quarta-feira, 6 de maio de 2015

Prefeitura investirá R$ 115,7 milhões no entorno


A Prefeitura do Rio de Janeiro investirá cerca de RS 115,7 milhões na construção de uma grande área de lazer no entorno do Estádio Olímpico Nílton Santos (Engenhào). Segundo a prefeitura, o local será concluído após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, já que a arena esportiva receberá competições do evento esportiva

As melhorias urbanísticas incluem o restauro da Praça do Trem (conjunto de antigos galpões tombados que serviam como oficinas para reparo das composições); a construção da Nave Olímpica do Conhecimento: e uma ciclovia com dois quilômetros de extensão. Além de obras de requalificação, como drenagem, implantação de novo paisagismo, cabeamento subterrâneo e recuperação de calçadas.

"A obra no entorno do Engenhão é muito parecida com a que executamos no Maracanã. Estamos garantindo uma nova área de lazer para a população, que já usava a região para este fim, sem as condições adequadas. É um importante passo para revitalizar o bairro do Egenho de Dentro, um dos mais importantes do Grande Méier, explicou o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinta

A Praça do Trem deverá se tornar a maior área pública do bairro e da região (que hoje cabe ao Jardim do Méier, com cerca de 11 mil metros quadrados), com aproximadamente 35 mil metros quadrados. O projeto elaborado pela equipe técnica do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) tem como objetivo a restauração do conjunto de edificações das oficinas de locomoção do Engenho de Dentro, tombadas na esfera municipal, e prevê a conservação do aspecto original dos galpões.

Projeto

O espaço interno da praça abrigará atividades culturais, enquanto a área ao redor das construções será um espaço de convivência, amplamente iluminado, permitindo seu uso à noite. O local será arborizado, respeitando a visibilidade dos galpões tombados e, após os jogos de 2016, poderá ser usado como praça, após a colocação de mobiliários urbanos.

Cerca de 250 pessoas, entre engenheiros e operários, trabalham nas obras, que estão sendo realizadas no quadrilátero formado pelas ruas Arquias Cordeiro, das Oficinas, José dos Reis e Doutor Padilha, e incluem ainda os projetos Passeio Olímpico (já entregue em janeiro deste ano) e Bairro Maravilha Engenho de Dentro.

As intervenções do Passeio Olímpico visaram adequar o bairro aos eventos esportivos, garantindo que todas as melhorias se revertam em legado para os cariocas. As quatro ruas do quadrilátero ganharam novas calçadas, mais largas e com total acessibilidade para as pessoas com mobilidade reduzida, meio fios e sarjetas, além de implantação de infraestrutura para nova iluminação e conversão de redes aéreas de concessionárias para subterrâneas.

Já as obras do programa Bairro Maravilha contemplam 34 ruas, das quais cinco já foram entregues. A conclusão destas intervenções está prevista para dezembro deste ano.

Diferentemente das outras oito naves já existentes, a Nave Olímpica do Conhecimento será utilizada para difundir conteúdo e informações sobre a história das Olimpíadas e seus esportes e sobre as transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro, antes e depois dos Jogos. Com previsão de inauguração em dezembro deste ano, a Nave receberá infraestrutura tecnológica e equipamentos de Telepresença, funcionando como hub de engajamento olímpico para as demais Naves do Conhecimento e usuários remotos.

A nova Nave terá simuladores de provas de atletismo, que farão o visitante se sentir dentro de uma competição; uma linha do tempo com imagens e vídeos que contarão a história das olimpíadas através de in fotográficos com países participantes, recordes e curiosidades; painéis interativos com os heróis brasileiros de diferentes modalidades: quiz sobre os esportes; informações e depoimentos de atletas sobre hábito alimentar; exposição de objetos ligados aos Jogos, em versões modernas e antigas, como raquete de tênis, cadeira de rodas, prótese, espada de esgrima, entre outros.

Além disso, a Nave Olímpica deverá reforçar o contraste entre os tempos, desde a sua fachada, que manterá as características arquitetônicas do antigo prédio, quanto na área de Teste de Materiais, onde será possível tocar em determinados objetos e sentir a diferença entre os elementos através do tempo,como, por exemplo, comparar o peso de uma prótese e a leveza de um mai. O acesso à Nave será feito por meio de um cadastro, em que o visitante receberá uma pulseira de identificação por radiofrequência, que carregará uma espécie de arquivo da pessoa e permitirá um roteiro personalizado.



Jornal do Commercio, 06/mai