Nos últimos 12 meses, índice teve variação de 4,2% - a maior desde setembro de 2008.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,8% em abril, acelerando em relação à alta de 0,6% em março, informou o escritório de estatísticas dos EUA nesta quarta-feira (12). A variação mensal de abril era estimada em 0,2% pelos economistas consultados pela Reuters, mas veio quatro vezes mais alto que o esperado.
Nos últimos 12 meses, o índice teve variação de 4,2% - a maior desde setembro de 2008, quando o índice foi de 4,9%. O estimado pelos economistas era de 3,6%. Em março, a variação anual havia sido de 2,6%.
O item carros e caminhões usados subiu 10% em abril - maior variação mensal desde o início da série em 1953 - e foi responsável por mais de um terço do aumento de todos os itens com ajuste sazonal.
Os alimentos tiveram variação mensal de 0,4% por causa do aumento do consumo fora e dentro de casa. A gasolina teve queda, o que compensou os aumentos na eletricidade e gás natural.
Nos últimos 12 meses, porém, a energia subiu 25,1%, e os alimentos tiveram aumento de 2,4%.
Quase todos os principais componentes do índice que mede a inflação aumentaram em abril. Junto com carros e caminhões usados, os itens acomodação, tarifas aéreas, recreação, seguro de veículos e mobiliário estiveram entre os itens que tiveram maior impacto no índice geral.
O núcleo do CPI, que exclui preços de alimentos e energia, subiu 0,9% em abril - maior aumento mensal desde abril de 1982. O estimado pelos economistas era alta no mês de 0,3%. Em 12 meses, o aumento foi de 3% - maior do que o índice de 1,6% registrado em março.
De acordo com o economista André Perfeito, a alta da inflação é uma preocupação, uma vez que isso pode bater nos juros longos nos EUA, em especial nos contratos de 10 anos e, se isso ocorrer, poderá haver uma nova rodada de desvalorização do real.
G1, 12/mai