O relacionamento com o banco é a palavra-chave para quem pretende comprar a casa própria neste período de juros altos, entrada maior e a Caixa Econômica Federal com suspensão de crédito em algumas agências. A liberação de crédito está mais restritiva por conta do cenário econômico, mas, mesmo assim, de acordo com especialistas do setor, a reciprocidade com a instituição financeira vai fazer toda a diferença para que o futuro comprador possa conseguir taxas menos salgadas no banco onde tem conta.
Para se ter ideia, os principais bancos seguiram a tendência da Caixa de elevar os juros para empréstimos habitacionais com recursos da caderneta de poupança, ou seja, contratos assinados pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Nesse caso, o imóvel tem que custar até R$ 750 mil. Já quanto ao percentual a ser emprestado pelo banco, apenas a Caixa reduziu para até 50% do valor do bem na aquisição de unidades usadas. A Caixa esclarece que não há suspensão de financiamento com recursos da poupança.
O Banco do Brasil, por exemplo, subiu os juros de 9,9% para 10,4% (taxa máxima) ao ano, mais TR (Taxa Referencial), mas manteve o percentual de até 80% para financiar o bem e ampliou o prazo de pagamento de 360 meses (30 anos) para 420 meses (35 anos). De acordo com a instituição, há maior flexibilização na aplicação das taxas de juros conforme o nível de relacionamento do cliente com o BB, além de outros benefícios, como a melhor fórmula de cálculo na amortização do empréstimo. As novas regras já estão valendo desde o dia 18.