54% dos respondentes disseram que a melhor forma de apoiar as trabalhadoras que são mães é a realização de jornadas de trabalho flexíveis.
Pesquisa da empresa de recrutamento especializado Robert Half mostra que o home office com filhos desponta como o ponto mais crítico para 38% dos profissionais entrevistados.
Em relação à atuação das empresas, mais da metade (54%) dos respondentes disseram que a melhor forma de demonstração de apoio às trabalhadoras que são mães é a realização de jornadas de trabalho flexíveis.
A pesquisa foi realizada pelo perfil oficial da Robert Half no Linkedin entre os dias 23 e 30 de abril. Ao todo, 2.379 profissionais, entre homens e mulheres, participaram da sondagem.
Ainda em relação aos desafios, após o home office com filhos, 26% dos respondentes indicaram o cuidado com a saúde mental como ponto de atenção, 18% apontaram a falta de tempo para cuidar de si e outros 18% escolheram a falta de empatia dos gestores.
Sobre a melhor forma de a empresa demonstrar apoio às trabalhadoras que são mães, além da jornada de trabalho flexível, a empatia aparece como melhor forma de cuidado para 38% dos participantes, seguida da flexibilização de expectativas, para 6%.
"A decisão de ter filhos não deveria ser motivo de preocupação profissional. Por outro lado, não podemos negar que conciliar o trabalho e as demandas dos filhos, especialmente no período de isolamento social e quarentena, é ainda mais desafiador", diz Carolina Cabral, gerente sênior de recrutamento da Robert Half.
Para ela, as empresas estão se atentando mais às questões associadas à desigualdade de gênero, que ainda predomina no mercado de trabalho. Mas, para além da simples abertura de vagas, ela acha importante adotar estratégias de retenção e desenvolvimento de carreira para as profissionais que já estão dentro das empresas.
"Para isso, um caminho interessante é oferecer benefícios que ajudam a mulher a se adaptar melhor ao novo momento da vida, como as jornadas de trabalho flexíveis. O foco aqui é garantir que as demandas continuem sendo entregues com excelência, mas de uma forma que seja mais empática e confortável para a mulher que também é mãe”, afirma.
G1, 04/mai