quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O líder no “novo normal”: como fazer a diferença depois da pandemia


O mundo corporativo ganhou mais agilidade nos últimos três meses do que nos últimos anos. Os investimentos em transformação digital, trabalho ágil e estratégias reais de inovação aumentaram. Grandes, pequenas e médias corporações colocaram seus funcionários para trabalhar de casa e acabou dando certo. É hora de os líderes também se transformarem para a realidade que virá após a pandemia.

Como ser um líder no “novo normal”?

De acordo com Luís Gustavo Lima, sócio da empresa de inovação ACE e autor da tese intitulada “Liderança para a Era Digital: 12 atribuições do novo manual do líder”, as principais virtudes de um líder são:

1 — Humildade intelectual
2 — Foco no cliente
3 — Inovação baseada em problema
4 — Cultura de experimentação
5 — Mentalidade de empreendedor
6 — Visão holística
7 — Tecnologia como meio
8 — Novos modelos de negócios
9 — Transformação e adesão digital
10 — Times ágeis
11 — Multidisciplinaridade
12 — Comunidade

Com base nessas atribuições, ele diz que é preciso seguir em frente na condição de aprendizes, descobrindo e se adaptando ao novo normal. “É preciso humildade, disciplina, coragem e entendimento de que o erro faz parte do processo de inovação e de que a vulnerabilidade é, na verdade, autenticidade e potência”, afirma Lima.

Algumas atitudes devem ser praticadas, como “menos ego e mais dados na hora de tomar decisões”, diz ele. Também é preciso sair da preocupação do produto para a preocupação com o cliente, que é o problema e a experiência encantadora em qualquer ponto de contato do negócio.

Cuidar de verdade da equipe, gerando abertura para diálogo, desenvolvimento e segurança psicológica, é outra medida necessária do líder do futuro. “Viabilize novas formas de trabalhar, o que vai de experimentos e metodologias ágeis a diversidade e multidisciplinaridade. Equilibre investimentos na atividade principal do negócio com o incentivo às novas oportunidades e modelos de negócio”, acrescenta Lima.

Quanto à implantação da tecnologia, o executivo destaca que ela deve ser um meio, não um fim. “A transformação digital acontece, principalmente, pelas pessoas. Gosto sempre de dizer que só é possível transformar digitalmente por meio da transformação cultural. Na prática, para transformar é preciso utilizar a tecnologia como facilitadora. Mudar a forma que a empresa e suas áreas atuam, redesenhar os processos e a governança de forma a reduzir burocracias, ensinar as pessoas a trabalharem de forma mais moderna e ágil, reorganizar os times e capacitá-los”, explica.

Por fim, Lima ressalta que é preciso ter um propósito claro e baseado em dados. Assim, o gestor ganha confiança para liderar todas essas mudanças, com a integração de toda a empresa. “Precisamos de líderes conscientes, aprendizes, inspiradores e corajosos para promover as mudanças que são necessárias. O novo normal já é uma realidade e o melhor momento para começar é hoje”, conclui o sócio da ACE.

SECONCI, 14/out