Imagine um mapa sobre os rios de uma cidade. Agora pense que você pode torná-lo 6 400 vezes maior, como se tivesse em mãos uma lupa gigantesca. Daria até para ver a cor dos peixes. Mais ou menos assim funciona o Atlas das Condições de Vida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Trata-se de um e-book, desde o mês passado disponível por download gratuito, fruto de pesquisa do cientista político Cesar Romero Jacob, da geógrafa Dora Rodrigues Hees - ambos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) - e do cartógrafo Philippe Waniez, da Universidade de Bordeaux, na França. O trabalho reúne 112 mapas, além de tabelas, com dados recolhidos de quatro fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema Único de Saúde (SUS), Instituto de Segurança Pública (ISP) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os tipos de crime mais comuns em cada área, a tendência das religiões e até as preferências eleitorais de cada município são alguns dos temas revelados e analisados no estudo.
Curiosidades do altas
A análise dos mapas sobre a região metropolitana revela que...
O Rio tem mais mulheres que homens e a Baixada, muito mais homens que mulheres.
Na Zona Norte carioca rouba-se muito carro. Na Zona Sul, celulares e carteiras são mais visados.
Maricá é a cidade que mais cresce em população na região.
Mesmo um condomínio de alto padrão, como o Península, na Barra, tem nuances: no mapa dos rendimentos, aproximando-se em 2 400% a imagem, fica visível que há prédios mais chiques e outros, menos.