quarta-feira, 30 de junho de 2021
Aneel leiloa cinco lotes de transmissão de energia com investimentos previstos de R$ 1,3 bilhão; veja os vencedores
Obras contemplam seis estados: Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou nesta terça-feira (30) o primeiro leilão de transmissão de energia de 2021, que prevê R$ 1,3 bilhão em investimentos no setor. O pregão aconteceu nesta manhã, na sede da B3, em São Paulo.
Foram leiloados cinco lotes, que contemplam seis estados: Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
As vencedoras ficam responsáveis pela construção e manutenção de 515 quilômetros em linhas de transmissão e de 2.600 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações.
As operações têm prazo de 36 a 60 meses, com concessões de 30 anos. Espera-se a geração de mais de 3 mil empregos.
Veja abaixo os lotes e os consórcios vencedores.
Lote 1, composto por instalações no Acre e Rondônia
Investimento estimado: R$ 423.155.000,00;
Municípios: Acrelândia, Plácido de Castro, Rio Branco e Senador Guiomard (AC); e Porto Velho (RO);
LT 230 kV Abunã - Rio Branco, C3;
SE 230/69 kV Tucumã;
Trechos de LT 230 kV entre a SE Tucumã e a LT 230 kV Abunã - Rio Branco, C2.
Vencedor: EDP Energias do Brasil S.A.
Valor de RAP: R$ 38.621.000,00
Lote 2, composto por instalações no estado do Rio de Janeiro
Investimento estimado: R$ 420.727.000,00;
Municípios: São Gonçalo, Tanguá, Itaboraí e Cachoeiras de Macacu (RJ);
LT 345 kV Venda das Pedras – Sete Pontes, C1 e C2, CD;
LT 345 kV Comperj – Venda das Pedras, C1;
SE 345/138 kV Sete Pontes;
Vencedor: Shangai Shemar Power Holdings Co LTD
Valor de RAP: R$ 30.078335,00
Lote 3, composto por instalações no Mato Grosso
Investimento estimado: R$ 210.488.000,00;
Município: Cuiabá (MT);
SE 500/138 kV Cuiabá Norte;
Trechos de LT 500 kV entre a SE Cuiabá Norte e a LT 500 kV Jauru - Cuiabá, C2.
Vencedor: Mez Energia e Participações LTDA
Valor de RAP: R$ 12.515.185,15
Lote 4, composto por instalações no Tocantins
Investimento estimado: R$ 74.914.000,00;
Município: Gurupi (TO);
SE 230/138 kV Gurupi - novo pátio em 138 kV e transformação 230/138 kV.
Vencedor: Energisa Transmissãao de Energia S.A.
Valor de RAP: R$ 4.094.777,00
Lote 5, composto por instalações em São Paulo
Investimento estimado: R$ 161.364.000,00;
Municípios: Jacareí e Santa Isabel (SP);
SE 230/88 kV Dom Pedro I;
Trechos de LT 230 kV entre a SE Dom Pedro I e a LT 230 kV São José dos Campos - Mogi das Cruzes, C1;
Trechos de LT 88 kV entre a SE Dom Pedro I e a LT 88 kV Mairiporã – Jaguari C1 e C2.
Vencedor: Mez Energia e Participações LTDA
Valor de RAP: R$ 9.939.767,09
G1, 30/jun
terça-feira, 29 de junho de 2021
Conta de luz: confira 10 dicas para economizar energia elétrica
Entre os vilões do consumo estão equipamentos que consomem energia para gerar calor, como chuveiro elétrico, secadora de roupas, aquecedor e ferro de passar.
A conta de luz seguirá com a taxa extra mais elevada em julho, dentro da bandeira tarifária vermelha patamar 2.
De acordo com a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desta terça-feira (29), a bandeira vermelha sofrerá um reajuste de 52%. Com isso, a cobrança extra passará de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
E para reduzir o impacto desse aumento, não há segredo: é preciso economizar energia elétrica.
Entre os vilões da conta de luz estão equipamentos que consomem energia para gerar calor, como chuveiro elétrico, secadora de roupas, aquecedor e ferro de passar. Eletrodomésticos tradicionais também aumentam os gastos, principalmente geladeira, micro-ondas, freezer e lavadora de roupas.
Luiz Carlos Pereira, professor de engenharia elétrica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirmou que a interrupção do horário de verão em 2019 não prejudicou o país, uma vez que o maior uso do ar-condicionado mudou a curva de carga de energia do Brasil.
Ou seja, hoje não há mais um período de alto consumo de energia como antes, uma vez a demanda por eletricidade é alta durante quase o dia todo.
O engenheiro pondera, no entanto, que o próprio aumento da conta de luz deve frear o consumo de energia dos brasileiros, uma vez que o orçamento das famílias já está comprometido pela alta inflação do país.
Em pronunciamento na TV nesta segunda-feira (28), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o governo está desenvolvendo um programa voluntário que incentiva as indústrias a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a sua produção e o crescimento econômico do País.
10 estratégias para economizar energia
Adquira aparelhos elétricos eficientes
Eletrodomésticos mais antigos costumam ser menos eficientes. Se puder, substitua-os por aparelhos mais novos e com selo PROCEL de eficiência energética. Pesquise modelos e potências mais eficientes.
Evite banhos longos
Tome banhos de, no máximo, cinco minutos. Ao ficar tempo demais debaixo do chuveiro, você desperdiça água e consome energia elétrica em excesso, principalmente no inverno. Priorize também pelo modo "morno" ou "verão" em dias quentes.
Fique de olho no carregador de celular
Não deixe o carregador de celular na tomada sozinho ou depois que o aparelho estiver completamente carregado. Além de evitar acidentes domésticos, ele consome energia elétrica.
Aproveite a luz natural
Além de ser confortável para os olhos, aproveitar a luz natural do dia ajuda a reduzir o desperdício de energia. Evite acender luzes em ambientes já naturalmente iluminados, dê preferência por lugares com janelas amplas e paredes claras.
Evite o 'modo espera' dos aparelhos
Nunca deixe os aparelhos ligados no "modo espera". Não há necessidade de continuar consumindo energia se você não os está utilizando. Tire o eletrodoméstico da tomada quando não estiver em uso.
Escolha lâmpadas LED
Dê sempre preferência às lâmpadas LED. Elas consomem até 80% menos que as lâmpadas convencionais,
Utilize a função "timer" das TVs
Evite dormir com a TV ligada. Utilize a função "timer" ou "sleep" para que ele desligue sozinho.
Utilize a geladeira com eficiência
Evite utilizar a parte de trás da geladeira ou do freezer para secar panos e roupas. Verifique sempre o estado da borracha de vedação e evite abrir a porta a todo momento.
Passe as roupas de uma única vez
Junte a maior quantidade possível de roupas para passar e sempre utilize a temperatura indicada para cada tipo de tecido. Deixe as roupas leves para passar com o ferro desligado.
Confira os fios de casa
Fios desencapados ou expostos podem gerar acidentes e contribuem para perda de energia. O recomendado é trocá-los com urgência.
Patrícia Basilio, G1, 29/jun
segunda-feira, 28 de junho de 2021
Teve o celular roubado? Veja como proteger acesso a apps de bancos e saiba os direitos dos correntistas
Quadrilhas têm conseguido acessar aplicativos de aparelhos desbloqueados para fazer transferências bancárias indevidas. Veja dicas de segurança para proteger senhas e dados pessoais e orientações sobre o que fazer se o smartphone for roubado ou furtado.
Como funciona o golpe?
Os roubos costumam ocorrer em vias públicas ou no trânsito, durante o uso do celular pelas pessoas. Dessa forma, os criminosos têm acesso ao aparelho já desbloqueado, o que permite buscar as senhas ou dados pessoais armazenados pelos próprios usuários no smartphone, sites e email para tentar entrar nos aplicativos de bancos e limpar o dinheiro das contas das vítimas ou fazer empréstimos.
O vereador de São Paulo Marlon Luz, por exemplo, teve o celular furtado quando estava parado em um congestionamento, com a tela desbloqueada. Ao G1, ele contou que os criminosos desviaram R$ 67 mil de duas contas bancárias em menos de duas horas.
O Procon-SP notificou no dia 18 junho instituições financeiras e as entidade que representam o setor, pedindo explicações sobre métodos de segurança, exclusão de dados de forma remota e rastreamento de operações disponibilizados aos clientes vítimas de furto ou roubo. Os fabricantes de smartphones também foram notificados para explicarem sobre os dispositivos de segurança dos aparelhos para desbloqueio e acesso às informações.
Em nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse que os aplicativos "contam com o máximo de segurança em todas as suas etapa" e que "não existe qualquer registro de violação" dessa segurança.
Como se proteger?
Para se proteger desse tipo golpe, é fundamental redobrar os cuidados com as configurações de segurança do celular e dos aplicativos. Isso porque o aparelho guarda muitas informações que podem permitir que os criminosos recuperem ou mudem as senhas usando, por exemplo, dados armazenados em e-mails, redes sociais ou outras ferramentas disponíveis no smartphone.
O presidente da Associação Brasileira de Proteção de Dados (ABPDados), Renato Opice Blum, explica que, quando um aparelho é roubado desbloqueado, fica mais fácil para os bandidos violarem certas medidas de segurança ou redefinirem senhas de acesso.
Veja abaixo dicas de especialistas e recomendações da própria Febraban:
Use sempre uma configuração de bloqueio da tela de início do celular e opte pela opção de bloqueio automático mais rápida (30 segundos, por exemplo);
Mantenha o sistema operacional do celular atualizado e verifique sempre se há atualizações de aplicativos pendentes;
Nunca utilize o recurso de “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites;
Jamais anote senhas em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou outros locais do celular;
Procure usar senhas fortes e não repetir o código de acesso ao seu banco para uso em outros aplicativos, email ou sites de compras;
Utilize ferramentas de segurança adicionais como biometria, reconhecimento facial e dupla autenticação (a segunda senha) em apps e também o email;
Nas configurações do aparelho, desative as notificações e funções que são exibidas independentemente do bloqueio de tela inicial;
Coloque um PIN também no chip do celular. Dessa forma, se o aparelho for reiniciado, será necessário inserir o código pessoal para uso da linha e envio e recebimento de SMS.
O que fazer se o celular for roubado?
A primeira providência a ser tomada no caso de roubo ou perda, estando o aparelho desbloqueado ou não, é apagar os dados remotamente. Isso pode ser feito acessando as páginas que a Apple (no caso do iPhone) e o Google (para celulares com o sistema Android) criaram para localizar dispositivos perdidos.
Só depois de ter os dados apagados, comunique a operadora de que o aparelho foi roubado, para que sua linha seja bloqueada. Se você fizer isso antes de deletar os dados e a linha for cancelada e seu smartphone ficar sem internet, o comando para limpar o dispositivo não vai chegar.
As entidades de defesa do consumidor recomendam ainda entrar em contato com o banco para o bloqueio do app e da conta, e que seja registrado também um boletim de ocorrência.
Em resumo, a vítima deve:
Acessar as páginas criadas pela Apple (no caso do iPhone) e pelo Google (para celulares com o sistema Android) para limpar todo o conteúdo do aparelho de maneira remota.
Notificar imediatamente o banco para que medidas de segurança sejam adotadas, como bloqueio do app do banco, da senha de acesso e da própria conta;
Avisar à operadora de telefonia para o bloqueio imediato do chip e do Imei (Identidade Internacional de Equipamento Móvel); a partir do bloqueio, o aparelho ficará impedido de conectar a redes móveis;
Trocar as senhas e as configurações de autenticação das contas e dos aplicativos instalados no smartphone, incluindo redes sociais e e-mail;
Acessar a ferramenta Registrato do Banco Central para verificar se os seus dados não foram utilizados para abertura de contas ou empréstimos.
Vítima pode pedir ressarcimento do banco, diz Idec
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) afirma que é responsabilidade dos bancos garantir a segurança dos aplicativos e das operações financeiras e explica que as vítimas que tiverem suas contas limpas por esse tipo de golpe têm direito a pedir ressarcimento de um eventual prejuízo.
Segundo ele, cabe ao banco comprovar que não existiu alguma falha de segurança e que a culpa teria sido exclusiva do consumidor.
Os consumidores que enfrentarem algum problema com o banco neste tipo de situação podem fazer também uma reclamação contra a instituição financeira no site do Banco Central e no Procon.
As entidades de defesa do consumidor cobram também explicações dos bancos e das operadoras sobre eventuais brechas de segurança.
“O Procon-SP quer saber qual o grau de confiabilidade dos sistemas de segurança e proteção das operadoras, plataformas e bancos, já que muitas fraudes estão sendo praticadas”, afirmou, em nota, o diretor do órgão, Fernando Capez. “Além disso, é essencial que essas empresas ofereçam um acesso eficaz para que aquela pessoa que teve seu celular furtado ou roubado seja atendida de imediato”, acrescentou.
O Procon-SP informou que pretende disponibilizar uma central com as orientações para o consumidor se proteger das fraudes bancárias. A ideia é que consumidor possa acessar um único número para fazer todos os bloqueios.
Darlan Alvarenga, G1, 28/jun
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Feirão da Caixa com 180 mil imóveis começa nesta sexta-feira; veja como participar e tire dúvidas
Banco oferecerá possibilidade de financiamento de 100% do valor do imóvel em até 35 anos, com taxas a partir de 2,5% ao ano + TR + remuneração da poupança. Expectativa é que o evento movimente R$ 10 bilhões em negócios.
Começa nesta sexta-feira (25), a partir das 10h, o 1º Feirão Digital da Casa Própria da Caixa Econômica Federal (CEF), que terá imóveis com possibilidade de financiamento total – ou seja, de 100%, sem pagamento de entrada e com carência de até 6 meses para iniciar o pagamento das prestações.
O feirão acontece até 4 de julho, e vai oferecer cerca de 180 mil imóveis em todo o país, com a participação de mais de 800 construtoras, segundo o banco. A expectativa é que o evento movimente cerca de R$ 10 bilhões em novos negócios.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre o feirão e como participar:
Como acessar?
O acesso ao evento poderá ser feito entre os dias 25 de junho e 4 de julho, pelo http://www.caixa.gov.br/feirao.
Quem poder participar?
Todas as pessoas interessadas em adquirir um imóvel. Haverá opções para todos os públicos.
Quantos imóveis estão sendo ofertados?
Serão ofertados 180 mil imóveis novos e mais de 6 mil imóveis Caixa, localizados em todo o país.
Taxas e condições
Para a compra dos 6 mil imóveis Caixa, será possível financiar até 100% do valor, com taxas a partir de TR + 2,5% ao ano + poupança. O prazo de financiamento é de até 35 anos. Nesta modalidade o cliente também poderá optar por carência de 6 meses para início do pagamento da parcela de juros e amortização. Esses imóveis serão anunciados com um valor mínimo, e o comprador será aquele que apresentar a maior proposta.
Para os demais imóveis, o financiamento será em até 35 anos, com taxas a partir de TR + 3,35% ao ano + poupança. Também será possível optar por um prazo de carência de 6 meses para início do pagamento da parcela de juros e amortização. No caso desses imóveis, cabe negociação. Os interessados poderão apresentar à incorporadora uma proposta com valor abaixo do anunciado.
Como participar?
É preciso acessar o site do feirão e ter o aplicativo Habitação Caixa no celular.
VEJA O PASSO A PASSO
Para imóveis Caixa:
Acesse http://www.caixa.gov.br/feirao
Clique em “Pesquise seu imóvel”
Após encontrar sua casa própria, clique em “Simule seu financiamento”
Decidiu que vai comprar? Apresente sua proposta on-line e participe das disputas. Você será direcionado ao portal “X Imóveis” (www.caixa.gov.br/ximoveis), para cadastro e formalização da proposta.
Para os demais imóveis:
Acesse http://www.caixa.gov.br/feirao
Clique em “Pesquise seu imóvel”
Após encontrar sua casa própria, clique em “Simule seu financiamento”
Solicite atendimento do vendedor através do chat
Decidiu que vai comprar? Solicite atendimento de um correspondente Caixa Aqui através do chat, e envie sua proposta pelo app Caixa Habitação
Documentos necessários
Para participar do feirão e solicitar um financiamento, é preciso ter em mãos:
Documentos de identificação de todos os participantes (compradores, cônjuges, procuradores)
Comprovante de estado civil dos proponentes
Comprovante de endereço dos proponentes
Comprovante de renda dos proponentes
Os imóveis já estão avaliados?
Todos os imóveis ofertados na plataforma do Feirão já possuem avaliação prévia junto ao banco.
Cuidado na hora da compra
A Caixa orienta a não efetuar quaisquer pagamentos antes que seja confirmada a aprovação do financiamento junto ao banco.
Darlan Alvarenga, G1, 25/jun
quinta-feira, 24 de junho de 2021
Microsoft apresenta Windows 11
Na primeira grande reformulação do sistema desde 2015, companhia revelou novo menu Iniciar e barra de tarefas centralizada.
A Microsoft apresentou nesta quinta-feira (24) o Windows 11, a nova versão do seu sistema operacional para computadores.
O sistema ganhou um novo menu Iniciar, que mudou a interface dos atalhos fixados e passou a destacar programas e arquivos recomendados.
Além disso, a barra de tarefas passou a centralizar o botão do menu Iniciar e de outros atalhos. A mudança era esperada no Windows 10X, projeto da Microsoft para dispositivos com duas telas que não chegou a sair do papel.
O atalho do Microsoft Teams na barra de tarefas foi aprimorado e passou a permitir iniciar chamadas e enviar mensagens rapidamente. O ícone também adotou uma lista com alguns contatos para garantir uma comunicação mais ágil.
Algumas das informações que hoje são encontradas no menu Iniciar foram movidas para o que a Microsoft chamou de Widgets. A área exibe destaques de notícias, previsão do tempo, mapas, entre outros.
O Windows 11 ganhou com um recurso para quem deseja exibir várias janelas ao mesmo tempo. Batizado de Snap Layouts, ele oferece opções para destacar até três aplicativos simultaneamente.
Outras novidades do sistema:
A Windows Store, loja de apps do sistema, foi redesenhada;
Será possível baixar aplicativos do Android, como TikTok e Instagram, para rodar no PC;
O sistema ganhou um aplicativo do Xbox;
O novo produto chega em meio a um bom momento para a empresa, que atingiu US$ 2 trilhões em valor de mercado nesta semana – é a segunda empresa de capital aberto dos EUA a chegar a essa marca, depois da Apple.
O Windows é uma das maiores plataformas do mundo da tecnologia, com o segmento de computação pessoal da Microsoft respondendo por US$ 48,2 bilhões de seus US$ 143 bilhões em receita no último ano fiscal.
Como fica o Windows 10?
O Windows 10 atualmente tem 1,3 bilhão de usuários. De acordo com a empresa de pesquisa de mercado IDC, o sistema da Microsoft possui uma fatia de 80% do mercado de laptops e PCs.
A companhia informou que o suporte a essa versão será encerrado em 14 de outubro de 2025. A data, válida para as versões Home e Pro do sistema operacional, apareceu em uma página no site da empresa.
Com a decisão, o Windows 10 garantirá atualizações por 10 anos. Caso siga seus antecessores, após esse período, o sistema não ganhará novos recursos e só deverá receber atualizações de segurança em casos muito graves.
G1, 24/jun
quarta-feira, 23 de junho de 2021
Dólar fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano
Nesta terça-feira, moeda norte-americana recuou 1,12%, a R$ 4,9661 – menor cotação desde 10 de junho de 2020.
O dólar fechou em queda nesta terça-feira (22), abaixo do patamar de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano, pressionado pela percepção de uma política monetária mais dura no Brasil e mais afrouxada nos Estados Unidos, combinação que pode atrair liquidez para o mercado doméstico.
A moeda norte-americana recuou 1,12%, cotada a R$ 4,9661. Veja mais cotações. É o menor patamar de fechamento desde 10 de junho de 2020 (R$ 4,9334), data que também marca a última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 5.
Já o Ibovespa fechou em queda de 0,38%.
Na segunda-feira, o dólar recuou 0,92%, a R$ 5,0222. Com o resultado desta terça, a moeda norte-americana passou a acumular queda de 4,94% no mês e de 4,26% no ano.
Cenário
Segundo a agência Reuters, a divisa brasileira esteve entre os melhores desempenhos globais nesta sessão, que contou ainda com fraqueza do dólar no exterior após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell.
O dólar caiu aqui e no exterior à medida que o presidente do Fed destacou que a alta na inflação norte-americana é transitória. Com isso, Powell amenizou temores de que o Fed possa em breve reduzir estímulos e acalmou investidores ainda sob impacto da sinalização de alta de juros em 2023, um ano antes do previsto até então.
Na cena local, as operações foram influenciadas desde cedo pela indicação mais dura do Banco Central sobre a inflação, que veio acompanhada de sinalização de mais altas da Selic à frente, conforme a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça.
O encontro do Comitê ocorreu na semana passada, quando a taxa básica de juros foi elevada de 3,5% para 4,25% ao ano, o maior patamar em um ano e meio.
Com o tom do texto do Copom, o Credit Suisse elevou a 1 ponto percentual a expectativa de alta dos juros em agosto, ante 0,75 ponto do cenário anterior. O banco vê Selic de 7,25% ao fim de 2021 e de 2022.
O Bank of America também elevou a estimativa para 7%, de 6,50%. O Banco Fibra aumentou de 6% para 6,5%, mas vislumbrando risco de o colegiado do BC conduzir a Selic a patamar contracionista ainda neste ano.
Juros mais altos no Brasil aumentam a taxa de retorno dos investidores que aplicam em real.
Muitos analistas defendem que a trajetória descendente do real nos últimos anos decorreu em parte do corte expressivo da Selic, que deixou o Brasil com juro real negativo no meio de uma crise fiscal e econômica, o que teria colocado o país atrás de seus pares emergentes na atração de liquidez.
G1, 23/jun
terça-feira, 22 de junho de 2021
Bitcoin despenca 10% com repressão da China à mineração de criptomoedas
Preço do bitcoin caiu para US$ 32.309 nesta segunda-feira, depois de ter batido um recorde próximo de US$ 65.000 em abril passado.
O bitcoin despencou mais de 10% nesta segunda-feira (21), depois que a China ampliou a repressão da mineração de criptomoedas, ao proibir esta atividade em uma província do sudoeste do país.
O preço do bitcoin caiu para US$ 32.309, depois de ter batido um recorde próximo de US$ 65.000 em abril passado, com os investidores citando pouca liquidez e a expansão da repressão da China.
A criptomoeda é obtida pelo processo chamado de "mineração" que envolve muitos cálculos feitos em computadores, para verificar as transações, e também muito consumo de energia.
A mineração na China alimenta quase 80% do comércio mundial de criptomoedas, apesar da proibição desde 2017 de fazer comércio com elas no país e do encerramento desta atividade em várias províncias.
Na semana passada, autoridades da província de Sichuan ordenaram o fechamento de 26 minas, conforme aviso divulgado nas redes sociais e confirmado por um ex-minerador de bitcoin.
O aviso determina que as companhias elétricas deixem de fornecer energia para todas as minas de criptomoeda até domingo. A província de Sichuan é uma das maiores bases de mineração do país.
"Fecharam tudo" nos últimos dias, disse um ex-minerador de criptomoedas à AFP.
"Grupos de trabalho vieram para comprovar (...) e ter certeza de que encerramos as operações e retiramos as máquinas", completou.
Segundo o jornal estatal "Global Times", o fechamento das minas da província pôs fim a mais de 90% da capacidade de mineração de bitcoins do país.
O banco central da China disse nesta segunda-feira que recentemente convocou alguns bancos e instituições de pagamento, pedindo-lhes que reprimam mais duramente o comércio de criptomoedas, segundo a agência Reuters.
"O comércio especulativo em moedas virtuais turva a ordem econômica e financeira, gera os riscos de atividades criminosas, como transferências ilegais de ativos e lavagem de dinheiro, e põe em perigo a riqueza das pessoas", disse o banco central chinês em comunicado.
France Presse, 22/jun
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Investimento estrangeiro no Brasil despencou 62% em 2020, aponta órgão da ONU
País caiu 5 posições no ranking dos principais destinos desse tipo de investimento, para a 11ª posição. Queda foi mais intensa que a registrada pela América Latina e Caribe, e mais acentuada que a média global, de -35%.
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil despencou 62% em 2020, mostraram dados do Monitor de Tendências de Investimentos Globais, divulgados nesta segunda-feira (21) pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
No ano passado, os recursos estrangeiros investidos no Brasil somaram US$ 25 bilhões – o menor patamar em duas décadas, 'drenado' pelo desaparecimento de investimentos na extração de petróleo e gás natural, fornecimento de energia e serviços financeiros, segundo o relatório. Em 2019, o volume de investimentos havia ficado em US$ 65 bilhões.
Com a queda, o Brasil também caiu no ranking dos países que mais recebem investimento estrangeiro direto: da 6ª posição em 2019, passou ao 11º lugar.
Movimento global
Embora o movimento tenha sido sentido com mais força no Brasil, ele foi global: em todo o mundo, o fluxo de investimento estrangeiro direto caiu 35% em 2020, para US$ 1 trilhão, ante US$ 1,5 trilhão no ano anterior – retornando ao patamar de 2005.
De acordo com o relatório, os fechamentos adotados em todo o mundo em combate à pandemia reduziu a velocidade dos projetos de investimento já existentes, e a perspectiva de uma recessão levou multinacionais a reverem novos projetos.
O impacto da pandemia sobre os investimentos estrangeiros, no entanto, foi concentrado principalmente no primeiro semestre do ano passado.
Economias em desenvolvimento X desenvolvidas
"A queda foi bastante dirigida em direção às economias desenvolvidas, onde o IED caiu 58%", apontou a Unctad. Nas economias em desenvolvimento, a queda foi mais moderada, de 8%, "principalmente por conta de fluxos resilientes na Ásia".
Como resultado, as economias em desenvolvimento passaram a ser destino de dois terços do investimento estrangeiro global – em 2019, representavam pouco menos da metade.
Mas, entre o grupo das economias em desenvolvimento, o resultado foi bastante desigual, com o Brasil apresentando um desempenho bastante negativo em relação aos demais países – mesmo em relação ao conjunto da América Latina e Caribe, que viu o fluxo recuar 45% em 2020. No mesmo período, os fluxos tiveram queda de 33% no Chile, 46% na Colômbia, e de 38% na Argentina.
Já na África, a queda foi de 16%, enquanto a Ásia viu aumento de 4%.
Entre as economias desenvolvidas, o choque foi maior na Europa, onde o fluxo de investimento estrangeiro direto caiu 80%. Já na América do Norte, a queda foi de 42% – com os Estados Unidos permanecendo no topo dos países que mais recebem esse tipo de investimento.
Expectativas
Para este ano, a estimativa é que os investimentos cresçam entre 10% e 15% globalmente – deixando o IED ainda cerca de 25% abaixo do nível de 2019. As estimativas atuais apontam para uma nova alta em 2022, que podem levar os investimentos de volta ao patamar de 2019, a US$ 1,5 trilhão.
A recuperação, no entanto, deverá ser desigual, com as economias desenvolvidas puxando a retomada. Enquanto os fluxos para a Ásia devem seguir resilientes, o relatório aponta que uma recuperação substancial para a África e para a América Latina é improvável no curto prazo.
Dados do Banco Central
Em janeiro, o Banco Central do Brasil (BC) informou que os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 34,1 bilhões no ano passado, com queda de 50,6% em relação a 2019.
Foi o menor ingresso de investimentos diretos na economia brasileira desde 2009 (US$ 31,480 bilhões), ou seja, em 11 anos, e ocorreu em meio ao tombo do Produto Interno Bruto (PIB) e à tensão nos mercados, causada pela pandemia do novo coronavírus.
G1, 21/jun
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Por que a bolsa bate recordes em meio à crise? Entenda os motivos e avalie se é hora de investir
Avanço da vacinação, alta das commodities no exterior e recuperação das blue chips fez pontuação do Ibovespa avançar em junho; risco do país ainda pode gerar instabilidade no índice.
A pouco mais de 10 dias do fim, junho já é considerado o mês mais intenso do semestre na bolsa de valores brasileira, a B3. Neste mês, ela alcançou os 130 mil pontos, bateu novos recordes e chegou a acumular oito altas consecutivas até o dia 7 — na maior série de ganhos desde 2018.
Isso, apenas três meses após recuar a 110 mil pontos por conta da insegurança do mercado com a segunda onda da Covid-19 no país.
O que mudou de lá para cá? Entre outros indicadores que apontaram melhora, houve avanço de 1,2% no PIB do 1º trimestre deste ano. No entanto, especialistas garantem que o Brasil já vive a terceira onda da pandemia, com pouco mais de 10% da população totalmente vacinada, e registrando níveis recordes de desemprego e alto índice de inflação.
Avanço da vacinação
Dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados nesta quinta-feira (17) apontam que 28,51% da população tomou a primeira dose da vacina contra Covid-19. A segunda dose, no entanto, foi aplicada em apenas 11,37% dos brasileiros.
Apesar dos números ainda estarem baixos, a partir de maio houve uma evolução nos números de aplicação do imunizante. São Paulo, por exemplo, adiantou o calendário de vacinação em um mês.
Influência de mercados externos
O desempenho de mercados externos, principalmente de Wall Street, reflete diretamente na bolsa brasileira. Isso porque a maior parte do investimento feito no país vem do exterior, explicaram os economistas.
Se algum parceiro comercial do Brasil passa por problemas econômicos, o mercado sofre os efeitos dessa adversidade.
A desaceleração da China no último semestre de 2019 foi um exemplo do efeito dominó em diversos mercados, incluindo o Brasil. Prejudicada pela guerra comercial com os EUA e pelo estopim da Covid-19, o país asiático reduziu a quantidade de importações, provocando uma queda nos preços das commodities.
O contrário também acontece – e é o que vem ocorrendo no momento. Incentivados pelo ritmo de vacinação e pelo pacote trilionário de ajuda econômica, os mercados dos EUA vivem um momento otimista, que se reflete por aqui.
Juros do Brasil e dos EUA
As taxas de juros no Brasil e do exterior também tem influência direta na bolsa brasileira. O efeito é o mesmo: juros baixos tornam menos atrativos investimentos em renda fixa e títulos públicos, e acabam por levar mais recursos à bolsa de valores, em busca de retornos maiores.
Por aqui, a taxa de juros atingiu a mínima histórica de 2% ao ano em agosto de 2020 e permaneceu nesse patamar até janeiro deste ano, quando voltou a subir. Nesta quarta-feira (16), ela atingiu 4,25% ao ano, com tendência de novas altas.
Segundo Virgínia Prestes, professora de finanças da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), como a Selic ainda está baixa, no entanto, não deve haver uma grande movimentação na bolsa até o final do ano.
E se a alta aqui foi pouca, lá fora houve nenhuma, e os juros seguem em pisos históricos: na tarde desta quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decidiu manter inalteradas suas taxas de juros, apesar da elevação da inflação no país. A taxa básica foi mantida no piso entre zero e 0,25%. A projeção de alta foi antecipada para 2023.
Valorização das commodities no exterior
De acordo com João Guilherme Penteado, CEO da Apollo Investimentos, as commodities — como petróleo e minério — também registraram um bom desempenho no exterior, impactando positivamente o Ibovespa.
Ibovespa não reflete economia do país
O principal ponto que justifica o rali do Ibovespa em meio à crise brasileira é o fato do índice não refletir o cenário econômico do país, apontaram os especialistas.
Segundo Claudia, apesar de os brasileiros perderem o poder de compra por conta da alta inflação e os pedidos de falência crescerem mais de 50%, atingindo principalmente pequenas empresas, a bolsa tem nas grandes companhias (chamadas blue chips) o grande impulso para avançar em pontuação.
É hora de investir?
Virginia, da FAAP, afirma que a bolsa antecipa movimentos: reflete hoje o que o mercado prevê para o próximo trimestre. O momento atual é positivo, afirma.
Penteado, da Apollo, pondera que ainda é muito cedo para se falar em retomada e que ainda há muito risco no país. Ou seja, a bolsa pode sofrer grandes flutuações nos próximos meses – e o investidor precisa estar preparado para eventuais perdas.
Claudia, da FGV, concorda com os desafios que o Brasil ainda tem de enfrentar, mas afirma ser possível aproveitar esse movimento com cautela, principalmente por investidores que são propensos ao risco.
Para quem quiser investir, vale sempre a máxima: cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.
Patrícia Basilio, G1, 18/jun
quinta-feira, 17 de junho de 2021
Indústria da construção avança em serviços especializados e cai em obras de infraestrutura, mostra IBGE
Já a participação do setor público na indústria da construção caiu 11,1 pontos percentuais, passando de 41,4% em 2010 para 30,3% em 2019
A indústria da construção teve perda de participação entre 2010 e 2019 nas obras de infraestrutura no valor gerado pelo setor - caiu de 44,1% para 32,2%. Já a construção de edifícios avançou de 39,1% para 44,2% no período. E a maior alta foi em serviços especializados para construção: de 16,8% para 23,6%.
É o que aponta a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os três setores da indústria da construção contribuíram, em 2019, com os seguintes montantes em valor de incorporações, obras ou serviços da construção: Construção de edifícios (R$ 127,3 bilhões), Obras de infraestrutura (R$ 92,8 bilhões) e Serviços especializados para construção (R$ 67,9 bilhões).
“Os serviços especializados para construção são contratados pelas grandes empresas de obras a exemplo de demolição e preparação do terreno, instalações elétricas e hidráulicas, pintura e obras de acabamento. Isso demonstra uma mudança estrutural com redução da verticalização das grandes construtoras e maior especialização”, explica o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.
Já a participação do setor público na indústria da construção caiu 11,1 pontos percentuais, passando de 41,4% em 2010 para 30,3% em 2019. O segmento de obras de infraestrutura, que sempre contou com participação significativa do setor público, teve a queda mais acentuada, de 8,4 pontos percentuais, passando de 59,7% para 51,3%, no período. Já a participação do segmento de construção de edifícios recuou de 26,9% para 20,5%, enquanto a dos serviços especializados para construção caiu 6,5 pontos percentuais, de 24,4% para 17,9%.
Enquanto isso, em 2019, o setor privado respondeu pela contratação de 69,7% do valor de obras e serviços da construção. A maior distância entre as participações dos setores público e privado ocorreu em serviços especializados para construção (82,1% privada contra 17,9% pública), seguido por construção de edifícios, com 79,5% do valor de obras contratados pelo setor privado e 20,5% pelo setor público, em 2019.
Perda de postos de trabalho
As empresas da construção empregavam um total de 1.903.715 de pessoas ao fim de 2019, contingente 22,5% menor do que em 2010 (2.457.809). Nesse período, o setor perdeu cerca de 554,1 mil postos de trabalho.
O auge da ocupação no setor ocorreu em 2013, com cerca de 2,968 milhões de trabalhadores. Desse momento até 2019, a perda de postos de trabalho chegou a 35,9% (ou menos 1,1 milhão). Desde 2010, a queda foi mais intensa nos segmentos de Construção de Edifícios (33,5%, ou menos 334.422 postos) e no de Obras de Infraestrutura (32,3% ou 269.720 postos de trabalho a menos).
Já nos Serviços Especializados para Construção, a ocupação cresceu 8%, passando de 622,726 mil para 672,774 mil vagas, entre 2010 e 2019.
Entre 2018 e 2019, a indústria da construção ganhou 32.472 postos de trabalho, primeira alta desde 2014. As expansões se deram em Serviços especializados para a construção (9,5%, ou 58.489 postos a mais) e em Obras de infraestrutura (3,1% ou mais 17.226 postos de trabalho). A queda foi na Construção de edifícios, de 6,1%, ou menos 43.243 vagas.
Em 10 anos, serviços especializados para construção tornou-se a atividade com a maior parcela (35,3%) da população ocupada na indústria da construção, com Construção de edifícios (34,9%) e Obras de infraestrutura (29,8%).
Entre 2010 e 2019, o número médio de pessoas ocupadas nas empresas de construção caiu de 32, em 2010, para 15, em 2019. Essa média caiu para todos os segmentos, principalmente em obras de infraestrutura: de 81 para 43.
“Depois de muitos anos de queda, o número de pessoas ocupadas cresceu 1,7% e o valor de salários subiu 2,7%. Essa recuperação é impulsionada pelo segmento de serviços especializados para construção, que cresceu 8,2% em salários pagos e 9,5% em pessoal ocupado. Esse ganho ameniza a perda de 13,6% no período de queda constante de 2014 a 2019. O segmento também ultrapassou, em 2019, a atividade de construção de edifícios como a que mais emprega na indústria da construção, com 35,3% do total de ocupados, ante 34,9% da construção de edifícios”, diz o analista da pesquisa.
Queda na remuneração
De 2010 a 2019, a remuneração média paga pela indústria da construção oscilou entre 2,6 e 2,3 salários mínimos. O segmento de obras de infraestrutura mostrou a remuneração média mais elevada e a maior variação salarial, entre 3,5 e 2,8 salários mínimos mensais, no período de 10 anos analisado.
Já os segmentos de construção de edifícios e o de serviços especializados para construção pagaram, em média, 2,1 salários mínimos em 2019, mantendo esse patamar ao longo dos 10 anos.
Fechamento de empresas
O número de empresas no setor de construção passou de 77.509 em 2010 para 125.067 em 2019 (crescimento de 61,4%). O auge da série histórica foi em 2015 (131.318 empresas) e deste ano até 2019, houve uma queda de 4,8% (ou 6,3 mil empresas a menos na indústria da construção).
De 2015 para 2019, houve queda no número de empresas das atividades de Construção de edifícios (-3,7% ou menos 1,9 mil empresas) e de Serviços especializados (-8,1% ou menos 5,5 mil empresas), enquanto o segmento de Obras de infraestrutura teve expansão de 10,1%, ou cerca de 1,2 mil empresas a mais.
Entre 2018 e 2019, a indústria da construção ganhou 481 empresas, alta de 0,4% - primeira desde 2015. Entre os segmentos, houve queda apenas em Serviços especializados para a construção (-2,8%, ou menos 1.794 empresas). Ocorreram altas no segmento da Construção de edifícios, de 4,3%, ou mais 2.052 empresas, e em Obras de infraestrutura (1,7%, ou mais 223 empresas).
O analista da pesquisa Marcelo Miranda destaca que houve diversas mudanças estruturais importantes na indústria da construção como redução no porte das empresas - de 32 pessoas em 2010 para de 15 pessoas em 2019 - e progressiva substituição do modelo de verticalização em grandes empresas para o de especialização em empresas de menor porte.
Sudeste lidera em participação
Na análise de empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas, entre 2010 e 2019, a região Sudeste permaneceu liderando em participação (49,6%) no valor de incorporações, obras e serviços da construção. Já a região Sul (18,0%) ultrapassou o Nordeste (17,5%) e passou para a segunda posição no ranking. O Centro-Oeste (8,9%) e o Norte (6%) permaneceram na quarta e quinta posições, respectivamente.
O setor mostra progressiva desconcentração regional, com redução nas participações do Sudeste, Nordeste, Norte e do Centro-Oeste em favor da região Sul, cuja participação cresceu 5,5 pontos percentuais entre 2010 e 2019.
O Sudeste ocupava 49,3% dos trabalhadores da construção em 2019. Em 10 anos, o Nordeste foi a região com a retração mais intensa na sua participação de mão de obra (3 p.p.), que caiu de 22,7% para 19,7%, acompanhando o movimento de redução na participação do valor gerado em obras no período.
O Norte também perdeu participação, caindo de 7,0% para 5,6%. O Sul teve o maior avanço (3,9 p.p.) entre 2010 e 2019, com sua participação na ocupação do setor passando de 13,4% para 17,3%, enquanto a participação do Centro Oeste manteve-se praticamente estável: 8,3%, em 2010, e 8,1%, em 2019.
Concentração econômica cai
A concentração econômica caiu pela metade, diminuindo em 6 pontos percentuais entre 2010 e 2019, passando de 11,1% para 5,1%. Esta tendência é persistente na pesquisa nos últimos anos e foi mais evidente em obras de infraestrutura, no qual as oito maiores empresas concentravam 25,2% do valor de incorporações, obras e serviços da construção em 2010 e passou a concentrar 11,9% em 2019, redução de 13,3 pontos percentuais no período.
No setor de construção de edifícios, as oito maiores empresas concentraram 7,2% do valor gerado na construção em 2019 e houve ligeira redução de concentração (1,7 p.p.) em 10 anos. O segmento de serviços especializados é o único em que ocorre o inverso: as oito maiores empresas tinham 6,5% do total da indústria no segmento e passaram a deter 7,5%.
“As grandes empresas de infraestrutura perderam espaço no setor. Em termos de contratação, vimos que o setor público também diminuiu bastante sua participação. Isso vem acompanhado da redução nas obras de infraestrutura, que são muito puxadas por gastos do governo, por serem de grande porte, risco elevado e requererem um volume maior de recursos em que muitas vezes o setor privado não tem ou capacidade ou interesse”, avalia Miranda.
G1, 17/jun
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