terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Ibovespa opera em queda nesta terça

No dia anterior, indicador fechou em queda de 3,06%, a 106.376 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta terça-feira (3).

Às 10h54, o Ibovespa caía 0,78%, a 105.547 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 3,06%, a 106.376 pontos. As ações da ordinárias Petrobras tombaram 6,67%, enquanto as preferenciais caíram 6,45%. Já as ações do Banco do Brasil recuaram 4,23%.

O que está mexendo com os mercados?

Os investidores estão de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No dia anterior, ele afirmou que buscará uma "harmonização" entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).

"Não existe mágica nem malabarismos financeiros. O que existe para garantir um Estado fortalecido é a previsibilidade econômica, confiança dos investidores e transparência com as contas públicas", disse.

Haddad também afirmou que o Ministério da Economia enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.

Entre as medidas já anunciadas pelo governo está a prorrogação da desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.

Foram reduzidas a zero as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha (até 31 de dezembro) e gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (até 28 de fevereiro).

Outras medidas anunciadas foram a prorrogação do valor de R$ 600 do Bolsa Família e a revogação da privatização de estatais.

Entre as declarações e ações do novo governo que repercutiram de forma negativa nos últimos dias está a menção de Lula ao teto de gastos em seu discurso de posse — o presidente chamou o mecanismo de "estupidez" e disse que ele seria revogado.

Já o anúncio da prorrogação da isenção de impostos federais sobre os combustíveis e a determinação do novo presidente de revogar os processos de privatização de oito estatais, entre elas os Correios, também foram mal recebidos pelo mercado.

Estatais 'encolhem'

Dados compilados pela TradeMap mostram que, só na segunda-feira, as principais estatais perderam mais de R$ 31 bilhões em valor de mercado.

G1, 03/dez