quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Cobertura 4 Quartos, 2 Suítes na Barra da Tijuca - R$ 1.100.000,00




http://www.mercadoimoveis.com/imovel/9643/cobertura-4-quartos-2-su%C3%ADtes/cobertura-duplex,-4-quartos-%282-su%C3%ADtes%29,-barra,-venda/barra-da-tijuca

Lei agora permitirá varandas fechadas na Zona Sul

Uma mudança na legislação poderá modificar as fachadas dos prédios da cidade. No último dia 22, a Câmara Municipal alterou a Lei Complementar nº 145/2014, que permite o fechamento de varandas de edifícios, para incluir os imóveis da Zona Sul. A região é a única que está fora da lei aprovada há três anos, devido à falta de um acordo na época com representantes das associações de moradores locais. O novo texto seguirá agora para a sanção do prefeito Marcelo Crivella.

Outra mudança importante na lei em vigor é o fim da cobrança de taxas pelo fechamento dos espaços. O texto original previa o pagamento de até R$ 300 por metro quadrado de varanda.

- Sempre foi um desejo nosso levar a lei para a cidade toda. Estamos dando oportunidade a todos de regularizar as suas varandas. Graças a uma ação impetrada pelo promotor do Ministério Público Rodrigo Terra, conseguimos mostrar que essa cobrança não era viável - explicou o vereador Carlo Caiado (DEM), um dos autores do projeto de lei. - Uma área prazerosa, como a varanda, não vai acabar. Esse tipo de fechamento não descaracteriza os espaços.

Promotor com atuação na área do consumidor, Rodrigo Terra diz que entrou com uma ação coletiva na Justiça, pois o fechamento de varanda, de acordo com os termos da lei, não configurava aumento de área construída:

- Há uns três anos, começaram a surgir ações individuais questionando a cobrança da taxa. Os autores alegavam que o fechamento não caracterizava aumento de área construída, pois não é um puxadinho. Não é mais-valia, um acréscimo na construção que altera o cálculo do IPTU. Com base nisso, entrei com a ação coletiva, que já teve o mérito julgado, e o MP ganhou a causa.

Carlo Caiado é um dos autores das mudanças aprovadas na Câmara na semana passada ao lado do vereador Rafael Aloísio Freitas (PMDB). Depois que o gabinete do prefeito receber o novo texto da lei, Crivella terá até 15 dias úteis para sancioná-la. Caso não faça isso, o projeto volta para a Casa, que pode promulgar as alterações. 

FECHAMENTO NÃO AUMENTA IPTU

Para se enquadrar na lei, o material de fechamento deve ser retrátil, incolor e translúcido. Até 2014, a prática era proibida por uma série de decretos municipais. Com a Lei 145/2014, o licenciamento passou a ser permitido desde que o condomínio autorizasse o fechamento, não sendo autorizado alterar a fachada. Continua proibida qualquer ampliação ou avanço dos demais cômodos do apartamento.

Apesar do ato não implicar cobrança extra de IPTU, de acordo com o projeto, o advogado tributarista Janssen Murayama ressalta que é preciso ficar atento a aumentos no imposto:

- Um dos fatores que influencia no valor do IPTU é se o imóvel é novo ou não. Com a regularização a partir de uma obra, pode ser que recebam uma nova classificação, o que pode deixar o imposto mais caro.

Atualmente, não há lei em vigor que autorize a regularização de puxadinhos. A mais recente foi a Lei Complementar 157 (Lei da Mais-Valia), publicada em julho de 2015, que estabeleceu um prazo de 120 dias para a regularização de obras de construção, modificação ou acréscimo, até o limite máximo de altura previsto no projeto original, mediante pagamento ao município.

Já a Lei das Varandas tem caráter permanente. No entanto, obras que não obedeçam aos padrões estabelecidos no texto (material retrátil, translúcido e transparente) não podem obter regularização por meio da legislação, que está em vigor em quase toda a cidade.

A discussão para a inclusão da Zona Sul foi iniciada em março, após requisição dos próprios moradores. Presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães diz que nunca foi contra o fechamento:

- Em Copacabana, já são muitos prédios com varandas fechadas. Vai mandar desfazer? É melhor legalizar. Até porque isso não é nenhum absurdo urbanístico.

Moradora da Glória, a cantora Daúde, que fechou sua varanda na década de 1980, quando não havia legislação nem fiscalização, acredita que as mudanças trazem mais segurança jurídica:

- Tudo o que é feito de maneira legal é melhor. A varanda já tá lá. Não houve acréscimo de nenhuma área.

Em nota, a prefeitura informou que a versão final do projeto ainda não chegou para a análise de Crivella. "Quando o morador envidraça uma varanda, passa a ocorrer uma insolação direta sobre esse material, gerando mais calor no ambiente. O vidro representa uma reflexão de quantidade de calor muito grande. E, além disso, se um projeto é aprovado com varanda, por que mudar? De certa forma, alterar a varanda é estar violentando um projeto que foi elaborado para outro fim. Algumas construções da cidade já usam um tipo de janela veneziana ou com persianas, que ajudam a inibir a ação do vento e do sol, sem afetar as características do imóvel. Quando alguém fecha a área com vidro altera a fachada do prédio."



O Globo, Gabriel Rosa e Ediane Merola, 30/nov

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Casa 5 Suítes no Itanhangá na Barra da Tijuca - R$ 5.000.000,00




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Um dia a casa cai


O pesquisador Estevão Kopchitz, do Ipea, lança hoje um estudo sobre endividamento.

Chama atenção que, a partir de 2015, a taxa de inadimplência das empresas nos financiamentos imobiliários subiu de 0,5% para cerca de 3,0%, no caso dos financiamentos a taxas reguladas.

Já no segmento com taxas de mercado, a inadimplência cresceu de menos de 1% para mais de 6%.



O Globo, Ancelmo Gois, 29/nov

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 770.000,00




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Preço do imóvel deve subir com lançamentos em baixa


A recuperação das vendas de imóveis descolada de uma retomada nos lançamentos pode levar a um deficit de oferta e, assim, ao aumento dos preços de imóveis novos e para locação pelo Brasil.

A crise e o alto número de distratos (quando o cliente cancela a compra) forçaram as construtoras a segurar os lançamentos e investir na comercialização de seus imóveis em estoque.

Com isso, as vendas aumentaram 8,5% no terceiro trimestre do ano, ante mesmo período de 2016, e 3,4% no acumulado de 2017 até setembro, de acordo com levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) em 22 áreas do país.

A oferta final disponível - as unidades em construção ou prontas não vendidas, ou seja, o estoque - caiu 3,4% na comparação trimestral.

"Não temos dúvidas de que há demanda e, se a oferta final continuar caindo dessa forma, teremos um aumento de preços", diz Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, responsável pela pesquisa.

No outro lado da balança, os lançamentos subiram 4,1% no terceiro trimestre, mas no ano acumulam queda de quase 13%. Segundo João da Rocha Lima Jr., do Núcleo de Real Estate da Poli-USP, um déficit na oferta é consequência da menor capitalização das empresas, que não conseguem erguer empreendimentos na mesma escala em que faziam, e da redução do empréstimo às construtoras.

Os preços em algumas regiões já estão pressionados. Na área metropolitana de João Pessoa, na Paraíba, o valor médio do metro quadrado passou de R$ 4.367 no segundo trimestre para R$ 8.245 no terceiro. No Distrito Federal, os preços passaram de R$ 8.570 para R$ 9.193.

O peso maior tem sido sobre os imóveis de dois quartos porque, com a restrição no crédito imobiliário também à pessoa física, houve uma migração de demanda de apartamentos maiores para a tipologia mais em conta.

Dos lançamentos no país no terceiro trimestre deste ano, 65,3% tinham dois quartos, e a modalidade representou 60,8% dos imóveis vendidos no período. "Essa participação de dois e três dormitórios já foi quase meio a meio. Se continuar assim [vendas em alta e baixos lançamentos de três quartos], os preços dos imóveis maiores podem explordir", diz José Carlos Martins, presidente da CBIC.

ALUGUEL 

A escassez de unidades entrando no mercado afeta também o aluguel. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o valor de novos contratos de locação reverteu a tendência de queda do primeiro semestre e em outubro acumulava alta de 0,7% em 12 meses.

Segundo José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho dos corretores), os imóveis disponíveis para locação no Estado não serão suficientes.

"Se houver uma retomada da construção e mais imóvel novo, ajuda, porque o preço do aluguel pode cair com a procura por locação diminuindo um pouco."



Folha de São Paulo, Anaïs Fernandes, 28/nov

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte no condomínio Le Parc na Barra da Tijuca - R$ 1.130.000,00




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Rio, a sexta melhor cidade para empreender


As obras de mobilidade urbana realizadas para as Olimpíadas tornaram o Rio mais atraente aos novos negócios. De acordo com a edição 2017 do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), elaborado pela Endeavor, a capital fluminense foi considerada a sexta melhor para empreender, de uma lista de 32 cidades. Um salto de oito colocações em relação ao relatório do ano passado, quando figurou na 14ª posição. A melhora foi puxada principalmente pelos avanços em infraestrutura, mas a burocracia ainda é gargalo na cidade. O ranking geral é liderado pela terceiro ano seguido por São Paulo, graças principalmente ao dinamismo econômico e à boa conectividade. Na parte de baixo da tabela, Manaus aparece com a pior nota.

O estudo, que será divulgado amanhã, é composto por sete indicadores: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. O destaque do Rio foi o desempenho em infraestrutura, graças à melhora do trânsito. No ano passado, a cidade recebeu a pior avaliação no quesito fluidez de trânsito. Em 2017, subiu para a 24ª posição. Ainda abaixo da média, mas, na avaliação dos pesquisadores da Endeavor, um avanço.

- Este indicador pega os efeitos dos investimentos em infraestrutura urbana feitos para as Olimpíadas. Mas ainda há muito o que melhorar em mobilidade urbana. As obras foram muito focalizadas. Tivemos melhorias principalmente na ligação entre Barra da Tijuca e Zona Oeste e a Zona Sul - diz Pedro Lipkin, coordenador de pesquisa da Endeavor.

COMPLEXIDADE TRIBUTÁRIA

Sócio da rede de pizzarias Vezpa, Assur Fernandes é um dos que se beneficiaram dos avanços em mobilidade. A entrega em domicílio - obviamente facilitada por um trânsito menos congestionado - representa de 15% a 25% das vendas da empresa. Mais do que isso, o empresário destaca a importância dos investimentos em transporte público. Das 22 lojas espalhadas pela cidade, são as próximas a estações de metrô que faturam mais, por exemplo.

- Quanto mais fácil o acesso e o transporte, melhor para todos - afirma Fernandes.
Embora seu negócio não seja diretamente relacionado ao trânsito, Thoran Rodrigues, fundador da BigData Corp., de processamento de dados, também vê melhora:

- Ficou mais fácil circular pela cidade. Nossa equipe é formada por 32 pessoas de vários bairros. O pessoal chega menos estressado, e podemos atender com mais tranquilidade às demandas.

As duas empresas, no entanto, também sentem no dia a dia os problemas da cidade. Fernandes, da Vezpa, aponta a burocracia como pior gargalo - uma característica captada pela pesquisa. Pelo segundo ano seguido, o Rio teve a pior nota no quesito ambiente regulatório, que leva em consideração itens como complexidade tributária e tempo para abrir um negócio. O tempo para regularização de imóveis, por exemplo, saltou de 210 para 471 dias. A cidade também tem a pior nota em relação a custo de impostos, em um indicador que combina as alíquotas de ICMS, IPTU e ISS e o número de incentivos fiscais.

- Hoje, o gargalo é de legalização do negócio. Cada bairro tem uma regra, há uma confusão de informações, e as orientações mudam dependendo de quem atende. A última loja demorou dois meses do CNPJ ao alvará de funcionamento. Se o processo é feito em menos de um mês, é motivo de celebração - afirma Fernandes.

Já Rodrigues, da BigData Corp., destaca os desafios em conectividade. Segundo o ICE, o percentual de pessoas com acesso à internet de alta velocidade (acima de 12 Mbps) teve avanço discreto, de 10,77% para 10,97%. Mas ainda está abaixo da média nacional, 11,31%.

- Aumentou a quantidade de provedores, principalmente na Barra da Tijuca, por causa dos Jogos. Mas continuamos precisando ter três provedores na empresa, para não paralisar os trabalhos caso algum caia - conta Rodrigues.

AUMENTO DE FINANCIAMENTOS

Segundo o estudo da Endeavor, os desafios em relação à desburocratização são semelhantes em todas as regiões pesquisadas, enquanto as condições de infraestrutura variam de cidade para cidade. Na avaliação de Lipkin, coordenador da pesquisa, a simplificação dos processos é algo que pode ser feito mais rapidamente - caso de Fortaleza, que avançou da 32ª para a 2ª posição no quesito tempo de processos. A melhora está relacionada à adoção do Alvará de Construção On-line, que permite a liberação imediata de alvarás no caso de construção de empreendimentos de até 750 m². A capital cearense é considerada pela Endeavor exemplo a ser seguido por outras cidades.

- Temos problemas de longo prazo, como infraestrutura e educação. As questões de ambiente regulatório podem ser tratadas de forma relativamente rápida. Fortaleza fez seu dever de casa, com um trabalho realizado tanto pela prefeitura como pelo estado - afirma Lipkin.

Enquanto as cidades se preparam para esses desafios, a expectativa é que o dinheiro para abrir negócios volte a circular no período pós-crise. O efeito da recessão foi percebido no quesito acesso a capital. No ano passado, a média de operações de crédito nas cidades analisadas caiu oito pontos percentuais, para 0,53%. Só São Paulo viu o volume de crédito diminuir R$ 100 bilhões no período. Após a euforia do início desta década e a decepção após a recessão, já há sinais de aumento de financiamento, inclusive para cidades fora do eixo Rio-São Paulo.

- Nos próximos anos, a indústria deve se estabilizar e voltar a crescer em números de gestoras - destaca Rafael Bassani, sócio da Spectra Investiments, que cita ainda os juros mais baixos. - O capital que estava parado em juros gordos tende a passar para ativos reais. Os fundos de pensão passam a olhar novamente esse mercado.

O estudo completo estará disponível amanhã, no site da Endeavor. O levantamento contou com o apoio e a coleta de dados das seguintes empresas e instituições: EY, Sedi, Neoway, 99, Anprotec, CNI, Senai, Spectra Investments e Viva Real.



O Globo, Marcello Corrêa, 26/nov

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Apartamento 3 Quartos, 1 Suíte no condomínio Mundo Novo na Barra da Tijuca - R$ 1.260.000,00




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Comparamos leis de zoneamento do mundo todo


Em discussão desde o fim de setembro pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), a nova Lei de Zoneamento de Curitiba vem provocando debates sobre qual modelo mais adequado às necessidades da cidade, de seu traçado urbano, interesses e sugestões de seus moradores. Entre os temas em discussão, está a flexibilidade da regulamentação, suas vantagens ou não para o desenvolvimento urbano.

Professora de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, Gislene Pereira defende que cidades com leis de zoneamento mais flexíveis não necessariamente se desenvolvem melhor. "Singapura, por exemplo, tem uma fortíssima regulação do uso do solo, associada a uma excelente qualidade urbana. Já a Cidade do Panamá, que tem uma legislação flexível, vive uma péssima qualidade urbana, com exceção da faixa beira mar", destaca.

Professora de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, Gislene Pereira defende que cidades com leis de zoneamento mais flexíveis não necessariamente se desenvolvem melhor. "Singapura, por exemplo, tem uma fortíssima regulação do uso do solo, associada a uma excelente qualidade urbana. Já a Cidade do Panamá, que tem uma legislação flexível, vive uma péssima qualidade urbana, com exceção da faixa beira mar", destaca.

Além disso, a lei do plano diretor vigente em São Paulo, onde está inserido o zoneamento, foi apresentada sob a forma de cartilha, de fácil compreensão para o cidadão comum. "Isso, sem dúvida, poderia servir de referência para Curitiba", opina.

"Nossa prerrogativa quanto à nova Lei de Zoneamento de Curitiba é de que ela seja justa para todas as pessoas que vivem e trabalham na cidade e, desse modo, não penalize a população e toda a cadeia produtiva. Por isso, acreditamos que ela precisa ser bem pensada e debatida", afirma Jacirlei Soares Santos, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR).

Modelos pelo mundo

Segundo definição da urbanista Raquel Rolnik, professora de Planejamento Urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), em artigo publicado no Observatório das Metrópoles, existem duas grandes estratégias de regulação urbanística no mundo: o modelo normativo, bastante usado nos Estados Unidos e Alemanha, e o discricionário, de origem inglesa.

"O primeiro predefine, por texto e mapa, o que um proprietário pode ou não pode fazer em seu terreno, enquanto no segundo é feita uma análise a partir de méritos individuais e consultas a moradores do entorno de cada empreendimento. O principal argumento favorável ao modelo normativo é que ele possibilita uma previsibilidade, garantindo estabilidade ao mercado, uma vez que os parâmetros definidos pela lei somente podem ser alterados em casos excepcionais ou através de novas leis. Além disso, de acordo com seus defensores, ele é mais fácil e barato de ser administrado, uma vez que não requer processos de análise individualizados e complexos", explica Rolnik em seu artigo.

Para os defensores do modelo discricionário, por outro lado, não seria possível reduzir em regras as qualidades dos espaços urbanos, já que dificilmente os conceitos de espaço "agradável" e "bem desenhado" podem ser expressos em apenas uma equação. Além disso, é um modelo que, em tese, respeita mais as diversidades preexistentes nos bairros, possibilitando também maior controle por parte dos órgãos públicos locais e dos moradores do entorno sobre o que é aprovado.

"Londres é um exemplo de zoneamento discricionário. Lá não existe lei de zoneamento. Os planos definem, além do perímetro urbano e o chamado Green Belt, o cinturão verde da cidade, apenas os imóveis e vistas a serem preservados. Fora desses perímetros cada empreendimento passa por análise individual e extensa consulta pública para ser aprovado", destaca a urbanista.

Instrumento de exclusão

Ligada ao Lincoln Intitute of Land Policy - instituição americana que dá suporte para cidades da América Latina e Caribe - a professora Gislene Pereira considera que, por si só, o zoneamento é um instrumento excludente, tendo como princípio a segregação de zonas.

"Está mais do que na hora de se avançar na discussão do zoneamento, pensando em como ir além dos parâmetros construtivos, para trabalhar o resultado deles. Ou seja, o ambiente urbano que resulta da utilização desses parâmetros. Um zoneamento muito rígido, se não estiver associado a uma política urbana com diretrizes claras e legalmente fundamentada, tem grande chance de não ser obedecido. E um zoneamento urbano flexível, se igualmente não estiver associado a uma política urbana includente, tem grandes chances de criar cidades insustentáveis", pontua Pereira.

Os estudos do Lincoln Institute em cidades como Bogotá e Medellín, na Colômbia, apontam experiências positivas de intervenções regulatórias do uso do solo, segundo a professora. "Sobre aplicação do coeficiente básico e unitário, que partem do princípio da igualdade de oportunidades em relação ao uso do solo, a adoção de um coeficiente de construção básico e igual a um significa que em todos os lugares da cidade é possível construir a mesma coisa. Mas, em alguns lugares, seria possível comprar o direito de construir mais".

Segundo Alceu Nascimento, o que desenvolve a cidade é a necessidade do mercado, não a política pública. "É a demanda que cabe no bolso de quem precisa morar e a construção de uma comunidade integrada. Quando a lei de zoneamento não acompanha essa necessidade, aumenta o custo de produção. A forma segue a função, segundo a definição arquitetônica", sintetiza, alertando para a necessidade de Curitiba incentivar uma melhor ocupação dos edifícios centrais para voltar a ser vanguarda em urbanismo.

"Em função do fracionamento da divulgação dos itens que compõem a lei, ainda existem pontos não muito claros que, se não forem definidos nesse momento e deixados para regulamentação posterior, poderão onerar o comprador, prejudicar o comércio e toda a cadeia produtiva por um longo período, até mesmo atrasando o desenvolvimento da cidade", alerta Jacirlei Soares Santos.



Gazeta do Povo, André Nunes, 24/nov

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na ABM na Barra da Tijuca - R$ 1.199.000,00




http://www.mercadoimoveis.com/imovel/10721/apartamento-2-quartos-1-su%C3%ADte/apartamento,-2-quartos-%281-su%C3%ADte%29,-abm,-venda/barra-da-tijuca

Um investimento campeão


Os brasileiros que investiram em imóveis em Miami há cinco anos acertaram a aposta. Os preços subiram, em média, 75% desde 2012, segundo uma pesquisa da Investorise, startup americana que usa inteligência artificial para compilar todos os dados do mercado imobiliário. Como o real desvalorizou 73% no período, o ganho foi de cerca de 200% em reais. No mesmo período, o Ibovespa subiu em torno de 30% e o CDI rendeu 80%. Mas os números indicam que há riscos para o futuro. De acordo com a Investorise, os preços de casas e apartamentos em Miami estão apenas 6% abaixo do valor atingido há dez anos, antes do estouro da bolha imobiliária em 2008.



Exame, Seu Dinheiro, 23/nov

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Apartamento 2 Quartos, 1 Suíte na Barra da Tijuca - R$ 1.350.000,00




http://www.mercadoimoveis.com/imovel/13100/apartamento-2-quartos,-1-su%C3%ADte/apartamento,-2-quartos-%281-su%C3%ADte%29,-barra,-venda/barra-da-tijuca

São fortes as expectativas de recuperação do setor imobiliário


O setor imobiliário, em especial o segmento residencial, costuma ser um dos últimos a sair de uma recessão. Isso se deve em grande parte à natureza de seu produto, um investimento fixo de valor relativamente elevado, que muito depende da recuperação do emprego. Outros determinantes da restauração do ritmo de crescimento do setor são a confiança, taxa de juros mais baixas e especialmente a oferta de crédito.

Pois bem, todos esses determinantes começaram a entrar em cena. A queda maior do que a esperada na inflação criou as condições para um vigoroso ciclo de política monetária, o qual, associado à restauração da credibilidade do Banco Central, permitiu que a taxa Selic caísse de 14,25% em 2016 para 7,5% neste momento. Tudo indica que o ano terminará em 7% e provavelmente em 6,75% a partir de fevereiro de 2018. A oferta de crédito dá os primeiros sinais de revigoramento.

A queda nos distratos é outro fator que estimula a retomada. Por tudo isso, as vendas de imóveis começam a esboçar uma melhora. Os novos lançamentos e as vendas de imóveis novos voltaram a acontecer em ritmo mais animador. No acumulado do ano até junho, os lançamentos cresceram 8,7%, em comparação com o mesmo período de 2016.

Ainda não é a recuperação dos sonhos do setor, pois ainda será preciso absorver os estoques acumulados durante a crise. No segmento residencial, dados de junho indicam que eram necessários 18,6 meses para zerar os estoques (19,1 meses em 2016). A média histórica é de 11,8 meses. A tendência é de continuada melhora desse indicador.

No segmento comercial, a recuperação tende a ser mais lenta. Tem sido maior a demora em reagir à queda da taxa de juros, ao contrário do que havia acontecido em outros momentos de recessão. A causa parece ser o nível de estoques a absorver, que está acima de experiências passadas.

Isso porque o setor viveu um boom muito acentuado em 2011 e 2012. Era a época da falta de mão de obra qualificada compatível com o ritmo das construções. No segmento hoteleiro, o boom foi estimulado pela demanda esperada com os megaeventos esportivos que o Brasil patrocinou, a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016). No caso dos shopping centers, a grande ampliação em anos recentes explica, ao lado da recessão, a elevada taxa de vacância de lojas.

Em resumo, os sinais de que o setor se ajustou e começa a recuperar-se são cada vez mais evidentes. A continuidade da recuperação do emprego e da renda, associados aos efeitos defasados da queda da taxa de juros, dará ao mercado imobiliário a capacidade de contribuir para viabilizar um crescimento de 2,8% na economia em 2018.


Veja online, Blog Maílson da Nóbrega, 21/nov

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Apartamento 4 Quartos na Península na Barra da Tijuca - R$ 3.140.000,00 - R$ 8.000,00




http://www.mercadoimoveis.com/imovel/12213/apartamento-4-quartos/pen%C3%ADnsula-saint-barth/barra-da-tijuca

Rio-São Paulo em 20 minutos


Afinal, o que é o Hyperloop? Basicamente, é uma cápsula pressurizada que circula dentro de um tubo quase a vácuo. Ela funciona com ímãs de neodímio, que são colocados de forma a anular o campo magnético. Literalmente, a cápsula levita e se torna capaz de atingir altíssima velocidade. Qual é a velocidade máxima? A velocidade máxima que projetamos é de 1.229 km/h, mas a cápsula pode atingir mais de 5.000 km/h. É possível, mas traria riscos desnecessários. A questão não é apenas de velocidade, mas de segurança. Estamos falando sobre os benefícios de um avião, mas sem os riscos de acidentes.

Vocês estão em qual estágio de desenvolvimento? Quando o serviço entra em funcionamento?

Temos três anos de empresa, com mais de 30 patentes registradas e terras doadas por governos para fazer a construção. Estamos criando uma indústria do zero, que ainda não tem leis e regulamentação. Montar o Hyperloop é o mais fácil, já fazemos testes desde 2015. A questão é a regulamentação, e os países estarem dispostos a investir. Hoje, temos as cápsulas comerciais sendo construídas pela Carbures, na Espanha, e as estruturas que suportam os tubos estão sendo construídas na China. O início das construções será em 2018. Onde? Isso eu não posso dizer, apesar de já estar decidido. Para facilitar a análise, estudamos a viabilidade de instalação em Abu Dhabi, onde trabalhamos junto com o governo. E estamos com conversas adiantadas em Toulouse, na França, um dos países que mais estão nos apoiando, com regulamentação e concessão de terras. E o Brasil? É possível. Nós vemos o Brasil como país-chave para a América Latina. Já temos discussões avançadas, o Ministério dos Transportes foi bastante receptivo. Se não fizermos diretamente com os estados, teremos que buscar parceiros. Inicialmente, pensamos no transporte de cargas, apesar de existirem políticos nos questionando sobre o transporte de passageiros também. As oportunidades são gigantescas, estamos falando de um país que tem na infraestrutura de transportes um dos principais gargalos. Fazendo as contas, vemos que é possível.

No transporte de passageiros vocês estariam interessados em alguma rota?

Temos um olhar para Rio-São Paulo, mas não é o nosso foco. O nosso objetivo é oferecer um transporte de cargas rápido e seguro.

Quanto tempo levaria essa viagem? 

20 minutos.

Apesar de parecido, não é um trem. Também não é um duto. Como caracterizar o Hyperloop?

Ele é um novo modelo de transporte, está perto de ser categorizado internacionalmente. É um Hyperloop mesmo.

Ele tem custos competitivos frente aos outros modelos?

Os custos de construção são um terço dos de um sistema de trem de alta velocidade. Existem variáveis, mas, em média, a construção de um quilômetro do Hyperloop deve ficar em torno de US$ 20 milhões. E os custos de manutenção também são menores, além da questão ambiental. Os tubos são cobertos com painéis solares, fazendo com que a gente produza mais energia do que o necessário para a operação.

Pela velocidade, o Hyperloop parece perfeito para longas distâncias. Para trechos curtos, a operação é economicamente viável?

As pessoas ficam fascinadas com a velocidade, mas o nosso foco não é chegar a mil quilômetros por hora, é transportar pessoas de forma rápida, segura, eficiente e sustentável. As distâncias que temos visto variam de cem a 200 quilômetros. Serão poucos os casos em que vamos atingir os 1.200 km/h. Além da velocidade, temos outros pontos que reduzem o tempo de viagem. Hoje, você precisa chegar ao aeroporto com uma hora de antecedência, depois leva mais uma hora esperando a mala. O nosso tempo de embarque é muito reduzido.

O projeto do Hyperloop foi apresentado pelo Elon Musk (dono da SpaceX). Qual a relação de vocês com ele?

O Elon deu o nome. Em 2013, ele apresentou o white paper junto com o engenheiro da SpaceX Michael Smayda. Logo depois nós o procuramos para dizer que levaríamos o projeto adiante, e o Michael se junto à nossa equipe. O Elon é como um padrinho, não interfere em nenhuma empresa que esteja tentando desenvolver o Hyperloop, mas aparece de vez em quando para conversar.


O Globo, Sérgio Matsuura, 19/nov

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Apartamento Duplex, 4 Quartos, 2 Suítes no condomínio Barramares na Barra da Tijuca - R$ 3.700.000,00 - R$ 13.600,00




http://www.mercadoimoveis.com/imovel/12859/apartamento-duplex-4-quartos-%282-su%C3%ADtes%29/apartamento-duplex,-4-quartos-%282-su%C3%ADtes%29,-barramares,-venda/barra-da-tijuca

Moradia popular dá impulso à recuperação do mercado imobiliário


As empresas de construção que desenvolvem moradias populares, enquadradas no Minha Casa, Minha Vida, têm puxado a recuperação do mercado imobiliário. Direcional, MRV e Tenda responderam por dois terços dos lançamentos e das vendas do terceiro trimestre entre as 11 incorporadoras listadas na Bolsa. 

Juntas, as três lançaram empreendimentos com valor de vendas estimado em R$ 2 bilhões, um crescimento de 55,5% na comparação anual. As vendas no período totalizaram R$ 2,1 bilhões, avanço de 23,5%. 

"O protagonismo da faixa popular na recuperação acontece sobretudo por causa do crédito. Os empreendimentos mais baratos, do Minha Casa, Minha Vida, têm acesso a crédito mais em conta. Os juros altos no passado recente praticamente inviabilizavam o financiamento", diz Pedro de Seixas, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em negócios imobiliários. 

Em São Paulo, imóveis com preços até R$ 240 mil lideraram em quase todos os indicadores de agosto, aponta o Secovi-SP (entidade do setor). No País, dados da Abrainc (associação de incorporadoras) mostram que as vendas de imóveis novos do Minha Casa, Minha Vida até agosto somaram 41,7 mil unidades, 23,6% mais que no mesmo período de 2016. Foram 33,4 mil lançamentos, alta de 13%. 

O copresidente da MRV, Eduardo Fischer, reitera a perspectiva de mais lançamentos e vendas em 2018. Ele também avalia que há boa disponibilidade de recursos para financiar a compra de imóveis com juros baixos, ao contrário do restante do mercado. "As sinalizações do governo são de que a habitação popular é prioridade."

Já a Direcional avalia que ainda existe grande diferença no desempenho de cada ramo. Tanto o médio quanto o alto padrão sofrem com distratos, juros altos e baixa demanda. Diante disso, a companhia abandonou novos projetos nesse mercado. Mas no de moradias populares, a trajetória continua positiva. 

No grupo das empresas focadas tanto no médio quanto no alto padrão - Cyrela, Even, Eztec, Gafisa, PDG, Rossi, Rodobens e Tecnisa - o resultado na Bolsa foi mais modesto. Os lançamentos atingiram R$ 1,27 bilhão, alta de 4,6%. Já as vendas subiram 42,4%, para R$ 1,39 bilhão. 

As incorporadoras conseguiram aumentar lançamentos e vendas no terceiro trimestre, além de diminuir o tamanho do rombo financeiro, o que sinaliza uma inflexão no mercado imobiliário após anos de crise.

Sair do vermelho, entretanto, é algo esperado só para meados de 2018, segundo empresários. Eles avaliam que o setor ainda depende de um avanço mais consistente da economia brasileira e da confiança dos consumidores para impulsionar as vendas e reduzir os estoques. 

O vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Rodrigo Luna, ressalta que o crescimento do setor depende da volta do emprego e da retomada da renda. 

Colaboraram Douglas Gavras e Alessandra Monnerat



O Estado de S. Paulo, Circe Bonatelli, 17/nov