O número de espaços de coworking, como são chamados os escritórios compartilhados, teve crescimento de 48% em comparação com 2017, segundo dados do Censo Coworking Brasil 2018. No Rio, o aumento foi de 57%. O mercado imobiliário também pega carona nessa tendência. Mas a expansão desse setor ainda divide especialistas em relação ao futuro das salas comerciais.
Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio), acredita que o crescimento de espaços de coworking assume protagonismo no ramo. "Com os novos espaços compartilhados, as salinhas tradicionais perdem espaço no setor", explica. Entretanto, Claudio Hermolin, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), acredita que o aumento da demanda por espaços compartilhados ainda não é suficiente para movimentar o mercado imobiliário carioca."O Rio tem uma oferta grande de espaços comerciais, resultado do crescimento do mercado nos anos que antecederam a Copa e a Olimpíada".
Dados do Secovi-Rio mostram que há 3,5 mil salas comerciais à venda e 4,7 mil imóveis comerciais para locação na cidade do Rio de Janeiro.
Dimensões
A dimensão desses espaços pode chegar a até 6 mil metros quadrados."Mas a maior parte do empreendimentos varia de mil a 3,5 mil metros quadrados", explica Sendy Cristani, sócia do Copa Network, que busca empreendimentos para incorporadores, proprietários de imóveis e investidores imobiliários.
Corte de custos atrai pequenos empresários
Com previsão de lançamento de novas unidades de coworking, o Rio é uma das capitais que se firma como uma das mais promissoras para o modelo de negócios de escritórios compartilhados. Ainda este ano, por exemplo, a WeWork vai inaugurar dois novos empreendimentos, um na Barra da Tijuca e outro em Botafogo. Já a Copa Network tem previsão de abrir o primeiro espaço na cidade no segundo semestre de 2019. A empresa já opera em São Paulo e Brasília.
Segundo Claudio Hermolin, os espaços de coworking são mais procurados por pequenas empresas, que encontram nesse modelo boa oportunidade de custo-benefício. "Outro atrativo é a possibilidade de networking, que é fundamental para quem está começando um negócio", explica Hermolin, que chama atenção para a economia de alguns gastos."O locatário de espaço de coworking não precisa se preocupar com aluguel, condomínio, imposto predial, internet e telefone, entre outros custos. Eles passam a focar exclusivamente em suas atividades profissionais", explica Sendy Cristani, sócia da Copa Network.