Uma
casa em Miami pode não ser um sonho tão distante. Pelo menos não
para quem está disposto a comprar um imóvel no Rio de Janeiro. Com
procura crescente e oferta cada vez menor na capital fluminense, um
apartamento no Rio pode chegar a custar até 60% mais caro que os de
Miami, segundo levantamento realizado pela imobiliária Elite
International Realty.
Na
comparação de preços do metro quadrado com padrões semelhantes
entre lá e cá, observou-se que a metragem por estas bandas está
mais alta - aliás, bem mais alta. Para se ter uma ideia, um imóvel
de 550 metros quadrados no bairro do Leblon custaria em torno de US$
8,5 milhões (R$ 19,8 milhões). Já em Bal Harbor, uma das regiões
mais valorizadas de Miami, um imóvel com o mesmo tamanho pode ser
encontrado por cerca de US$ 6,2 milhões (R$ 14 milhões).
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Se compararmos imóveis nas praias de Miami e nas do Rio, a diferença
de preços é entre 20% e 30% mais altos na orla carioca. Fora da
praia, um imóvel no Rio com padrões semelhantes ao de Miami chega a
ser 50%, 60% mais caro - afirma Leo Ickowicz, sócio diretor da
imobiliária, que acrescenta que as regiões mais procuradas por
brasileiros além de Miami, são Orlando (também na Flórida) e Nova
York, especialmente Manhattan.
Segundo
ele, um imóvel de dois quartos em Orlando custa entre US$ 150 mil e
US$ 200 mil. Em Miami a variação é maior, começando em torno de
US$ 150 mil, podendo chegar à casa dos milhões. Já em Nova York,
estão os preços mais caros na comparação com o Rio. Um
apartamento de 250m², por exemplo, em Flatiron District
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região nobre da cidade - custa hoje cerca de US$ 7 milhões (R$ 16
milhões).
A
proximidade de altos valores entre Nova York e Rio se deve ao fato de
as duas passarem pela mesma situação: lugares como Manhattan,
Leblon e Ipanema, que são disputadíssimos pela beleza, charme e
fama, não têm mais espaço para crescer. Essa situação ainda não
ocorre na Flórida que, apesar de seus encantos, conta com espaço
físico para novas construções.
Ickowicz
pontua que se por um lado os americanos ainda passam por um cenário
imobiliário frágil e desaquecido e isso compromete novas compras
por parte deles, para os brasileiros, preços mais acessíveis com
taxas de financiamento variando de 4,5% a 5,5% é algo atrativo.
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Ainda na comparação entre imóveis do Rio e Miami, vale lembrar que
com esta diferença de valores, os imóveis dos Estados Unidos vêm
equipados com eletrodomésticos, serviços de automação, pisos,
armários, cortinas e serviços de decoração e de flat com preços
mais acessíveis que no Brasil - ressalta.
O
Globo online, 11/set