O preço nominal médio dos imóveis residenciais cresceu 0,36% em agosto, mostrando uma aceleração na comparação com julho, quando a alta foi de 0,29%. No acumulado dos últimos 12 meses a alta atingiu 2,33%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), cuja pesquisa considera os valores de imóveis vendidos por meio de financiamento bancário em dez capitais.
A pesquisa mostrou que nove das dez capitais pesquisadas tiveram alta nos preços médios no mês: Salvador (0,05%), Goiânia (0,08%), Porto Alegre (0,09%), Curitiba (0,12%), Recife (0,12%), Brasília (0,16%), Belo Horizonte (0,22%), Rio de Janeiro (0,31%) e São Paulo (0,71%). A única baixa no mês ocorreu em Fortaleza (-0,10%).
A Abecip avaliou em nota que, apesar dos desafios para a retomada da economia brasileira como um todo, o mercado residencial conta com alguns fatores positivos, como o baixo nível das taxas de juros e novas condições de financiamentos, o que deve ajudar na recuperação do setor.
A Abecip também destacou que os preços na cidade de São Paulo tiveram o desempenho mais forte entre todas as capitais pesquisadas, com alta de 4,31% nos últimos 12 meses. Essa alta superou a inflação no mesmo período e, segundo a associação, sinaliza "um início, ainda que modesto, de recuperação dos valores reais dos preços dos imóveis residenciais na cidade".
Outro destaque, na visão da Abecip, foi a cidade do Rio de Janeiro, cujos preços acumulados em 12 meses foram de 0,07%, chegando ao campo positivo pela primeira vez desde março de 2015. "Esse resultado, por sua vez, sinaliza ao menos um início potencial de recuperação dos valores nominais dos imóveis residenciais na cidade", apontou a Abecip.