terça-feira, 25 de julho de 2017

FMI revê projeção de crescimento do Brasil


O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou, de 0,2% para 0,3% a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano. A estimativa faz parte da revisão do relatório Panorama Econômico Global (WEO, na sigla em inglês), divulgada ontem. Já para 2018, o organismo reviu o cálculo para baixo: a previsão de crescimento passou de 1,7% para 1,3%. A última versão do WEO havia sido divulgada em abril.

De acordo com o documento, o aumento na projeção para a economia brasileira este ano deveu-se a um desempenho melhor no primeiro trimestre. O FMI, no entanto, ressaltou que "a demanda interna ainda fraca e o aumento da incerteza política vão se refletir em um ritmo deprimido de recuperação, daí a estimativa de crescimento menor em 2018."

Em relação à economia global, o Fundo manteve inalteradas as previsões de crescimento para os dois anos, embora tenha revisado para cima as expectativas de crescimento para zona do euro e China este ano - de 1,7% para 1,9% e de 6,6% para 6,7%, respectivamente. A estimativa é que o PIB mundial cresça 3,5% em 2017 e 3,6% em 2018, mesmas projeções divulgadas em abril.

"Embora os riscos em torno da previsão de crescimento global pareçam amplamente equilibrados a curto prazo, eles continuam em desvantagens a médio prazo", afirma o relatório.

O FMI reduziu as previsões para o crescimento dos Estados Unidos para 2,1% em 2017 e 2018, um pouco abaixo das projeções de 2,3% e 2,5%, respectivamente, de apenas três meses atrás. Segundo o relatório, isso se deve à expansão abaixo do esperado no primeiro trimestre e à expectativa de que a política fiscal será menos expansionista do que esperado anteriormente.

Com relação à América Latina, o FMI afirmou que a região está gradualmente se recuperando, ao mesmo tempo em que Argentina e Brasil estão saindo da recessão econômica, enquanto a expansão do México continuará ganhando velocidade. O organismo, no entanto, reiterou sua advertência sobre os riscos políticos.

As estimativas para o crescimento econômico do México passaram de 1,7% a 1,9% em 2017. Para a América Latina, a projeção recuou de 1,1% para 1%. O FMI acredita que as condições na Venezuela podem se deteriorar mais. (Com agências internacionais)



O Globo, Marcello Corrêa, 25/jul