Depois de oferecer carro como parte de pagamento e dar descontos, construtoras aceitam o imóvel usado na compra do novo. A Gafisa, o Grupo Avanço Aliados, a Fernandes Araujo e a Rubi Engenharia adotaram o modelo. A iniciativa é para driblar a falta de crédito imobiliário, já que os bancos estão mais rigorosos na concessão do financiamento. A afirmação é do diretor da Brasil Brokers, Mário Amorim, que adianta que as construtoras voltaram a financiar os imóveis para poder reduzir estoques. O pagamento pode chegar a 180 meses.
"As alternativas são positivas para minimizar os impactos da crise. O mercado imobiliário não pode parar", diz.
O Grupo Avanço Aliados, por exemplo, aceita o apartamento usado como parte do pagamento na compra de coberturas. A campanha contempla os empreendimentos Versailles, Magnific, Perfetto e Stilo. Os quatro condomínios estão prontos. O comprador pode usar o apartamento atual desde que tenha valor igual ou menor a 50% do preço da cobertura.
Além disso, o grupo oferece outras vantagens, para a compra de apartamentos nestes empreendimentos, como preços atrativos e a entrega da unidade 90% mobiliada. O comprador não terá que pagar o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), e fica livre da cota condominial pelos primeiros três meses que estiver residindo no imóvel. Outra vantagem é o valor da entrada, a partir de R$ 99 mil.
A Fernandes Araujo negocia o imóvel como parte de pagamento, mas analisa caso a caso, conforme localização e estado do bem. Já a Rubi aceita a unidade como garantia no condomínio de casas tríplex Sunrise House Garden, que estão prontas para morar, no Recreio. As unidades custam a partir de R$ 1,2 milhão e o usado será avaliado em até 50% do valor. O financiamento pode ser direto com a construtora em até 180 meses.
