Entre as mães que trabalham fora, 69% deixam seus filhos com outras pessoas e 19% com os pais. Já 58% dos homens deixam os filhos com as mães e 36% com outras pessoas.
Pesquisa feita pela Catho mostra que 92% das mulheres que estão em home office também são as responsáveis pelos filhos, que também estão em casa neste período.
Dos 6 mil profissionais entrevistados na segunda quinzena de abril, todos com filhos, 15,5% estão trabalhando em casa e 71% estão tendo que ir para o local de trabalho.
Das mães que trabalham fora, 69% deixam seus filhos com outras pessoas, 19% com os pais e 12% em uma escola ou creche. Já entre os pais que trabalham fora, 58% deixam os filhos com as mães, 36% com outras pessoas e 6% em uma escola ou creche.
Para Regina Botter, diretora de Operações da Catho, essa é uma rotina de grande parte dos brasileiros.
“O número de mães solo no país chega a mais de 11 milhões. São mulheres provedoras do lar que estão sentindo as dificuldades relativas ao cuidado e a sobrecarga de tarefas potencializadas pela pandemia", diz.
Segundo a pesquisa da Catho, um terço das mulheres entrevistadas cuidam dos seus filhos sozinhas. São chefes de família que precisam se desdobrar para conciliar trabalho, filhos, falta de dinheiro e piora da saúde psicológica. Nesse grupo entram tanto profissionais em home office quanto em trabalho presencial e também desempregadas.
“Com a pandemia e as incertezas no ambiente profissional, com certeza, as mães são as que mais estão sofrendo", diz Regina.
"Além da enorme quantidade de mulheres que perderam o trabalho, tem também as que precisaram pedir demissão, pois não tinham com quem deixar os filhos e as que entraram em regime de home office e precisaram conciliar os afazeres profissionais com as tarefas domésticas e o cuidado das crianças, que durante a pandemia, estão em casa durante todo o dia”, esclarece a diretora de Operações da Catho.
A pesquisa da Catho mostra ainda que 40% das mães que trabalham na área da saúde deixaram de conviver com os seus filhos para evitar a transmissão da Covid-19.
Regina Botter explica que nesse momento é importante uma rede de apoio à mulher.
G1, 07/mai