O painel, uma iniciativa da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), reuniu, sob a coordenação da presidente da CRS, Ana Claudia Gomes Martins, o engenheiro e professor, Luiz Henrique Ceotto e o administrador de empresas e consultor, Ricardo Basaglia.
Ambos apontaram haver grande dificuldade de modernização e de avanço do processo de digitalização na maioria das empresas, inclusive da construção civil, pelo conservadorismo de seus dirigentes, fruto, por sua vez, do caráter familiar da propriedade delas. “Temos de criar empresas de alto desempenho, senão vamos morrer”, sentenciou Ceotto. “A empresa tem sempre de buscar respostas novas, numa busca permanente”, diagnosticou Basaglia.
Ceotto defendeu a necessidade das empresas instalarem “fábricas de talento” e exercitar, internamente, uma “ambição coletiva”. Na visão de Basaglia, o dirigente eficaz tem de reunir, ao mesmo tempo, três papeis: de gestor, de coach (treinador) e de líder.
“Quando indago aos empresários que entrevisto qual o percentual que dedicam a cada uma dessas três cadeiras, infelizmente alguns deles me informam ser de 95% na cadeira de gestor”, relatou o consultor Ricardo Basaglia.
Segundo ele, para se modernizarem, incorporando a digitalização, as empresas têm de incentivar, sem tutela, os talentos que possuem. “A performance é igual a talento menos interferência”, defendeu Basaglia.
O painel no ENIC sobre o papel das novas lideranças na inovação das empresas faz parte do projeto ‘Desenvolvimento de Lideranças’, realizado pela CRS/CBIC, em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).
Agência CBIC, 03/dez