Na sexta-feira, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo subiu 0,25%, a 107.520 pontos.
Puxado pela Petrobras, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, opera em baixa acentuada nesta segunda-feira (12). A estatal registra forte queda neste pregão, após notícias de que o filho de José Alencar, que foi vice-presidente nos dois mandatos anteriores de Lula, é cotado para assumir a presidência da empresa.
Além disso, o dia é marcado pela diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como presidente e vice no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em cerimônia prevista para começar às 14h. Investidores também operam cautelosos, em nível global, na expectativa pela divulgação da nova taxa de juros dos Estados Unidos.
Às 14h, o Ibovespa tinha queda de 2,62%, aos 104.697 pontos. No mesmo horário, os papéis da Petrobras despencavam 5,63%. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, o índice subiu 0,25%, a 107.520 pontos. Com o resultado, o índice encerrou a semana com queda de 3,94%. No mês, o recuo acumulado é de 4,42%, enquanto, no ano, a alta é de 2,57%.
O dólar também opera em alta neste pregão.
O que está mexendo com os mercados?
Segundo o blog da Andréia Sadi no G1, uma ala da equipe de transição de Lula defende a indicação de Josué Gomes, filho de alencar, para a presidência da Petrobras ou a nomeação dele para o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio (Mdic), a ser recriado.
Josué está hoje à frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde sucedeu Paulo Skaf, apoiador de Jair Bolsonaro. Na Fiesp, ele está sob pressão de sindicatos que marcaram uma assembleia que pode levar à queda dele do cargo. A oposição a Josué é liderada por Skaf.
A nomeação para ministérios pode ser feita por Lula e o mercado aguarda a divulgação de novos nomes, mas para a presidência da Petrobras, ele pode apenas indicar alguém, que terá de ser aprovado pelo conselho da companhia.
No Brasil, o dia é marcado também pela diplomação de Lula e Alckmin. Na última sexta-feira, o presidente eleito revelou o nome de seus primeiros ministros, com destaque para Fernando Haddad, que assumirá o Ministério da Fazenda.
No exterior, o grande evento do mercado financeiro nesta semana é a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Atualmente, as taxas de juros americana estão entre 3,75% e 4,00% ao ano, após quatro altas de 0,75 ponto percentual consecutivas.
A expectativa do mercado é que o banco central reduza o ritmo de altas e promova um aumento de meio ponto percentual nesta quarta, levando as taxas a um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Também nos Estados Unidos, amanhã acontece a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que reflete a inflação oficial do país. A projeção do mercado é de um avanço de 0,3% nos preços, após queda de 0,4% na inflação de outubro.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também anunciam suas novas taxas de juros nesta semana.
No cenário doméstico, ainda, o Banco Central do Brasil divulgou mais uma edição do Boletim Focus, que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Os especialistas reduziram a estimativa de inflação deste ano de 5,92% para 5,79%. Foi a primeira queda em seis semanas. Para o próximo ano, a previsão ficou estável em 5,08%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o mercado financeiro manteve sua previsão estável em 3,05%. Já para 2023, a previsão de crescimento permaneceu em 0,75%.
G1, 12/dez