terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Especialistas dizem que é o momento para comprar dólar
O dólar mais próximo de R$ 3,10 no câmbio comercial - e de R$ 3,30 no câmbio turismo - é interessante para quem está planejando viajar ao exterior, mas os especialistas advertem que a moeda não deve ficar nesse patamar por muito tempo. Por isso, eles afirmam que quem está com viagem marcada, ou tem compromissos em dólar, deve aproveitar essa "janela" para comprar moeda agora.
Com o clima de incerteza nos Estados Unidos, devido às medidas do governo Donald Trump, a saída do Reino Unido da União Europeia, e as delações da Operação Lava-Jato, advertem, a tendência é que a moeda americana ganhe fôlego em breve.
- Se eu tivesse viagem de férias marcada ao exterior a curto prazo, já compraria agora o máximo de dólares que meu bolso permitisse. A moeda pode até cair um pouco mais com o fluxo de recursos de investidores externos na Bolsa, e também para aproveitar os juros ainda altos, mas essa cotação não deve se sustentar - diz o diretor de pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.
Mauro Calil, planejador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro, lembra que a atuação do Banco Central, rolando os contratos de swap cambial, ajuda a derrubar o dólar, somada ao fluxo de recursos para a Bolsa. Mas não se sabe até quando esse quadro se manterá.
- O dólar a R$ 3,10 (ou R$ 3,30 no turismo) é uma excelente janela de compra, e quem tem compromissos em moeda estrangeira, agora ou mais para frente, deve comprar. É difícil acreditar que o dólar caia abaixo dessa cotação, mas, em se tratando de câmbio, isso é possível. Mesmo assim, acredito que o melhor é aproveitar essa cotação que já é bem atraente - diz Calil.
O Globo, João Sorima Neto, 31/jan
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
IPTU subiu. Mas há desconto para quem quer pagar à vista
Os carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) já estão começando a chegar às residências. Os vencimentos acontecem entre 10 e 13 de fevereiro para quem for pagar à vista ou parcelar. O reajuste do imposto será de 6,58% de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), calculado pelo IBGE. O percentual de 6,58% serve de base para a atualização monetária do IPTU 2017 e corresponde à correção da inflação no acumulado do ano.
O contribuinte que optar pelo pagamento do imposto em cota única garante desconto de 7% no valor total do carnê, o mesmo percentual concedido pelo município em 2016. E todo ano é sempre a mesma coisa. As despesas de início do ano acabam deixando o orçamento no vermelho.
De acordo com o doutor em educação financeira Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, os brasileiros que não se planejaram com antecedência tendem a ficar 'no sufoco' no início do ano, com as diversas despesas típicas de janeiro. Por isso, é importante se organizar para pagar o IPTU à vista ou a prazo, respeitando o padrão de vida atual.
Antes de pensar na forma de pagamento, é preciso conhecer e respeitar a situação financeira em que se encontra atualmente: endividado, equilibrado financeiramente ou investidor. Se for a primeira ou segunda opção, dificilmente conseguirá fazer o pagamento à vista, restando o caminho do parcelamento. O especialista lembra que é preciso evitar ao máximo recorrera empréstimos, limites do cheque especial ou qualquer outra forma de crédito. Esse tipo de medida apenas levaria mais facilmente ao descontrole financeiro, possivelmente transformando a situação em uma bola de neve, considerando os altos juros cobrados.
"Agora, caso a situação financeira esteja mais confortável, sendo investidor, recomendo o desconto, em média. Para tanto, é preciso se informar sobre os prazos estabelecidos em sua região", explica Domingos, que também é autor do best-seller "Terapia financeira", do lançamento "Diário dos sonhos" e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil. Entretanto, muitas pessoas se deixam levar pelo bom desconto e acabam esquecendo que haverá outras contas a serem pagas naquele mesmo mês ou nos próximos. Por isso, é importante ficar atento aos compromissos futuros.
"De que adianta conseguir desconto, pagar à vista e não ter dinheiro suficiente para quitar as outras despesas do mês?", questiona o especialista. Ele ressalta que o IPTU, assim como o IPVA e a compra do material escolar, é uma despesa típica de janeiro. Portanto, é importante que faça parte do planejamento financeiro, evitando o descontrole logo no início do ano. Além disso, é válido criar e manter uma reserva financeira para momentos como esses, garantindo maior tranquilidade e segurança.
Carnês terão vencimentos variados
Os carnês do imposto vão chegar às mãos dos contribuintes com datas de vencimento diferenciadas, que variam de acordo com o número final da inscrição imobiliária do imóvel. Os que têm final de 0 a 5 devem pagar a cota única ou a primeira parcela do imposto no dia 10 de fevereiro. Os demais, com final de inscrição de 6 a 9, têm a data de 13 de fevereiro para efetivar os mesmos pagamentos.
A Secretaria Municipal de Fazenda lembra que os contribuintes que, por meio do programa da Nota Carioca direcionaram créditos e garantiram abatimento no IPTU 2017, já vão receber os carnês com o valor do imposto reduzido. A segunda via do carnê está disponível no link iptu.rio.rj.gov.br e nos postos de atendimento da Fazenda. Outra informação importante é que os contribuintes com cotas de IPTU vencidas ou a vencer podem evitar que o valor da dívida seja corrigido pela inflação, desde que realizem o pagamento do débito ainda neste ano, até o último dia do expediente bancário.
O Dia, Cristiane Campos, 29/jan
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Pacto de ajuda ao Rio é firmado
Depois de meses de negociação, a União e o Estado do Rio fecharam ontem um acordo para socorrer as finanças fluminenses e cobrir um rombo de mais de R$ 26 bilhões em 2017. O plano - que depende do aval do Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) - envolve medidas duras, como um corte de gastos de R$ 9 bilhões e aumento de ICMS, além da privatização da Cedae. As ações são contrapartidas para que o estado deixe de pagar suas dívidas com a União por até 36 meses. Para tentar acelerar o acordo, o governador Luiz Fernando Pezão vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) hoje ou no início da próxima semana. O governo quer que uma liminar autorize a entrada em vigor de algumas medidas antes de serem aprovadas pelo Legislativo.
O acordo - que vai vigorar até 2019, podendo ser prorrogado - foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e por Pezão, depois de uma reunião com o presidente Michel Temer. Eles estavam acompanhados do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB). Meirelles, que nos últimos dias havia dito que a União apresentaria junto com o Rio o pacote de ajuda ao STF para tentar adiantar seus efeitos, disse ontem que o plano só será colocado em prática depois que o Congresso e a Alerj aprovarem leis necessárias para a implementação do pacote. Pezão reconheceu que a tarefa não é fácil, mas espera sensibilidade do Legislativo:
- O Rio é um estado que teve a maldição do petróleo. Sofremos com a queda do preço do barril. Temos hoje o segundo polo siderúrgico do país, sendo que esse setor está numa crise. Os portos estão fechados. Isso pode e vai sensibilizar o Legislativo - disse Pezão.
FAZENDA NÃO RECOMENDOU IDA AO STF
Meirelles lavou as mãos e disse que o Rio é soberano para realizar o pedido junto ao STF, caso julgue necessário. Isso porque a área jurídica da Fazenda sabia que a medida era arriscada e poderia trazer insegurança ao acordo.
- A conclusão a que chegamos é que cabe à União apenas encaminhar um projeto de lei complementar ao Congresso. E o acordo só será celebrado caso seja aprovado pelo Congresso. O Rio de Janeiro é soberano para pedir ou não uma antecipação dos efeitos da lei ao STF, que é, por sua vez, soberano para decidir - justificou o ministro.
Segundo Meirelles, o projeto de lei que será enviado ao Congresso prevê a flexibilização de regras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como a que proíbe os estados de tomarem empréstimos para quitar folha de pagamentos.
O acordo é considerado crucial para que o Rio consiga quitar salários atrasados. Pezão disse que, com o avanço das medidas, o estado pretende acertar os salários ainda no primeiro trimestre:
- A partir de fevereiro, vamos ter boas notícias. Estou animado para resolver isso. Acredito que vamos botar (os pagamentos) em dia o mais rápido possível.
Pezão relatou a Temer e Meirelles a dificuldade que terá para aprovar as medidas na Alerj, especialmente a que determina o aumento da contribuição previdenciária. No fim do ano passado, o pacote anticrise do governo não prosperou na Casa. Como forma de tentar conquistar os deputados estaduais, Temer pediu a Picciani que participasse da entrevista coletiva.
Além das dificuldades previstas no Legislativo estadual, auxiliares da Presidência defenderam que Pezão busque uma aliança com os governadores do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que também deverão fazer um acordo similar ao que o Rio está negociando com a União. A ideia é que os deputados dos três estados agilizem a votação de medidas na Câmara, ajudando a garantir quórum e a votação dos projetos. O acordo com o Rio está sendo um "piloto", segundo o governo, para as negociações com outros estados.
Para garantir o reequilíbrio das contas, a principal medida que envolve as despesas do estado será o adiamento do pagamento de restos a pagar (RAP) - despesas empenhadas, mas não quitadas no ano anterior -, no valor de R$ 6,6 bilhões. Segundo integrantes da equipe econômica, o total de RAP do Rio soma R$ 11 bilhões, mas apenas R$ 4 bilhões deveriam ser quitados imediatamente. Além disso, haverá suspensão do pagamento das dívidas do estado com a União e bancos públicos e privados por três anos (com impacto de R$ 2,3 bilhões em 2017), redução do número de secretarias e autarquias e a implementação de um programa de demissão voluntária de servidores celetistas.
Do lado das receitas, a principal ação é o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% e a cobrança de uma alíquota adicional temporária de 8% para servidores da ativa. Isso vai render R$ 3,2 bilhões aos cofres do estado em 2017. Além disso, o pacote prevê aumento do ICMS e a criação de um fundo em que as empresas deverão depositar 10% dos incentivos fiscais recebidos. Somadas, as ações de receitas e despesas chegam a R$ 19,8 bilhões.
O Rio terá que privatizar a Cedae, que servirá como garantia de um empréstimo de R$ 3 bilhões. Receitas futuras de royalties também poderão ser usadas para que o estado obtenha outro empréstimo de R$ 3,5 bilhões.
Colaborou Simone Iglesias
O Globo, Martha Beck e Bárbara Nascimento, 27/jan
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
É preciso ficar de olho
A violência vem aumentando cada vez mais e, por isso, temos que redobrar os cuidados, inclusive nos condomínios. Isso porque os bandidos costumam observar a rotina nos prédios e acabam percebendo os pontos fracos, o que facilita a ação. No entanto, muitos desses crimes ocorrem por falta de atenção de moradores e funcionários: deixar o controle remoto da garagem dentro do carro ou pedir para o entregador de pizza subir no apartamento são medidas cômodas, mas que podem colocar em risco a segurança dos condomínios. Instalar circuito interno de TV, mas não observar o movimento nas áreas do prédio compromete o investimento em segurança. Não verificar se há estranhos nas imediações ou se os funcionários do prédio estão devidamente posicionados também é uma falha. Autorizar a entrada de visitantes sem a devida identificação na portaria é outro equívoco. O mesmo vale para entregadores e prestadores de serviços.
Segundo o diretor-presidente da Irigon, advogado especializado em direito imobiliário, é preciso que os moradores e os porteiros estabeleçam diretrizes para serem seguidas individualmente e em conjunto, em razão da segurança.
"O primeiro passo é criar normas de segurança para aprovação na assembleia geral do condomínio. Quando aprovado, o documento deverá ser obrigatório para todos, estando sujeitos a punições aqueles que desrespeitarem as determinações estipuladas, sejam moradores ou empregados", diz o advogado.
Na portaria, nada de rádio e TV: só monitores de segurança
Porteiros não devem deixar, nunca, seu posto de trabalho, ainda que por poucos minutos, sem nenhuma cobertura. Nesse caso, devese chamar outro profissional - faxineiro ou zelador - para ficar na guarita. A presença de equipamentos como rádio e TV nas portarias também é incorreta, pois pode tirar a atenção do profissional. Apenas um monitor com imagens do circuito de câmeras deve ser mantido. É fundamental que os funcionários estejam perfeitamente treinados para o uso dos equipamentos e sistemas de segurança.
Mesmo com todos os cuidados de segurança, o advoga do Luis Guilherme Russo ainda reforça que é primordial ter sempre a mão os números de telefone da polícia, dos bombeiros e da empresa de manutenção dos elevadores, como medida de precaução.
Meia Hora, Imóveis, 26/jan
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Depois dos Jogos, o bom exemplo que vem de fora
Quatro meses depois da Paralimpíada, o Rio começa a receber um legado das casas olímpicas de países, empresas e federações que atraíram multidões durante os Jogos. Além de agitar a competição do lado de fora das arenas, cada uma delas se comprometeu com contrapartidas. Algumas estão prestes a serem entregues à cidade, como o campo de beisebol da Lagoa e um muro de escalada na Zona Portuária. Mas a maioria das promessas - diferentemente do que costuma acontecer por aqui - foi cumprida, e está em uso tanto em áreas públicas quanto privadas.
Os suíços, que transformaram parte das margens da Lagoa num pedaço do país europeu, finalizam no mês que vem a reforma do campo de beisebol próximo ao Corte do Cantagalo. Até o fim desta semana, o piso de saibro e as linhas de marcação ficam prontas, de acordo com a empresa responsável pela obra. Restará somente montar um alambrado no espaço, aberto à população.
Já os austríacos fizeram suas festas na sede do Botafogo, na Zona Sul, mas resolveram presentear o Morro da Providência e comunidades próximas, no Porto, com um muro de escalada de 12 metros de altura. O equipamento, instalado num galpão do Santo Cristo, ficará sob os cuidados do americano Andrew Lenz, há 15 anos no Rio e coordenador do Centro de Escalada Urbana, na Rocinha.
- Nossa ideia é transformar esse espaço no primeiro centro de treinamento olímpico (do esporte) no Brasil. Ainda buscamos patrocinadores para ampliar o projeto. Como a escalada virou uma modalidade olímpica, queremos formar jovens atletas - informa Lenz.
HERANÇA JAPONESA
Por falar em Olimpíada, o próximo anfitrião, o Japão, que sediará os Jogos em 2020, montou sua casa na Cidade das Artes, na Barra. Inicialmente, a previsão era que o país apoiasse a programação da instituição por um ano. No entanto, segundo a Secretaria municipal de Cultura, os japoneses deixaram outro legado: eles compraram livros e móveis para uma sala de leitura; realizaram obras em um restaurante do complexo; destinaram recursos para o programa de arte e educação "Cidade literária", e doaram materiais, mobiliários e peças de cerâmica Kaen, que ficaram em exposição no espaço cultural.
Colégios municipais também foram beneficiados. A Alemanha reformou a Escola Marília de Dirceu, em Ipanema, enquanto a Federação Internacional de Vôlei fez obras na Escola Cícero Penna, na Avenida Atlântica, em Copacabana. A Secretaria municipal de Educação informou que as unidades passaram por nivelamento e pintura de pisos e receberam traves de futebol, redes de vôlei e cestas de basquete. A Cícero Pena também ganhou internet wi-fi, um banheiro com acessibilidade e renovação das redes hidráulica e elétrica.
Nesse mesmo caminho, a Colônia de Pescadores Z-13, em Copacabana, foi reformada pelos organizadores do Arpoador Estúdios - que abrigou instalações de TV durante os Jogos. A empresa suíça Omega patrocinou a obra da Casa de Cultura Laura Alvim, reaberta em setembro do ano passado. Já a Colômbia fez reparos e melhorias, como uma nova iluminação externa, em LED, no Centro Cultural do Ministério da Saúde, na Praça Quinze.
Também há legado em instituições privadas onde as casas se instalaram. Os franceses, por exemplo, deram um picadeiro coberto, já usado em competições internacionais, para a Sociedade Hípica Brasileira.
O Globo, Guilherme Ramalho e Rafael Galdo, 25/jan
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Barra terá balsas ligando Península ao metrô
A Barra terá um serviço de balsas ligando o Condomínio Península até a estação do metrô Jardim Oceânico através da Lagoa da Tijuca. A informação foi antecipada com exclusividade ao EXTRA pelo secretário municipal de Transportes, Fernando Mac Dowell. Segundo ele, o trajeto poderá ser feito em apenas 15 minutos. A previsão é que o serviço comece a funcionar ainda neste ano.
- A região está mal cuidada, vamos tratar disso, mas ela é linda. O serviço, porém, não é para turismo, não. É para as pessoas se locomoverem no dia a dia. Assim, eu tiro os carros da rua e o trânsito na região, que é caótico, pode fluir melhor - afirma o secretário Mac Dowell, que é engenheiro de transportes.
A demanda, segundo ele, seria de nove mil pessoas por hora. Para isso, usará as embarcações do tipo hovercraft, plana sobre a lâmina d'água através de hélices que inflam de ar uma saia de borracha, impulsionada por ventiladores (motor elétrico e silencioso).
Sendo assim, não depende de profundidade e não possui calado, podendo passar por cima de qualquer superfície, seja aquática ou terrestre (tem a capacidade de subir até mesmo rampa de concreto). Pode ultrapassar os 60km/h. Porém, esta velocidade não precisa ser usada na lagoa. Ainda assim, seria superior aos veículos que transitam na Avenida das Américas. A embarcação pode transportar mais de cem passageiros sentados.
Até 7 estações na rota
A intenção é que a rota entre o condomínio e a estação do metrô tenha de seis a sete paradas. A ideia é construir toda a estrutura - que, de acordo com o secretário, não é muita coisa - com uma parceria público-privada.
- Já dei consultorias para projetos em outros lugares do Brasil, como São Paulo, para construir sistemas de transportes sem gastar um centavo de dinheiro público. É isso que, agora, eu quero fazer no Rio - diz Mac Dowell.
A Associação de Amigos da Península já tem um serviço privado que faz o transporte pela Lagoa da Tijuca. No entanto, ele é restrito para os moradores da região.
O secretário ainda não definiu o valor da tarifa e quando abrirá a licitação para escolher quem prestará o serviço.
Extra, Cidade, 24/jan
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Os novos limites para a compra de um imóvel
Boa notícia para quem planeja comprar um imóvel neste ano. Para tentar minimizar os impactos da crise e estimular o setor, o governo decidiu aumentar o limite para o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra do imóvel de R$ 750 mil para R$ 950 mil. Os valores já estão valendo. O novo limite vale para o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
O que permite a compra de um imóvel na Barra da Tijuca, por exemplo, usando o FGTS. Também vai contribuir na venda do estoque das construtoras. Outra mudança que vai valer apenas para contratos novos é que os bancos vão ter que atualizar mensalmente o valor das taxas cobradas e que incluam também em todas as prestações uma parte de juros e amortização (ou seja, abatimento efetivo da dívida). As medidas foram anunciadas após reunião com o Conselho Monetário Nacional (CMN). Vale lembrar que, quando um imóvel é enquadrado no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), além de o mutuário poder usar o FGTS para dar entrada, amortizar as parcelas ou quitar o financiamento, ainda tem acesso a juros mais baixos. As taxas do sistema são de, no máximo, 12% ao ano.
Desde setembro de 2013, o CMN não mexia nos limites de empréstimo. O conselho ainda mudou o mecanismo de amortização do saldo devedor. A partir deste mês, será exigido que os bancos atualizem mensalmente juros e Taxa Referencial (TR) nas parcelas dos mutuários. O CMN ainda vetou que haja parcelas apenas com juros. Com a decisão, será exigido que haja uma proporção de amortização todos os meses.
O Dia, Cristiane Campos, 22/jan
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Mercado imobiliário vive momento de transição
As novas regras do financiamento habitacional divulgadas pela Caixa Econômica Federal e a melhora das perspectivas econômicas prometem dar um novo fôlego para o mercado imobiliário. Até 2013, o setor viveu tempos áureos. Acompanhando a crescente da economia, a liberação do crédito e a expansão da demanda, o mercado chegou ao auge. Em seguida, com as incertezas políticas e a desaceleração da economia, houve uma queda. "Com juros altos e crédito mais escasso, a velocidade de vendas tendeu a queda. Agora o cenário é outro e a tendência é que o mercado retome seu ciclo de crescimento, com perspectivas de queda acentuada na taxa Selic em 2017, somada à redução dos estoques, sobretudo por conta da queda no volume de lançamentos", explica Henrique Penteado Teixeira, gerente comercial da Cyrela em Curitiba. Por isso, segundo especialistas, este é o momento ideal para quem sonha com a casa própria ou com uma oportunidade de investimento. "O mercado é cíclico e funciona seguindo a lógica oferta x demanda. Em função da demanda retraída, o número de lançamentos estava reduzido. Com o reaquecimento do setor, as oportunidades com condições atuais de negociação e valores mais atrativos tendem a acabar", revela Teixeira. Atuando há mais de oito anos no mercado curitibano, a Cyrela já sente uma melhora em seus números. Enquanto em 2015 a empresa fechou o ano com VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 170 milhões, em 2016 alcançou R$ 190 milhões até a primeira quinzena do mês de dezembro. No ano passado, a Cyrela entregou dois empreendimentos - Le Chateau e Urban Office Curitiba - e lançou o DOC Castelo Batel - empreendimento inspirado nos melhores centros médicos existentes, que teve 95% de suas unidades vendidas.
Obra 24 horas, Notícias, 13/Jan
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Banco do Brasil negocia crédito de R$ 6,5 bilhões para o Rio
O Banco do Brasil negocia empréstimo de 6,5 bilhões de reais ao Rio de Janeiro para ajudar o governo do Estado a sair da situação atual de caos financeiro. Uma ampla reestruturação da dívida do estado com bancos credores também faz parte das negociações do acordo de emergência, que precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As ações de auxílio ao Rio neste ano somariam 20 bilhões de reais, sendo que cerca de metade desse valor seria correspondente à redução de custos, segundo o jornal O Globo. O impacto das medidas até 2020 seria de 50 bilhões de reais, afirma a publicação carioca.
A estimativa ainda preliminar é de uma reestruturação de 6 bilhões de reais em dívidas que vencem só este ano. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a reestruturação vai prever a suspensão do pagamento de principal e juros durante o período de vigência do Regime de Recuperação Fiscal (RFF) previsto para durar três anos.
Veja.com, Economia, 12/Jan
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Crivella confirma estudo para rever IPTU e corrigir distorções
O prefeito Marcelo Crivella confirmou ontem que pretende rever a planta genérica de valores (usada na base de cálculo do IPTU) a fim de corrigir distorções - os valores não são atualizados desde 1997. Ele citou como exemplo o imposto pago por contribuintes que moram na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, em comparação com a Barra da Tijuca, em pontos distantes da orla. Como O GLOBO revelou ontem, a Secretaria municipal de Fazenda estuda mudanças na legislação do IPTU. A previsão é que os estudos sejam concluídos em março. Qualquer mudança, no entanto, terá que ser aprovada pela Câmara dos Vereadores e entraria em vigor em 2018.
- Desde a posse, nós dizemos que é preciso compatibilizar o imposto com a capacidade contributiva. Não significa que vamos aumentar o IPTU de forma generalizada. Nós precisamos é ver aqueles imóveis em que há distorções. Veja o exemplo da Vieira Souto, em Ipanema, onde tem gente que paga de R$ 4 mil a R$ 6 mil de IPTU. Enquanto isso, na Barra, tem gente que paga até R$ 8 mil, mesmo morando em um apartamento fora da orla - disse Crivella.
A presidente da Associação de Moradores de Ipanema, Maria Amélia Loureiro, por sua vez, diz que qualquer revisão do tributo terá que ser criteriosa para evitar injustiças. Ela observou que o fato de alguém viver numa área nobre não significa necessariamente que tem condições de contribuir com um imposto mais elevado. Ela defende que as propostas de alteração, antes de serem enviadas à Câmara, sejam apresentadas e discutidas com líderes comunitários.
Enquanto a revisão do IPTU não acontece, o contribuinte tem que se preocupar em pagar o tributo deste ano. A partir desta semana, a Secretaria municipal de Fazenda começa a distribuir os carnês de 2017 pelo correio. O imposto poderá ser pago em cota única (com 7% de desconto), em fevereiro. Ou em dez parcelas entre fevereiro e novembro. O vencimento da cota única e da primeira parcela será nos dias 10 (carnês de finais 0 a5) e 13 de fevereiro (carnês de finais 6 a 9). Em comparação a 2016, o IPTU virá com um reajuste de 6,58%, correspondente à inflação acumulada pelo IPCA-E no ano passado. Se não receber o carnê até o dia 19, o contribuinte poderá obtê-lo no site http://iptu.rio.rj.gov.br.
O Globo, Gustavo Goulart Luiz Ernesto Magalhães, 11/Jan
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Empresas adaptam projetos para atender singularidade de consumidores e apostam na personalização dos empreendimentos
O mercado de construção civil avança lado a lado com as mudanças sociais. De fato, não poderia ser diferente já que é entre as paredes que a vida cotidiana acontece - nas casas, nos apartamentos, nos escritórios e nas áreas de convivência social. Não por acaso o comportamento humano está no centro das pesquisas feitas por construtoras e incorporadoras na hora de lançar empreendimentos. O setor tem buscado atender a demandas particulares de cada um dos públicos que pretende atingir.
Mais do que uma estratégia de marketing, se antecipar às necessidades dos seus clientes é uma forma de manter-se vivo em um mercado tão competitivo. 'Estamos sempre buscando entender como o indivíduo contemporâneo se comporta para, assim, realizar o desejo dos nossos clientes', afirma Luiz Fernando Moura, diretor da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Exatamente por isso tem crescido o número de lançamentos que buscam atender a nichos específicos do mercado. As empresas têm se dedicado tanto à infraestrutura interna de cada unidade como também às áreas de circulação e convivência, buscando agregar serviços que sejam úteis, atrativos e propiciem alguma economia para o morador.
Construção Mercado, 10/jan
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Uma varanda festiva
Não é só de hambúrguer, cerveja artesanal, brigadeiro e churros vive o famoso "raio gourmetizador". De uns tempos para cá, ele também atingiu em cheio as sacadas dos apartamentos, elevando esses ambientes a uma nova categoria: a de varanda gourmet. Equipados com churrasqueiras, geladeiras e até ar-condicionado (não é para ser chique?), esses ambientes viraram queridinhos dos moradores e ajudam na valorização dos imóveis. E se antes essa infraestrutura era uma exclusividade dos imóveis de alto padrão, agora até os empreendimentos mais simples estão aptos a receber os amigos com pompa e circunstância na hora do churrasco.
- Atualmente, cerca de 80% dos lançamentos têm esse recurso. E isso segue numa crescente, porque já virou aquele item de que o cliente sente falta - comenta o diretor geral da Sawala Imobiliária, Edson Pires.
Segundo ele, esses ambientes caíram no gosto das pessoas porque desafogam a estrutura de lazer dos condomínios e possibilitam às pequenas recepções com a segurança que os empreendimentos imobiliários oferecem.
O diretor da Even Rio, Bruno Ghiggino, conta que a construtora é uma das que têm investido bastante nestas varandas.
- Estes espaços se tornaram uma extensão da área social e tentamos incorporá-los em todos os segmentos. Temos até unidades de R$ 400 mil no Recreio que oferecem essa estrutura - diz ele.
SEPARADAS POR UMA CHURRASQUEIRA
Mas o que diferencia uma varanda gourmet das demais? Segundo Ghiggino, isso passa pela infraestrutura que o espaço recebe. Pode vir totalmente pronta ou ter as instalações necessárias para receber o que a categoria exige. A lista inclui saída de água e eletricidade, além de cuba da pia, bancada e, obviamente, espaço para um grill ou uma churrasqueira.
- Em muitos casos, a gente oferece a possibilidade de entregar tudo pronto. A vantagem é que o custo da montagem da varanda gourmet é diluído nas prestações do imóvel - afirma Ghiggino, com a observação de que 80% de seus clientes têm interesse por este tipo de varanda.
De acordo com o arquiteto e sócioproprietário da MD.oito Arquitetura, Manuel Carvalho, a popularidade destes ambientes ganhou força com as novas diretrizes do mercado.
- Devido ao aumento do valor do metro quadrado, os imóveis de médio padrão passaram a ter espaços reduzidos. Esses empreendimentos começaram, então, a investir na criação da varanda gourmet e nas áreas de lazer - observa ele. - Com isso, a varanda passou a ser um valor agregado na compra do imóvel e virou o espaço principal da casa, funcionando como uma extensão da sala.
A construtora MDL também aposta nesse recurso. Segundo a arquiteta da companhia Fernanda Monteiro de Barros, a demanda veio para acompanhar a tendência do mercado.
- No Bourgogne, em Jacarepaguá, por exemplo, apostamos no conceito gourmet e abrimos mais a boca da sala para a varanda. Além disso, criamos uma entrada exclusiva pela cozinha, dando mais liberdade e integração com o apartamento. Todas têm churrasqueira instalada e previsão para adega - descreve ela.
Se o apartamento foi construído antes da onda gourmet, isso não significa que precisa ficar de fora. O projeto da arquiteta Bianca da Hora possibilitou uma estrutura de cobertura à sacada de um prédio em Ipanema.
- O proprietário faz churrasco toda semana. Ele morava numa cobertura e não queria abrir mão desse hábito - conta ela.
Bianca providenciou tudo para ele. Instalou bancada com armários e pia, geladeira e uma churrasqueira com uma grande coifa, onde está a intervenção mais complexa. Ela fez uma estrutura similar à de restaurantes, com direito a exaustor passando pelo forro e limpador de gases, conduzindo a fumaça para a lateral do prédio. Assim, não há risco de incomodar o vizinho. A varanda ainda ganhou vidros que podem ser fechados e ar-condicionado. O investimento para uma intervenção dessas, segundo ela, fica entre R$ 25 mil e R$ 30 mil.
- Mas, em geral, é uma obra simples. E hoje, com a grande oferta de equipamentos, as pessoas podem até mudar o espaço por conta própria, com uma churrasqueira elétrica e um frigobar ou uma daquelas geladeiras pequenas próprias para cerveja - indica ela. Avalorização das varandas gourmet tem sido tão grande que muitos projetos investem numa autonomia total desses espaços em relação ao restante da casa. O projeto assinado pela arquiteta Claudia Pimenta e pela designer de interiores Patricia Franco em um apartamento na Barra da Tijuca ilustra bem essa situação.
Patricia conta que o proprietário pediu que o ambiente fosse equipado com tudo o que fosse necessário para um churrasco, sem que precisasse usar a cozinha principal. Então, além da churrasqueira e das bancadas, até mesmo as louças necessárias para servir os pratos estão no local.
- Essa é uma tendência muito forte. Em alguns casos, coloco até duas bocas de cooktop - comenta ela. O desejo dele era levar ao apartamento o clima dos churrascos na casa do sogro. Por isso, Patricia investiu em recursos como tijolos aparentes que trazem aconchego e uma ilha com banquetas para uma interação entre os amigos e quem está no comando da churrasqueira.
O projeto também recebeu telas solares que filtram os raios de luz e garantem a privacidade, mas podem ser abertas, deixando o espaço em contato com o ar livre. Além disso, há a possibilidade de recolhimento de todas as portas que fazem a separação da sala, para uma integração total entre os dois ambientes. Outro ponto alto é a iluminação caprichada com luminária ajustável sobre a mesa e luzes embutidas no teto, já que o proprietário gosta de fazer eventos à noite.
IMÓVEL VALORIZADO
Como define a arquiteta da MDL Fernanda Monteiro de Barros, esse tipo de espaço é a escolha certa para quem gosta de receber amigos e passar um tempo com a família. Mas, além disso, se transformaram numa ótima maneira de valorizar os imóveis.
- A varanda gourmet se torna uma extensão do apartamento, já que morador encontra neste espaço uma opção além da cozinha, criando muitas possibilidades. Mas esse tipo de ambiente pode ter um impacto de até 70% na valorização do imóvel, segundo especialistas do mercado imobiliário - destaca ela.
O Globo, Morar Bem, Eduardo Vanini, 8/Jan
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