No fim do último pregão, a moeda norte-americana registrou baixa de 0,42%, cotada a R$ 5,2747.
O dólar abriu em baixa nesta quinta-feira (20), com dados de inflação na Europa e casos de Covid-19 na China pesando sobre o humor do mercado, o que favorece a valorização da moeda americana.
Às 12h35, a moeda americana registrava baixa de 1,26%, cotada a R$ 5,2084.
No dia anterior, a moeda subiu 0,42%, cotada a R$ 5,2747. Com o resultado da véspera, acumulou queda de 0,91% na semana, de 2,21% no mês e de 5,38% no ano frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
Ontem, o dólar avançou acompanhando as incertezas dos mercados internacionais em relação ao cenário macroeconômico global, com inflação em alta e os juros subindo. Neste contexto, investidores buscam opções de investimentos consideradas mais seguras e o dólar se beneficia do movimento por ser uma moeda forte.
Analistas do BTG Pactual explicam, no entanto, que "o cenário macro se mistura nesta semana à temporada de resultados corporativos". Se os balanços trimestrais vierem positivos, isso pode trazer otimismo aos investidores e dar certo fôlego aos ativos de risco, como o mercado de ações e as moedas de países emergentes, caso do real.
As grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos começaram a divulgar seus resultados e, até aqui, os impactos são mistos, avaliam os especialistas.
Enquanto a montadora Tesla - apesar de um lucro de US$ 3,3 bilhões, alta de 103% em um ano - informou que pode não conseguir cumprir com sua meta de entrega de novos veículos, a Netflix reportou que conseguiu reverter sua crise de assinantes, com 2,41 milhões de novos usuários no terceiro trimestre.
Já no cenário doméstico, o foco do mercado continua com as eleições para a Presidência da República, que têm segundo turno marcado para 30 de outubro.
Na noite desta quarta-feira (19), o Datafolha divulgou mais uma pesquisa de intenção de votos. Segundo os dados, o ex-presidente Lula tem 49% da preferência dos eleitores, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro tem 45%. No caso dos votos válidos, Lula tem 52% e Bolsonaro, 48%.
G1, 20/out