O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, confirmou a ampliação por mais 60 dias na pausa do pagamento das prestações da casa própria, totalizando seis meses.
Segundo Guimarães, o cliente deve solicitar a nova suspensão do pagamento a partir de segunda-feira, dia 27 de julho. O pedido pode ser feito pelo aplicativo Habitação Caixa, ou pelos telefones 3004-1105; 0800 726 0505 (opção 7); ou 0800 726 8068 (opção 2 - 4).
A possibilidade de ampliação na pausa, que era de até quatro meses, para 180 dias ou seis meses foi antecipada pelo GLOBO. A medida foi anunciada em março, por um prazo 60 dias, e posteriormente ampliada por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia.
Até o momento, mais de 2,5 milhões de contratos estão pausados, totalizando R$ 8,6 bilhões em pagamentos suspensos, considerando contratos com recursos do FGTS e da poupança. Com a prorrogação para até seis meses, a Caixa avalia que mais R$ 4,46 bilhões deixarão de ser pagos.
Mais pobres ainda sem pausa
A medida abrange beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida, com renda acima de R$ 1,8 mil. Mas as famílias mais pobres, com renda abaixo de R$ 1,8 mil, enquadradas na Faixa 1 do programa, seguem tendo que pagar normalmente as prestações, que variam entre R$ 80 e R$ 270.
Nessa faixa, as casas são praticamente doadas e os beneficiários pagam valores simbólicos, de acordo com a renda bruta. Mas em caso de inadimplência, eles enfrentam o risco de perder a moradia na Justiça.
Na segunda-feira, no entanto, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto (PL 975) que suspende o pagamento de parcelas para essa faixa do programa enquanto perdurar o estado de calamidade pública devido à pandemia, e até 90 dias depois de seu término. Mas a proposta ainda tem de ser votada no Senado Federal.
O projeto determina, ainda, que não poderão ser cobrados juros e mora por atraso de pagamento sobre as parcelas suspensas.