Os que estão à procura da casa própria podem comemorar: o valor médio da venda de imóveis residenciais no Brasil diminuiu 0,15% em junho deste ano, ante maio, em termos nominais. O número foi divulgado nesta quarta-feira pelo índice FipeZap, que acompanha o preço de venda de imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras. Este é o quarto mês consecutivo de redução de preços no ano. Ao todo, os imóveis contabilizaram uma queda nominal de 0,23% em 2017.
Das 13 cidades que acompanharam esse recuo, as principais foram São Caetano do Sul, com queda de 0,76%, Distrito Federal, com 0,60% e Rio de Janeiro, com 0,49%. Já entre as sete cidades que registraram aumento no preço médio de locação, a variação foi mais intensa em Santos, com crescimento de 0,61%, Fortaleza, com 0,57% e Florianópolis, com 0,51%.
Em termos reais, considerando-se a inflação medida nos últimos 12 meses, o índice teve uma queda de 2,69%. Isso porque, no acumulado dos últimos 12 meses, nove das 20 cidades pesquisadas apresentaram recuo, com destaque para: Niterói (-2,51%), Rio de Janeiro (-2,17%) e Distrito Federal (-1,92%). E, entre as cidades que registraram elevação nos preços de venda, apenas em Belo Horizonte (+6,65%) e em Florianópolis (+3,16%) os aumentos superam a inflação acumulada nos últimos 12 meses, de 3,08%.
Apesar dos números animadores, o economista Samy Dana defende que ter um imóvel pode não ser um bom investimento. Em sua coluna no GLOBO, Dana escreveu no último dia 19 que, apesar de no Brasil, predominar a cultura de ter imóvel como investimento, quando levada em conta a proporção entre o valor do aluguel e o do imóvel, é possível encontrar aplicações que rendam mais.
RIO DE JANEIRO: METRO QUADRADO MAIS CARO
Apesar do recuo nos valores do Rio, o metro quadrado mais caro do país continua sendo o carioca, que custa em média R$ 10,1 mil, contra R$ 8,6 mil do metro quadrado paulista, o segundo mais caro do ranking.
Como já é sabido, o Leblon segue puxando a média de preço para cima e encerrou junho com metro quadrado a R$ 20,9 mil. Na sequência está Ipanema, com R$ 19,9 mil por metro quadrado. Em terceiro lugar está a Lagoa (R$ 18,1 mil) seguido por Gávea (R$ 17,3 mil) e Jardim Botânico (R$ 15,8 mil).
O bairro de Cavalcanti é o que encerrou o mês passado com a média de preço mais barata (R$ 2.276). Também estão entre os mais em conta Coelho Neto (R$ 2,4 mil), Pavuna (R$ 2,5 mil), Senador Camará (R$ 2,5 mil) e Inhoaíba (R$ 2,7 mil).
Em São Paulo, o bairro mais caro para a compra da casa é o Vila Nova Concerção (R$ 16,4 mil) e o mais barato é a Cidade Tiradentes (R$ 2,7 mil).