segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Confiança empresarial alcança maior nível desde agosto de 2021, diz FGV

A alta da confiança empresarial de setembro foi influenciada tanto pela melhora das percepções sobre a situação presente e como das expectativas.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 0,8 ponto em setembro, para 101,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (102,5 pontos).

Em médias móveis trimestrais, o indicador manteve a tendência ascendente pelo sexto mês seguido, com crescimento de 2,7 pontos no terceiro trimestre de 2022, um ritmo menos intenso de alta que o do trimestre anterior, quando o ICE avançara 7,0 pontos.

“O ICE se aproxima do nível de agosto de 2021, o maior alcançado desde o início da pandemia de covid-19. Desta vez com avaliações mais positivas sobre a situação atual e expectativas menos favoráveis em relação aos meses seguintes, principalmente no horizonte de seis meses à frente. Os setores menos otimistas são o Comércio e Indústria. Neste último setor, nota-se um pessimismo crescente com as perspectivas para a demanda externa - principalmente no segmento de Intermediários - reflexo da forte desaceleração em curso da economia mundial”, avalia Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV Ibre, em comentário no relatório.

A alta da confiança empresarial de setembro foi influenciada pela melhora das percepções sobre a situação presente e das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,7 ponto, para 102,0 pontos, maior nível desde junho de 2013 (102,4 pontos). O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 1,0 ponto, para 100,1 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (100,3 pontos).

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Em setembro, a confiança subiu em todos os setores que integram o ICE, exceto na Indústria que recuou ligeiramente, motivada pela piora das avaliações em relação à situação corrente. A alta da confiança nos demais setores foi influenciada pela melhora nos dois horizontes de tempo da pesquisa. A confiança dos setores de Comércio, Serviços e Construção continuam superando o nível neutro dos 100 pontos.

A confiança empresarial cresceu em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação semelhante à observada no mês anterior.

Valor Online, 03/out