Na segunda-feira, moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,28%, vendida a R$ 5,2821.
O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira (6), um dia após o baixo volume de negócios por conta do jogo do Brasil na Copa do catar. No exterior, a agenda de indicadores econômicos está vazia e a atenção dos investidores se volta para a votação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado.
Às 15h15, a moeda norte-americana recuava 0,35%, negociada a R$ 5,2627.
No dia anterior, o dólar registrou uma valorização de 1,28%, vendido a R$ 5,2821. Com o resultado, o dólar passou a acumular alta no mês, de 1,55%, mas mantém queda de 5,25% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque do dia é um assunto já velho conhecido do mercado. O texto da PEC da Transição - proposta que visa abrir espaço fora do teto de gastos para bancar as promessas eleitorais de Lula, com destaque para o Bolsa Família de R$ 600 e o auxílio de R$ 150 para crianças pequenas - deve ser votado hoje na CCJ do Senado. Se for aprovada, a medida segue para votação no plenário do Senado na quarta-feira.
No cenário doméstico, o Indicador Antecedente de Emprego do Brasil, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 6,7 pontos em novembro, na maior queda em 12 meses, divulgou a instituição nesta terça. O IAEmp é um índice que antecipa a trajetória do mercado de trabalho no país. Com a queda, o indicador foi para 73,1 pontos, registrando o menor nível desde julho de 2020.
Especialistas explicam que também mexe com o pregão desta terça alguns dados divulgados nos Estados Unidos na última sexta-feira. O relatório payroll, que fala sobre a situação do mercado de trabalho americano, mostrou que a criação de vagas continua forte na maior economia do mundo, o que gera expectativas de que as taxas de juros no país continuem pressionadas.
Juros mais altos elevam, também, a rentabilidade dos títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo, tornando-os mais atrativos. Isso leva a uma migração dos investidores, que abandonam em boa parte os ativos de risco, beneficiando o dólar em detrimento de moedas de países emergentes, como o Brasil.
G1, 06/dez