terça-feira, 31 de outubro de 2017
Rádio hotelaria
O que se diz é que o Hotel Marina está em reformas para ser o novo Four Seasons do Rio.
O Globo, Ancelmo Gois, 31/out
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Cartão de visitas
A compra de um imóvel na planta envolve muitos sonhos. E uma das formas de visualizar a futura moradia é visitar os apartamentos decorados. O espaço é pensado para encantar os clientes e dar uma noção mais real dos ambientes, além de mostrar sugestões de como decorá-los. Quem visita os estandes de vendas das construtoras, onde geralmente os decorados são montados, às vezes se esquece de considerar itens importantes, como a utilização de móveis planejados, o espaço de circulação e o posicionamento dos móveis. Mas, com algumas dicas simples, é possível aproveitar bem a visita.
De acordo com Humberto Furlanetto, diretor da construtora e imobiliária Bambuí, o primeiro passo é avaliar o projeto de arquitetura, observando com atenção o que será possível fazer no apartamento. Além disso, é importante verificar se os cômodos são bem divididos e se levam em consideração o espaço para circulação. O executivo sugere ainda visitar o decorado mais de uma vez.
"Se possível, com companhias diferentes em cada oportunidade. Opiniões e visões distintas são sempre bem-vindas para fechar negócio. Não deixe de fotografar o modelo decorado", lembra Furlanetto. Ele também recomenda atenção aos modelos que já têm sala estendida, ou seja, sem as paredes do terceiro quarto. "É importante saber o tamanho real que o ambiente tem sem essa alteração", diz.
Fernando Santos, arquiteto e diretor da Santos Projetos, acrescenta que deve-se considerar o tipo de família na escolha do imóvel."O estilo de decoração proposto no decorado pode ser perfeito para um casal, mas pode não ser adequado para uma família com filhos muito pequenos, que precisam de espaço livre no chão e mobiliário que não seja tão fácil de escalar", lembra.
Santos aponta ainda que saber o que se deseja da sala também é importante. "Nos apartamentos decorados, geralmente há grandes TVs na sala. Mas, se o hábito da família é ter TVs só nos quartos, o layout e o mobiliário mudam significativamente", afirma.
Humberto Furlanetto ressalta que é necessário aproveitar ao máximo a visita ao decorado, explorando cada detalhe. "Tire suas dúvidas com o corretor. Faça medições, pergunte se o decorado é diferente do apartamento padrão, quais foram as principais mudanças. Isso será importante para você perceber se seus móveis e eletrodomésticos, por exemplo, poderiam ser utilizados, ou se o sofá dos sonhos caberia naquele espaço", reforça o diretor da Bambuí.
E, se restarem dúvidas, o especialista indica levar a planta para um arquiteto analisar e fazer um projeto com base nas necessidades reais da família.
Força de vendas capaz de antecipar a aquisição
Para Edson Pires, diretor da Sawala Imobiliária, o decorado tem grande força de venda e pode antecipar a decisão de compra. "Além de pôr o decorado no lançamento, temos empresas que abrem o espaço também nos empreendimentos que estão quase prontos ou nos que ainda não foram totalmente vendidos. Essa iniciativa é muito positiva, pois o interessado conhece primeiro a estrutura do edifício, depois o lazer e, por último, o decorado. A pessoa fica impactada, já imaginando como será morar no condomínio", conta.
Para a diretora de marketing da Patrimóvel, Regina Vasconcelos, o decorado é a "materialização" do produto que está sendo ofertado: "É muito melhor do que ver só as fotos". O presidente da Concal, José Condes Caldas, comenta que o decorado faz com que o cliente retorne mais de uma vez ao estande, levando amigos ou familiares para conhecer o projeto. "É um grande indutor de vendas, aumentando em 30% a decisão de compra", diz Caldas. A empresa vai lançar, em novembro, o Reserva do Conde Residencial, na Tijuca, que vai contar com unidade decorada. Serão apartamentos de três quartos, com duas vagas, e lazer de clube.
Sanderson Fernandes, diretor da Avanço Realizações Imobiliárias, endossa a importância do espaço. "Com o apartamento decorado, é possível mostrar ao cliente o tipo de acabamento que ele receberá com as chaves, pois utilizamos nesses espaços os mesmos materiais que serão usados na obra. É uma forma de agradar e encantar o cliente, dando a ele a chance, inclusive, de conhecer a tecnologia dos nossos produtos, como a sonorização ambiente e a fechadura biométrica", explica.
O diferencial está presente em todos os lançamentos da Tao Empreendimentos. "Muitos clientes não estão acostumados a visualizar o imóvel por meio de uma planta. Daí a importância dos nossos decorados, que mostram todos os acabamentos, as maneiras de aproveitar os espaços e as opções de decoração", conta Tanit Galdeano, presidente da construtora.
O gerente comercial da Calçada, Thiago Hernandez, diz que apartamentos decorados já fazem parte do imaginário do futuro morador: "Nossos decorados são assinados por arquitetos conceituados, que transformam o ambiente em um lugar aconchegante, com detalhes que mexem com a imaginação do potencial morador".
O Dia, Cristiane Campos, 29/out
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Imóveis na Nova Zelândia
O governo da Nova Zelândia anunciou que irá proibir estrangeiros de comprar imóveis usados no país, em um esforço para reduzir os preços das propriedades. A premiê Jacinda Ardern afirmou que a medida será aplicada somente aos não residentes. Os juros baixos, baixo estoque de casas e a imigração vêm inflacionando os preços dos imóveis na Nova Zelândia.
Valor Econômico, Internacional, 27/out
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Poupança já encosta no rendimento da renda fixa
O novo corte da Selic, os juros básicos da economia, causa grande impacto no principal tipo de investimento dos brasileiros, a renda fixa. Com a queda de 0,75 ponto porcentual, para 7,5% ao ano, a rentabilidade do Tesouro Selic, de alguns CDBs e de fundos de investimento em renda fixa (os Fundos DI) se aproximou e, em alguns casos, até perdeu para o retorno da caderneta de poupança. O retorno de um investimento de um ano em Fundo DI com taxa de 1% de custódia, por exemplo, passa a ser de 4,98%, a mesma rentabilidade da poupança para o período.
"Para quem precisa de um investimento em curtíssimo prazo e não tem mais de R$20 mil para aplicar, a poupança acaba sendo mais vantajosa por não ter cobrança de taxas de administração e ser isenta de Imposto de Renda", explica Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina. Mas a poupança também perde com a queda da Selic. Com a taxa básica abaixo de 8,5%, a remuneração da caderneta passa a ser a Taxa Referencial (definida pelo Banco Central) mais 70% da Selic.
O raciocínio do professor se confirma com as taxas de custódia cobradas pelos fundos. De acordo com dados da Anbima, associação que representa instituições do mercado financeiro e de capitais, a taxa média de administração desses fundos é de 2,59% para investimentos até R$ 1 mil; 1,07% até R$ 25 mil; e 0,91% de R$ 25 mil a R$ 100 mil. Para o professor de Economia da Fecap, Joelson Sampaio, o importante é que o investidor não invista caso a taxa não seja inferior a 1%. A sugestão dele é que se procure alternativas como CDBs e Letras de Crédito Imobiliário ou Agrário, as LCI e LCA. Nenhum deles tem incidência de IR, mas exigem mais tempo de investimento para terem melhor rentabilidade. No caso das LCI e LCA, a maioria dos bancos de varejo espera aportes de entrada acima de R$ 30 mil, mas é possível encontrar opções a partir de R$ 5 mil em pequenos bancos.
Tesouro. Mais comum na carteira dos investidores brasileiros, o Tesouro Direto também sente o efeito da queda dos juros, mas ainda apresenta títulos atrativos em comparação à poupança.
Se o objetivo for manter o dinheiro investido por mais de um ano, até mesmo o Tesouro Selic ganha da caderneta, ainda que se desconte o IR. Mas é possível apostar em alternativas mais rentáveis. É caso dos títulos pré-fixados de vencimento de curto e médio prazo, até 2023. Há, ainda, o Tesouro IPCA+, que entrega rendimento baseado na inflação passada somado à expectativa de juros reais. "Protege da inflação no período. É boa opção para prazos maiores de 5 anos", indica o economista Marcos Silvestre.
Os juros reais, aqueles que já descontam a inflação, estão na casa dos 4% a 5%, muito positivos para o investidor", diz o professor da Saint Paul Alan Ghani.
(Colaborou Jéssica Alves)
O Estado de S. Paulo, Raquel Brandão, 26/out
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Blockchain ganha mais aplicações no mundo dos negócios
Visto como uma tecnologia que teria mais aderência no mundo dos bancos, o sistema de registro de informações digitais blockchain tem ganhado aplicações muito mais abrangentes, que vão do agronegócio ao terceiro setor. Maior rede varejista do mundo, o Walmart está adotando o blockchain em sua cadeia de distribuição para garantir a segurança dos alimentos e reduzir o risco de contaminação. O projeto está sendo tocado com a IBM e outras gigantes do mundo do consumo.
Valor Econômico, Gustavo Brigatto, 25/out
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Prefeitura estimula ida de empresas de tecnologia para o Porto
Cenário de relevantes episódios da história do Rio, como a entrada de escravos trazidos da África e a chegada da família real, em 1808, a Zona Portuária foi palco de uma brutal reviravolta urbanística nos últimos anos. Ainda longe de estar consolidado, esse movimento pode ganhar um novo impulso em breve, desta vez protagonizado por empresas focadas em tecnologia e inovação, como startups, aceleradoras e incubadoras. Pelo menos esse é o objetivo da prefeitura do Rio, que reuniu especialistas da área com o intuito de traçar uma estratégia para o município no setor. Até o começo de novembro, o prefeito Marcelo Crivella enviará à Câmara de Vereadores dois projetos para estimular iniciativas nesse segmento da economia e, ao mesmo tempo, alavancar a ocupação do vasto território situado junto ao cais: a lei batizada provisoriamente de Porto 21 e a Lei Municipal de Inovação. As medidas são importantes porque criam um ambiente de negócios na cidade orientado para o mercado global. "As grandes empresas estão investindo muito na área. O problema é que elas vêm escolhendo lugares como Florianópolis e Recife, além de São Paulo, para aplicar seus recursos. A proposta não é apenas pôr o Rio no páreo. Temos de ser a melhor opção", defende Clarissa Garotinho, secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação.
Com a aprovação da Lei Municipal de Inovação, o setor de tecnologia e a chamada economia criativa - expressão cunhada pelo consultor britânico John How¬kins para se referir ao uso do conhecimento como principal insumo produtivo - ganham impulso. Inspirado na legislação bem-sucedida das capitais de Santa Catarina e Pernambuco, cidades que ocupam o topo nos rankings de melhores lugares para investir, segundo a Endeavor, organização internacional de fomento do empreendedorismo, o Rio passa a ter um Fundo Municipal de Inovação. Isso permitirá a empresas públicas e privadas aportar recursos para apoiar projetos e pesquisas voltados ao setor. Já a lei do Porto 21 promete mudar a atual situação da região portuária. Reurbanizado para a Olimpíada de 2016, o local virou ponto de visita obrigatório para turistas e cariocas, principalmente no entorno da Praça Mauá até o AquaRio. É inegável, entretanto, que a crise econômica comprometeu os planos de ocupação da área. De acor¬do com dados da consultoria SiiLA Brasil, empresa que pesquisa o mercado imobiliário da América Latina, os imóveis comerciais do Porto Maravilha registram vacância de 90%.
Para estimular a ocupação, a prefeitura delimitou uma área de 1,7 milhão de metros quadrados em que oferece redução de impostos a empresas do ramo de inovação. Em vez dos atuais 5% de ISS, os empreendedores pagarão uma alíquota de 2%. A secretaria estima que, caso o plano seja bem-sucedido e aproximadamente setenta empresas se instalem na região, a arrecadação será alavancada em até 2,8 milhões de reais por ano. Entre os parceiros do projeto está a portuguesa Fábrica de Startups, que, além da sede lisboeta, tem filial na China. Muito do modelo a ser adotado no Rio veio do programa implantado com êxito em Lisboa, cidade com um dos ambientes mais amigáveis aos empreendedores do segmento na Europa. "É uma iniciativa que tem tudo para dar certo. O Porto é uma área que precisa ser desenvolvida. A cidade tem bons centros de pesquisa, mas também uma carência em transformar os estudos em negócio. E, com o desemprego alto no Brasil, empreender acaba sendo uma boa alternativa", diz Hector Gusmão, sócio-presidente da empresa lusitana. A proposta, de fato, é excelente. A questão, agora, é torcer para que ela seja devidamente implantada.
Veja Rio, Alessandra Medina, 24/out
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Casa no Porto
A região portuária do Rio, outrora abandonada, passou por grandes transformações nos últimos anos. Ganhou museu, aquário e é ponto de diversos eventos na cidade. E, a partir da próxima semana, sediará a Casa Cor deste ano.
De 24 de outubro a 30 de novembro, mais de 40 ambientes, entre salas, quartos, espaços comerciais e apartamentos inteiros no estilo loft (apês sem paredes), concebidos por 70 profissionais, estarão abertos ao público destacando as tendências de decoração. As entradas custam a partir de R$ 25 (valor de terça a sexta-feira).
Além de destacar o que está em alta, a edição desta ano quer apresentar propostas de moradia para a região portuária, um desafio ainda a ser vencido. Com a crise, o setor imobiliário esfriou em toda a cidade, ganhando tons especialmente dramáticos naquela área. Mas os investidores acreditam que povoar o Porto é apenas uma questão de tempo.
- O Porto do Rio foi pensado para ser um mix de trabalho, moradia e cultura. Na sua missão de ser o reflexo da ocupação urbana da cidade e estilo de vida de seus moradores, a Casa Cor Rio 2017 valoriza o movimento de revitalização da zona portuária que se iniciou há sete anos, a exemplo do que já aconteceu em grandes metrópoles mundo afora - afirma Patricia Mayer, sócia-diretora da mostra.
PRÉDIO RECÉM-INAUGURADO
A Casa Cor acontece no Aqwa Corporate, da Tishman Speyer, um prédio de 22 andares, inaugurado na última quinta-feira - e é um dos edifícios que começa a dar uma nova cara para a região. Um dos destaques é o espaço "Ilha Alta", do arquiteto Mario Santos. Em um espaço de 140 m², ele construiu um loft dentro de brises de madeira ecológica móveis, para não desperdiçar a vista.
- A ideia foi criar um ambiente acolhedor e ao mesmo tempo que permitisse aproveitar a vista do Rio. Esse loft poderia ser usado por um jovem ou adulto que viesse a trabalho ou passeio, mas também por um carioca. Há uma movimento de migração dentro da própria cidade - diz Santos.
A exposição deste ano apresenta ambientes elegantes e viáveis, trazendo o clima contemporâneo portuário, já conhecido lá fora. Entre ambientes, chama a atenção o "AP. Y", de Monique Pampolha e Hannah Cabral. De toque contemporâneo, a dupla propõe um espaço para a geração Y, independentemente de gênero, em que cores como rosa e cinza prevalecem.
Outro espaço é o de "Gabinete de Curiosidades", de Patricia Fendt, em que o sofá e as banquetas da grande bancada são direcionadas para fora. Há ainda uma luneta, para que os visitantes possam usufruir da vista, que inclui o Pão de Açúcar. Em vários ambientes, atrações à parte são os banheiros.
Em muitos deles, o chuveiro ou banheira fica de frente para a janela, sem cortina. Quem arrisca? Entretanto, um deles se destaca. É o Box 21, de Bernardo Gaudie-Ley e Tânia Braida: fica dentro de uma caixa de vidro canelado. Aocupação habitacional na região portuária ainda é um desafio a ser vencido. Apesar dos investimentos feitos até agora, não há novas construções, apenas projetos licenciados. O cenário é reflexo de uma crise econômica que acometeu o Brasil, em especial o Rio e setores como o mercado imobiliário. Mas, segundo empresários, faz parte também de um processo longo e natural de migração.
A Tishman Speyer, que inaugurou na última quinta-feira o Aqwa Corporate, onde acontece a Casa Cor, é uma das empresas que estão investindo na área portuária, com três grandes empreendimentos. Um deles é o Port Corporate Tower, de R$ 300 milhões de investimento, com 20 andares, já em funcionamento. O segundo é o residencial do grupo, Lumina Rio, porém, ainda não saiu da fase de projeto. O futuro condomínio é suntuoso, com quatro torres, sendo que somente na primeira devem ser 360 unidades entre um e três quartos. Não há previsão para o lançamento.
- Há sete anos, o grande risco era se a infraestrutura aconteceria. Aconteceu e é algo grandioso. Houve uma pausa porque a economia parou, mas isso é geral. É um processo e o desenvolvimento está vindo para a região - crê Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer no Brasil.
E ele completa: - Hoje já vemos sinais de melhoria, que começou no Museu do Amanhã, em direção do Aquário e vai seguir adiante, mas ainda é preciso sinais mais fortes para iniciar as obras - diz ele referindo-se ao Lumina.
CONSTRUÇÕES
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Antonio Carlos Mendes Barbosa, explica que há planos para a habitação no Porto, mas elas devem acontecer do ano que vem em diante. Um é a construção de casas dentro do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida - a previsão é levantar aproximadamente 1.600 unidades num terreno próximo à Gamboa.
Segundo ele, a prefeitura já tem o espaço para construção, mas é primeiro preciso aguardar a revitalização da área para que o projeto (que será feito em quatro etapas) comece a sair do papel.
Também para os empreendimentos com financiamento privado, a previsão é de só começar a erguer algo partir de 2018.
- As pessoas dizem que há muitos espaços vazios, mas a ocupação é lenta mesmo. Do ano passado para cá já tem muita coisa. Quando começar a ficar pronto, todo mundo vai querer vir para cá - aposta ele, acreditando que a mudança da região portuária do Rio será visível a partir do segundo semestre do ano que vem.
O Globo, Raphaela Ribas, 22/out
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Setores de construção civil e investimentos de empresas dão sinais de melhora, diz monitor do PIB da FGV
A economia brasileira voltou a apresentar crescimento em todas as bases de comparação, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (20). A construção civil e a formação bruta de capital fixo (acréscimo de investimentos das empresas para aumentar a sua capacidade de produção) mostraram melhora, apesar de ainda estarem em níveis baixos.
Segundo o monitor do PIB-FGV, houve crescimento de 0,2% do PIB em agosto na comparação com julho. No trimestre terminado em agosto, o crescimento foi de 0,6% em comparação com o trimestre terminado em julho. Em ambas as comparações, os resultados apontam para a terceira variação positiva consecutiva do indicador. Em comparação com agosto de 2016, o PIB apresentou crescimento de 2% - quarta taxa mensal positiva consecutiva.
"No mês de agosto, a economia continuou a crescer devido a não só o bom desempenho da agropecuária, mas também de segmentos que, apesar de ainda continuarem em níveis muito baixos, já começaram a mostrar sinais de melhora; este é o caso da construção civil e o da formação bruta de capital fixo que são fundamentais para uma recuperação mais consistente da economia a médio e longo prazo", afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
Em relação ao mesmo trimestre de junho a agosto de 2016, o PIB apresentou crescimento de 1,1%. Nessa base de comparação, os destaques foram a agropecuária (12%), extrativa mineral (3,5%), indústria da transformação (1,9%), comércio (3,5%) e transportes (2,9%).
Segundo a FGV, embora apresente tendência ascendente, a construção ainda se encontra em significativa retração, de 6%, enquanto serviços de informação vêm apresentando taxas mais negativas desde o trimestre terminado em maio, chegando a 3,6% no trimestre terminado em agosto.
Em termos monetários, o PIB acumulado até o mês de agosto, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de R$ 4,368 trilhões.
Veja o desempenho do PIB por setores:
Consumo das famílias
O consumo das famílias apresentou crescimento de 1,8% no trimestre terminado em agosto em comparação com 2016 - é a terceira variação positiva após registrar 28 trimestres móveis consecutivos de queda. Todos os bens de consumo continuam com aceleração do crescimento: o consumo de bens não duráveis cresceu 1,3%, o de semiduráveis, 9%, e o consumo de duráveis, 9,3%. A única taxa negativa foi a de consumo de serviços (-0,5%).
Investimentos
A formação bruta de capital fixo, que mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens, teve retração de 3% no trimestre terminado em agosto em relação a 2016.
Apesar da retração, todos os componentes apresentaram melhora em relação ao trimestre terminado em julho. O componente de máquinas e equipamentos continua na trajetória de crescimento (+5,1%). Já o componente de construção, apesar de ainda muito negativo (-8,5%), está em trajetória ascendente pelo terceiro mês consecutivo.
Exportação
A exportação apresentou crescimento de 7,3% no trimestre terminado em agosto em relação a 2016. O destaque positivo é para o desempenho da exportação dos produtos da agropecuária (+20,8%), da extrativa mineral (+27,7%) e de bens de consumo duráveis (+38,3%).
Importação
A importação apresentou retração de 0,3%, com destaque para o desempenho negativo dos produtos agropecuários (-36,9%) e dos bens de capital (-25,6%); e destaque positivo para bens de consumo semiduráveis (+52,1%).
Entenda
Bens de capital
São aqueles usados na produção de outros bens, como máquinas, equipamentos, materiais de construção, instalações industriais.
Bens intermediários
São os comprados de outra empresa para o processo de produção, como uma bobina de aço adquirida de uma siderúrgica para a fabricação de um automóvel.
Bens de consumo duráveis
São aqueles que podem ser utilizados durante longos períodos, como automóveis e geladeira.
Bens de consumo semi-duráveis e não duráveis
Os semi-duráveis podem ser considerados os calçados e as roupas, que vão se desgastando aos poucos. Já os não duráveis são aqueles feitos para serem consumidos imediatamente, como os alimentos.
Portal G1, Marta Cavallini, 20/out
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Um 'navio' moderno que ancorou na Zona Portuária
Nos últimos três anos, quem passou em frente à Cidade do Samba, no Centro, viu um arranha-céu espelhado e inclinado ganhando forma. Os funcionários limpando as janelas e dando os últimos retoques no piso sinalizavam a novidade: a inauguração, hoje, do Aqwa Corporate, primeiro edifício brasileiro assinado por Norman Foster, vencedor de um prêmio Pritzker, o Nobel da arquitetura. A vizinhança ainda é composta por prédios e galpões antigos da Zona Portuária que contrastam com a modernidade do empreendimento inspirado no casco de um navio. Sete empresas mostraram interesse em se mudar para o prédio, mas ainda não foram fechados contratos de locação. O primeiro evento no espaço será o Casa Cor Rio 2017, que começa na próxima semana.
Nos 21 andares, o que impressiona é a vista. De um lado, a imensidão da Baía de Guanabara e do outro, o morro da Providência, o relógio da Central do Brasil e o Pão de Açúcar e o Corcovado. No último andar, há o sky lobby, com uma vista de 180°. No térreo, deverão ficar lojas e cafés. Na entrada, um pátio aberto ao público e sombreado pelo próprio prédio convida a uma paradinha. Mesmo em meio à crise no estado, a investidora imobiliária Tishman Speyer apostou no negócio. A empresa é dona de outros edifícios icônicos como o Rockfeller Center e a Hearst Tower, em Nova York. O diretor nacional da companhia, Daniel Cherman, afirma que o receio inicial era a infraestrutura, mas já houve avanços:
- Com infraestrutura, o Porto já é uma realidade. Empresas e pessoas vão começar a vir para cá.
Segundo o diretor comercial da Tishman Speyer, Luís Pimentel, dois bancos, uma seguradora e uma empresa de tecnologia querem ir para lá.
O empreendimento "verde" tem certificação LEED
A inclinação de 20° do prédio faz com que a luz solar não incida diretamente nas janelas, o que ameniza o calor e melhora a acústica. O ambiente panorâmico quase dispensa a luz artificial durante o dia. O prédio possui um estação, que coleta a água de chuva para irrigar jardins e ser utilizada em banheiros, além de outros recursos sustentáveis.
O Globo, Gisele Barros, 19/out
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Respira, Rio
O empresário brasiliense Jamil Elias Suaiden, que controla o Centro Internacional de Convenções do Brasil, negocia com um fundo de investimentos a reconstrução de um ícone do turismo do Rio de Janeiro: O Gávea Tourist Hotel, aquele esqueleto abandonado em meio à floresta, que adquiriu por R$ 30 milhões.
Alô, secretário
Aliás, Jamil aguarda o alvará de licença a ser entregue pelo secretário de Urbanismo da cidade, Indio da Costa. O hotel terá 400 quartos. Sopro de esperança para o Rio em tempos de crise.
O Dia, Leandro Mazzini, 18/out
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Arranha-céu bate recorde em Hong Kong
O arranha-céu The Centre, que pertence ao homem mais rico de Hong Kong, foi vendido por US$ 5,15 bilhões, um recorde, segundo o "Hong Kong Economic Journal". O CK Asset, de Li Ka-shing, vendeu 75% de sua cota do edifício para um consórcio liderado por uma companhia energética chinesa, disse a publicação. Caso se confirme, será o prédio comercial mais caro já negociado.
O Globo, Economia, 17/out
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Para comprar o primeiro imóvel com segurança
O sonho da casa própria, enfim, está para se materializar. E agora, qual o próximo passo? Saber quais os documentos certos para conferir a regularização do imóvel, a hora certa de pagar o sinal e quem paga, por exemplo, o imposto sobre transferência de bens imóveis (ITBI) são algumas das dúvidas mais frequentes nessa primeira compra. O Morar Bem consultou especialistas para saber, passo a passo, como não fazer do sonho um pesadelo.
A primeira ação, segundo o advogado especialista na área imobiliária Hamilton Quirino, é verificar se o imóvel tem problemas, como infiltrações, ou alguma obra irregular. Vale também saber quanto custa - e se estão em dia - o condomínio e o IPTU e, se for o caso, fazer um prévio orçamento do custo de eventuais reformas.
Se do lado de dentro está tudo certo, é a hora de checar se a papelada da propriedade se encontra na mesma situação. São vários os documentos necessários (veja tabela ao lado), mas o mais importante é a certidão de ônus gerais.
É uma espécie de raio X do imóvel, que pode ser retirada em um dos cartórios de Registro Geral de Imóveis (RGI) - é preciso verificar onde é o cartório que atende o bairro em que o imóvel será comprado. Para chegar até a esta certidão, é preciso ter o endereço ou o número da matrícula do imóvel.
- Assim como cada pessoa tem a sua identidade e o seu CPF, o imóvel, para existir legalmente, e de forma regular e jurídica, tem sua matrícula junto ao Registro de Imóveis. Na matrícula constará a definição do imóvel, como sua área e suas confrontações, assim como o nome do titular, e também se existe alguma dívida, como hipoteca ou alienação fiduciária. Se um apartamento, por exemplo, tem direito a uma vaga de garagem, constará ali tal direito - explica Quirino.
O diretor da Mais Consultoria Imobiliária, André Barros, orienta a ter calma ao comprar o imóvel e informar-se o máximo possível do bem a ser adquirido. Segundo ele, os casos mais comuns de problemas que inviabilizam o financiamento para a compra são justamente por pendências na documentação.
- Sempre que possível busque a ajuda de um profissional e desconfie de "super promoções", taxas de juros muito baixas, contrato pequeno ou compra sem análise de crédito. A sua segurança está no processo. Essa será a compra do seu primeiro imóvel e a concretização do sonho da casa própria Para muitos, será a única compra de um imóvel na vida. Com tudo correto dentro e fora do imóvel, é hora de formalizar a compra. Antes da escritura, é assinado um recibo de sinal, ou compromisso de compra e venda, no valor acordado pelas partes. Em geral, de no máximo 10% do valor total do imóvel.
Segundo Hamilton Quirino, o erro mais comum é dizer que o negócio é irrevogável e irretratável, e, ao mesmo tempo, falar em arrependimento no contrato, pois são situações incompatíveis. Outro equívoco é definir prazos impossíveis de serem cumpridos, quando certos aspectos dependem de terceiros, como o financiamento bancário.
- Nesses casos, muitas pessoas perdem o sinal, sem culpa, por erro na redação do documento, ou sem a devida cautela. As condições do negócio devem ser bem definidas. No caso de descumprimento, o comprador pode perder o sinal dado, ou o vendedor ter que devolver em dobro o sinal recebido - pontua o advogado.
André Barros reforça que um contrato de gaveta, por exemplo, pode dar dor de cabeça. Isso porque os principais bancos públicos e privados só financiam imóveis regularizados e também pela desvalorização do imóvel.
- Ressalto que imóveis de posse ou apenas com documento de compra e venda não têm RGI, o que os deixam mais vulneráveis legalmente. Por mais que você ache que é uma oportunidade comprar um imóvel barato sem documentação, no futuro a sua chance de vender esse imóvel cai em até 20 vezes - enfatiza.
ITBI E VENDA
Edson Pires, diretor geral da Sawala Imobiliária, explica que, estando tudo bem esclarecido, é hora de marcar a assinatura da escritura e acertar o Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis (ITBI), que é municipal e no Rio custa cerca de 2% do valor do imóvel - pago pelo comprador. Este também é o momento de conferir o financiamento imobiliário, se for o caso. O banco pedirá a documentação do imóvel para uma análise de crédito.
- A compra de lançamentos é mais simples, pois a construtora já possui um banco financiador. Basta aprovar o seu crédito no banco e assinar o contrato de financiamento - diz Barros, que completa:
- A compra só será finalizada após formalizar a escritura no Registro Geral de Imóveis (RGI). A partir desse momento, o imóvel será seu.
Conhecer o imóvel
Mesmo que você tenha se encantado com o imóvel, procure colher o máximo de informações, como o valor mensal do condomínio (inclusive cotas extras, se houver) e do IPTU, e verificar se estão em dia.
Eventuais problemas
Com a ajuda de um profissional, verifique se há problemas, como infiltrações ou riscos estruturais. Também vale fazer um prévio orçamento do custo das obras e examinar as plantas e projetos para saber se há alguma obra irregular, como ocorre, por exemplo, com ampliações não autorizadas na cobertura.
RG do imóvel
Todo imóvel, novo ou usado, tem uma matrícula e está em um Registro de Imóveis (cartório). Para saber a situação da unidade a ser comprada, o comprador ou vendedor deve pedir pela certidão de ônus reais do imóvel atualizada, que é um documento onde constam todas as informações, como área, titular, vaga de garagem e até pendências, como dívida, hipoteca ou alienação.
Prazo de entrega
O primeiro passo, se for na planta, é verificar a idoneidade da construtora e visitar alguns empreendimentos entregues, além de conferir se cumprem o prazo de entrega. No caso de usados, vale ver se o imóvel está ocupado pelo próprio dono ou por terceiros, e como será a saída, para não ter surpresas quanto ao pronto recebimento das chaves.
Documentação
Os documentos obrigatórios do imóvel são certidão de ônus reais do Registro de Imóveis; certidões das Varas da Fazenda Pública (imóvel); certidão da Prefeitura Municipal (IPTU e situação enfitêutica); declaração de quitação do condomínio e certidão do Corpo de Bombeiros. Documentos obrigatórios dos vendedores: certidões dos distribuidores cíveis; certidões de interdições e tutelas; certidão da Justiça Federal; certidão das Varas da Fazenda Pública (vendedores) e certidão de ações trabalhistas.
Sinal e taxa de ITBI
Se estiver tudo certo, é hora de firmar o acordo de compra e venda e pagar o sinal, que geralmente é de até 10% do valor do imóvel - que não é obrigatório e depende de acordo entre as partes. Na transferência do imóvel, há ainda a taxa municipal ITBI (que no Rio custa 2% do preço do imóvel e é pago pelo comprador). Em seguida, é marcada a assinatura da escritura.
Escritura
Com sinal e ITBI pagos, é feita a escritura. Vale ressaltar que a efetivação da compra só terá valor após o devido registro da escritura no Registro de Imóveis (RI).
Pagamento
O pagamento pode ser acordado entre as partes ou, no caso de financiamento imobiliário, os bancos liberam o pagamento oficialmente (porque já há uma autorização prévia), geralmente, após o RI. A compra de lançamentos é mais simples, pois a construtora já possui um banco financiador. Basta aprovar o crédito e assinar o contrato.
O Globo, Morar Bem, 15/out
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