Guerra na Ucrânia e economia da China são preocupações.
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disseram que há um risco crescente de recessão global, com a inflação permanecendo um problema contínuo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Georgieva disse que o FMI vê "um problema significativo" na China, a segunda maior economia do mundo, onde a volatilidade está prejudicando o crescimento.
O FMI e o Banco Mundial deram início nesta segunda-feira (10) ao encontro anual das entidades, em Washington, nos Estados Unidos.
A diretora-gerente do FMI disse na semana passada que o credor global revisará para baixo sua previsão do crescimento global de 2,9% para 2023 quando divulgar seu relatório Perspectiva Econômica Global na terça-feira, citando os choques causados pela pandemia da Covid-19, a invasão russa da Ucrânia e os desastres climáticos em todos os continentes.
Nesta segunda-feira, ela observou que a atividade econômica está desacelerando nas três principais economias: Europa, que foi duramente atingida pelos altos preços do gás natural; China, onde a volatilidade do setor imobiliário e os problemas causados pela Covid-19 estão reduzindo o crescimento; e os Estados Unidos, onde os aumentos da taxa de juros "estão começando a ter efeito".
A desaceleração do crescimento nas economias avançadas, o aumento das taxas de juros, os riscos climáticos e os altos preços dos alimentos e de energia estão atingindo particularmente os países em desenvolvimento, disseram os dois líderes, pedindo ações conjuntas para ajudar os mercados emergentes.
Georgieva afirmou que o FMI defenderá esta semana que os bancos centrais continuem seus esforços para conter a inflação, apesar do impacto negativo no crescimento.
Malpass, que foi criticado no mês passado por se recusar a dizer se aceita o consenso científico sobre o aquecimento global, disse que as autoridades do banco estão trabalhando duro para liberar mais fundos para lidar com os problemas climáticos enfrentados por tantos países em desenvolvimento.
Reuters, 10/out