quinta-feira, 14 de julho de 2022

Mesmo com inflação alta, governo prevê índice igual ou inferior ao dos Estados Unidos

Segundo IBGE, inflação acumula alta de 11,8% nos últimos 12 meses. Departamento do Trabalho dos EUA informou que inflação no país acumula alta de 9,1% nos últimos 12 meses.

A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro trabalha com o eventual cenário em que a inflação no Brasil poderá ficar igual ou inferior à dos Estados Unidos. Na avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, a inflação está em queda, enquanto a dos Estados Unidos, em alta.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porém, a inflação no Brasil aumentou para 0,67% em junho na comparação com maio e acumulou alta de 11,8% nos últimos 12 meses.

Além disso, segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, a inflação no país subiu para 1,3% em junho, acumulando alta de 9,1% nos últimos 12 meses.

Mesmo assim, técnicos da área econômica do governo Bolsonaro avaliam que pode ocorrer algo inédito, a inflação no Brasil ficar abaixo da registrada nos EUA.

Estimativas

As previsões para julho apontam para deflação, isto é, os preços caindo mais que subindo neste mês.

Esse eventual resultado pode ser causado, principalmente, pelo corte de tributos sobre combustíveis e energia elétrica, que têm peso significativo na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice considerado a inflação oficial do país.

Já nos Estados Unidos, a previsão é de que a inflação continue pressionada neste mês, levando até a previsões de que o país mais rico do mundo entre em recessão em razão da reação do Federal Reserve para baixar a inflação, fora dos padrões do país.

A medida é fruto, principalmente, dos efeitos da pandemia do coronavírus e da guerra da Rússia na Ucrânia.

Nesta quinta-feira, o Ministério da Economia reduziu a previsão de inflação neste ano de 7,9% para 7,2%, e elevou a de crescimento da economia, de 1,5% para 2%.

A economia deve manter seu crescimento, mesmo de forma mais gradual, diante do pacote de bondades que o governo aprovou no Congresso para este segundo semestre, que vai injetar no país R$ 41,2 bilhões.

Valdo Cruz, GloboNews, 14/jul