terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Dívida pública sobe em novembro e atinge R$ 5,87 trilhões, diz Tesouro Nacional

Em outubro, o endividamento estava em R$ 5,78 trilhões. Dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal.

A dívida pública brasileira cresceu 1,6% em novembro deste ano e atingiu R$ 5,87 trilhões, informou nesta terça-feira (27) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em outubro, o endividamento estava em R$ 5,78 trilhões.

A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar as despesas do governo acima da arrecadação com impostos e contribuições.

Segundo o Tesouro Nacional, o aumento de R$ 92,56 bilhões do estoque da dívida em novembro em relação a outubro aconteceu devido:

- À emissão líquida (emissão superando os resgates) de R$ 41,25 bilhões em títulos da dívida do governo federal;

- À apropriação positiva de juros, no valor de R$ 51,31 bilhões.

Ainda na avaliação do Tesouro, o cenário externo foi positivo em novembro, com a expectativa de uma política monetária americana menos contracionista (juros não tão altos), após dados de inflação abaixo do esperado.

Por outro lado, no Brasil, o cenário foi marcado por "elevada volatilidade e elevação do nível da curva de juros futuros (investidores cobrando juros mais altos)", refletindo preocupações do mercado com incertezas fiscais para 2023.

Detalhes

Ainda de acordo com os dados do Tesouro Nacional, o custo médio da dívida pública federal acumulado em 12 meses subiu de 10,04% ao ano, registrado em outubro, para 10,16% ao ano, em novembro.

Em média, a dívida pública federal tem prazo de vencimento de 3,98 anos, ou seja, se o governo não rolasse a dívida, esse seria o prazo para quitá-la.

Em relação à dívida interna, que corresponde quase a totalidade da dívida pública, as instituições financeiras seguem sendo os principais detentores dos títulos, com 28,7% de participação, seguidos por fundos de investimento (24,8%) e fundos de previdência (22,5%).

Jéssica Sant'Ana, G1, 27/dez