quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Imóveis no Rio têm preços até 60% mais altos que os de Miami

Uma casa em Miami pode não ser um sonho tão distante. Pelo menos não para quem está disposto a comprar um imóvel no Rio de Janeiro. Com procura crescente e oferta cada vez menor na capital fluminense, um apartamento no Rio pode chegar a custar até 60% mais caro que os de Miami, segundo levantamento realizado pela imobiliária Elite International Realty.

Na comparação de preços do metro quadrado com padrões semelhantes entre lá e cá, observou-se que a metragem por estas bandas está mais alta - aliás, bem mais alta. Para se ter uma ideia, um imóvel de 550 metros quadrados no bairro do Leblon custaria em torno de US$ 8,5 milhões (R$ 19,8 milhões). Já em Bal Harbor, uma das regiões mais valorizadas de Miami, um imóvel com o mesmo tamanho pode ser encontrado por cerca de US$ 6,2 milhões (R$ 14 milhões).

- Se compararmos imóveis nas praias de Miami e nas do Rio, a diferença de preços é entre 20% e 30% mais altos na orla carioca. Fora da praia, um imóvel no Rio com padrões semelhantes ao de Miami chega a ser 50%, 60% mais caro - afirma Leo Ickowicz, sócio diretor da imobiliária, que acrescenta que as regiões mais procuradas por brasileiros além de Miami, são Orlando (também na Flórida) e Nova York, especialmente Manhattan.

Segundo ele, um imóvel de dois quartos em Orlando custa entre US$ 150 mil e US$ 200 mil. Em Miami a variação é maior, começando em torno de US$ 150 mil, podendo chegar à casa dos milhões. Já em Nova York, estão os preços mais caros na comparação com o Rio. Um apartamento de 250m², por exemplo, em Flatiron District 
- região nobre da cidade - custa hoje cerca de US$ 7 milhões (R$ 16 milhões).

A proximidade de altos valores entre Nova York e Rio se deve ao fato de as duas passarem pela mesma situação: lugares como Manhattan, Leblon e Ipanema, que são disputadíssimos pela beleza, charme e fama, não têm mais espaço para crescer. Essa situação ainda não ocorre na Flórida que, apesar de seus encantos, conta com espaço físico para novas construções.

Ickowicz pontua que se por um lado os americanos ainda passam por um cenário imobiliário frágil e desaquecido e isso compromete novas compras por parte deles, para os brasileiros, preços mais acessíveis com taxas de financiamento variando de 4,5% a 5,5% é algo atrativo.

- Ainda na comparação entre imóveis do Rio e Miami, vale lembrar que com esta diferença de valores, os imóveis dos Estados Unidos vêm equipados com eletrodomésticos, serviços de automação, pisos, armários, cortinas e serviços de decoração e de flat com preços mais acessíveis que no Brasil - ressalta.

O Globo online, 11/set