segunda-feira, 23 de março de 2020

Morre Julio Bogoricin


Torcedor do Fluminense, arquiteto e um dos pioneiros da corretagem imobiliária no país, morreu ontem (sábado), em Nova Iorque, aos 87 anos, Julio Bogoricin, fundador do grupo de empresas que leva seu nome. O empresário deixa três filhos e oito netos. Julio fez parte do grupo de 15 empresários que, em 1971, criou a ADEMI.

Filho de imigrantes russos, começou a vida profissional como funcionário do Banco do Brasil, onde entrou por concurso, ao mesmo tempo em que cursava Arquitetura, na Faculdade Nacional (atual UFRJ), na Praia Vermelha. Em 1956, criou a empresa à qual deu seu nome, e cuja primeira sede foi na Rua da Assembleia, Centro. 

Pouco depois, dando mostras do arrojo que caracterizaria sua jornada como empresário, mudou-se para o então mais alto e badalado edifício carioca, o Avenida Central. Por alguns anos, conciliou a estabilidade de bancário com a imprevisibilidade da vida de empresário.

Com o crescimento da Julio Bogoricin, no entanto, deixou para trás o Banco do Brasil, e passou a se dedicar integralmente ao mercado imobiliário. No início dos anos 1970, partiu para a expansão da empresa, alavancado por um auxilio do antigo BNH e pela oferta de crédito imobiliário. 

Abriu filiais em vários bairros do Rio, e em Niterói, vislumbrando o potencial de negócios que a inauguração da Ponte Rio-Niterói (1973) traria. A JB foi a primeira imobiliária a se instalar em Icaraí, e a aposta de Julio mostrou-se acertada. 

O passo seguinte foi expandir os negócios para outras cidades. Chegou a abrir unidades em São Paulo e Belo Horizonte. Passo mais arrojado, ainda, foi a ampliação de sua atividade rumo aos Estados Unidos, mais especificamente, Nova Iorque, onde abriu um braço ao qual denominou Julio Bogoricin Real Estate. Nos últimos anos, dividia o tempo entre o Rio de Janeiro e a cidade americana.



Informe ADEMI, 23/mar