Apesar de alta do home office nesses tempos de pandemia, o aluguel comercial teve leve avanço de 0,09% nominal (sem contabilizar a inflação) em maio, aponta o índice FipeZap, que monitora preços de imóveis em 10 cidades. O preço de venda, no entanto, caiu 0,03%, mas ainda ficou acima da deflação de 0,38% do período.
Considerando a relação entre preço médio de venda e de locação, o retorno anualizado (calculado com base nos resultados de maio) do investimento para quem compra este tipo de imóvel com a intenção de alugar foi de 5,46% ao ano.
Em outras palavras, quem investe num imóvel comercial para receber aluguel, recupera 5,46% do valor de compra em um ano.
Em comparação, hoje numa aplicação como o Tesouro Selic rende 1,54% ao ano daquele dinheiro investido inicialmente.
O retorno do aluguel, que no passado não era considerado bom, vem ganhando atratividade na medida em que a taxa básica de juros cai no Brasil. Em maio de 2019, o retorno anualizado foi de 4,86% ao ano e, naquela época, ficava abaixo de uma aplicação no Tesouro Selic.
Em maio, o preço médio de locação nas 10 cidades monitoradas pelo FipeZap foi de R$ 37,48/m2. Já o preço de compra ficou em média R$ 8.480/m2.
Nos últimos 12 meses, o preço médio de venda de imóveis comerciais acumulou queda nominal de 2,41% e o preço médio de locação de salas e conjuntos comerciais recuou 0,41% no mesmo horizonte.
Cidades com melhor retorno
Salvador (BA): Preço de venda médio de R$ 5.336 /m2, com retorno de aluguel de 0,63% ao mês
Campinas (SP): Preço de venda médio de R$ 6.186/m2, com retorno de aluguel de 0,53% ao mês
São Paulo: Preço de venda médio de R$ 9.557/m2, com retorno de aluguel de 0,48% ao mês
Belo Horizonte (MG): Preço de venda médio de R$ 7.059/m2, com retorno de aluguel de 0,43% ao mês
Rio de Janeiro (RJ): Preço de venda médio de R$ 9.497, com retorno de aluguel de 0,40% ao mês.