Mais de 90% dos tutores afirmam que seus pets são considerados membro da família e, em 64% dos lares, eles dormem dentro de casa ou na cama de um morador.
Os espaços para pets são uma tendência no mercado imobiliário. A nova demanda se deve ao aumento da presença de animais nas casas dos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil tem 149,6 milhões de animais.
O número é 4,2 vezes maior do que a população de crianças, que é de 35,5 milhões. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em média, cada domicílio abriga dois animais. Além disso, mais de 90% dos tutores afirmam que seus pets são considerados membro da família e, em 64% dos lares, eles dormem dentro de casa ou na cama de um morador.
Esse cenário e o comportamento do consumidor contribuem para que as construtoras e incorporadoras projetem áreas específicas para essa nova clientela, em seus novos empreendimentos. E essa parece ser uma tendência sem volta. De acordo com a pesquisa da Brain Behavior, 49% dos tutores afirmaram estar dispostos a pagar um valor maior por um imóvel com características pet friendly. E mais: famílias com maior poder aquisitivo dizem querer destinar um cômodo interno especialmente para os animais.
No Espírito Santo já se percebe um grande avanço no atendimento aos clientes com este perfil, uma vez que os novos condomínios estão sendo entregues com espaço para pets, tais como: áreas verdes, espaço para banho e tosa (pet care) e para caminhadas com brinquedos (pet place).
Para além de novos espaços internos que garantam o bem-estar e qualidade de vida aos pets, a convivência no condomínio e a segurança dos moradores é muito importante. Por isso, é fundamental que todos aprendam as novas regras do bem viver neste novo momento, respeitando o limite do outro, fazendo o uso correto das áreas comuns, conforme as regras estabelecidas no condomínio.
No quesito higiene, recolher o cocô e enxugar o xixi já são até de senso comum. E para a segurança, o cachorro deve sempre estar de coleira, independentemente de ser dócil ou não, sendo obrigatório o uso de focinheira nos animais de raça nociva.
Outro ponto importante é a adequação dos condomínios mais antigos. Atualmente, existe legislação para essa nova demanda social. Alguns municípios já possuem as suas normas para que o tutor cumpra, e, dentro dos condomínios, há o regimento interno que é criado e alterado pelos moradores em assembleia geral, além do próprio código civil brasileiro que aborda a questão dos animais.
Por essa razão, aprender a conviver com essa realidade é fundamental e, dessa forma, os limites e regras devem ser criados e respeitados, para que assim todos vivam em harmonia.
A Gazeta, 29/jul