenham acesso a todos os lugares e possam conhecer um pouco, mesmo não estando lá. É mais uma peça do nosso espelho virtual do mundo. Vamos usar a mochila para outros pontos turísticos e levá- la onde o carro não chega.
O Globo, Filipe Cerolim, 29/jan
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
IPTU: Nota Carioca pode zerar 1ª cota
A primeira ou a única cota do IPTU para moradores do Rio vencerá na semana que vem, mas muita gente que decidir pelo parcelamento vai se deparar com a primeira parcela zerada ou abaixo do valor devido. Isso porque quem optou por usar de créditos da Nota Carioca para ter abatimento do imposto terá esse desconto na primeira prestação (ou até na segunda). Nestes casos, o benefício do abatimento vem descrito na primeira folha do carnê.
Segundo a Secretaria municipal de Fazenda, caso o crédito seja maior do que o valor de uma parcela, a segunda cota do IPTU ainda poderá sofrer um abatimento, e assim por diante. É o caso de um IPTU de R$ 1.742, com um crédito de R$ 293. Além de zerar a primeira cota, o valor da segunda parcela baixou de R$ 174,20 para R$ 55,40. O abatimento de quem tem crédito da Nota Carioca e paga o IPTU à vista é feito após o desconto de 7%.
Extra, 28/jan
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Maior jardim vertical do mundo
Inaugurado no início deste ano, o projeto One Central Park, em Sidney, na Austrália, é assinado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, vencedor do Pritzker em 2008, e possui duas torres marcadas por terraços em balanço (as extremidades não têm apoio e, portanto, parecem flutuar). Os edifícios abrigam 624 apartamentos, sendo 38 deles coberturas luxuosas. A criação teve a colaboração do artista botânico (também francês) Patrick Blanc, considerado o inventor do conceito de jardim vertical, que, no caso do One Central Park, cobre 50% da fachada do empreendimento, combinando 190 espécies nativas e 160 tipos de plantas exóticas, numa interessante relação entre paisagismo e arquitetura.
Além de ajudar a neutralizar as emissões de carbono na cidade, o jardim vertical diminui a temperatura interna nos apartamentos do prédio. As duas torres que o compõem fazem parte de um complexo de uso misto que inclui não só residências, como também lojas, cafés, restaurantes e unidades corporativas.
Revista Secovi, Edição 98, Jan, Fev/2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Inquilinos agora têm espaço para negociar
Nos últimos anos, a relação entre locadores e inquilinos vinha pendendo sempre para o lado dos proprietários dos imóveis. A oferta era pouca, principalmente em áreas com alta procura, como a Zona Sul, e os locatários se viam invariavelmente pagando uma pequena fortuna por apartamentos pequenos e sem grandes luxos.
Pois a situação mudou com a maior oferta e a consequente queda no preço médio do aluguel em 2015, de 3,34%. Levando-se em conta que a inflação medida pelo IPCA atingiu 10,67% no ano, o preço médio anunciado do metro quadrado apresentou queda real de 12,66% ano passado, segundodados do Índice FipeZap.
No novo cenário, os inquilinos têm vez na hora da negociação. Conseguem encontrar preços mais em conta, melhorar prazos e até ganhar outros benefícios.
- É hora de negociar. Principalmente para quem já tem um contrato e vai renovar. Se você é um bom inquilino, está com o aluguel em dia, com certeza o proprietário não vai querer perder você e fará algumas concessões, como manter o preço de aluguel de um ano para o outro - explica Johnny Guedes, proprietário da imobiliária Nova Aliança.
Segundo Guedes, na prática, ele sentiu uma queda média de 20% no preço dos imóveis comerciais e de 10% a 15% no preço dos aluguéis de imóveis residenciais.
- Uma loja que administro tinha contrato de R$ 7.500 mensais e, no ano passado, o proprietário já negociou a renovação por R$ 6.500. Agora, como o inquilino continuava sem conseguir pagar o valor, e ameaçava devolver o imóvel, o locador aceitou baixar o aluguel para R$ 6 mil até o fim do ano. Hoje, ter esse dinheiro menor é mais vantajoso do que seguir com a loja vazia - explica Guedes.
O portal de imóveis Viva Real, que analisa os preços do mercado com uma pesquisa trimestral em 30 cidades brasileiras, também constatou a queda nos números. No país, a desvalorização do metro quadrado para aluguel foi de 5,24% em 2015. Entre as cidades analisadas, apenas Florianópolis (+10,6%) teve valorização acima do indicador de inflação acumulado no período - IGP-M em 10,54%. O Rio está entre as capitais que apresentaram maior queda, com -21,21%, seguida por João Pessoa (-11%), Recife (-8,9%), Natal (- 8,5%) e Belo Horizonte (-5,0%). Lucas Vargas, executivo chefe de Operações do VivaReal, espera agora uma acomodação do mercado.
- Os inquilinos passaram a ter um maior poder de negociação durante o ano de 2015 com o excesso de imóveis. Porém, no fim do ano, percebemos as pessoas procurando mais imóveis para alugar do que para vender. Isso aconteceu quando notaram que as regras de financiamento tinham mudado e sua capacidade de compra havia diminuído. É bem provável que o poder de negociação fique equilibrado para os dois lados em breve e, em alguns meses, o preço dos imóveis para locação possa estabilizar ou mesmo voltar a subir. Até o momento, porém, os inquilinos têm conseguido negociar melhores valores - avalia.
Rita Tostes, proprietária da Inova Rio Imóveis, diz que o papel dos corretores se torna mais importante neste momento, já que avaliar o preço justo de cada imóvel se mostra fundamental.
- Hoje, há um comparativo muito grande, porque a oferta aumentou. Não é que esteja difícil para os proprietários alugar os imóveis, o que está acontecendo é que quem está fora do preço não aluga. Não adianta querer valorizar, e vale até mesmo perder um pouquinho para manter um bom pagador. Mas é preciso ser um profissional capacitado para fazer a avaliação, e aí é fundamental a figura do corretor.
O Globo, Morar Bem, Luciana Barros, 25/jan
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
'Casa do Rio' terá papel de atrair negócios na Olimpíada
O Museu do Amanhã, inaugurado em dezembro já como legado da Olimpíada no Rio de Janeiro, servirá de ponto de encontro para importantes executivos mundiais e governantes de grandes cidades a partir de fevereiro. Inspirada na British Embassy, criada para discutir oportunidades de negócios, em Londres durante Olimpíada na capital inglesa em 2012, a Casa Rio, como foi batizada a iniciativa, será o ponto de encontro corporativo. O objetivo da agência Rio Negócios, braço da prefeitura à frente à proposta, é organizar 43 eventos, atrair três mil líderes e prospectar 800 empresas ao longo de 2016.
Valor Econômico, Robson Sales, 25/jan
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Geração solar ganha escala e competitividade
O aumento da geração de energia solar levou a uma queda de 60% no preço dos equipamentos nos últimos três anos, fazendo com que a tecnologia fique economicamente competitiva globalmente pela primeira vez na história. Segundo estudo do Julius Baer, a energia solar deve competir com as fontes convencionais em breve, tendo um papel importante nos mercados emergentes.
Valor Econômico, Camila Maia, 22/jan
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Condomínio compartilhado
A americana WeWork, especializada em escritórios compartilhados, está testando seu primeiro empreendimento de apartamentos residenciais. Cerca de 80 clientes mudaram para o local, em Nova York, neste início de ano. A diferença para um aluguel tradicional é que não há contrato e todo o processo é feito por meio de um aplicativo. Os apartamentos são mobiliados e contam com internet e tevê a cabo. Cada bloco ainda possui um gerente de comunidade, responsável por organizar eventos.
IstoÉ Dinheiro, Sustentabilidade, 20/jan
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Barbosa: mais crédito não afetará combate à inflação
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem não enxergar contradição no combate à inflação pelo Banco Central e, ao mesmo tempo, na melhoria de crédito direcionado pelo Executivo, ação que está em gestação no governo para estimular a economia. Em coletiva a agências de notícias estrangeiras, Barbosa avaliou que é obrigação do governo melhorar as linhas de crédito direcionado, acrescentando que há volume de "liquidez substancial" no sistema financeiro brasileiro para esse fim, sem que haja necessidade de equalização por parte da União.
Segundo o ministro, essa melhoria deverá contemplar crédito direcionado a capital de giro para micro e pequenas empresas, crédito para exportação, para construção civil e para a agricultura. Ele se esquivou de dar mais detalhes em termos de volume e taxas. Hoje e amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para a definição da taxa de juros, atualmente em 14,25% ao ano. A expectativa dominante no mercado é de alta nos juros, após a autoridade monetária ter sinalizado a retomada do ciclo de aperto diante da desancoragem das expectativas para a inflação.
Alguns especialistas, contudo, consideram que a investida poderia se mostrar inócua, já que a demanda já estaria deprimida no país em meio à forte recessão econômica. Durante a coletiva, o ministro disse não acreditar na existência de dominância fiscal, situação em que a política monetária estaria perdendo sua eficácia diante dos desarranjos nas contas públicas.
"As ações de política monetária claramente têm efeito sobre expectativas de inflação", disse. Em outro momento, o ministro apontou que o maior desafio macroeconômico hoje é fiscal, e não cambial. Com a valorização do dólar frente ao real também influenciada por instabilidades políticas e fiscais, aumentam as pressões sobre os preços domésticos.
Petrobras
Questionado sobre a necessidade de eventual capitalização na Petrobras, impactada pela queda no preço do petróleo, alto endividamento em dólar e pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato, o ministro foi enfático em negar essa possibilidade.
"Não há necessidade nem de recorrer ao mercado, com novas captações, nem de aumento de capital por parte dos acionistas." Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff não descartou uma capitalização se os preços do petróleo no exterior continuarem em declínio. As cotações estão operando perto de mínimas desde 2003, com um excedente de oferta afetando o mercado global, em meio a preocupações com a desaceleração na economia da China. Barbosa reconheceu que a volatilidade da economia chinesa tem impacto sobre alguns indicadores brasileiros, mas afirmou que o governo está mais focado em reduzir as causas de volatilidade sobre as quais tem controle, buscando mais previsibilidade macroeconômica.
O ministro também disse esperar um melhor ambiente polí-ico no Brasil este ano para a tramitação de medidas que fazem parte do ajuste fiscal, como a aprovação da volta da CPMF até maio e a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), consideradas cruciais. "A questão fiscal ainda é um desafio porque ela envolve a aprovação de medidas legislativas. E eu acho que há uma consciência de todos de que a recuperação da economia brasileira, que passa pelo reequilíbrio fiscal, é uma questão de Estado", disse. O ministro reiterou que o governo adotará todas as medidas para o cumprimento da meta de superávit primário equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, mas afirmou que a adoção de uma banda fiscal para os anos seguintes "é assunto que pode ser tratado", no âmbito de discussões no Congresso Nacional sobre limites para a dívida pública e regras fiscais.
Ele afirmou ainda que poderá sair, ainda nesta semana, alguma medida de limitação de empenho de gastos da União enquanto o governo trabalha na programação fiscal definitiva do ano, que deve sair até fevereiro.
Oportunidades
Barbosa apontou que a valorização do dólar em relação ao real torna alguns ativos brasileiros atraentes para investidores estrangeiros. Ao mesmo tempo, o governo está trabalhando na frente regulatória para fomentar a participação desses investidores em projetos de infraestrutura. Sobre oportunidades para o País, o ministro disse ainda que, com o câmbio mais flexível na Argentina, deverá haver crescimento do comércio entre o país vizinho e o Brasil. Barbosa disse ainda que o governo não considera no momento aumentar a alíquota de importação do aço, "até porque não há consenso sobre o tema ao longo da cadeia produtiva".
Jornal do Commercio, 19/jan
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Construtoras se reinventam para enfrentar a crise
Construtoras e incorporadoras estão buscando estratégias que vão além de descontos e brindes para enfrentar a crise econômica e política que o país atravessa. A queda de 8,48% no preço médio do metro quadrado de imóveis no Brasil confirmou o desaquecimento que estas empresas sentiram ao longo de 2015. A SIG Engenharia e a Lafem estão entre as empresas que foram buscar alternativas para minimizar os impactos deste cenário.
Depois de registrar queda de 80% nas vendas, o empresário Schalom Grimberg, da SIG Engenharia, adiou obras planejadas em diferentes pontos do Rio de Janeiro e investiu na construção de um grande centro de comércio popular na Barra da Tijuca. "Hoje, Barra e adjacências concentram, segundo o IBGE, 14% da população do Município do Rio. Em 15 anos, esse número subirá para 27% de acordo com estimativas do próprio instituto. A Barra é uma região que está tomando a dimensão de uma pequena cidade, mas não foi projetada para ter um comércio de rua. Então criamos um espaço que terá esse jeitão com preços condizentes", explica Grimberg.
De acordo com o executivo, o pulo do gato para o novo negócio prosperar foi oferecer aos lojistas um valor diferenciado pelo metro quadrado. O espaço, aberto em outubro de 2015, já está com 50% da área comprometida com operações. Já funcionam no endereço lojas como Caçula, Decorando com Arte, Dimona, Atacadão Posto Treze e Feirão Moda Rio. São marcas consolidadas na Saara, no Centro do Rio, no polo de decoração de Vigário Geral e nosmunicípios de Nova Iguaçu e Duque Caxias.
Já a Lafem Engenharia venceu a concorrência para executar a obra do hotel Fasano, em Angra dos Reis, na Costa Verde. Com um portfólio diversificado nos segmentos residencial, corporativo, hoteleiro, industrial e comercial, a construtora está focada em buscar obras nos setores de varejo, alimentação, logística e saúde.
Para o diretor comercial da construtora, Paulo Renato Paquet, o momento é favorável para os investidores que têm reservas em dólares, pois os ativos estão baixando os preços e, até o produto estar desenvolvido, o metro quadrado de construção que já está em queda, estará mais reduzido ainda puxado pela retração do mercado imobiliário no país.
O Dia, Imóveis, 18/jan
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Tesoura nos gastos
Cortar gastos continua sendo a meta para 2016, principalmente quando o assunto são despesas de condomínio. Esse custo aumentou quase 8% no último ano no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É uma conta cada vez mais pesada no orçamento das famílias. Pensado nisso, a Irigon, empresa especializada em administração de condomínios e locação de imóveis, lançou um serviço de orientação aos síndicos que pode ajudar a reduzir os gastos em até 60%.
Economista e diretor-executivo da Irigon, José Carlos Siqueira esclarece que a taxa condominial varia de acordo com fatores como uso de água e luz, contratações, manutenções e inadimplência. "Os valores cobrados são definidos a partir de diversos critérios, como o número de moradores, funcionários e os itens de lazer", afirma José Carlos.
O especialista ressalta que a economia nas despesas dos prédios não depende só do síndico. É possível baratear contas seguindo dicas simples com a ajuda de todos os condôminos.
Uma das recomendações é fazer a previsão orçamentária e apresentá-la em assembleia logo no início do ano. No estudo, deve ser sugerido um possível aumento para ser votado.
Outra dica é priorizar a manutenção preventiva para fugir de gastos extras. Também é importante fazer as autovistorias, como determina a Lei 6.400. A inspeção deve ser realizada nas dependências do prédio.
Vale ainda programar rodízio dos elevadores nos horários de menor movimentação e fazer a medição individual da água. Verifique vazamentos para evitar desperdício e, se possível, implemente sistema de reaproveitamento da água da chuva. Use lâmpadas econômicas, do tipo LED, bombas com baixo custo e sensores de presença, que podem economizar até 50% da energia local. Fique de olho na escala de trabalho dos funcionários para evitar horas extras.
Meia Hora, Imóveis, 14/jan
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Habitação social de chileno leva 'Nobel da arquitetura'
Um dos arquitetos mais jovens a vencer o Pritzker, maior prêmio da arquitetura mundial, o chileno Alejandro Aravena, 48, despontou na última década como um dos maiores inovadores da área, consagrado com projetos de habitação social e obras para a recuperação de cidades atingidas por desastres naturais.
Sua escolha, anunciada nesta quarta (13), também representa um deslocamento geográfico nas decisões do prêmio, entregue pela última vez a um nome da América do Sul quando o brasileiro Paulo Mendes da Rocha foi reconhecido há dez anos.
Na história do prêmio, Aravena é o quarto latino-americano a receber a distinção, depois do mexicano Luís Barragán, em 1980, do brasileiro Oscar Niemeyer, em 1988, e Mendes da Rocha, em 2006.
Em plena ascensão e agora consagrado pelo maior prêmio de sua área, Aravena está também à frente da próxima Bienal de Arquitetura de Veneza, que começa em maio na cidade italiana.
Seu projeto mais notório, conduzido pelo Elemental, escritório que fundou em 2001, são as mais de 7.500 casas construídas para a população de baixa renda no norte do Chile. São estruturas entregues ao morador como esqueletos que podem ser complementados mais tarde de formas distintas, dando autonomia aos proprietários.
De acordo com o júri do prêmio, entre os quais está o britânico Richard Rogers, um dos autores do Centro Pompidou, em Paris, Aravena "pratica a arquitetura como um esforço artístico em projetos para as esferas privada e pública e resume o ressurgimento de um arquiteto mais socialmente engajado".
Entre outros projetos marcantes do autor, estão seus prédios da Universidade Católica do Chile, em Santiago.
O UC Innovation Center, por exemplo, é uma estrutura de concreto com aberturas que parecem aleatórias, buscando uma porosidade adequada ao clima frio da capital chilena, enquanto as Siamese Towers, no mesmo campus, são torres brutalistas revestidas com uma pele de vidro, uma estratégia para aperfeiçoar a circulação de ar e evitar gastos excessivos de energia.
Em construção em Xangai, a nova sede da Novartis, empresa do setor de saúde, também tem como principal meta do projeto o consumo consciente de recursos, combinando uma série de ambientes distintos no mesmo espaço.
Entre projetos corporativos e outros em âmbito social, Aravena se firmou como um arquiteto ao mesmo tempo autoral e ancorado na solução de desafios da forma mais eficiente, como quando ajudou a reconstruir a cidade chilena de Constitución, arrasada por um terremoto.
Folha de São Paulo, Ilustrada, 14/jan
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Arena Carioca 1 é apresentada
A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou ontem a Arena Carioca 1, onde serão disputadas as partidas de basquete, basquete em cadeiras de rodas e rúgbi em cadeira de rodas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e é o terceiro equipamento do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, faltando sete meses para o início do evento esportivo. Foram entregues anteriormente a Arena do Futuro (tênis) e o Centro Internacional de Transmissão (IBC, na sigla em inglês). De sexta-feira até domingo, quatro seleções disputam, na arena, o Torneio Internacional Feminino de Basquete, primeiro evento teste do ano. Os ex-atletas e medalhistas de ouro Marcel, Hortência e Janete conheceram as instalações ao lado do prefeito Eduardo Paes e do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Artur Nuzmman.
Segundo Paes, a inauguração do terceiro equipamento no parque é uma prova de que o complexo não é motivo de preocupação, bem como o Complexo de Deodoro. "É uma prova de que no Brasil, desde que se faça corretamente, é possível realizar grandes eventos sem tirar recursos de outros setores. Desde 2009, a prefeitura investiu R$ 65 bilhões em Saúde e Educação contra os R$ 655 milhões de dinheiro público destinados às Olimpíadas, que tantas oportunidades trouxeram para o Rio. Vale destacar que essa arena permanente tem muita importância pois o que vamos arrecadar com ela, após os Jogos, vai pagar as outras arenas do Parque Olímpico dentro de um modelo de gestão como o da HSBC Arena. Não vamos deixar elefantes brancos. É uma olimpíada diferenciada e de sustentabilidade", garantiu o prefeito.
Construída através do modelo de Parceria Pública Privada (PPP), a Arena Carioca 1 tem 33 metros de altura e área construída de 38 mil metros quadrados, com 282 salas, 49 banheiros, oito vestiários e seis elevadores. Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, terá capacidade para receber 16 mil espectadores. Cerca de 2 mil operários participaram da construção.
A partir de sexta-feira, a instalação receberá o Torneio Internacional Feminino de Basquete, evento-teste que reunirá 48 atletas de quatro países - Brasil, Austrália, Venezuela e Argentina. Este é o segundo evento-teste realizado no Parque Olímpico Rio 2016 - que recebeu, em dezembro, o evento teste de Tênis. Em fevereiro, a Arena Carioca 1 será sede do Campeonato Internacional de Rúgbi em Cadeira de Rodas.
"Acabei de mandar uma foto para o presidente da Fiba (Federação Internacional de Basquetebol) por ser um espaço espetacular no mesmo porte de qualquer arena da NBA (Associação Nacional de Basquete dos Estados Unidos). Enfim, é mais um equipamento notável entregue, o que nos deixa muito confortável com relação ao tempo e ao prazo", destacou Nuzmann.
A quadra tem 608 metros quadrados e foi construída com dois tipos de madeira maciça, um para a área de jogo e outro para o entorno. Para garantir a melhor performance dos atletas, há um sistema de apoio flexível, composto por amortecedores de borracha. O projeto de acessibilidade inclui rampas de acesso direto da Via Olímpica, além de quatro escadas externas. Nas arquibancadas há assentos acessíveis, e as escadas têm piso antiderrapante e faixas de contraste visual.
Após os Jogos Rio 2016, a Arena Carioca 1 será destinada ao esporte e à promoção de eventos como shows, feiras, exposições e competições esportivas. Sua ala de alto rendimento será implementada na área contígua à da Arena Carioca 2, formando um conjunto de equipamentos a serviço dos melhores praticantes de boxe, taekwondo e esgrima do País. Haverá também vestiários e uma academia para a prática de musculação e exercícios de condicionamento aeróbico.
Jornal do Commercio, 13/jan
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
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