quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Copacabana vai ganhar dois condomínios residenciais


O mercado imobiliário vem reagindo na pandemia, principalmente no Rio de Janeiro. E os lançamentos são mais uma prova de que o setor está confiante. Copacabana, por exemplo, vai ganhar dois projetos. Um deles é da Bait Incorporadora. O Atlantico Bait terá 50 unidades, sendo 38 com vista para o mar. ''Acompanhamos os novos hábitos contemporâneos e antecipamos algumas tendências. Desenvolvemos um empreendimento singular com o verdadeiro espírito carioca através de um projeto com uma área de lazer surpreendente, espaços integrados de convívio, apartamentos funcionais e soluções de tecnologia, feito para quem busca um estilo de vida mais leve e sustentável", conta Henrique Blecher, sócio e CEO da Bait.

Já a Konek Estruturação Imobiliária, em parceria com a D2J Construtora, levará para o bairro o Selfie Tech, residencial que será construído próximo ao Bairro Peixoto. De acordo com Marco Adnet, CEO da Konek, o empreendimento tem conceito tecnológico, serviços pay-per-use, local para guardar encomendas, e segurança entre outros itens. "É um empreendimento pensado para o novo normal, com estúdios de 54 metros quadrados com varanda integrada e coberturas, atendendo tanto o morador final quanto o cliente investidor", adianta Adnet.

Seguindo este fluxo, as imobiliárias do Rio também comemoram os resultados obtidos. Na Brasil Brokers Enjoy, por exemplo, julho foi 184% superior na comparação com o mesmo mês do ano passado. "O resultado de julho já nos coloca 18,67% acima do que registramos no mesmo mês de 2019. Chegamos aos R$ 20 milhões em vendas. Até junho estávamos ainda abaixo, ou seja, julho nos permitiu recuperar o ano e produzir crescimento. Foi o nosso recorde de vendas, superando a marca anterior em 12%", analisa Josué Madeira, diretor da Enjoy. A empresa, que tem três lojas, está para abrir mais uma, desta vez no Jardim Botânico.

Já a inGaia, startup de tecnologia para o mercado imobiliário, teve um junho acima do esperado com aumento de 83% se comparado ao mesmo período do ano passado. Somente neste mês, a empresa fechou contrato com 400 novas imobiliárias e administradoras de locação e somou mais de 700 assinaturas de serviços. Se comparado a maio de 2020, o número de vendas também teve um aumento expressivo de 40%. Com o lucro de R$ 2,3 milhões no mês de junho, a inGaia chegou a marca de 7,2 mil imobiliárias e administradoras de locação, 12 mil assinaturas e 40 mil usuários. "Com a chegada da pandemia e o isolamento social, as imobiliárias e administradoras de locação precisaram se adaptar ao home office e a nova realidade do mercado, além de se reinventar para se comunicar com o cliente, apresentar o imóvel e fechar o negócio, tudo isso sem sair de casa. A partir deste cenário, reconheceu-se mais a importância da tecnologia no negócio e a inGaia atua justamente para ajudar na digitalização do mercado imobiliário", explica Mickael Malka, presidente da empresa.

Preço médio de venda aumenta em julho

O preço médio de venda de imóveis residenciais registrou alta de 0,28% em julho, após avançar 0,18% no mês anterior. O levantamento é do Índice FipeZap que monitora 50 cidades. No período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é a inflação oficial do país, deve ficar em 0,36%. Ainda é uma projeção, já que o indicador ainda não foi oficialmente divulgado.

Caso se confirme a expectativa, o preço médio de venda de imóveis residenciais vai encerrar julho com queda real de 0,08%. A maioria das capitais brasileiras monitoradas pelo Índice FipeZap apresentou elevação de preço no período. Individualmente, as maiores altas foram registradas em Brasília (+1,92%), Belo Horizonte (+0,60%) e João Pessoa (+0,51%). Em contraste, apenas três capitais registraram queda de preço no período: Recife (-1,72%), Campo Grande (-0,12%) e Rio de Janeiro (-0,10%). Em São Paulo, município com maior peso na variação do Índice FipeZap, a alta nominal registrada foi de 0,38%.

Valor do metro quadrado

O valor do metro quadrado de venda residencial calculado foi de R$ 7.328 entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. O levantamento tomou como base a amostra de imóveis anunciados para venda em julho. Dentre elas, o Rio de Janeiro se manteve no topo da lista como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.313/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.167/m²) e Brasília (R$ 7.635/m²). Já entre as capitais pesquisadas com menor valor médio de venda por metro quadrado no mês, incluem-se: Campo Grande (R$ 4.251/m²), Goiânia (R$ 4.320/m²) e João Pessoa (R$ 4.334/m²).



O Dia online, Cristiane Campos, 05/ago