Quando o assunto é desafio no mercado de imóveis, existe uma unanimidade em todas as empresas: a dificuldade em construir times engajados e capacitados.
Além de ser um trabalho árduo encontrar talentos para as posições abertas, a competitividade do setor faz da retenção de bons profissionais uma dor de cabeça para as organizações.
Por isso, as companhias do segmento estão em constante movimento na escolha de colaboradores e na criação de um ecossistema de excelência aliado ao crescimento interno.
Obstáculos para todos os lados
Desde os profissionais que atuam nas obras até aqueles que ficam atrás das estratégias, o setor imobiliário sofre com a falta de pessoas preparadas para suprir as demandas das construtoras.
A alta rotatividade de funcionários prejudica o desenvolvimento de uma cultura empresarial sólida e a construção de formatos de comunicação eficientes. Além disso, as mudanças constantes do setor, seja pelo aspecto macroeconômico ou evolutivo da tecnologia, dificultam o encontro de talentos atualizados com as evoluções que o mercado pede.
Diante disso, as empresas de construção civil se veem em meio a um furacão de possibilidades de negócios. Porém, esbarram no que há de mais importante em uma organização: a qualidade das equipes.
O papel de gestores no mercado de imóveis
Assim como a direção do navio é responsabilidade do capitão, é papel dos gestores agir para montar times qualificados e complementares.
Destaque para a liderança baseada pelo exemplo. Ou seja, o poder de desenvolver bons profissionais não está no tanto de ordens que um gestor dá, mas sim em como ele consegue fazer com que os liderados se sintam inspirados em dar o seu melhor.
Para isso, cabe aos gerentes de cada área estabelecer objetivos de forma estratégica, unindo o desenvolvimento e alcance das metas da empresa com o progresso das carreiras.
Ainda, ter e demonstrar uma alta inteligência emocional é peça-chave para promover a melhor relação entre as pessoas. Afinal, não existe time entrosado com bons resultados quando o ambiente é precário.
A habilidade em lidar com as próprias emoções e os sentimentos alheios faz com que os gestores tenham maior sucesso na missão de desenvolver colaboradores comprometidos com a visão da companhia.
Um bom time se forma em casa
Capacidade técnica se aprende, caráter e proatividade não. Essa frase deveria ser o lema de toda empresa que anseia por equipes fortes. Isso porque qualquer profissional pode aprender habilidades táticas, mas nem todos estão dispostos a fazer o necessário para se tornar acima da média.
Uma equipe consolidada ultrapassa a barreira das teorias. Ela demanda por profissionais que complementam uns aos outros e que saibam o que priorizar. Em um segmento tão dinâmico quanto o imobiliário, o grupo precisa trocar o “tudo é importante” por “poucas coisas realmente importam”. Como também trocar o “como dar conta de tudo? ”por que eu posso abrir mão?”.
Ao unir esse tipo de pensamento com uma política de valorização dos funcionários, as organizações têm a “faca e o queijo na mão” para suas equipes decolarem com autonomia. Desta forma, remunerações variáveis de curto e longo prazo baseadas na meritocracia das entregas formam uma cultura de excelência, ao mesmo tempo que reconhecem quem se destaca.
Um bom time só existe quando há, antes de tudo, comprometimento e consonância entre os colaboradores. Comunicação, inspiração e conhecimento sobre a área vêm logo em seguida.
Ter equipes qualificadas não é tarefa fácil. No entanto, quando a empresa consegue juntar essas características está com meio caminho andado. Times fora de série não quer dizer ter os melhores profissionais de cada departamento, e sim talentos dispostos a se superarem a cada dia pelos objetivos compartilhados em equipe.
Money Times, 05/jul