segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Marinho pede ajuda de empresários para reforma tributária e fim do saque-aniversário do FGTS

Em reunião na Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), ministro do Trabalho diz que governo tem 'total simpatia' por demandas do setor para reindustrialização do país.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), participou nesta segunda-feira (13) de uma reunião com membros da Federação da Indústria do Estado de são Paulo (Fiesp), e pediu apoio para atualização de legislação trabalhista, para a reforma tributária e criação de um programa de capacitação de jovens para o mercado de trabalho.

Marinho disse ainda que o governo tem "total simpatia" para debater medidas para acelerar o processo de reindustrialização do país.

"O emprego de qualidade está na indústria", afirmou.

Segundo o ministro, a pasta cogita criar um programa que reserva algumas horas de trabalho de operários para que eles se dediquem à qualificação e capacitação profissional.

"É preciso atualização e acompanhamento na revolução da inovação tecnológica, dar espaço para oxigenar a força de trabalho", afirmou Marinho.

O ministro disse ter o "sonho" de ampliar o ensino médio brasileiro para o período integral e que os estudantes saiam da escola com algum grau de capacitação profissional. Segundo Marinho, essa é uma maneira factível de "igualar as condições" de competição para estudantes de classes sociais mais baixas.

Marinho afirma que faz parte deste plano que, a partir de uma determinada renda familiar, o estudante tenha direito a uma bolsa para que se dedique exclusivamente à formação, aprendizado e capacitação profissional.

Não foram dados detalhes sobre como funcionaria o processo, nem prazos de implementação. Como custeio, o ministro disse apenas que gostaria de usar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Saque-aniversário do FGTS

O ministro também pediu apoio dos industriais para acabar com o saque-aniversário do FGTS.

Segundo ele, muitos trabalhadores o acionaram sobre a medida porque o método trava os recursos no momento de uma demissão e deixa de servir para resgate financeiro do trabalhador.

Raphael Martins, G1, 13/fev