Corte pode estimular uma recuperação nos preços do petróleo que caiu para cerca de US$ 90, de US$ 120 três meses atrás.
A Opep+ concordou nesta quarta-feira (5) com o seu corte mais profundo na produção de petróleo desde o início da pandemia de Covid, em 2020, restringindo a oferta em um mercado apertado apesar da pressão dos Estados Unidos e de outros por mais produção.
Em reunião em Viena, o grupo decidiu cortar a produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia, segundo fontes disseram à Reuters.
O corte pode estimular uma recuperação nos preços do petróleo que caiu para cerca de US$ 90, de US$ 120 três meses atrás, por temores de um recessão econômica global, aumento das taxas de juros dos EUA e um dólar mais forte.
Fontes disseram que ainda não está claro se os cortes podem incluir reduções voluntárias adicionais por membros como Arábia Saudita ou se poderiam incluir a subprodução existente pelo grupo.
Os Estados Unidos pressionaram a Opep a não prosseguir com os cortes, argumentando que os fundamentos não os sustentam, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
O JPMorgan também disse esperar que Washington implemente contramedidas liberando mais estoques de petróleo.
Preços sobem
O petróleo Brent era negociado acima de US$ 93,20 por barril nesta quarta-feira, com alta de 1,7%, depois de já ter registrado alta na terça-feira.
A Opep+, incluindo a Rússia, disse que procura evitar volatilidade em vez de visar um determinado preço do petróleo.
O Ocidente acusou a Rússia de usar a energia como arma, criando uma crise na Europa que poderia desencadear racionamento de gás neste inverno. Moscou acusa o Ocidente de usar o dólar como arma e sistemas financeiros, como SWIFT, em retaliação à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Parte da razão pela qual Washington quer preços mais baixos do petróleo é privar Moscou da receita do petróleo, enquanto a Arábia Saudita não condenou as ações de Moscou.
Reuters, 05/out