quinta-feira, 5 de março de 2020

Imóveis no Rio têm o melhor ano desde 2017 e SP desde 2015


O movimento de compra e venda de imóveis avançou em 2019. Em São Paulo, o crescimento foi de 8,3% e no Rio de 5,1%. Esses números só não foram melhores porque em dezembro houve retração nas duas cidades. Sem considerar o último mês do ano, as compras e vendas cresceriam por volta de 10% tanto no Rio quanto em São Paulo. É o que informa os dados de cartórios de notas reunidos no Registro de Imóveis do Brasil, que usa metodologia Fipe.

Na cidade de São Paulo, foram realizadas 125.746 transferências de compra e venda de imóveis de janeiro a dezembro de 2019, melhor resultado desde 2015, quando começou a crise no setor imobiliário. Mais da metade dessas transações (53,3%) foram de apartamentos. Outros 11% foram para casas e 9,1% para terrenos.

Apesar do crescimento, o mês de dezembro foi de recuo nos registros de compra e venda. As compras e vendas caíram 1% em comparação ao mês anterior, de novembro e 1,7% se comparado a dezembro de 2018.

A capital fluminense teve um volume muito menor de compra e venda, o que faz parte do padrão na série histórico do registro. No ano passado, houve 49.137 registros de compra e venda, segundo melhor resultado nos últimos cinco anos, atrás apenas de 2017 (49.439 registros).

A grande maioria das transações para foram de compra e venda de apartamentos (78%), em seguida, casas (4,6%) e salas comerciais (5,8%). Em dezembro de 2019, as compras e vendas tiveram queda de 4,8% em relação a novembro, mas subiram 10% se comparado a dezembro de 2018.

Inadimplência e perda de imóveis

De acordo com o Registro de Imóveis do Brasil, o financiamento imobiliário com alienação fiduciária (quando a propriedade é dada como garantia) teve alta de 22% em 2019 em relação a 2018 em São Paulo.

A inadimplência que resulta na tomada do imóvel dado como garantia sofreu queda 43% na capital paulista em 2019, com 15.996 registros desse tipo de operação. Também caiu em 43% o número de casos em que o tomador do empréstimo perde o imóvel financiado por deixar de pagar as parcelas.



Valor Econômico online, Isabel Filgueiras, 05/mar