Reajuste de combustíveis pesa e índice sobe mais que o esperado em março.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,74% em março, informou nesta quarta-feira (30) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 5,49% no ano e de 14,77% em 12 meses, contra 16,12% nos 12 meses imediatamente anteriores.
O índice superou, entretanto, a expectativa em pesquisa da Reuters com analistas vendo avanço de 1,37%, depois de o indicador ter subido 1,83% em fevereiro.
Em março de 2021, o índice havia subido 2,94% e acumulava alta de 31,10% em 12 meses.
A Petrobras anunciou no começo de março alta nos preços do diesel de cerca de 25% em suas refinarias, além de aumento de quase 19% na gasolina, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.
O IGP-M é conhecido como 'inflação do aluguel' por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.
A "inflação do aluguel" fechou 2021 com alta de 17,78%.
Composição do IGP-M
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 2,07% em março, com destaque para as altas dos ovos (16,98%), carne de aves (11,49%) e diesel (8,89%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 0,86% no mês, com destaque para a gasolina (1,36%), tomate (13,89%) e cenoura (37,83%);
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, ficou em 0,73%. Os três grupos componentes registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: materiais e equipamentos (0,56% para 0,29%), serviços (1,69% para 0,79%) e mão de Obra (0,19% para 1,12%).
G1, 30/mar